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Faculdade de ciência e saúde

Curso de Licenciatura em Medicina / 2º ano – semestre


II

Grupo 1

Cadeira: Psicologia Médica

Tema: Teorias da personalidade segundo Abraham Maslow e Carl Roger

Discentes:

Arlindo Remigio Daudi

Badurshint Ramshint Badurshint

Celestino Muthemba Júnior

Kelvin Ruben Juvêncio

Docente: Doutoranda Maria Alice Luís

Nampula, Janeiro de 2023

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Arlindo Remigio Daudi

Badurshint Ramshint Badurshint

Celestino Muthemba Júnior

Kelvin Ruben Juvêncio

Tema: Teorias da personalidade segundo Abraham Maslow e Carl Roger

Trabalho de caracter avaliativo, correspondente


ao mini-teste 2, na cadeira de Psicologia
Médica, lecionada pela Doutoranda Maria
Alice.

Nampula, Janeiro de 2023

1
Índice
1. Introdução......................................................................................................................3

2. Objetivos........................................................................................................................4

2.1. Objetivo geral.........................................................................................................4

2.2. Objetivos específicos..............................................................................................4

3. Revisão da literatura......................................................................................................5

3.1. Teorias da personalidade segundo Abraham Maslow e Carl Roger.......................5

3.2. Origem das teorias da personalidade......................................................................5

3.3. Teorias fenomenológicas........................................................................................5

3.3.1. Teoria do Self, de Carl Rogers.........................................................................6

3.3.2. Mensuração da personalidade: partindo da perspectiva fenomenológica.......7

3.3.3. Teoria Fenomenológica: Comentários Críticos...............................................8

3.4. Teoria da personalidade segundo Abraham Maslow..............................................9

3.4.1. Conceitos principais........................................................................................9

3.4.1.1. Auto-atualização...........................................................................................9

3.4.2. Teoria da autorrealização..............................................................................11

3.4.2.1. Experiencias Plato......................................................................................13

3.4.2.2. Transcendência da autorrealização.............................................................13

3.4.2.3. Hierarquia das necessidades.......................................................................13

3.4.3. HIERARQUIA DE NECESSIDADES BÁSICAS DE MASLOW..............14

3.4.5. Crescimento psicológico...............................................................................14

3.4.6. Obstáculos ao crescimento............................................................................15

3.4.7. Self segundo Maslow.....................................................................................15

4. Reflexão do grupo.......................................................................................................16

5. Conclusão....................................................................................................................17

Referências bibliográficas...............................................................................................18

2
1. Introdução
Por personalidade, os psicólogos contemporâneos requerem referir-se aqueles padrões
relativamente conscientes e duradouros de percepção, pensamento, sentimento e
comportamento que dão as pessoas, identidade distinta. 1 A personalidade é um
“constructo sumario”, que inclui pensamentos, motivos, emoções, interesses, atitudes,
capacidades e outros.1

Uma vez que a teoria da personalidade é um constructo sumário, a área chamada


psicologia da personalidade abrange um amplo território. 1 Os psicólogos da
personalidade na sua maioria são clínicos, usam a teoria da personalidade, pesquisas e
instrumentos de avaliação para ajudar as pessoas a ter uma compreensão de si mesmas e
a resolver problemas.1

No presente trabalho abordaremos as teorias da personalidade segundo Carl Roger e


Abraham Maslow onde serão desenvolvidos na revisão literária a seguir.

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2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
 Abordar acerca das teorias da personalidade segundo Carl Roger e Abraham
Maslow;

2.2. Objetivos específicos


 Explicar a origem das teorias de personalidade;
 Descrever a abordagem fenomenológica e a teoria do self segundo Carl Roger;
 Mencionar as criticas feitas a abordagem fenomenológica;
 Explanar a teoria da autorrealização e a hierarquia das necessidades básicas
segundo Maslow;

4
3. Revisão da literatura
3.1. Teorias da personalidade segundo Abraham Maslow e Carl Roger
3.2. Origem das teorias da personalidade
As teorias desempenham um papel proeminente na psicologia da personalidade. 1 Muitas
surgiram em ambientes clínicos, de esforços para entender e tratar pessoas com
problemas psicológicos.1 Essas teorias baseadas em clinicas dependem de insight
adquiridos em entrevistas intensas com relativamente poucas pessoas.1 Em alguns casos,
os terapeutas e pacientes encontram-se quase diariamente, durante anos.1 As teorias
baseadas em clinica tendem a gerar hipóteses gerais amplas, as quais são avaliadas
informalmente.1 Enquanto ajuda os pacientes a superar problemas e fazer ajustamentos,
os clínicos reúnem evidencias para suas hipóteses.1

