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CURSO JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO

DISCIPLINA: CASAMENTO CIVIL


Para casar no civil os noivos devem apresentar os documentos necessários no cartório
mais próximo da casa de um deles para dar o início ao processo de casamento. Entenda
como funciona esse processo:
O casamento civil é um contrato firmado entre duas pessoas que desejam constituir uma
família. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam,
perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

CASAMENTO CIVIL: DISPOSIÇÕES GERAIS

Para tirar as dúvidas sobre a realização do


Casamento Civil, o material aqui
apresentado possui uma série de matérias
que descrevem as leis do Código Civil
Brasileiro para o Casamento. O Capítulo 1
trata das Disposições Gerais.
Art. 1.511. O casamento estabelece
comunhão plena de vida, com base na
igualdade de direitos e deveres dos
cônjuges.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuito a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão
isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as
penas da lei.
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na
comunhão de vida instituída pela família.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam,
perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do
casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo
efeitos a partir da data de sua celebração.
Primeiro capítulo do Código Civil
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos
para o casamento civil.
§ 1º - O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa
dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por
iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a
habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova
habilitação.
§ 2º - O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá
efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro
civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo
do art. 1.532.
§ 3º - Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos
consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

CASAMENTO CIVIL PASSO A PASSO

Primeiro passo: a habilitação de casamento


O primeiro passo é o pedido de habilitação do casamento. Os noivos devem comparecer
ao cartório de Registro Civil mais próximo da residência de um deles, para se submeterema
um processo averiguação, no qual devem provar que estão livres e desimpedidos para
casar. Nesta etapa, que deve acontecer pelo menos 30 dias antes da cerimônia, o casal
deve apresentar todos os documentos necessários para o casamento. Você mesmo pode
fazer esses documentos, evitando contratempos e agilizando o atendimento no cartório,
veja abaixo algumas opções.
Estando os documentos em ordem, o oficial afixa os proclamas do casamento em local de
fácil acesso do cartório e publica na imprensa local para conhecimento público. Se em um
prazo de 15 dias não houver nenhum impedimento, os noivos estarão aptos para casar
dentro do prazo de 90 dias corridos.
Segundo passo: agendamento da cerimônia
Após o prazo de 20 a 30 dias, os noivos poderão se casar e a cerimônia poderá ser
realizada no próprio cartório ou em diligência (buffet, residência, etc.).
Se o casamento for em diligência, é necessário agendar a cerimônia no cartório
competente.
Terceiro passo: a cerimônia
A cerimônia é realizada no local e data agendada na presença do juiz de casamentos, o
escrevente autorizado, os noivos e padrinhos. Após ter ouvido dos próprios noivos a
confirmação de que persistem na proposta de se casarem por livre e espontânea vontade, o
juiz declarará efetuado o casamento civil. Em seguida, após a assinatura dos termos, os
noivos recebem das mãos do juiz a certidão de casamento.

QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS PARA OCASAMENTO


CIVIL

Código Civil Brasileiro para o Casamento:


O casamento civil tem duas fases, por assim dizer. A primeira delas é o momento em que
ocorre a entrega dos documentos, em que o casal deve comparecer ao cartório munido de
certidão de nascimento e RG originais, comprovante de residência recente e original, além
de levar duas testemunhas munidas de RG original. Após isso, transcorrerá um prazo de
duas semanas, chamado de período dos proclamas, em que há a confirmação oficial de
que de fato não há nada que impeça a união.
Se tudo estiver em ordem, o oficial
certifica que os noivos podem se casar, e
determina um prazo de até três meses
para que o casamento seja oficializado.
Caso esse prazo seja perdido, é necessário
reiniciar todo o processo do começo.
Depois desse primeiro passo, acontece o casamento em si. É preciso decidir qual o regime
de união (comunhão parcial, universal ou separação total de bens), e comparecer na data
determinada no cartório com as testemunhas, e os parentes e amigos mais próximos caso
seja a vontade do casal.
Há também o casamento religioso com efeito civil, que é celebrado fora do cartório em
local escolhido pelo casal. Ele precisa ser celebrado em local público, a portas abertas,
assim como o casamento civil tradicional. Após a cerimônia, o padre, rabino, pastor, ou
outro representante religioso fornece um Termo de Casamento, que deve ser encaminhado
ao cartório em até 90 dias corridos para que seja feito o registro do casamento. Se esse
procedimento não for feito dentro do prazo, a união não é oficializada e os noivos
permanecerão solteiros. Providências para o Casamento Civil:
 Documentos para o Casamento Civil
 Regime de Bens no Casamento Civil
 Pacto Antenupcial
 Lista de Cartórios de Registro Civil
 Padrinhos / testemunhas para o Casamento Civil
 Onde pode ser realizado o Casamento Civil
 Idade dos Noivos
 Nome dos Noivos
 Roupas para o Casamento Civil

