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Disciplina: Gestão de Projetos em Ergonomia e Segurança em Sistemas Complexos.

Identificação da tarefa: Tarefa 1. Envio de arquivo.

Pontuação: 10 pontos.

Tarefa 1

Etapa 1

Navegue pelos anais do ENEGEP, área 04. Ergonomia e Segurança do Trabalho.

Etapa 2

Após navegar por algumas das edições (não precisa acessar todas as edições), escolha
dois artigos de seu interesse.

Etapa 3

Faça uma resenha crítica dos dois artigos escolhidos. Além disso, proponha outras ações
que poderiam ser adotadas em cada estudo de caso. Para realizar essa análise use seus
conhecimentos e experiências prévias.

RESENHA ARTIGO 1
DUARTE, Ana Luisa Nogueira et al. Análise dos riscos biomecânicos e de fadiga
em um sistema de rodízios: o caso da fábrica de ração. XL ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Foz do Iguaçu, 2020. Disponível
em: https://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_349_1794_41093.pdf. Acesso
em: 12 jan. 2023.

Resenhado por:
Dara Lima Medeiros - Faculdade Unileya

O artigo intitulado Análise dos riscos biomecânicos e de fadiga em um sistema de


rodízios: o caso da fábrica de ração, cujos autores são Ana Luisa Nogueira Duarte e
colaboradores, teve como objetivo detectar riscos biomecânicos, analisar e
apresentar propostas de intervenção para uma empresa de ração animal, localizada
na cidade de Pará de Minas/MG, onde realizou-se uma avaliação ergonômica de
três postos de trabalho da produção. Para a descrição da condição de saúde dos
trabalhadores, fez-se da observação direta nos postos de trabalho, aplicando o
Questionário Bipolar para Avaliação de Fadiga, equação de NIOSH e do método
RULA, identificando assim os riscos à saúde dos trabalhadores, tais como o
transporte manual de cargas, fadiga e a repetitividade. Os resultados permitiram à
avaliação e a elaboração de uma nova concepção de posto de trabalho que
minimize os riscos à saúde dos funcionários sem afetar a produtividade da empresa,
levando em conta o custo benefício da proposta.

Considerando esse esforço para alcances de mercado, a importância da


Análise Biomecânica no dia a dia de trabalho, é de suma importância para priorizar
as condições individuais dos trabalhadores, os riscos biomecânicos com trabalhos
em rodízio advindos das posturas adotadas durante suas atividades laborais,
priorizando ações a fim de minimizar ou modificar ocorrências dos dados relativos a
saúde dos trabalhadores sujeitos no cotidiano.
Um estudo foi realizado para atender uma demanda da Prática Curricular de
Extensão da disciplina de “Ergonomia Aplicada a Sistemas de Produção”, do curso
de Engenharia de Produção da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -
Campus Betim.
Primeiramente foi realizada uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), que
segundo Guérin et. al. (2004), busca entender a situação geral (demanda), o
trabalho prescrito (tarefa) e como o trabalho é realmente realizado (atividade). A
confrontação entre os três componentes estrutura um diagnóstico e os pontos de
correção e ajuste. O levantamento dos dados foi realizado por meios de entrevistas
e verbalizações tanto dos trabalhadores, quanto da supervisão. Utiliza também
observações, medições e registros das situações críticas, além da análise dos dados
de produção da empresa (Guérin, 2004).
Nessa pesquisa foram utilizados dois instrumentos para avaliar os riscos
biomecânicos. Um foi o Rapid Upper Limb Assessement (RULA), usado para
investigar a exposição de trabalhadores a fatores de risco associados a distúrbios
dos membros superiores, e a Equação de Limite de Peso Recomendado (LPR) do
National Institute for Occupacional Safety and Health – NIOSH (NIOSH, 1981), que
foi desenvolvida para se avaliar o risco de dor lombar associado ao manuseio de
cargas.
A empresa na qual foi fonte para este estudo é uma empresa de ração
animal, que está localizada na cidade de Pará de Minas/MG, funcionando desde
1996, com um quadro de 15 funcionários, com faixa etária de 18 à 32 anos, sendo
todos eles de sexo masculino e a maioria com 02 anos de experiência na função.
A partir das verbalizações e observações o grupo identificou que os
trabalhadores de três postos de trabalhos, a costura, o ensacamento e a
paletização, apresentavam um elevado número de reclamações relacionadas à dor
musculoesquelética e cansaço, sendo essa a demanda da AET. Para tentar sanar
essas queixas, a empresa adotou um sistema de rodízio diário entre as 03 funções,
mas sem sucesso efetivo, pois os funcionários continuaram com as mesmas
queixas.
Ao avaliar separadamente os itens que apresentaram os piores resultados, no
início, no meio e no final da jornada, percebe-se que os funcionários já chegavam
para trabalhar com certa fadiga acumulada. Essa situação pode ser explicada pela
sobrecarga física exigida nas 03 atividades laborais do rodízio e pelo curto espaço
de tempo para a recuperação das estruturas sobrecarregadas.
Após a AET realizada na empresa de produção de ração animal, percebe-se
que a implantação do rodízio das três atividades não foi efetiva, porque as três
possuem grande exigência física, especialmente para a região lombar e para os
membros inferiores. A partir desse diagnóstico, foi proposto para a fábrica na área
de ensacamento, conferência e costura dos sacos de ração, locais na qual exige
muito dos membros inferiores e onde há um grande risco de gerar fadiga a inserção
de tapete antifadiga.
A experiência da prática curricular de extensão permitiu uma aproximação do
conteúdo teórico da disciplina de “Ergonomia aplicada a sistemas de produção” com
a realidade das empresas. Os resultados alcançados pela AET realizada pelos
alunos permitiram identificar riscos biomecânicos, como má postura, manuseio de
carga e fadiga excessiva.
RESENHA ARTIGO 2
CÂMARA, Ana Alice da Silva et al. Análise ergonômica do trabalho: estudo de
caso em uma beneficiadora de castanha no interior do Rio Grande do Norte . XL
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Foz do Iguaçu, 2020.
Disponível em: https://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_349_1794_39738.pdf
Acesso em: 12 jan. 2023.