As teorias da personalidade também vêm de observações e experimentos controlados


em laboratório.1 As teorias baseadas em laboratório enfatizam a elaboração de medidas
precisas e uso de analises estatísticas.1 Geralmente, são apoiadas por estudos breves do
comportamento de um numero comparativamente grande de pessoas normais
(frequentemente estudantes universitários).1 Animais irracionais podem até ser usados
em alguns estudos de laboratório da personalidade.1 Embora isso possa soar
inacreditável á primeira vista, combina com o enfoque em aspectos limitados da
personalidade.1 Se alguém está investigando as bases genéticas da ansiedade, por
exemplo, é legitimo estudar ratos ou cães.1

3.3. Teorias fenomenológicas


Os seres humanos associam continuamente significados ás informações que adquirem.1
Esses significados veem de uma longa historia de experiencias. 1 Inevitavelmente, então,
todas as pessoas confrontam realidades ligeiramente diferentes. 1 Essa linha de
pensamento é central a fenomenologia.1 Os psicólogos fenomenológicos concentram-se
em tentar “o si mesmo” – self – e sua vantagem singular é a direção para a vida.1 O self
é definido geralmente como um conceito interno (imagem, modelo ou teoria) que evolui
á medida que as pessoas interagem umas com as outras. 1 Os autoconceitos influenciam
a maneira pela qual as pessoas agem; as ações, por sua vez, mudam os autoconceitos.1

Os psicólogos fenomenologistas assumem uma visão holística, na medida que supõem


que as pessoas são organismos integrados que não podem ser entendidos estudando-se
partes componentes e “acrescentando-se os achados”.1 Deve-se examinar uma pessoa

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que pensa, age, sente e imagina da maneira pela qual ela vive quotidianamente. 1 Como
Freud e outros teóricos psicodinâmicos, os fenomenologistas frequentemente dependem
de observações clinicas.1 Eles estão especialmente interessados no que as pessoas dizem
sobre como se sentem, pensam e percebem. 1 A autorrealização é considerada o motivo
primário humano; a importância dos impulsos biológicos é diminuída.1 As pessoas
tendem a ser consideradas boas e íntegras.1 Os psicólogos humanistas têm aderido as
teorias fenomenológicas.1

3.3.1. Teoria do Self, de Carl Rogers


O psicólogo humanista Carl Roger (1902-1987) tentou ajudar pessoas com problemas
durante a maior parte da sua vida. 1 Suas ideias evoluíram lentamente com base em suas
experiencias.1 Segundo ele percebidas do “eu” ou do “mim”.1 Também estão incluídos
os valores ligados aos atributos.1

Como o autoconceito desenvolve-se? Assim como as crianças observam os outros, elas


se auto-observam.1 Desde cedo, elas tem ciência de consistências e começam a atribuir
certos traços a si próprias: “Fico bravo facilmente”, “Tenho muita energia”, “Sou
consciencioso”, “Prefiro não me envolver”, as crianças ligam valores a seus traços a
medida que aprendem mais do quanto os outos consideram aqueles traços
significativos.1 Por exemplo, ficar bravo facilmente é negativo; ter energia é positivo.1 Á
medida que as crianças acumulam experiências, alguns aspectos de seu antigo
autoconceito são reforçados, enquanto outros desaparecem, sendo substituídos por
novos.1

Para Rogers, os seres humanos lutam para manter as perceções de suas experiencias
consistentes com a auto-imagem.1 Eles permanecem abertos a situações em harmonia
com autoconceito.1 Por exemplo, se você se considera alguém que se zanga facilmente,
e faz birra, provavelmente essa visão é correta.1 Mas, suponha que você se veja como
uma criança carinhosa, mais se sinta irritada e frustrada com um sobrinho. 1 Uma vez
que a experiencia viola sua autoimagem, é provável que bloqueie ou distorça isso.1

