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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES


Departamento de História

Disciplina: História Antiga I


Créditos: 4
Carga Horária: 60 horas-aula
Semestre: 2018.1
Docente: Prof.ª. Drª. Airan dos Santos Borges de Oliveira
Aulas de Campo: ( ) Sim (x) Não
PCC (Prática como Componente Curricular): () Sim (x) Não

Plano de curso

I. Ementa

Introdução ao estudo da História Antiga: fontes, métodos e historiografia. O conceito de


Antiguidade Oriental e a sua implicação para os estudos históricos atuais. As
civilizações do Oriente Próximo Asiático: aspectos políticos, econômicos, sociais,
culturais e religiosos.

II. Competências e Habilidades

- Atuar no Ensino de História, entendendo-o não como mera transmissão do


conhecimento, mas como construção do conhecimento.

- Usar o material didático em sala de aula de modo crítico e criativo, produzindo esse
material, quando necessário.

- Perceber a História como uma ciência social que se propõe ao estudo e à análise crítica
das sociedades humanas passadas, destacando as continuidades e rupturas, em diversos
níveis, dos processos históricos.

III. Objetivos

1. Apresentar as definições de alguns conceitos historiográficos, instituições e


fenômenos sociais mais importantes para o estudo histórico da Antiguidade, tendo em
vista fontes históricas produzidas no período e a historiografia contemporânea.

2. Apresentar as possibilidades documentais para o estudo da História Antiga e as


especificidades do debate historiográfico a respeito desta temporalidade;

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3. Viabilizar a reflexão sobre o campo de estudos da Antiguidade, identificando o lugar
da História Antiga no pensamento historiográfico moderno, contemporâneo e as
respectivas contribuições brasileiras.

IV. Conteúdo Programático

Introdução – História Antiga: Conceitos, Fontes e Métodos.


- A história da História Antiga no Brasil: possibilidades de um campo de estudo e
pesquisas;
- A periodização da Antiguidade;
- Fontes documentais e os modelos analíticos para o estudo da Antiguidade.

Unidade 1 – A antiga Mesopotâmia.


- Introdução à História Antiga Oriental: conceitos fundamentais;
- Análise conjuntural do desenvolvimento sociopolítico do Mediterrâneo Antigo,
especificamente da região do Oriente Próximo, no 3º Milênio a.C.
- Dados para o estudo dos tipos de propriedade e da organização econômica no antigo
Oriente Próximo do 2º Milênio
- Formação do Estado e o exercício da justiça na Mesopotâmia Antiga.
- Religião no antigo Oriente Próximo Mesopotâmico.

Unidade 2 – O Egito Antigo.


- O Egito Antigo pelo viés da Egiptologia: cronologia e fontes;
- Concepção e organização do espaço social (urbano e rural) no antigo Egito;
- As teses explicativas para o desenvolvimento do Estado egípcio;
- O III milênio: reino antigo e os poderes locais;
- O II milênio e a história faraônica;
- Organização social no Egito antigo;
- Religião egípcia.

Unidade 3 – Seminários “Cultura, Poder e Sociedade”

V. Metodologia
- A metodologia a ser empregada na disciplina consistirá na realização de aulas
expositivas articuladas à apresentação de material audiovisual e da discussão de uma
historiografia previamente selecionada de acordo com os eixos temáticos estabelecidos.
Além disso, a participação dos estudantes será estimulada pela realização de seminários,
da produção textual e da análise documental coletiva e individual.

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VI. Avaliações
As avaliações da disciplina serão realizadas a partir de um conjunto de instrumentos,
desenvolvidos sucessivamente e distribuídos ao longo de três unidades, a saber:

1. Estudo dirigido em trio (AVALIAÇÃO DA UNIDADE 1): a avaliação da


primeira unidade da disciplina consistirá em um estudo dirigido realizado ao
longo da unidade. A atividade será organizada a partir das seguintes orientações:

a. Organização da Turma:
- Os participantes da disciplina deverão formar (livremente) grupos de
três pessoas. Não serão aceitos grupos com mais de três pessoas.

b. Preparação para o estudo dirigido:


- Cada integrante do trio poderá produzir um fichamento manuscrito dos
textos da avaliação. Este material poderá ter até 5 laudas e poderá ser
levado no dia da atividade.
- Os grupos não poderão consultar os textos no dia da prova, apenas
seus fichamentos individuais (no formato descrito acima).

c. Organização e desenvolvimento da atividade:


- Até 1 semana antes da data da avaliação a docente da disciplina
divulgará uma parte das questões do estudo dirigido (somente) via siga-a,
na sala virtual da disciplina.
- No dia agendado para a realização do estudo dirigido em sala, os alunos
receberão uma folha com as questões do estudo. Nesta, os trios
encontrarão as questões já divulgadas seguidas de questões inéditas.
- Todas as respostas deverão ser redigidas nas folhas pautadas fornecidas
pela docente no dia da avaliação.

