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SISTEMAS CONSTRUTIVOS
PERFORMANCE AND EVALUATION OF THE PERFORMANCE OF
BUILDING SYSTEMS
Ricardo Lopes 1
Rafael Mantuano Netto 2
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Engenheiro Civil. Especialista em Instalações pela FEI. Mestre em Construções pelo IPT-SP.
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Arquiteto. Especialista em Avaliações e Perícias pela UFMG – Mestre em Construções pelo IPT-SP.
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1. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 5
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 23
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................... 24
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Figura 8: Tentativa de retirada forçada da argamassa logo após sua aplicação. ......................... 12
Figura 11: Representação esquemática do fluxo de água reversível (SCARTEZINI, 2002). .......... 16
Figura 12: Relação entre resistência de aderência à tração e quantidade de poros ativos. ........ 17
Figura 13: Interface das zonas de transição e matriz cimentícia (METHA e MONTEIRO, 2008). . 19
Figura 15: Variações nas propriedades de uma argamassa (SABBATINI, 1998). .......................... 22
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2. Etapas do trabalho
Este trabalho foi dividido em duas etapas, por se tratar de uma revisão a
respeito dos mecanismos de formação de aderência entre argamassa e substrato.
A imagem (a) apresenta uma superfície de aderência maior que a imagem (b).
A extensão de aderência pode ter seu nível influenciado pela natureza dos
materiais constituintes do substrato e da argamassa e suas propriedades. Dentre
os diversos fatores podemos citar:
Na Figura 5 é possível
observar a adesão inicial
da argamassa de
revestimento sobre o
substrato, não tendo sido
observado escorrimento
ou descolamento do
material.
As Figuras 6 e 7
mostram a aplicação de
argamassa sobre o
mesmo substrato das
Figuras 4 e 5, em bloco
de concreto chapiscado,
porém utilizando sistema
convencional com colher
de pedreiro.
Figura 6: Aplicação de argamassa - sistema convencional
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Além disso, esse espalhamento gera uma série de vazios que posteriormente
dificultam o contato com a base.
As Figuras 9 e 10 mostram a
aplicação de uma primeira
camada (fina) de argamassa de
revestimento utilizando a colher
de pedreiro, com posterior
pressão desta argamassa contra
o substrato. Em seguida é
aplicada outra camada sobre a
anterior, também com a colher de
pedreiro, sem que a argamassa
seja comprimida. Após aplicação
foi feita tentativa de retirada
forçada da argamassa
Esta tensão resultará nas forças de adesão, que devem ser “[...] fortes e
estáveis o suficiente para assegurar que essa interface formada não seja o elo
fraco da união dos materiais.” (PAES, 2004). Esta propriedade é que permite a
argamassa permanecer aderida ao substrato momentaneamente após a aplicação.
condições de limpeza;
condições de exposição;
Energia de aplicação.
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direção à base. Esse fluxo permanece até que o equilíbrio seja alcançado entre
sucção capilar e as forças físico-químicas de retenção de água, fazendo com que o
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aperto mecânico das partículas no interior da argamassa seja tal que o raio médio
CARASEK (1996), afirma que a taxa inicial de sucção de água (IRA) do tijolo
define sua capacidade de aderência com as argamassas de assentamento e
revestimento. Ainda de acordo com a autora, inúmeros autores apresentam valores
de IRA ótimos ou valores de IRA mínimos e máximos com vistas à garantia de uma
aderência adequada. Para tijolos cerâmicos, os valores mais aceitos oscilam entre
10 e 30g / 200cm2/min.
GALLEGOS (1995) afirma que o IRA e seus ensaios similares não podem
representar com fidelidade o comportamento absorvente do tijolo frente à
argamassa, ao longo do tempo. Isto porque o IRA não está relacionado com a
distribuição dos tamanhos dos poros e sim apenas com o conteúdo dos poros
capilares do substrato; além disso, ele é medido com relação a água livre e não
água restringida na argamassa; e finalmente, o ensaio é determinado em um
minuto, por estar limitado a esse curto espaço de tempo, não mede a real
capacidade se sucção de água que, na prática, pode ser mais elevada, uma vez
que as forças capilares poderão continuar atuando durante um período mais
prolongado. O autor também chama a atenção para o fato de blocos de diferentes
matérias primas, com o mesmo valor de IRA, em geral produzirem resistências de
aderência diferentes.
Com a precipitação da etringita e a dissolução mais rápida dos íons SO2 -4,
ALO-4 e Ca2+, os poros são preenchidos prioritariamente por eles, sobrando
menos espaço para precipitação de outros produtos de hidratação do cimento,
como o CSH, ou mesmo produtos posteriores da carbonatação da cal como a
calcita. Por isto estes últimos aparecem em menor quantidade na região da
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interface
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3. Hidratação do gesso:
a) A adsorção superficial retarda a tendência à pega rápida do clínquer
Portland.
expansão fissuras causadas pela formação de etringita mais tarde. Isso pode
ocorrer por causa da alta temperatura se decompõe qualquer etringita formada
Artigo Técnico Desempenho de Sistemas Construtivos
Ricardo Lopes & Rafael Mantuano Netto - 21.Dez.2014 SP
inicialmente e prende o sulfato de alumina firmemente no gel de silicato hidratado
de cálcio (CSH) da pasta de cimento. A formação normal de etringita é assim
impedida.
SABBATINI, F.H. (1998) afirma que a falta de boa retenção de água por parte
da argamassa pode ocasionar a absorção excessiva de água pelo substrato
aumentando o potencial de retração por secagem; a redução da resistência de
aderência e resistência mecânica devido a prejuízos causados à hidratação do
cimento e carbonatação da cal, menor capacidade de absorver deformações
devido a um maior módulo de elasticidade da argamassa endurecida e por fim
menor resistência. Como conseqüência de todos esses fatores haverá ainda
prejuízos na durabilidade e na estanqueidade da parede, conforme indicado na
figura 15 - Variações nas propriedades de uma argamassa com a alteração da
composição relativa de cimento e cal.
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DAY, ROBERT L., The Effect of Secondary Ettringite Formation on the Durability
of Concrete: A Literature Analysis, RD108, Portland Cement Association, 1992.