Rogers via a influência como um período especialmente crucial para o desenvolvimento


da personalidade, assim como teóricos da psicodinâmica. 1 Como aqueles que vêm
depois de Freud, Rogers enfatizava os efeitos duradouros das primeiras relações
sociais.1 Todos precisam de consideração positiva, carinho e aceitação daqueles que lhe
são importantes.1 As crianças farão qualquer coisa para ganhar a aprovação dos pais. 1

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Nessa busca, algumas crianças distorcem ou negam as próprias perceções, pensamento,
emoções e sensações.1 A longo prazo, esta é uma estratégia de perda.1 Por quê? Se as
pessoas estão dirigidos centralmente por um motivo para realizar potenciais
construtivos, então negar ou distorcer qualidades importantes é prejudicial.1 Apenas
autoimagens irreais e incompletas podem ser construídas sobre essa fundação. 1 As
pessoas vão se sentir ameaçadas por qualquer experiencia que entre em conflito um
falso autoconceito.1 Aos poucos, elas erguerão defesas rígidas para isolar seus
conflitos.1 Permanecerão infelizes, pois não podem encontrar realização se não
entendem a si mesmas, e temem e evitam muito do que está acontecendo.1

Indivíduos bem ajustados “em pleno funcionamento” em contraste têm autoconceitos


realistas.1 Estão conscientes do próprio mundo e estão abertos a todas as experiencias. 1
Ao fazerem escolhas, podem considerar tudo o que surgir.1 Consideram-se
positivamente, pois se sentem livres.1 Funcionam plenamente.1 Como Roger assinalava,
vivem “plenamente cada e todo momento” estão mudando continuamente ou crescendo
(“Movendo-se a complexidade”), fazendo mais pleno uso do seu variado potencial. 1
Embora Roger supusesse que a hereditariedade e o ambiente modelam a personalidade,
ele focalizava os limites autoimpostos que geralmente podem ser ampliados para
promover o crescimento, outras pessoas importantes precisam aceitar todos os aspectos
de um individuo e considerar positivamente a pessoa.1 Em tais condições, os seres
humanos começam a se aceitar, abrindo-se para mais experiencias e movendo-se em
direção a autorrealização.1

3.3.2. Mensuração da personalidade: partindo da perspectiva fenomenológica


Rogers e seus seguidores e colegas preocuparam-se em esclarecer as condições que
facilitaram o crescimento da personalidade no aconselhamento. Seus estudos avaliaram
mudanças basicamente pela analise de entrevistas gravadas e testes de personalidade
chamadas Técnica Q.1

Uma Técnica Q é um teste objetivo de personalidade elaborado por William Stephenson


no inicio da década de 1950.1 Por objetivo, queremos dizer que pode ser classificado
essencialmente da mesma forma, não importa quem administra o teste ou analisa os
resultados.1 Em outras palavras, os testes objetivos – ao contrario da maioria dos testes
projetivos – são minimamente influenciados pelas intuições e vieses do observador.1

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Para administrar uma Técnica Q, um examinador solicita aos participantes do teste que
usem palavras, frases ou sentenças para descrever alguém, frequentemente eles mesmos,
de acordo com regras especificas.1 Eles podem ser solicitados a selecionar 100 cartões
contendo descrições de personalidade (“Fico bravo facilmente”, ”Sou honesto”, “Sou
solidário”) em uma das 11 pilhas, de acordo com o quanto a descrição os caracteriza. 1
Às vezes as pessoas são incentivadas a retratar também a personalidade que consideram
ideal.1 A Técnica Q resulta em via visão abrangente dos pontos fortes e fracos da
personalidade de um individuo, de um ponto de vista subjetivo.1

As técnicas Q são utilizadas de diferentes formas.1

Os psicólogos rogerianos pedem aos clientes em terapia para descrever os selves que
consideram reais e ideais.1 Se as duas descrições forem muito diferentes, então o
individuo é tido como incongruente, sem harmonia.1 Rogers acredita que a
incongruência reside no coração de todos os distúrbios psicológicos. 1 A terapia
supostamente reduz a incongruência; seu sucesso pode ser avaliado, pedindo-se ao
cliente para se submeter novamente a Técnica Q.1

3.3.3. Teoria Fenomenológica: Comentários Críticos


Muitos psicólogos acham que as ideias de Rogers são uteis para conceituar a tratar e
tratar dos problemas das pessoas moderadamente perturbadas.1 Alguns acham que sua
fé na natureza humana é inspiradora.1 É confortante acreditar que, se as pessoas podem
crescer naturalmente, serão criaturas efetivas, positivas e racionais que vivem em paz e
alegria.1

