1) O documento apresenta referências sobre obras literárias, personagens e conceitos religiosos citados no conto "A Igreja do Diabo" de Machado de Assis, como a Bíblia, Fausto, Aquiles e religiões como cristianismo e islamismo.
2) Inclui também breves biografias de autores como Homero, Rabelais e Cruz e Silva, além de explicações sobre termos como "drogman" e localidades como o Cairo.
3) Ao todo são 21 notas de rodapé explicando termos e referências presentes no con
1) O documento apresenta referências sobre obras literárias, personagens e conceitos religiosos citados no conto "A Igreja do Diabo" de Machado de Assis, como a Bíblia, Fausto, Aquiles e religiões como cristianismo e islamismo.
2) Inclui também breves biografias de autores como Homero, Rabelais e Cruz e Silva, além de explicações sobre termos como "drogman" e localidades como o Cairo.
3) Ao todo são 21 notas de rodapé explicando termos e referências presentes no con
1) O documento apresenta referências sobre obras literárias, personagens e conceitos religiosos citados no conto "A Igreja do Diabo" de Machado de Assis, como a Bíblia, Fausto, Aquiles e religiões como cristianismo e islamismo.
2) Inclui também breves biografias de autores como Homero, Rabelais e Cruz e Silva, além de explicações sobre termos como "drogman" e localidades como o Cairo.
3) Ao todo são 21 notas de rodapé explicando termos e referências presentes no con
LEITURA FENOMENOLÓGICA – ENCONTRO DIRETO DA ESCRITA SEM
MEDIAÇÃO, PRECONCEITOS. Autodidata – escritor letrado – francês – latim – inglês (alemão e grego) Tradutor de obras do francês Fascinado por Shakespeare (250 menções) Tradição da língua culta (atento ao galicismo - ABdeH) Todos os gêneros: poesia, teatro, conto, romance, crônica, cartas. Estilo: 1) Há um mistério em Machado de Assis. Lúcia Miguel-Pereira 2) Humor ——- método (sisudez) Ironia ——-- arma (língua afiada) Sátira ——-- crítica (polêmica)
A IGREJA DO DIABO – CONTO DE MACHADO DE ASSIS
Referências
1. Ordem religiosa fundada em 529 d.C – preservação de documentos da
Antiguidade. 2. Escritura", ou "Escrituras" ou "Escrituras Sagradas" é uma das maneiras de designar a Bíblia. 3. Breviário: livro de orações obrigatórias dos religiosos durante do dia, 4. A expressão "tenda de Abraão" alude ao episódio em que o patriarca hebreu, após ter tido seu primeiro diálogo com Jeová, sai de sua terra, segue pelo deserto, em cumprimento à ordem divina, e arma uma tenda, onde ergue o primeiro altar a Deus. Figura central no desenvolvimento das três principais religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Cf. Gênesis 12: 7-9. Cronologia bíblica: Adão – Caim – Noé – Abrão, Abraão – Moisés – Davi – Cristo. 5. Maomé (c. 570-632) foi o fundador do islamismo; reuniu os dogmas e os preceitos da nova religião no Corão; segundo o islamismo, Alá é o único deus, e Maomé, o seu profeta. Lutero (1517) e Calvino (1536) protestantes que se multiplicaram em seitas mundo afora. 6. Fausto – Mefistófeles – Mefisto – Dr. Fausto de Goethe. 7. Pedra fundamental – tradição cristã – Pedro = pedra. 8. Beijo e púbis. 9. Miguel, Rafael e Gabriel são os arcanjos bíblicos. 10. "Boa nova" é a tradução literal da palavra grega "evangelho". 11. A citação é uma tradução do verso 1 da Ilíada, cujo original não fala em "musa", mas em "deusa". 1. Homero: poeta grego (provavelmente nascido na atual Turquia), teria vivido no século IX a.C. É consagrado na cultura do Ocidente como o autor das epopeias Ilíada e Odisseia, narrativas fundadoras da literatura ocidental. Segundo a tradição, era cego dos dois olhos. 2. A Ilíada, epopeia atribuída a Homero (século IX a.C.), narra o último ano da Guerra de Troia, cidade da Ásia Menor, na atual Turquia, chamada Ílion nos poemas homéricos. Abre-se com a narração da cólera de Aquiles contra Agamemnon, chefe do exército grego no cerco a Troia, o qual lhe tomara Briseida, jovem presa de guerra. Aquiles se retira da luta, e sua mãe, a ninfa Tétis, obtém de Zeus que os gregos sofram severas perdas. A consequência dessa rixa entre guerreiros gregos foi de fato funesta, levando a muitas baixas, antes da vitória final sobre os troianos. 3. Aquiles, filho do mortal Peleu e da ninfa Tétis, é um dos principais guerreiros gregos na guerra contra Troia, tal como relata Homero (que teria vivido no século IX a.C.) na Ilíada. 