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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CCR EDUCAÇÃO INCLUSIVA – 2020 I

TAREFA SOBRE O ARTIGO: In/exclusão no currículo escolar: o que fazemos com


os “incluídos”? (FABRIS, 2011).

NOME DO ALUNO: Manoela Lorentzen Harms

Para iniciar gostaria de comentar a epígrafe do artigo onde a professora trata a


“inclusão” como “enfiação”. Neste sentido concordo com a professora, em nenhum
momento de minha vida vi uma escola realmente inclusiva, tanto em relação aos alunos
com deficiências, transtornos ou síndromes, quanto aos alunos com dificuldade de
aprendizagem. Eles são vistos como pessoas que não deveriam estar ali, alunos que
atrapalham e não aprendem, atrasando os “normais”. Esta é uma forma totalmente
incorreta e inadequada de tratar pessoas, pois cada um tem a sua forma de viver, reagir
ao ambiente e conviver com o próximo, o que torna todos diferentes.
Complementando o que citei temos a falsa crença de que o professor sabe tudo e
sabe ensinar toda e qualquer pessoa, isso é algo enraizado nas pessoas mas está
totalmente errado. Ao sair da graduação o professor precisa de prática, muita prática
para se tornar um bom e eficaz professor, além disso é necessária a especialização, o
aperfeiçoamento e o estudo constante. Na pauta da inclusão, além do estudo e da
prática, é necessária a conversa com os demais professores e com outros profissionais
especializados em áreas de comportamento humano, isso irá auxiliar muito no ensino e
aprendizado desses alunos ditos excluídos.
Outro fator que irá facilitar a evolução do aluno com dificuldades ou “anormal”
é a conversa com ele. Quem melhor pode dizer o que funciona e o que não funciona no
âmbito do ensino é quem está aprendendo, logo é preciso uma conversa entre professor
e aluno, a amizade entre estes é importante pois esse dialogo pode se tornar mais fácil e
eficiente. O aluno poderá apontar o que está sendo difícil e o que é possível mudar e
ambos podem fazer a mudança, o auxílio de psicólogo e psicopedagogo também é
importante quando se trata das relações interpessoais.
Em contrapartida temos os professores que não querem ensinar os alunos
“incluídos” ou que não se sentem capazes de fazer isto. Em relação a isso não há muito
o que fazer, o professor precisa querer ensinar independente de quem seja o aluno, é
necessário abraçar a docência, fazer isso por amor e amar os alunos, por maiores que
sejam as suas dificuldades. Quando você se torna professor o será para sempre, onde
quer que esteja.
Agora falando sobre a aprendizagem do conteúdo em si. Esta é uma situação que
também é especifica para cada caso, alguns alunos conseguirão acompanhar as aulas
sem muita dificuldade, porém haverá outros que necessitarão de um auxilio especial,
para isso um atendimento extra em turno inverso seria interessante para o aluno
aprender e conseguir realizar vestibulares e provas como qualquer outro, mas sempre
valorizando o talento de cada um. Pode-se realizar também trabalhos em grupo
colocando os alunos com dificuldade, os medianos e aqueles com facilidade mesclados,
neste sistema um ajudaria o outro e todos aprenderiam, além de desenvolver as relações
interpessoais.
Agora vem a parte mais difícil, colocar em prática. Primeiramente o professor e
a escola precisam estar dispostos para em conjunto realizar a mudança, incluindo de fato
os alunos por meio de aulas extras, conversas com psicólogos, conversas entre aluno e
professor, tudo isso que citei anteriormente, a mudança precisa vir de todos. E em
segundo lugar mas não menos importante conversar com os alunos “normais”, eles
devem mudar suas atitudes também, ajudar os colegas, compreender e aceitar cada um
na sua forma de ser, com respeito e sem preconceito. É uma questão muito complexa e a
mudança é lenta mas muito necessária, afinal somos todos iguais e cada um tem seu
papel no mundo.

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