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Uma leitura arquetípica de The scarlet letter retira seu americanismo, seu senso
de lugar. Também suprime a trama. Mas os elementos americanos do
romantismo tardio de The scarlet letter são relativamente superficiais. A Nova
Inglaterra pré-revolucionária é simplesmente “o ancestral” na taquigrafia do
dialeto local. Não é mais autêntica que o medievalismo rangente de um romance
gótico. A trama é sempre negligível no romantismo. Trama é história, causa e
efeito desdobrando-se racionalmente no tempo, mas na poesia romântica a
história é irracionalmente impelida para trás, para o primevo. A trama
apresentada pelo Ancient mariner de Coleridge é falsa. O mesmo acontece com
The scarlet letter; que só pode ser lido pela trama se se ignoram os imensos
saltos emocionais e sexuais. The scarlet letter é uma visão arquetípica da mulher
perseguida movendo-se serenamente no círculo mágico de sua natureza sexual.
Dimmesda- le é um fílho-amante que anseia em vão por fundir-se com a mãe.
Pearl é o filho bebê purgado de sua masculinidade divisiva. Hester a duplica na
tensão da solidão. O tempo reduziu as pedras da adúltera a areia, em torno da
qual se forma uma pérola {pearl) perfeita. Para Hawthorne-enquanto-
Dimmesdale, a mãe está ao mesmo tempo muito perto e muito longe. The scarlet
letter formaliza a ambivalente relação adulta de Hawthorne com sua mãe, que
deve ser empurrada para a distância mental, a fim de que a imaginação
sobreviva.