4. Segundo a mitologia, Peleu era rei da Ftia, pátria dos mirmidões, na região da Tessália (nordeste da Grécia). Com a Ninfa Tétis, gerou Aquiles, o mais destacado herói da guerra de Troia, de acordo com a narrativa da Ilíada. 12. Rabelais Médico, religioso e escritor francês do Renascimento, François Rabelais (c.1494-1553) é o autor das aventuras de Pantagruel e de Gargantua, depois reunidas em um só livro, Les horribles et espoventables faictz et prouesses du très renommé Pantagruel Roy des Dipsodes, filz du Grand Géant Gargantua (Os horríveis e espantosos feitos e proezas do mui renomado Pantagruel Rei dos Dipsodes, filho do Grande Gigante Gargantua ). Exerceu enorme influência na posteridade literária e sua obra transita com naturalidade entre o teocentrismo medieval e o antropocentrismo do Renascimento. 5. Gargantua et Pantagruel é o título genérico do romance fantástico, burlesco e satírico, escrito e publicado em vários volumes entre 1552 e 1564. O gigante Gargantua surgira num romance popular anônimo, em 1532. Posteriormente, sob o pseudônimo de Alcofibras Nasier (anagrama de François Rabelais, 1494- 1553), o autor aproveita os nomes do herói e de algumas personagens, que tornaria célebres. Depois de sua morte, sucederam-se três livros, agora com o nome de François Rabelais, "docteur en Médicine", estampado nos volumes. Não há um plano, uma unidade, sendo os vários episódios interligados pelos heróis, Gargantua (pai) e Pantagruel (filho). 13. Cruz e Silva Antônio Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), escritor português, é autor do Hissope (1768) e de Poesias, reunidas em seis volumes, publicados entre 1807 e 1817. É um dos fundadores da Arcádia Lusitana (1756), e seu pseudônimo arcádico é Elpino Nonacriense. 6. O poema herói-cômico O hissope (1768), do poeta português Antônio Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), cujo pseudônimo arcádico é Elpino, foi escrito no mesmo tom épico de Os Lusíadas, tom escolhido deliberadamente para realçar o ridículo das aventuras que narra. Tem como tema uma questão entre o bispo da cidade de Elvas e o deão (o membro do clero que dirigia a vida doméstica dos clérigos seculares) da catedral da mesma cidade. Ridiculariza os valores feudais, a mentalidade escolástica, a poesia barroca, o luxo da aristocracia e os abusos da Igreja. 14. Lúculo, general romano, célebre pelo luxo em que vivia e pela fartura de sua mesa, viveu nos séculos II e I a.C. 15. A palavra "cópia" é empregada aqui no sentido, hoje pouco usual, de "abundância", "grande quantidade". 16. O trecho a que se alude é o de uma carta de Ferdinando Galiani (1728-1787 "Todos falam em defesa do maior bem do próximo. Que se dane o próximo [ou ´leve a breca o próximo`]. Não existe próximo. Dizei o que vos for necessário; ou calai-vos." 17. "Deitar às urtigas" é uma expressão consagrada na língua portuguesa e significa o mesmo que "descartar", "jogar fora" e, por extensão, abandonar uma posição, libertar-se de um princípio, de uma convicção. A expressão "deitar o hábito (ou capa) às urtigas" significa deixar sua posição social, libertar-se de amarras, entregar-se à devassidão. 18. A palavra "Levante" designa uma região do Oriente Médio que se estende da costa mediterrânea da faixa de Gaza até a Turquia. 19. A cidade do Cairo é a capital do Egito. Localizada às margens do rio Nilo, foi fundada em 116 a. C., quando os romanos reconstruíram uma antiga fortaleza persa junto ao rio. Em 969, tornou-se capital do Egito árabe e recinto real dos califas fatímidas, que batizaram a cidade com o nome de Al-Qahira. 20. "Drogman" ou "dragoman" é uma palavra utilizada na língua inglesa, a qual significa "intérprete" ou "guia". O termo é muito usado no Oriente, especialmente no Oriente Médio, sendo sua origem provável ("targumanu") o idioma acádio, uma língua extinta falada na antiga Mesopotâmia. A palavra teria chegado ao inglês (língua na qual existe registro de seu uso já no século XIV) pelo francês, tendo passado pelo italiano, latim, grego, árabe e aramaico. 21. Alá é aqui mencionado em função do "muezim", aquele que, do alto dos minaretes, conclama os muçulmanos a fazerem suas orações.