CAPACIDADE PARA O CASAMENTO

Código Civil Brasileiro para o Casamento:


Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se
autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não
atingida a maioridade civil.
Segundo capítulo do Código Civil Parágrafo único. Se houver divergência entre
os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores
revogar aautorização.
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida
pelo juiz. Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem
ainda não alcançoua idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou
cumprimento de pena criminal ou emcaso de gravidez.
DISCIPLINA: CERIMÔNIA DE CASAMENTO
Quando um casal evangélico (popularmente conhecido como "protestante" ou "crente")
resolve contrair matrimônio, surge a primeira pergunta: vamos casar só no civil ou
precisamos de uma cerimônia religiosa para oficializar nosso casamento?

Para os evangélicos, o casamento não é um sacramento (fase obrigatória da vida do


cristão), mas a igreja considera o casamento uma "instituição divina", importante para
formalizar a união diante da comunidade e, principalmente, para pedir a benção de Deus
para os noivos. Assim, encontra-se a necessidade do Ministro Religioso, que precisa
conhecer as fases deste processo matrimonial.

O CASAMENTO EVANGÉLICO

Diferente do casamento católico, no casamento evangélico não há juramento, e


sim um compromisso de amor, fidelidade e respeito mútuo. Mas as diferenças não param
por ai: a cerimônia evangélica é mais informal geralmente destituída de ritos tradicionais.
Normalmente, são previstos apenas uma madrinha e um padrinho, que têm
funções específicas. A ela cabe segurar o buquê da noiva, a ele, passar as alianças na hora
da benção. Os pais dos noivos não costumam ficar no altar junto com os noivos. Devem
sentar-se nos primeiros bancos, lado a lado, logo atrás da noiva e do noivo. O pai da noiva,
depois de entregar a filha no altar, junta-se a eles.
Os noivos costumam ter uma conversa prévia com o pastor ou celebrante para
se conhecerem melhor e para definirem as características do evento. Além do
compromisso firmado, os noivos costumam prestar homenagens recíprocas, cantando
músicas ou contanto seu testemunho de vida e a história do casal.
Pode ser realizada também uma ceia especial - comunhão - onde noivos e
convidados comem pão e tomam vinho (ou suco de uva) junto com os convidados. O
celebrante faz uma preleção espontânea, onde costuma falar do casal, da importância da
família e da presença de Deus em todos os aspectos da vida.
Em seguida é feita uma oração em que se pede a benção de Deus na vida da nova
família. Pode ser combinado também o testemunho de parentes ou amigos do casal, assim
como orações improvisadas ou do "Pai Nosso", que tem poucas diferenças do que é
rezado pelos católicos.
Hoje em dia, muitas cerimônias evangélicas de casamento têm incorporado
elementos tradicionais do cerimonial de outras religiões, como o católico e o judaico e
outros novos, do chamado "Movimento Gospel", como o cortejo da noiva, louvores com
dança, etc.

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DECASAMENTO

Ainda que no casamento se cultue a Deus, a cerimônia de casamento, em si, não


é um culto, e mesmo que nela haja muitos crentes, a cerimônia de casamento, em si, não
é a igreja reunida.
– Melhor perguntando: O que é uma cerimônia de casamento evangélica?
Pode-se dizer que é o momento em que o casal sela sua aliança de amor.
Momento em que a família, a igreja e a sociedade são solenemente informados do contrato
matrimonial que foi celebrando. Sendo momento em que todos, numa só voz, pedem a
bênção de Deus sobre o casal.