2. Prova escrita (AVALIAÇÃO DA UNIDADE 2): Os textos da prova escrita


serão divulgados na primeira aula da Unidade 2. A avaliação será manuscrita e
individual, podendo prever (ou não) a consulta aos fichamentos individuais
(também manuscritos). O dia e a hora da avaliação já estão registrados na sala da
disciplina no Siga-a.

3. Seminário em Grupo (AVALIAÇÃO DA UNIDADE 3): a avaliação da


terceira unidade da disciplina consistirá em um Seminário em grupo organizado
a partir das seguintes orientações:

a. Organização dos grupos: o número de integrantes do grupo será


definido em sala a partir do número de alunos participantes da disciplina.

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b. Desenvolvimento da atividade: os grupos escolherão um elemento da
temática do Seminário e deverão elaborar ou atualizar um verbete da
Wikipédia. Este verbete deverá conter:

- Um panorama das fontes documentais (textuais, arqueológicas, de cultura


material) para o estudo da temática, apresentando exemplos.
- A contextualização histórica da temática, isto é, a apresentação do tema,
deverá ser elaborada a partir de uma pesquisa bibliográfica de até 5 autores
especialistas no tema.
- O verbete deverá conter imagens com legendas e a indicação de sua fonte.
- O verbete deverá incluir, ao final, a bibliografia consultada.

c. Sobre a apresentação em sala: a atividade em sala consistirá na


apresentação do verbete desenvolvido pelo grupo.

VII. Sociedades e Grupos de pesquisa em Antiguidade no Brasil:

Nacionais:

Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC): http://www.classica.org.br/

Grupo de Trabalho em História Antiga (GTHA) da Associação Nacional dos


Professores Universitários de História (ANPUH) - http://www.gtantiga.com/

Regionais:

Região Sudeste:

Laboratório de História Antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LHIA-


UFRJ) - http://www.lhia.historia.ufrj.br/

Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade da Universidade Federal


Fluminense (CEIA-UFF) – http://www.ceia.uff.br/

Núcleo de Estudos da Antiguidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NEA -


UERJ) - http://www.neauerj.com/

Núcleo de Estudos de Representações e de Imagens da Antiguidade (NEREIDA - UFF)


- http://www.historia.uff.br/nereida/

Núcleo de Estudos Antigo e Medievais da Universidade Federal de Minas Gerais


(NEAM – UFMG) - http://www.letras.ufmg.br/nucleos/neam/

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Laboratório de Estudos sobre o Império Romano da Universidade Federal do Espirito
Santo (LEIR – UFES) - http://www.leir.ufes.br/

Laboratório de Arqueologia Pública Paulo Duarte da Universidade de Campinas (LAP -


Unicamp) – http://www.lapvirtual.org/

Laboratório de Arqueologia Romana Provincial da Universidade de São Paulo (LARP-


USP) - http://www.larp.mae.usp.br/

Laboratório de Estudos sobre o Império Romano da Universidade Federal de Ouro


Preto (LEIR - UFOP) - http://www.leir.ufop.br/

Laboratório de Estudos sobre o Império Romano e do Mediterrâneo Antigo da


Universidade de São Paulo (LEIR-MA - USP) - http://leir.fflch.usp.br/

Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de


Janeiro (SESHAT – MN/UFRJ) - http://www.seshat.com.br/

Região Sul:

Grupo de Estudos sobre o Mundo Antigo Mediterrânico da Universidade Federal de


Santa Maria (GEMA - UFSM) - https://www.facebook.com/gemamufsm

Laboratório de Pesquisa do Mundo Antigo da Universidade Luterana do Brasil


(LAPEMA - ULBRA) - http://lapema.blogspot.com.br/

Núcleo de História Antiga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NHA -


UFRGS) - http://www.ufrgs.br/antiga/

Região Norte

Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo da Universidade Federal do Oeste


do Pará (LEAM - UFOPA) - https://vivarium.vpeventos.com/

Região Nordeste

Laboratório de História Antiga e Medieval da Universidade Estadual do Maranhão


(Mnemosyne – UEMA) - http://antigamedievalma.blogspot.com.br

Núcleo de História Antiga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MAAT-


UFRN) - http://www.cchla.ufrn.br/maat/ (desativado)

Região Centro-Oeste

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Núcleo de Estudos em História Antiga da Universidade Federal de Goiás (NEHA -
UFG) - https://www.historia.ufg.br/p/1241-nucleo-de-estudos-de-historia-antiga

VIII. Bibliografia (livros do acervo da Biblioteca Central Zila Mamede e da


Biblioteca do Centro de Ensino Superior do Seridó).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BAINES, John; MALEK, Jaromir. O mundo egípcio: deuses, templos e faraós. Madrid:
Del Prado, 1996.