Resenhado por:
Dara Lima Medeiros - Faculdade Unileya

O artigo elaborado pelos autores Ana Alice da Silva Câmara e colaboradores,


intitulado Análise ergonômica do trabalho: estudo de caso em uma beneficiadora de
castanha no interior do Rio Grande do Norte, teve como objetivo identificar
possíveis esforços, más posturas e riscos no desenvolvimento de atividades em uma
empresa de pequeno porte beneficiadora de castanha no interior do Rio Grande do
Norte e apresentar medidas mitigadoras. A pesquisa contém uma análise
ergonômica em dois postos de trabalho, onde realizou-se a aplicação do método
RULA (Rapid Upper Limb Assessement) e o Diagrama de Áreas Dolorosas, para
identificar os principais problemas ergonômicos nos colaboradores. Nos principais
resultados explorou-se que a demanda postural dos dois postos de trabalho
analisados apresenta o nível 4 na escala do método RULA, o que significa que as
atividades devem ser investigadas e alteradas urgentemente, para evitar
complicações futuras na saúde. Apresentou-se sugestões de medidas preventivas e
corretivas para mitigar e/ou eliminar os riscos a que os colaboradores estão
expostos, como promover treinamentos e orientações para que os trabalhadores
desenvolvam suas ações de maneira ergonomicamente correta.

A ergonomia possui um carácter interdisciplinar e uma visão sistêmica dos


procedimentos de trabalho. “A ergonomia tem urna visão ampla, abrangendo
atividades de planejamento e projeto, que ocorrem antes do trabalho ser realizado, e
aqueles de controle e avaliação, que ocorrem durante e após esse trabalho” (IIDA,
2016). A Análise ergonômica do trabalho (AET) aborda as condições de trabalho
incluindo os aspectos associados às tarefas que o empregado desempenha para
realizar uma determinada atividade.
Conforme a Norma Regulamentadora de número 17, “para avaliar a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho,
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho”.
Conforme Iida (2016), posto de trabalho é a configuração física que envolve o
homem e as máquinas necessárias para a realização do trabalho, bem como o
ambiente que o envolve. Ainda segundo este autor, existem duas perspectivas para
a análise de um posto de trabalho: a perspectiva taylorista, que se fundamenta nos
princípios de economia dos movimentos, e a perspectiva ergonômica, que, a partir
da análise biomecânica da postura e interações entre homem, ambiente e máquina,
visa desenvolver postos de trabalho adaptados para o homem.
Na primeira etapa realizou-se a visita primordial para conhecer a empresa,
entender o funcionamento sua produção e suas etapas. A segunda etapa constitui-
se na visita seguinte, que possibilitou a arrecadação das informações necessárias
para formulação dos estudos.
Em favorecimento das visitas, assim pode-se fazer a coleta de todos os dados
necessários, realizada na terceira etapa, podendo assim aplicar os conhecimentos
adquiridos em sala. Com os dados em mãos, na quarta etapa pode-se preencher
todas as tabelas e quadros, que facilitam e organizam a compreensão dos dados. A
análise das informações constituiu a quinta etapa, assim, identificando as possíveis
falhas ergonômicas e entendendo as diferenças entre cada etapa da produção, bem
como as diferenças de cada trabalhador. Para finalizar, realizou-se a sexta etapa
composta pelas proposições de melhorias.
O presente estudo realizou uma análise ergonômica do trabalho em uma
empresa beneficiadora de castanha no interior do RN. Os resultados mostraram, de
maneira geral, que as posturas adotadas pelos os trabalhadores durante a
realização das suas atividades estão inadequadas. Ou seja, o serviço prestado pelos
empregados precisa ser reavaliado e melhorado com urgência, afim de evitar futuros
traumas musculares. Evidenciou-se que a aplicação dos métodos foi eficaz,
mostrando que as posturas aderidas devem ser considerados pelo responsável do
empreendimento.

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