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

1. COMBINE TODOS OS DETALHES COM OS NOIVOS


O celebrante deve conversar com o casal antes do casamento para inteirar-se da
maneira como eles esperam que a cerimônia seja realizada (a ordem de entrada, as
músicas que serão tocadas e cantadas, as participações especiais etc.).
Se houver algum ponto em que o celebrante não concorda, devido às suas
convicções pessoais, deve ser honesto com os noivos e encontrar uma solução. Se não
houver acordo, peça, gentilmente, para ser dispensado da tarefa, explicando-lhes os
motivos.

2. DOMINE O AMBIENTE
Estando tudo acertado, obtenha dos noivos autoridade para ajeitar o ambiente,
se for preciso.
Se a cerimônia for realizada num ambiente alternativo, como num restaurante,
por exemplo, exija que todas as cadeiras fiquem dispostas em filas, como num ambiente
de igreja (jamais permita que sejam colocadas em círculo, pois, nesta posição, as pessoas
fatalmente ficarão conversando umas com as outras durante a cerimônia, atrapalhando).
Uma ideia bastante eficiente é colocar um aviso em todas as mesas pedindo que as
posições das cadeiras sejam mantidas até o final da cerimônia.
Chegue meia-hora antes para verificar o sistema de som, a posição da mesa, do
genoflexório etc.
Antes de iniciar a cerimônia, verifique mais uma vez a posição das cadeiras,
pois, infelizmente, algumas pessoas parecem ter prazer em tumultuar casamento
evangélico. Seja firme neste ponto e em qualquer outro que você perceba que poderá gerar
problema.

3. COMO INICIAR A CELEBRAÇÃO?


a) Fique em pé no local onde você irá celebrar a cerimônia.
b) Espere que entrem todos os participantes (padrinhos, crianças, pais, noivo,
noiva etc.)

c) Peça que todos os presentes fiquem em pé.


Agradeça a presença de todos, em nome dos noivos e das famílias e diga-
lhes o objetivo da cerimônia: “Estamos aqui reunidos para pedir a bênção de
Deus paraeste casal”.
Anote o nome dos noivos (para não correr o risco de “dar um branco”).
d) Faça uma oração pedindo a bênção de Deus sobre a cerimônia,
para que seja “boa, agradável e perfeita”.
e) Após a oração, leia o texto bíblico escolhido, peça que todos
se assentem(exceto os noivos, é claro).
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4. FIQUE DENTRO DO ROTEIRO QUE FOI COMBINADO
a) Após a leitura bíblica, geralmente há a apresentação de uma canção ou hino,
mas se não houver, siga o roteiro.
b) Não improvise nada, fique dentro do que foi combinado.
c) Faça tudo com simplicidade e bom gosto.
d) Apresente a mensagem que Deus colocou em seu coração.

5. ESCOLHA UMA MENSAGEM APROPRIADA PARA A OCASIÃO


– Evite temas polêmicos.

– Evite temas teológicos.


– Evite falar de divórcio.
– Evite mensagens evangelísticas.
– Evite falar demais (se você estiver bem preparado, uma boa mensagem de10
a 15 minutos será mais que o suficiente).
– Evite falar de você mesmo, da sua família ou do seu casamento.
– Evite ficar dando conselhos sobre vida conjugal (isso deve ser feito nas
reuniões com o casal, antes do casamento).
As mensagens adequadas são aquelas que falam de amor, da alegria de uma vidaa
dois, da certeza da vitória etc.

