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Pranchas de Arquitetura, objeto de pesquisa, produzidas por Pedro Paulo

Buchalle - MIGrau 32 do REAA. Serão 15 partes ao todo e, ao final, será


publicada a Bibliografia completa da pesquisa.

A Quarentena Maçônica – Parte II

Movimentação das Colunetas

As movimentações, das Colunetas, sobre as mesas ou Altares das “Luzes”,


VenMestre, 1º e 2º VVig) no Rito Escocês Antigo e Aceito, não tem nenhum
significado simbólico ou alegórico; são procedimentos copiados, e mesmo assim mal
copiados, do Rito de York. As Colunetas e suas movimentações foram enxertadas no
REAApor Mário Marinho Behring em 1927/28 quando mandou editar os
Rituais para a Grande Loja Unida da Bahia, Grande Loja Simbólica do Rio de Janeiro e
Grande Loja Simbólica de São Paulo, as primeiras, respectivamente, a receberem Carta
Constitutiva do Supremo Conselho criado por Behring pela grande cisão com o GOB.

Naquela época havia grande interesse de Behring em agradar a Grande Loja Unida da
Inglaterra, pois, buscava o reconhecimento da Potência mãe para o sistema de Grandes
Lojas que iniciara no Brasil; inseriu, então, vários procedimentos do Rito de York nos
Rituais do REAA. Entre outros as Colunetas nos Altares das “Luzes”, a
transferência do Altar dos Juramentos do Oriente para o Ocidente, os Castiçais em torno
do Altar dos Juramentos – Castiçais, não Colunas como normalmente se vê, os Bastões
dos DDiáce o título de “Past Master”. Todas aquelas modificações visavam deixar os
trabalhos das Lojas mais próximos do Emulation Rite – Rito oficial da Grande Loja
Unida da Inglaterra.

Pode-se notar que para todos os utensílios simbólicos ou litúrgicos que adornam o
Templo do REAA, desde do pequeno lápis até a corda de 81 nós que circunda
todo o Templo, existem explicações concretas ou alegóricas nas instruções contidas nos
Rituais dos graus simbólicos; indicativos para interpretações filosóficas, ensinamentos
morais e origem histórica, exceto para as Colunetas. No Rito Escocês Antigo e Aceito a
elucidação sobre os três pilares Sabedoria, Força e Beleza, aos quais a Loja se apóia, são
apresentados através da quinta e da sexta instrução do grau de Aprendiz; representam as
três grandes Luzes da Loja, o VenMestre, 1º e 2º Vigilantes e não por representação
física de Colunetas sobre as mesas destas dignidades.

Não há, nos Rituais dos graus simbólicos, quaisquer citações as Colunetas, a não ser em
textos de esclarecimentos, após as preces de exortação e de despedida e na descrição do
Templo. Texto de esclarecimento, posto entre parêntesis, indica que se interrompe um
período ou uma narrativa para fazer-se uma digressão, o que sugere intervenção
subjetiva. Quaisquer interpretações, ou fundamentações, que se faça da movimentação
das Colunetas nas mesas dos Vigilantes, no REAA, carecem de apoio histórico
que envolve a genuinidade do Rito, carecem de identidade ritualista estabelecida por
relação instrucional. Por tudo, só podemos concluir que o uso das Colunetas já está
consagrado, entretanto, deveriam ser fixas e representar apenas ornatos simbólicos de
Sabedoria, Força e Beleza, nada mais, pois, estas qualidades estão amplamente descritas
nos Rituais do REAApor suas analogias virtuosas e morais.

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