Como as visões dos teóricos psicodinâmicos, as ideias de Rogers são criticadas por ser
impossível testa-la com precisão.1 Alem disso, confiar exclusivamente naquilo que as
pessoas dizem sobre si mesmas é problemático.1 A técnica que esta repleta de muitas
das mesmas dificuldades que cercam entrevistas e outros dados Auto-relatados.1 Entre
tanto, é mais fácil de classificar e torna visíveis do examinador menos problemático.1

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3.4. Teoria da personalidade segundo Abraham Maslow
3.4.1. Conceitos principais
3.4.1.1. Auto-atualização
Maslow definiu vagamente auto-atualização como “o uso e a exploração plenos de
talentos, capacidades, potencialidades etc.”. 2
“Eu penso no homem que se auto-
atualização não como um homem comum a quem alguma coisa foi acrescentada, mas
sim como o homem comum de quem nada foi tirado. 2
O homem comum é um ser
humano completo com poderes e capacidades amortecidos e inibidos”. 2

As investigações de Maslow sobre auto-atualização foram inicialmente estimuladas por


seu desejo de entender de uma forma mais completa os dois professores que mais o
influenciaram, Ruth Benedict e Max Wertheimer. Embora Benedict e Wertheimer
fossem personalidades diferentes e estivessem envolvidos em diferentes campos de
estudo, Maslow sentiu que eles compartilhavam o mesmo nível de satisfação pessoal,
tanto na vida profissional como na particular, o que ele raramente havia sentido em
outros. 2

Maslow via em Benedict e Wertheimer não somente cientistas brilhantes e eminentes,


mas seres humanos profundamente realizados e criativos. 2 Iniciou seu próprio projeto
de pesquisa para tentar descobrir o que os fazia tão especiais, e tinha um caderno com
todos os dados que podia acumular sobre suas vidas, atitudes, valores pessoais e assim
por diante. 2 A comparação entre Benedict e Wertheimer feita por Maslow foi o primeiro
passo do estudo que desenvolveria durante toda sua vida. 2

Pesquisa em Auto-Atualização – Maslow começou a estudar a auto-atualização mais


formalmente através da análise das vidas, valores e atitudes das que ele acreditava
serem altamente auto-atualizados:2 os que haviam alcançado um nível de funcionamento
melhor, mais eficiente e saudável do que o homem ou a mulher comuns. 2 Maslow
argumentava que era mais exato generalizar sobre a natureza humana estudando os
melhores exemplos que pudesse encontrar, do que catalogando os problemas e falhas
dos indivíduos comuns ou neuróticos.2 “Certamente um visitante de Marte que descesse
a uma colônia de inválidos, anões, corcundas congênitos etc. não poderia deduzir o que
eles deveriam ter sido.2 Estudemos, então, não os inválidos, mas a abordagem mais
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próxima que podemos conseguir de homens completos e saudáveis.2 Neles nós
encontramos diferenças, um sistema diferente de motivação, emoção, valor, pensamento
e percepção.2 Num certo sentido, somente os santos são a humanidade”. 2

Estudando homens e mulheres melhores e mais saudáveis, é possível explorar os limites


da potencialidade humana.2 Por exemplo, para estudar a rapidez com que os seres
humanos podem correr, deveríamos trabalhar com os melhores atletas e corredores
disponíveis.2 Não teria sentido testar uma “amostra média” da população geral. 2
Do
mesmo modo, argumentava Maslow, para estudar saúde e maturidade psicológica,
deveríamos investigar as pessoas mais maduras, criativas e bem integradas. 2

Maslow tinha dois critérios para incluir pessoas em seu estudo inicial. 2 Primeiro, todos
os sujeitos estavam relativamente livres de neurose ou de problemas pessoais maiores. 2
Segundo, todos aqueles que foram estudados usavam da melhor forma possível seus
talentos, capacidades e outras forças.2

Este grupo consistia em dezoito indivíduos: nove contemporâneos e nove figuras


históricas, incluindo Abraham Lincoln, Thomas Jefferson, Albert Einstein, Eleanor
Roosevelt, Jane Adams, William James, Albert Schweitzer, Aldous Huxley e Braruch
Spinoza. 2

Maslow relaciona as seguintes características de pessoas auto-atualizadoras: 2

1. “percepção mais eficiente da realidade e relações mais satisfatórias com ela”