6. O MOMENTO DOS VOTOS


Há várias maneiras de se conduzir este momento.
– Alguns noivos fazem seus votos voluntariamente e sem anotações.
– Outros, trazem seus votos escritos para ler neste momento.
– No entanto, o mais comum é o celebrante ler os votos para os noivos
repetirem.
– Somente peça para os noivos declararem sozinhos os seus votos
matrimoniais se isso foi combinado anteriormente (nada de improvisação em casamentos,
pois todos estão ansiosos ou nervosos e improvisações certamente vão dar errado).
– Leve os votos escritos, de preferência já com o nome completo dos noivos.
– Leia devagar e pausadamente, respeitando os pontos e vírgulas, com a
entonação solenemente adequada (ensaiar em casa e pedir para alguém nos corrigir é uma
prática muito saudável).
– Ao final de cada voto, garanta que todos ouçam o “SIM” dos noivos. Se um
deles falar muito baixo, peça gentilmente para repetir.
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DISCIPLINA: JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO


Juiz de Paz Eclesiástico é a autoridade dotada de função indelegável, conferida pela
própria Constituição da República, com competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
previstas na legislação. A Lei confere o exercício da autoridade civil aos Ministros
Religiosos (Pastores), devidamente credenciados em sua respectiva denominação, e
deverá se encontrar regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ), desde que se encontrem na condição de membros ativos de uma Associação
representativa de classe, portadores dos respectivos documentos de identificação, a lei
confere a função de Ministro Religioso da Justiça de Paz (Ministro da Justiça de paz).
CBO 2631
Os profissionais podem desenvolver suas atividades como consagrados ou leigos, de
forma profissional ou voluntária, em templos, igrejas, sinagogas, sociedades beneficentes
e associações religiosas, organizações não-governamentais, instituições públicas e
privadas. Uma parte de suas práticas tem caráter subjetivo e pessoal e é desenvolvida
individualmente, como celebrações, cultos etc.

NOMEAÇÃO DE PASTORES A JUIZ DE PAZECLESIÁSTICO

O título de Juiz de Paz Eclesiástico é um título Honorífico, já que cada Ministro do


Evangelho pode celebrar casamento Religioso com efeito civil, conforme as Leis
resumidas abaixo:
De acordo com a CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,
Capítulo VII, Artigo 226, parágrafo 2º da LEI 1.110 de 23 de Maio de 1950 e da LEI Nº
6.015 de 31 de Dezembro de 1973, mediante Certidão de Habilitação para casamento
Civil e em casos específicos sem habilitação, estabelecidos pelos artigos 1515 e 1516 do
Novo Código Civil Brasileiro, todos os Ministros religiosos atuantes em seus ministérios
poderão exercer e serem titulados JUIZES DE PAZ ECLESIÁSTICO.
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JUIZ DE PAZ ECLESIÁSTICO

É a autoridade dotada de função condição de membros ativos de uma


indelegável, conferida pela própria Associação representativa de classe,
Constituição da República, com portadores dos respectivos documentos
competência para, na forma da lei, de identificação, a lei confere a função de
celebrar casamentos, verificar, de ofício Ministro Religioso da Justiça de Paz
ou em face de impugnação apresentada, (Ministro da Justiça de paz).
o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter
jurisdicional, além de outras previstas na
legislação a Lei confere aos Ministros
Religiosos o exercício da autoridade
civil aos Ministros Religiosos (Pastores),
devidamente credenciados em sua
respectiva denominação, a qual deverá se
encontrar regularmente inscrita no
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ), desde que se encontrem na
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FUNÇÃO JUIZ DE PAZ

A Constituição da República Federativa do Brasil, assim como o Código Civil Brasileiro,


por intermédio da disposição estatuída em seu artigo 1515, ART 1515-1516 conferem ao
Ministro Religioso, desde que preencha as condições especificadas no tópico anterior, a
qualidade de Ministro Religioso da Justiça de Paz, com competência para a celebração do
casamento civil, na modalidade religiosa com efeitos civis mediante habilitação prévia e
podendo ser também com habilitação posterior. Função primordial e de grande
reconhecimento inerente ao Ministro Religioso da Justiça de Paz consubstancia-se na
possibilidade de celebração do casamento civil, no mesmo ato e momento da celebração do
casamento religioso. Ou seja, o Pastor, após o término da realização da cerimônia religiosa
do matrimônio, em que esteve investido na condição da autoridade religiosa, em ato
subsequente, com a permanência dos noivos no altar, assume autoridade civil, e realiza a
celebração do casamento civil, nos termos da lei, perante toda a Igreja.