BELTRÃO, C. & DAVIDSON, J. História Antiga. Rio de Janeiro: CECIERJ, 2009.


BERLEV, O. D. Oleg Dmitrievich; DONADONI, Sergio. O homem egípcio. 1. ed.
Lisboa: Editorial Presença., 1994.

BLOCH, M. Apologia da História ou o Ofício do Historiador. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar, 2002.
BOUZON, Emanuel. Ensaios babilônicos: sociedade, economia e cultura na Babilônia
Pré-Cristã. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.

BOUZON, Emanuel. Uma coleção de direito babilônico pré-hammurabiano: leis do


Reino de Esnunna. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. Sociedades do antigo oriente próximo. 4. ed. São Paulo
SP: Ática, 2005.

CARVALHO, M. M. & FUNARI, P. P. ‘Os avanços da História Antiga no Brasil:


algumas ponderações. In.: História. São Paulo, v. 26, n.1, pp. 14-19, 2007.
FINLEY, M. Aspectos da antiguidade. Lisboa: Ed. 70, 1990.
FINLEY, M. História Antiga: Testemunhos e Modelos. São Paulo: Martins Fontes,
1994.
FLORENZANO, M. B. B. O mundo antigo: economia e sociedade. São Paulo:
Brasiliense, 1994.
IKRAM, Salima. Ancient Egypt: an introduction. New York: Cambridge, 2010.

PINSKY, J. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Global Editora, 1980.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

ALEGRE, Manuel. Babilónia. 1. ed. Lisboa: O Jornal, 1983.

6
ANDREU, Guillemette; MARTINS, João Nuno Alves; DUARTE, Pedro Elói. A vida
quotidiana no Egito no tempo das pirâmides. Lisboa: Edições 70, 2002.

ARAÚJO, Emanuel. Escrito para a eternidade a literatura no Egito faraônico. Brasília:


UnB, 2000.

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ASSMANN, Jan. Cultural memory and early civilization: writing, remembrance, and
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BAKOS, Margaret Marchiori. Fatos e mitos do Antigo Egito. Porto Alegre:


EDIPUCRS, 1994.

CANFORA, Luciano. A biblioteca desaparecida: histórias da Biblioteca de Alexandria.


São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

CARTER, Howard; MACE, A. C; BRITO, Lúcia. A descoberta da tumba de


Tutankhamon. São Paulo: Planeta, 2004.

CHEVITARESE, A. L. Jesus no Cinema: um balanço histórico e cinematográfico entre


1905 e 1927. Volume 1. Rio de Janeiro: Kline, 2013.
FUNARI, P. P., GRILLO, J. G. & CARVALHO, A. V. (Org.) Os caminhos da
arqueologia clássica no Brasil. São Paulo: Annablume, 2013.
FUNARI, Raquel dos Santos. Imagens do Egito antigo: um estudo de representação
históricas. 1. ed. São Paulo: Annablume; Unicamp, 2006.

GARELLI, Paul; NIKIPROWETZKY, Valentin. O Oriente próximo asiático: impérios


mesopotâmicos, Israel. São Paulo: Pioneira EDUSP, 1982.

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GIACOMONI, M. P. & PEREIRA, N. M. Jogos e Ensino de História. Porto Alegre:


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GUARINELLO, N. L. ‘Uma morfologia da História: as formas da História Antiga’. In.:
Revista Politeia: Hist. E Soc. Vitória da Conquista, v. 3, n.1, pp. 41-61, 2003.
GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.
GUIRAND, Felix. História das mitologias I: pré-histórica, egípcia, assírio-babilónica,
fenícia, grega, romana. Lisboa: Edições 70, 2006.

HORNUNG, Erik. Akhenaten and the religion of light. Ithaca: Cornell University,
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HOWARTH, Eva. Breve história da arte: antigo Egipto. Lisboa: Editorial Presença,
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LIVRO dos mortos do antigo Egito: o primeiro livro da humanidade. 9. ed. São Paulo:
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LUDWIG, Emil; GUASPARI, Marina. O Nilo: a história de um rio. 2. ed. Porto Alegre:
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TRIGGUER, B. G. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Odysseus, 2004.
VASQUES, Marcia Severina. Máscaras funerárias do Egito Romano: crenças
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