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Resende
2020
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Resende
2020
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Banca examinadora:
____________________________________________________________
Luciano Velôzo Gomes Pedrosa - Cap
(Presidente/Orientador)
____________________________________________________________
Ubirajara Rodrigues - Cel
____________________________________________________________
Eliel Gonçalves Villa Nova - Cap
Resende
2020
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Dedico este trabalho à minha família, por me apoiarem em todas as situações em que
tive de tomar importantes decisões que mudariam totalmente os rumos de minha vida e,
principalmente, aos meus pais que dedicaram tanto tempo e suor em prol da minha educação e
da formação do meu caráter.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus que me deu o dom da vida e me guiou através de toda
minha trajetória até aqui. Agradeço aos meus pais por dedicarem tanto tempo e suor em prol
da minha educação e da formação do meu caráter. Agradeço ao meu orientador por todos os
ensinamentos e direções dadas para a formulação deste trabalho. Agradeço, também, aos
companheiros de arma por sempre se mostrarem presentes em todos os momentos, sejam os
de felicidades, ou sejam os de preocupação.
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RESUMO
“Sair do vermelho” e estar em uma condição financeira estável é o que traz tranquilidade para
muitos homens. Infelizmente, no Brasil, uma grande parcela da população se quer possui uma
educação financeira mínima, o que explica o grande número de inadimplentes no mercado
brasileiro. Além disso, a população brasileira também é caracterizada por um certo “impulso
para consumir”, ou seja, vê-se necessário adquirir determinado produto ou serviço a fim de
satisfazer um desejo. E, quando aliamos esse desejo à facilidade de crédito, obtemos uma
conta que, muitas vezes, não fecha da maneira mais desejada. Por ocupar um lugar nobre
dentro da nação brasileira, o oficial do exército brasileiro é detentor de uma remuneração
confortável se a compararmos com profissionais de outras carreiras no país, principalmente,
nos seus primeiros anos. Porém, isso pode vir alinhado com um consumo desenfreado,
ocasionando dívidas e dificuldades para a construção de um patrimônio financeiro estável.
Deve-se entender que, antes de tudo, o oficial do Exército Brasileiro é militar da ativa, e,
portanto, não possui um tempo disponível para estudar o mercado e entender todos os fatores
que influenciam o mesmo. Por isso, deve optar por uma opção simples e mais conservadora
de investimento, buscando sempre alcançar uma rentabilidade interessante no longo prazo, o
que não é difícil se o militar aplicar seus recursos com regularidade e disciplina, virtudes que,
inclusive, são muito bem valorizadas em nossa instituição.
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................11
1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................................12
1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................................12
1.1.2 Objetivos específicos .....................................................................................................12
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................13
2.1 INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA ...............................................................................13
2.2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA .........................................................................................13
2.3 REGRA DOS 80 .............................................................................................................13
2.4 ENDIVIDAMENTO........................................................................................................14
2.5 PERFIL DE INVESTIDOR ............................................................................................14
2.6 CARTEIRA DE INVESTIMENTOS .............................................................................15
3 REFERENCIAL METODOLÓGICO.........................................................................16
3.1 TIPO DE PESQUISA......................................................................................................16
3.2 MÉTODOS......................................................................................................................17
3.2.1 Avaliação do Perfil Financeiro..........................................................................................17
3.2.2 Avaliação do Conhecimento e do Hábito nos Investimentos .....................................18
3.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................................................19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................20
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................26
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................27
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1 INTRODUÇÃO
O equilíbrio financeiro é, sem dúvida, um grande objetivo a ser alcançado pelo homem
do século XXI. Desde cedo, percebe-se a importância de adquirir um bom patrimônio com a
finalidade de poder aproveitá-lo o mais cedo possível e da melhor maneira possível. Segundo
CERBASI (2013, p.256) “Saber investir é fundamental para alcançar a tão sonhada
independência financeira e um futuro mais tranquilo para você e seus dependentes”.
Infelizmente, a maioria dos brasileiros é caracterizada por receber uma educação
financeira precária e, muitas vezes, problemática. Isso cria diversos obstáculos ao investidor
iniciante que, geralmente, não conhece as diversas opções de investimento presentes no Brasil
e no mundo e, não investe de maneira inteligente parte de sua remuneração.
O oficial do exército brasileiro é detentor de uma remuneração confortável se a
compararmos com profissionais de outras carreiras no país, principalmente, no início da
carreira. Infelizmente, isso não vem necessariamente acompanhado por uma boa educação
financeira, podendo o militar cometer alguns erros na hora de administrar seu patrimônio.
Diante disso, encontra-se a seguinte problemática: quais são os obstáculos enfrentados
pelo oficial? O que o oficial não deve fazer ao investir? Quais qualidades o oficial deve
possuir? Quais alternativas o oficial possui para bem alocar seus recursos?