CELEBRAÇÃO

O casamento civil é cercado de inúmeras formalidades que o poder legislativo julgou


necessárias a sua celebração. Daí resulta que os Estados federados, na forma da
organização Judiciária de cada um, se fazem representar nas celebrações, pelo juiz e paz,
que é quem fala pela lei, após regulamentar habilitação dos pretendentes, declara-os
casados, mediante a manifestação positiva de cada um deles, depois da indagação
individual que faz um ao outro, se é de livre e espontânea vontade a união que então
celebram.
É curioso observar que a manifestação da vontade deve ser feita de um para outro
contraente, não podendo comparecer um depois do outro. E mais que caso seja impossível
aos contraentes fazer a declaração de vontade nupcial oralmente, podendo manifestá-la por
inscrito ou por mímica, desde que compreensível. Válida, também, será a declaração em
língua estrangeira estando os nubentes assessorados por interprete juramentado.
E o desfecho da formalidade que deve ser considera com a maior respeitabilidade é tido
com as seguintes palavras que são extraídas da própria lei civil, que declaram efetuado o
casamento: “de acordo com a vontade que ambos os acabais de afirmar perante mim, de
vós receberdes por marido e mulher, em nome da lei, vos declaro casados.” (Código Civil,
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Art 1.535, “in fine”). O casamento, porém, não se realizará se não houver resposta ou se um
dos contraentes nela inserir qualquer restrição. A Justiça de paz no Brasil conta mais de 170
anos; e a função do Juiz de Paz é indelegável, portanto autoridade alguma, por maior
qualificação que detenha, poderá substituí-lo.
Após a manifestação dos contraentes e o pronunciamento oficial do juiz de paz declarando
–os casados, o oficial do Registro Civil, funcionando como escrivão do juiz de paz, lavra o
termo do casamento e colhe as assinaturas do Juiz, dos contraentes e das testemunhas, após
a sua leitura em voz alta e na linguagem pátria.
Juiz, escrivão, contraentes e testemunhas devem trata-se com o decoro necessário e
condizente à elevada importância do ato; Já de longa data, as Organizações Judiciárias de
muitos dos Estados Brasileiros, no tocante a Justiça e paz, tem determinado que, além da
vestimenta a contento do Juiz e demais participes da cerimônia civil, deva aquele usar uma
faixa verde-amarelo de dez centímetros de largura, que portará a tiracolo, do lado direito
para o esquerdo. E que, após a oficialização da celebração, saúde os contraentes e lhe passe
mensagens de otimismo e de incentivo à nova vida a dois que de então terão porsi.
O local da celebração normalmente se dá na própria serventia registral, muito embora
possa também ocorrer em casa particular ou sedes de clubes e associações, conservando- se
em quaisquer casos, as portas abertas durante a celebração do ato, sendo permitida a
entrada de todas as pessoas que o desejarem; isto para dificultar intimidação ou qualquer
tipo de influência sobre a vontade dos contraentes, que deve ser livre é deles. A data
geralmente conjuga-se com a publicação os proclamas, salvo necessidade de dispensa
deste por motivos aplausíveis e devidamente comprovados. A celebração do ato poderá dar
–se em qualquer dia da semana. A hora deve compreender-se do nascer ao pôr-do- sol.
Enquanto a habilitação para o matrimonio civil deve ocorrer pelo menos no lugar da
residência de um dos pretendentes, à celebração matrimonial são dois atos distintos. Disso
resulta que não obstante a habilitação haver ocorrido numa circunscrição registral, a
celebração pode ser realizada noutra mediante o fornecimento pela serventia habilitante, de
uma certidão especial contendo todos os dados da habilitação, que será a base de
informações para a serventia de registro do ato. Esta deverá posteriormente comunicar à
serventia habilitante, a efetivação do ato matrimonial.
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DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO DO CASAMENTO


O CASAMENTO NO NOVO CÓDIGO CIVIL

BREVE ANÁLISE DAS REGRAS GERAIS DE TRANSIÇÃO.