2. “acçitação (de si, dos outros, da natureza)”

3. “espontaneidade, simplicidade, naturalidade”

4. “concentração no problema”, em oposição ao estar centrado no ego

5. “a qualidade do desprendimento, a necessidade de privacidade”

6. “autonomia; independência em relação à cultura e ao meio ambiente”

7. “pureza permanente de apreciação”

8. “experiências místicas e culminantes”

9. “gemeinschaftsgeführ (o sentimento de parentesco com outros)

10. “relações interpessoais mais profundas e intensas”

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11. “a estrutura de caráter democrático”

12. “discriminação entre os meios e os fins, entre o bem e o mal”

13. “Senso de humor filosófico e não hostil”

14. “Criatividade auto-atualizadora”

15. “Resistência à aculturação: a transcendência de qualquer cultura específica”

3.4.2. Teoria da autorrealização


Em seu último livro, The Farther Reaches of Human Nature (1971), Maslow descreve
oito modos pelos quais os indivíduos se auto-atualizam, oito comportamentos que
levam à auto-atualização. 2 Não é uma lista relacionada logicamente, ordenada e clara,
mas representa o auge do pensamento de Maslow sobre a auto-atualização. 2

1. “Em primeiro lugar, auto-atualização significa experienciar de modo pleno, intenso e


desinteressado, com plena concentração e total absorção”. 2
Em geral, estamos
relativamente alheios ao que acontece dentro de nós e ao nosso redor. 2 (A maioria das
testemunhas, por exemplo, relatará diferentes versões do mesmo acontecimento.). 2
Entretanto, todos nós tivemos momentos de exaltada consciência e intenso interesse,
momentos que Maslow chamaria de auto-atualizadores. 2

2. Se pensarmos na vida como um processo de escolhas, então a auto-atualização


significa fazer de cada escolha uma opção para o crescimento. 2 Muitas vezes temos que
escolher entre o crescimento e a segurança, entre progredir e regredir. 2 Toda escolha
tem seus aspectos positivos e negativos. Preferir a segurança significa optar pelo
conhecido e pelo familiar, mas também significa arriscar tomar-se inútil e velho. 2
Escolher o crescimento é abrir-se para experiências novas e desafiadoras, mas arriscar o
novo e o desconhecido.2

3. Atualizar é tomar verdadeiro, existir de fato e não somente em potencial. 2 E, para


Maslow, o self é o ámago ou a natureza essencial do indivíduo, incluindo o
temperamento da pessoa, seus gostos e valores únicos. 2
Assim, auto-atualizar é
aprender a sintonizar-se com sua própria natureza íntima. Isto significa decidir sozinho
se gosta de determinadas comidas ou de determinado filme, independentemente das
ideias ou opiniões dos outros.2

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4. A honestidade e o assumir a responsabilidade de seus próprios atos são elementos
essenciais na auto-atualização. 2 Ao invés de posar e dar sermos bons, Maslow pensa
que as respostas devem ser procuradas em nós mesmos. 2 Toda vez que fazemos isto
entramos em contato com o nosso íntimo. 2

5. Os primeiros quatro passos ajudam-nos a desenvolver a capacidade de “melhores


escolhas de vida”. 2 Aprendemos a confiar em nosso próprio julgamento e em nossos
próprios instintos e a agir em termos deles. 2 Maslow acredita que isto leva a melhores
decisões sobre o que está constitucionalmente certo para cada pessoa-decisões sobre
arte, música e alimentação, assim como escolhas de vida mais importantes, tais como
um marido ou esposa e uma profissão. 2

6. Auto-atualização é também um processo contínuo de desenvolvimento das próprias


potencialidades. Isto significa usar suas habilidades e inteligência e “trabalhar para fazer
bem aquilo que queremos fazer”. 2 Um grande talento ou inteligência não é o mesmo
que auto-atualização; muitas pessoas dotadas não conseguem usar plenamente suas
capacidades, e outras, talvez com talentos apenas médios, realizam uma extraordinária
quantidade de coisas. 2
Auto-atualização não é uma “coisa” que alguém tem ou não
tem.2 É um processo jamais findo, similar ao caminho budista para a iluminação. 2