Esta pesquisa justifica-se por buscar uma forma adequada de investimento alinhada
com a rotina do oficial, que, na sua maioria, não possui um tempo na sua agenda destinado ao
estudo desse assunto. Trata-se também de mostrar ao oficial que “Se decidir manter uma vida
um pouco mais simples do que a que seus pares levam, apertando um pouco o cinto para
atingir seus objetivos em menos tempo, logo chegará o momento em que sua sensação será a
de que seu dinheiro jorra da conta bancária, multiplicando-se com facilidade”. (CERBASI,
Gustavo, 2013, p.17). Vale lembrar, também, que começar cedo e da forma correta pode
diferenciar um milionário de um endividado. Segundo CERBASI, Gustavo (2011, p.152) “É
menos difícil convencer um estudante que recebe R$ 6,00 mensais de bolsa-estágio a poupar
30% do que ganha do que convencer um chefe de família de 50 anos a poupar 10% da renda,
se ele nunca cultivou o hábito de fazer reservas”.
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1.1 OBJETIVOS
Apresentar uma forma de investir, que evite endividamento e crie condições que
proporcione equilíbrio financeiro ao oficial do Exército Brasileiro.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
“Independência financeira pode ser entendida como ter uma renda garantida que
satisfaça as nossas necessidades”. (FRANCISCHETTI; CAMARGO; DOS SANTOS,2014,
p.5). “Independência financeira não é apenas ter uma renda permanente que não diminua o
padrão de vida alcançado. O importante é definir qual será o padrão a ser mantido, e qual será
o valor financeiro suficiente para garantir este padrão, a fim de satisfazer as necessidades”.
(FRANCISCHETTI; CAMARGO; DOS SANTOS, 2014).
idade de 100, e esse deve ser o percentual de sua carteira em ativos de renda variável ou que
possuam maiores riscos.
No Brasil, especialistas recomendam ajustar essa fórmula para a regra dos 70 ou dos
80, devido ao maior risco dos investimentos no Brasil. Provavelmente, o motivo
desse maior conservadorismo seja uma combinação de maior risco de nosso
mercado de ações e de uma menor expectativa de vida. Se você não quer correr
riscos excessivos, sugiro ajustar a formulação para a regra dos 80, um número
razoável para a expectativa de vida da classe média brasileira. Segundo essa regra,
uma pessoa de 20 anos deveria investir 60% de sua poupança em ações, e reduzir
essa participação à medida que envelhece. Obviamente, essa regra supõe que o
investidor ativo ou um profissional do mercado de investimentos. (CERBASI, 2013,
p.115).
2.4 ENDIVIDAMENTO
3 REFERENCIAL METODOLÓGICO
Foi realizada uma pesquisa de campo realizada pelo autor com coleta de dados a fim
de avaliar o perfil financeiro em que se encontram os oficiais de carreira do Exército
Brasileiro. Esses dados foram restritos aos oficiais de carreira subalternos do EB formados na
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) há, no máximo, 6 anos.
Esta pesquisa foi desenvolvida através da plataforma Formulários Google e
disponibilizada aos colaboradores por meio do link
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeZd7rKE3j6qHkMVx_MvJAb82sZqhLxQ2D7
HmUegE2CcWdASw/viewform?usp=sf_link.
A pesquisa foi realizada com a colaboração de 25 militares nas condições informadas
acima que responderam às perguntas que lhes foram destinadas. As respostas foram colhidas
em um período de 30 dias, compreendendo os dias 20 de abril de 2020 à 20 de maio de 2020.
As variáveis da pesquisa foram: a capacidade de bem administrar o próprio soldo, a
posse ou não de dívidas, o hábito de poupar, as modalidades de investimentos já realizadas, o
perfil de investidor, a frequência dos aportes e os motivos para não poupar.
3.2 MÉTODOS
Cada indivíduo traz uma imagem diferente à mente quando se depara com o termo
“investimento”. A maioria do público nascido até a década de 80, acredita muito no
investimento em imóveis, pois “ Os imóveis eram uma alternativa segura de manter seu
patrimônio sem que este fosse devorado pela inflação e, também, porque até pouco tempo
atrás havia escassas alternativas de investimentos para quem possuía um patrimônio menor”.
CERBASI (2013, p.220).
Já o público mais jovem, devido ao advento da internet e das mídias sociais desde o
início do século XXI, procura por alternativas menos burocráticas e mais simples no momento
de realizar um investimento. Hoje, com alguns cliques é possível adquirir diferentes
modalidades de investimento e realizar a montagem de uma carteira dinâmica e resistente às
variações do mercado financeiro.
Vale lembrar que os oficiais subalternos do EB constituem um grupo jovem, recém
egressos do universo acadêmico e, por isso, estão habituados com a utilização dos meios
digitais presentes para as finalidades mais diversas. Toda essa evolução facilita o acesso às
mais diversas modalidades de investimentos, como: caderneta de poupança, títulos públicos,
fundos imobiliários, ações, opções, fundos de investimento, entre outros. Com a pesquisa
realizada, foi possível observar a quantidade de oficiais que já realizam alguns investimentos
e, ainda, quais os tipos de investimentos mais frequentes nesse universo.
Outra virtude importante nos investimentos é a disciplina para com os investimentos.