A edição de uma nova lei alterando disposições de uma lei anterior provoca um
conflito de leis no tempo, resolvido por princípios e disposições legais. Um dos princípios é o
da aplicabilidade imediata da lei nova, a partir de sua entrada em vigor. Assim, as disposições
do Novo Código Civil deverão ser aplicadas integralmente a partir do início de sua vigência,
ou seja, em 11/01/2003. Outro princípio é o da irretroatividade da lei, o qual impede que o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada sejam atingidos pela lei nova
(Constituição Federal, artigo 5.º, XXXVI, e Lei de Introdução ao Código Civil, artigo 6.º, § 1.º
e 2.º). Por fim, merece menção o princípio segundo o qual a lei nova que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

O Novo Código Civil expressamente dispõe no artigo 2.043 que até que por outra
forma se disciplinem, continuam em vigor as disposições de natureza processual ou
administrativa, constantes de leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporados ao
Código.

O casamento é um ato solene precedido de um processo de habilitação, que culmina


a expedição de certidão (ou certificado, segundo o Novo Código Civil) de habilitação; e, em
se tratando de casamento religioso, tem seu registro feito posteriormente à celebração.

Desta forma, teremos no dia 11/01/2003 muitos casamentos em fase de habilitação;


alguns pendentes de celebração, com a expedição de certidão de habilitação; e casamentos
religiosos realizados e pendentes de registro. Acresce, ainda, a possibilidade de aplicação da
nova legislação a casamentos celebrados e registrados antes da entrada em vigor do Novo
Código Civil, especialmente a possibilidade de modificação do regime de bens. O
registrador civil deve estar, portanto, preparado não apenas para a correta aplicação das
novas disposições legais, como também para a fase de transição.
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PRAZO DE REGISTRO DO CASAMENTO RELIGIOSO

O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei (CF, artigo 226, § 2.º). O
Novo Código Civil, em seu artigo 1.514, dispõe que a produção de efeitos a partir da data da
celebração depende de registro, a ser feito no prazo de noventa dias da realização, mediante
comunicação do celebrante ou por iniciativa de qualquer interessado (Novo Código Civil,
artigo 1.516, § 1.º). Ressalte-se que os casamentos celebrados até 11/12/2002 estarão sujeitos
ao prazo de trinta dias (Lei 6.015/1973, artigo 73), enquanto os celebrados a partir de
12/12/2002 terão prazo de noventa dias para registro. Os nubentes deverão ser esclarecidos do
prazo para registro, observando-se a orientação referida.

DOCUMENTOS PARA HABILITAÇÃO

Inovou o Novo Código Civil ao exigir a instrução do requerimento de habilitação para


o casamento certidão de nascimento ou documento equivalente (artigo 1.525, I), ao invés de
provas de idade (artigo 180, I, do Código Civil vigente). A exigência de certidão de nascimento
terá amparo na lei a partir de 11/01/2003. Antes dessa data os nubentes poderão apresentar
prova de idade que não a certidão de nascimento. Tal fato não impedirá a expedição do
certificado de habilitação na vigência do Novo Código Civil.
A alteração mencionada terá reflexos na certidão ou certificado de habilitação e no
assento de casamento. No artigo 1.536, V, o Novo Código Civil estabelece, repetindo o artigo
70, 5.º, da Lei 6.015/1973, que constará do assento de casamento a relação dos documentos
apresentados ao oficial de registro.
A certidão ou certificado de habilitação deverá mencionar os documentos
apresentados de acordo com a lei em vigor na data do requerimento. Assim, se o processo de
habilitação de casamento foi iniciado sob a égide do Código Civil atual, a relação será baseada
no artigo 180. Convém ressaltar que a partir de 11/01/2003 os certificados de habilitação
expedidos e os assentos de casamento lavrados, devem, ao indicar o artigo 180 referi-lo como
do Código Civil anterior (Lei 3.071/1916).
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HOMOLOGAÇÃO DA HABILITAÇÃO DOCASAMENTO PELO


