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Marcel Proust
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“A Letra Escarlate” pratica uma dissecação da alma americana no seu nascedouro, da águia que no
futuro tornar-se-á o símbolo de um Império. D.H. Lawrence, o autor de “O amante de Lady
Chatterley”, expressa que: “O olhar do leitor precisa ir além da superfície da arte americana para
ver o diabólico interno de seu significado simbólico. Do contrário, tudo não passaria de
infantilidade. A consciência deliberada de americanos tão loiros e de fala tão mansa, e, por
baixo, uma consciência diabólica. Destrua! Destrua! Murmura a consciência profunda. Ame e
produza! Ame e produza! Repete a consiência aparente. E o mundo só ouve esse grasnido.
Recusa-se a ouvir o murmúrio subjacente da destruição. Até o momento em que é obrigado a
ouvir. O americano precisa destruir. É o seu destino.”
O autor de “A Letra Escarlate” é Nathaniel Hawthorne, um escritor naturalista, poético “a la”
Turgueniev. “Nós não podemos evitar nós mesmos”, Hawthorne nos confessa, “pois embora saibamos
o que devemos ser e o que seria muito belo e encantador que o fôssemos, ainda assim, não
conseguimos sê-lo”.
Melville, o épico escritor de “Moby Dick”, dizia a respeito de seu amigo e escritor: “Hawthorne diz
Não! Nem o próprio diabo conseguiria fazê-lo dizer Sim, pois todos os homens que dizem sim
mentem… e todos os que dizem não estão na condição de felizes judiciosos viajantes que percorrem a
Europa sem bagagens: eles cruzam as fronteiras da Eternidade com apenas uma bolsa de viagem- quer
dizer, o próprio Ego.”
“A Letra Escarlate”, escrita em 1850, não é um romance agradável, gracioso. Está mais para uma
espécie de parábula, na qual devemos buscar os sentidos ambíguos de cada episódio, de cada
personna; uma história mundana com um sentido demoníaco, de destruição.
Phelps considerou “A Letra Escarlate” o mais importante livro jamais escrito no Ocidente, mantendo-
o dentre os quinze maiores romance da humanidade! E o mínimo que podemos considerar a respeito
deste, um romance de não mais de duzentas páginas, é que ele é surpreendente, amargo e fabuloso!
Uma história profundamente humana que nos dá o retrato sombrio da comunidade puritana, do
puritanismo calvinista e da hipocrisia nele enrustida, hipocrisia que trazemos, em maior ou menor
dosagem, dentro de nós mesmos. O pecado, a culpa, o ódio, a ausência de amor; a presença da luxúria,
da paixão, do destemor e da covardia, da coragem e do orgulho, da traição e da pusilanimidade; a
automutilação e o sado-masoquismo, todos eles estão presentes e marcados a ferro e fogo nos
James Joyce e o terror imposto O conceito da história de W. Uma mulher contra Hitler
pela religião. Benjamin e o Brasil dos tempos
de Bolsonaro. “Ouvintes alemães!” Sob esta
Joyce se auto define como “um chamada, o escritor alemão exilado,
socialista de alguma espécie” e sua Em 1940, ano da sua morte ao fugir Thomas Mann, transmitia em sua
obra expressa o homem na tentativa do nazismo, Benjamin escreve língua pátria, via BBC, discursos…
de descrever o mundo, de fugir da… aquela que seria sua derradeira obra,
considerada por muitos como o m…
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