O documento discute a tese de Steven Pinker de que a linguagem complexa é universal e inata nas crianças. Pinker apresenta estudos que mostram que todas as línguas, incluindo línguas de sinais, possuem estruturas gramaticais complexas. Ele também demonstra que lesões cerebrais podem prejudicar a linguagem sem afetar outras capacidades cognitivas, sugerindo que a linguagem está ancorada biologicamente no cérebro.
O documento discute a tese de Steven Pinker de que a linguagem complexa é universal e inata nas crianças. Pinker apresenta estudos que mostram que todas as línguas, incluindo línguas de sinais, possuem estruturas gramaticais complexas. Ele também demonstra que lesões cerebrais podem prejudicar a linguagem sem afetar outras capacidades cognitivas, sugerindo que a linguagem está ancorada biologicamente no cérebro.
O documento discute a tese de Steven Pinker de que a linguagem complexa é universal e inata nas crianças. Pinker apresenta estudos que mostram que todas as línguas, incluindo línguas de sinais, possuem estruturas gramaticais complexas. Ele também demonstra que lesões cerebrais podem prejudicar a linguagem sem afetar outras capacidades cognitivas, sugerindo que a linguagem está ancorada biologicamente no cérebro.
Pinker defende em seu segundo capítulo a sofisticação da língua independente do grau de
formalidade do falante. Nesse sentido, demonstra uma série de exemplos ao decorrer do
capítulo que demonstram a complexidade da língua, bem como a ideia de que todas as línguas são estruturalmente parecidas e, portanto, não existe língua mais antiga ou com estrutura mais complexa que a outra. Comumente ouve-se a ideia de que a classe trabalhadora e os membros menos educados da classe média falam uma linguagem menos refinada. Mas, na verdade, trata-se de um mito consequente da naturalidade da conversação. Nesse contexto, para desmontar isso, Pinker apresenta estudos de vários linguistas, entre eles William Labov que, com entrevistados, demonstra a estrutura complexa embora, às vezes, agramatical. Para Pinker, a Gramática Universal reflete apenas os critérios universais da experiência humana e as limitações universais do processamento humano da informação. Além disso, aborda a universalidade da língua não como. O ponto central da tese do autor é que a linguagem complexa é universal porque as crianças efetivamente a reinventam, geração após geração não porque a aprendem, não porque são em geral inteligentes, não porque é útil para elas, mas porque não têm alternativa. Além disso, ainda sobre a produção de linguagem das crianças, defende que, contrário do que se acredita, as línguas de sinais não são gestos, invenções pedagógicas ou formas cifradas da língua falada. São encontradas em todas as comunidades de deficientes auditivos, e cada uma é uma língua plena e distinta, que usa os mesmos tipos de mecanismos gramaticais encontrados nas línguas faladas. Outrossim, afirma, através dos estudos de Chomsky, que às crianças que cabe boa parte do crédito pela linguagem que adquirem. Podemos demonstrar que elas sabem coisas que não poderiam ter sido ensinadas. Afirma isso demonstrando o procedimento de formação de sentenças, ora, o deslocamento de elementos da sentença para formar outras, por exemplo, quando formam perguntas a partir do deslocamento de auxiliares dentro de sentenças afirmativas. Além o autor apresenta os estudos das afasias propostos por Paul Broca e, mais tarde, por Carl Wernicke. Aborda o assunto a fim de explicar a natureza biológica da língua e que ,mesmo com lesão na área de Broca, os pacientes ainda tinham total consciência de suas faculdades linguísticas. Se a produção da língua fosse apenas um exercício da inteligência, para neutralizar essa função, seria apenas necessário que as lesões e deficiências tornassem pessoas incapazes de exercer suas faculdades mentais, inclusive as linguísticas. Desse modo, Steven Pinker demonstra casos em que a linguagem é prejudicada e o resto da inteligência parece mais ou menos intacto. Mas isso não prova que a linguagem existe separada da inteligência. Para os outros problemas, o cérebro, mesmo claudicante, consegue funcionar sem usar sua capacidade total, mas no caso da linguagem, todos os sistemas têm de estar em pleno funcionamento. Em suma, Pinker mostra que a gramática complexa aparece em todos os cantos do mundo. Independe de ser antigo ou não, não é preciso ser de classe média, não se faz necessário ter alto nível de escolaridade, nem mesmo é preciso ter idade para produzir linguagem complexa. É dispensável ensinar linguagem padrão ou impor uma língua à criança. Não precisa ter os recursos intelectuais necessários para se adequadamente em sociedade. Na verdade, você pode possuir todas essas vantagens e ainda assim não ser um usuário competente da linguagem se lhe faltarem justamente os genes certos ou justamente as áreas do cérebro específicas.