JUIZ

A Lei 6.015/1973 estabelece que os autos do processo de habilitação de casamento


serão encaminhados ao juiz, que decidirá sem recurso, somente nas hipóteses de oposição de
impedimento ou impugnação pelo órgão do Ministério Público (artigo 67,
§ 2.º e § 5.º).
Segundo o Novo Código Civil (Lei 10.406/2002), a habilitação será feita perante o
oficial de Registro Civil e, após a audiência do Ministério Público, será homologada pelo juiz
(artigo 1.526). Assim, a nova lei dispõe claramente que será necessária, sempre, a
homologação do juiz. Contudo, não esclarece quem é a autoridade competente para tanto: o
juiz de paz ou o juiz de direito.
A Constituição Federal de 1988 estabelece que os Estados criarão justiça de paz, com
competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de
impugnação apresentada, o processo de habilitação (artigo 98, II). Nossa Lei Maior prevê,
destarte, como competente para verificação de ofício do processo dehabilitação, a justiça
de paz. Aliás, pelo Código Civil atual (Lei 3.071/1916), compete a quem presidir a celebração
opor os impedimentos do artigo 183, I a XII (artigo 189, II), dever mantido pelo Novo Código
Civil (artigo 1.522, parágrafo único).
A partir da vigência da lei nova, os impedimentos continuarão sendo declarados pelo
juiz de paz e oficial de registro (artigo 1.522, parágrafo único), e opostos pelo Ministério
Público (Lei 6.015/1973, artigo 67, § 2.º). Assim sendo, a exigência de homologação da
habilitação pelo juiz de direito, quando não declarado ou oposto impedimento, implicaria na
desnecessária apreciação do processo por uma quarta autoridade. Conclui-se, então, que a
homologação da habilitação será feita pelo juiz de paz. O juiz de direito deverá se pronunciar
apenas quando haja oposição de impedimentoou impugnação do Ministério Público.

Por fim, deve ser ressaltada a conveniência da consulta, pelo oficial de registro ao
Juízo Corregedor, para verificar qual o procedimento a adotar em face do referido artigo
1.526.
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DISCIPLINA: ORDENANÇAS RELIGIOSAS


CERIMÔNIA DE CASAMENTO

O casamento é uma instituição civil e religiosa, estando, portanto, sujeito a regulamentos


jurídicos.

O pastor deve familiarizar-se com as leis do Estado e da Nação onde estiver celebrando esta
cerimônia, pois só assim manterá sua consciência tranquila, sabendo que está cumprindo os
requisitos da lei. Além disto, deve manter um registro no qual fará constar os casamentos
realizados em sua igreja, com todos os dados necessários, e a assinatura dos cônjuges, das
testemunhas e do ministro oficiante.

A cerimônia pode ser celebrada no templo, ou em uma casa particular, mas sempre na
presença de testemunhas.

Convém que o pastor e os cônjuges ensaiem antecipadamente a ordem do programa da


cerimônia para evitar confusões. O pastor deve orientar e participar de um ensaio com as
pessoas envolvidas, mostrando como se deve entrar e sair durante uma cerimônia nupcial.

Nota: Em algumas cidades brasileiras, o pastor, antes de realizar a cerimônia religiosa, exige
dos nubentes a certidão de casamento civil. Porém, em outras cidades, o pastor realiza o
Casamento Religioso para Efeitos Civis. Nesse último caso, antes de realizar a cerimônia, o
pastor exige dos noivos a certidão de habilitação para eles poderem se casar. Essa certidão é
requerida junto ao cartório do distrito de residência de um dos nubentes. De posse desse
documento, o pastor realiza o Casamento Religioso para Efeitos Civis.

Na semana seguinte à cerimônia, o casal ou um de seus familiares, encaminha ao cartório o


Termo de Casamento Religioso para Efeitos Civis, comprovando a realização da cerimônia
religiosa, e solicitando a Certidão de Casamento, devidamente registrada. Pastores que
exigem antecipadamente a apresentação da certidão de casamento civil estão, inad-
vertidamente e sem necessidade, colocando-se em uma posição inferior a da autoridade civil.

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