Muitos leigos acreditam que é necessário ter um patrimônio vultuoso antes de investi-lo,
porém, a consistência nos aportes, independentemente do valor, é o verdadeiro segredo para o
sucesso no longo prazo. “ Não espere ter uma fazenda um trator potente e uma colheitadeira
para começar a plantar. Se tem pouco para investir, comece com o que tem, mas plante com
consistência. Quanto mais tempo tiver pela frente, mais seus pés de dinheiro se multiplicarão
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise da pesquisa também nos permite concluir que a grande maioria do público
(76%) já possui o hábito de realizar aportes mensais (Gráfico 4). Dessa forma, entende-se que
os oficiais, que já foram exaustivamente cobrados quanto à sua disciplina durante todo seu
processo de formação, possuem a mesma disciplina para com os seus investimentos, o que, no
longo prazo, possibilita uma maior valorização do capital investido.
Torna-se importante ressaltar que as modalidades mais utilizadas pelo público alvo
foram os títulos públicos federais (61,9%) e os CDBs (61,9%), ambos ativos de renda fixa.
Isso mostra que a maioria do universo dos oficiais apresenta uma aversão ao risco, aplicando
seu patrimônio nas modalidades mais seguras, porém que não entregam rendimentos acima da
taxa de juros nominal.
Também fica claro a pouca exposição do público alvo aos investimentos
internacionais, como BDRs (4,8%). O fato de deixar todo o capital em uma só moeda (Real)
pode não ser a melhor opção, já que o Brasil não possui uma economia tão bem consolidada
como alguns países de primeiro mundo. Alocar uma determinada parcela do capital em
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computadores. Enquanto isso, 16% dos oficiais afirmou não se sentir seguro com o cenário
atual, o que reforça a tese de que, geralmente, o oficial possui um perfil avesso ao risco.
Apenas 12% afirmou não realizar nenhum investimento pois não sobra dinheiro,
caracterizando uma falta de controle no orçamento desses militares, pois o investimento é
necessário para uma vida financeira tranquila e equilibrada.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que quase a totalidade dos militares questionados possuem confiança para
administrar bem seu soldo de oficial do Exército, o que é um fator importantíssimo na tomada
de decisões durante toda a carreira. Para se tomar boas decisões, primeiramente é necessário
estar seguro e confiante.
O índice de endividamento dos oficiais que constituíram o universo da pesquisa foi
bem baixo, principalmente quando o comparamos ao índice das famílias na sociedade
brasileira. O fato de não possuir dívidas garante uma certa tranquilidade ao indivíduo no
momento de planejar sua vida financeira e, de certa forma, o militar que inicia sua carreira
endividado encontra-se há alguns passos mais distante de adquirir sua própria independência
financeira.
Por isso, o oficial do EB deve se manter atento às tentações de consumir um bem ou
um serviço que não cabe no seu orçamento naquele momento de sua carreira, pois estar em
conflito com a sistemática dos juros compostos nunca será uma boa opção. O baixo índice de
endividamento e o hábito de poupar uma parcela da remuneração constituem uma excelente
base para a construção de um patrimônio capaz de possibilitar uma vida financeira equilibrada
e estável ao oficial de carreira do Exército Brasileiro.
Ao analisarmos o perfil de investidor dos oficiais que constituíram o universo da
pesquisa, observa-se que a grande maioria apresenta um perfil conservador ou moderado.
Nota-se, também, que se torna inviável a aplicação da “regra dos 80” para esse público, visto
que essa regra supõe que o investidor seja ativo ou um profissional do mercado de
investimentos, o que descaracteriza o oficial do EB.
Como conclusão, apresenta-se dois exemplos de constituição de uma carteira de
investimentos, uma para um perfil conservador e outra para o perfil moderado, sendo ambas
recomendadas por uma instituição financeira reconhecida no cenário nacional. As carteiras
apresentadas possuem um caráter simples e de fácil compreensão, a fim de bem recepcionar o
militar no mercado financeiro. Com o tempo, o próprio indivíduo acaba por adquirir certa
experiência e termina por não depender de uma instituição financeira para tomar todas as
decisões em seu lugar.
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Por fim, é importante que sejam realizados ainda mais estudos com a finalidade de
criar um conteúdo mais direcionado aos oficias de carreira do Exército Brasileiro, para que
esses adquiram um maior conhecimento a respeito do assunto e possam realizar seus
investimentos, na prática, com maior segurança e, dessa forma, possibilitar uma vida
financeira com equilíbrio que, como consequência, trará um bom rendimento em todas as
missões que serão realizadas ao longo de sua carreira.
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REFERÊNCIAS
CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira pessoal
na prática. Rio de janeiro: Elsevier, 2009.
CERBASI, Gustavo. Pais inteligentes enriquecem seus filhos. Rio de Janeiro: Sextante,
2011.
LEMES Júnior, Antônio B.; RIGO, Cláudio M.; CHEROBIM, A. Paula M. S. Administração
Financeira: princípios, fundamentos e práticas trabalhistas. 2ª ed. RJ: Elsevier, 2005.
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