Você está na página 1de 2

Disciplina: PRR - Documentação para a Engenharia de Segurança do Trabalho

Nome: Luiz Cesar Matiuzzi da Costa

TAREFA 2

1. Discorra sobre a seguinte proposição, em no mínimo 20 linhas: a


autoridade competente para impor a multa é o SRTE, que muitas vezes delega
essa competência para os chefes das seções de multas, que, em sua grande
parte, são AFT. Mas o parecer que motiva a decisão do Superintendente para
impor ou não a multa (após a lavratura do auto de infração) é de competência
exclusiva dos AFT. Se o Superintendente discordar do parecer, terá que pedir a
outro AFT que faça outra fundamentação.

A Superintendência Regional do Trabalho – SRTE e Auditoria Fiscal do Trabalho – ATF,


aparentemente demostram um sombreamento de atribuições, mas ao analisar mais
profundamente vemos que não existe, cada um tem atividades distintas dentro do processo de
fiscalização.

Cabe a SRTE, a imposição da multa e ao ATF lavrar o auto de infração. No auto de


infração, que cabe salientar privativa do ATF, não existe a imposição da multa, sendo essa um ato
administrativo, que iniciará um processo administrativo, que após o seu término será imposta ou
não. A multa é homologada pelo SRTE, ou a quem esse designar.

Ao lavrar a infração o ATF não garante que ela configure em multa, mas como é uma
forma de prevenção, educação através do exemplo, e também uma forma de arrecadação. Existe
uma vontade política para que a mesma se torne uma multa.

O Auto de Infração após constatado só terá a força efetiva quando ele se tornará uma
penalização, e isso ocorre através multa.

O AFT, portanto, lavra termo inicial do AI, que dependerá do SRTE para cálculo do valor
atribuído; ponderação sobre acréscimos dos agravantes; e, por último, para imposição coercitiva.

A controvérsia sobre competências do AFT decorre do aparente conflito entre o art. 156,
III, do Capítulo V, que trata de SST, e o art. 62827, da CLT. O primeiro diz que cabe à SRTE (antiga
DRT); o segundo, ao AFT. Para SST, cabe especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho
(atuais SRTE), nos limites de sua jurisdição, impor as penalidades cabíveis, enquanto às normas
gerais da CLT, a competência para lavrar o AI fica com o AFT.
2. Disserte, em no mínimo 20 linhas, considerando os seguintes pontos:
Fiscalização de SST pelo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB,
quais as suas competências em termos de SST; Fiscalização pelo Vigilante
Sanitário municipal e estadual, quais as suas competências em termos de SST;
Fiscalização pelo Auditor Fiscal do Trabalho – AFT, quais as suas competências
em termos de SST.

A fiscalização pelo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, AFRFB,


verifica a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais e os
controles internos da empresa relativo ao gerenciamento dos riscos ambientais em
SST, em especial o embasamento legal para a declaração da Guia de Recolhimento
Social – GFIP para fins de ACET e FACET tendo como princípios os objetivos de:
verificar a integridade das informações do banco de dados do Cadastro Nacional de
Informações Sociais – CNIS, que tem como base o que é declarado na GFIP e no
eSocial; verificar o recolhimento do SAT?FAP?FACET; e, garantir o custeio dos
benefícios devidos.

A Fiscalização pelo vigilante sanitário municipal e estadual em termos de


SST, são a de garantir a proteção da saúde da população por intermédio do controle
sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à
vigilância sanitária, dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias,
dentro do trabalho do o meio ambiente de trabalho, onde estão expostos os
trabalhadores de determinada empresa.

A Fiscalização pelo auditor fiscal do Trabalho (AFT) é a de fiscalizar o


cumprimento das legislações trabalhistas. AFT que tem poderes apenas para iniciar
o Auto de Infração, AI, pois quem lança e decide em última instância pela certeza
e liquidez do AI é o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego -
SRTE, ou a quem ele delegou essa atribuição. O AFRFB perfaz todo o
procedimento de autuação, conferindo-lhe liquidez e certeza, inclusive para os
agravantes legais à cominação da pena.

A IN n. 971 da RFB, 2009, traz um capítulo inteiro dedicado aos fatores


deriscos ensejadores de tributo cujo descumprimento enseja lavratura
fiscalmediante lançamento fiscal do crédito tributário.

Você também pode gostar