Refere-se a um modo contínuo de viver, trabalhar e relacionar-se com o mundo, e não a


uma simples realização. 2

7. “Experiências culminantes são momentos trartsitórios de auto-atualização”. 2 Durante


momentos culminantes estamos mais inteiros, mais integrados e mais conscientes de nós
mesmos e do mundo. 2 Em tais momentos pensamos, agimos e sentimos mais clara e
acuradamente. 2 Amamos e aceitamos mais os outros, estamos mais livres de conflitos
interiores e ansiedade e mais capazes de usar nossas energias de modo construtivo. 2

8. Um passo além na auto-atualização é reconhecer as próprias defesas e então trabalhar


para abandoná-las. 2 Precisamos nos tomar mais conscientes das maneiras pelas quais
distorcemos nossa autoimagem e a do mundo exterior através da repressão, projeção e
outros mecanismos de defesa. 2

Experiencias culminantes - Experiências culminantes são momentos especialmente


felizes e excitantes na vida de todo indivíduo. 2
Maslow observa que experiências
culminantes são provocadas por intensos sentimentos de amor, exposição à arte ou à
música, ou vivência da beleza irresistível da natureza. 2
“Todas as experiências

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culminantes podem ser proveitosamente entendidas como consumação do ato. . . ou
como o fechamento dos psicólogos da Gestalt, ou de acordo com o paradigma do
orgasmo completo, do tipo reichiano, ou como descarga total, cartase, culminação,
clímax, consumação, esvaziamento ou conclusão”. 2

3.4.2.1. Experiencias Platô


Uma experiência culminante é um “auge” que pode durar poucos minutos ou algumas
horas, mas raramente mais. 2 Maslow também comenta uma experiência mais estável e
duradoura à qual se refere como “experiência platô”. 2 A experiência platô representa
uma maneira nova e mais profunda de encarar e vivenciar o mundo. 2
Envolve uma
mudança fundamental na atitude, uma mudança que afeta todo o ponto de vista de
alguém, e cria uma nova apreciação e uma consciência intensificada do mundo. 2

Maslow experienciou ele próprio isso, tarde em sua vida, após o primeiro ataque
cardíaco. 2 Sua consciência intensificada da vida e a possibilidade iminente da morte
provocaram todo um novo modo de perceber o mundo. 2

3.4.2.2. Transcendência da autorrealização


Maslow percebeu que alguns indivíduos auto-atualizados tendem a ter muitas
experiências culminantes, enquanto outros raramente as têm, se as tiverem. 2 Chegou a
distinguir entre auto-atualizadores psicologicamente saudáveis, seres humanos
produtivos, com pouca ou nenhuma experiência de transcendência, e outros para os
quais o vivenciar transcendente era importante ou até mesmo central. 2 Maslow escreveu
que auto-atualizadores que transcendem são na maioria das vezes mais conscientes do
sagrado de todas as coisas, da dimensão transcendente da vida, no meio de atividades
cotidianas.2 Suas experiências culminantes ou místicas tendem a ser valorizadas como
os aspectos mais importantes de suas vidas. 2 Tendem a pensar de modo mais holístico
que os auto-atualizadores “apenas saudáveis”, e são mais capazes de transcender as
categorias de passado, presente e futuro, bem e mal, e perceber a unidade sob a aparente
complexidade e contradições da vida. 2
É mais provável que sejam inovadores e
pensadores originais do que sistematizadores das ideias de outros. 2 À medida que seu
conhecimento se desenvolve, também se desenvolve seu senso de humildade e
ignorância, e é provável que considerem o universo com crescente admiração. 2

13
3.4.2.3. Hierarquia das necessidades
Maslow define a neurose e o desajustamento psicológico como “doenças de carência**,
isto é, são causadas pela privação de certas necessidades básicas, assim como a falta de
certas vitaminas causa doenças. 2 Os melhores exemplos de necessidades básicas são
necessidades fisiológicas, tais como a fome, a sede e o sono. 2 A privação leva de modo
claro a uma consequente doença, e a satisfação dessas necessidades é a única cura para a
doença. 2 Em todos os indivíduos encontram-se necessidades básicas. 2 A quantidade e
tipo de satisfação variam em diferentes sociedades, mas as necessidades básicas (como
a fome) nunca podem ser completamente ignoradas. 2

Algumas necessidades psicológicas também devem ser satisfeitas para a manutenção da


saúde. 2
Maslow inclui as seguintes necessidades entre as básicas: a necessidade de
segurança, garantia e estabilidade: a necessidade de amor e um sentido de pertinência e
a necessidade de autorrespeito e estima. 2 Além disso, todo indivíduo tem necessidades
de crescimento: uma necessidade de desenvolver seus potenciais e capacidades e uma
necessidade de auto-atualização. 2

3.4.3. HIERARQUIA DE NECESSIDADES BÁSICAS DE MASLOW


 Necessidades fisiológicas (fome, sono e assim por diante) 2
 Necessidades de segurança (estabilidade, ordem) 2
 Necessidades de amor e pertinência (família, amizade) 2
 Necessidades de estima (autorrespeito, aprovação) 2
 Necessidades de auto-atualização (desenvolvimento de capacidades) 2

De acordo com Maslow, as primeiras necessidades em geral são preponderantes, isto é,


elas devem ser satisfeitas antes que apareçam aquelas relacionadas posteriormente. “É
inteiramente verdadeiro que o homem vive apenas de pão-quando não há pão. 2 Mas o
que acontece com os desejos do homem quando há muito pão e sua barriga está
cronicamente cheia? Imediatamente emergem outras (e superiores) necessidades e são
essas, em vez de apetites fisiológicos, que dominam seu organismo. 2 E quando elas, por
sua vez, são satisfeitas, novamente novas (e ainda superiores) necessidades emergem e
assim por diante”. 2

3.4.5. Crescimento psicológico


Maslow aborda o crescimento psicológico em termos de satisfação bem sucedida de
necessidades mais “elevadas” e satisfatórias. 2
A busca de auto-atualização não pode

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começar até que o indivíduo esteja livre da dominação de necessidades inferiores, tais
como a necessidade de segurança e estima. 2 Segundo Maslow, a frustração precoce de
uma necessidade pode fixar o indivíduo naquele nível de funcionamento. 2 Por exemplo,
alguém que, quando criança, não foi muito popular, pode continuar a se preocupar
profundamente com necessidades de autoestima por toda a vida. 2
A busca de
necessidades mais elevadas é, em si, um índice de saúde psicológica. 2
Maslow
argumenta que necessidades mais elevadas são intrinsecamente mais satisfatórias, e que
a metamotivação indica que o indivíduo progrediu além de um nível deficiente de
funcionamento. 2

Maslow acentua que o crescimento ocorre através do trabalho de auto-atualização. 2

Auto-atualização representa um compromisso a longo prazo com o crescimento e o


desenvolvimento máximo das capacidades, e não um acomodamento no mínimo por
causa de preguiça ou falta de autoconfiança. 2 O trabalho de auto-atualização envolve a
escolha de problemas criativos e valiosos. 2
Maslow escreve que indivíduos auto-
atualizadores são atraídos por problemas mais desafiantes e intrigantes, por questões
que exigem os maiores e mais criativos esforços. 2
Estão dispostos a enfrentar a
incerteza e a ambiguidade e preferem o desafio a soluções fáceis. 2

3.4.6. Obstáculos ao crescimento


Maslow salientou que a motivação para o crescimento é relativamente fraca, comparada
às necessidades fisiológicas e necessidades de segurança, estima etc. 2 O processo de
auto-atualização pode ser limitado por 1) influências negativas de experiências passadas
e de hábitos resultantes que nos mantém presos a comportamentos improdutivos; 2)
influência social e pressão de grupo que muitas vezes operam contra nossa própria
preferência e opinião, e 3) defesas internas que nos mantém fora de contato conosco
mesmo. 2

3.4.7. Self segundo Maslow


Maslow define o self como a essência interior da pessoa ou sua natureza inerente-seus
próprios gostos, valores e objetivos. 2 Compreender a própria natureza interna e agir de
acordo com ela é essencial para atualizar o self. 2 Maslow aborda a compreensão do self
através do estudo daqueles indivíduos que estão em maior harmonia com suas próprias
naturezas, daqueles que fornecem os melhores exemplos de autoexpressão ou auto-
atualização. 2
No entanto, Maslow não discutiu explicitamente o self como uma
estrutura específica da personalidade.2
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16
4. Reflexão do grupo

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5. Conclusão

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Referências bibliográficas
1. Davidoff, Linda L. Introdução aa psicologia. 3ª Edição. Pearson Editora. São
Paulo. 2001.
2. Fadiman. J; Frager. R. Teorias da personalidade. HARBRA Editora. São
Paulo. 1986.

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