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ABSTRACT: The intention of this research is to elucidate and provoke reflection on the
constitutionalization of the rehabilitation institute, a form of provision derived from
public positions. As is known, from the promulgation of Constitutional Amendment n°.
103/2019, said institute has a constitutional provision. readaptation is exclusive to
holders of a permanent position, being temporary, that is, for as long as the health
limitation of the civil servant persists. In the proposed interpretation, in order to
collaborate with the statement of reasons for the standard, it is important to understand
that readaptation should not be interpreted as a kind of circumvention of the public
tender rule. In addition, the article faces readaptation requirements, such as schooling
requirements, as well as the need to respect the irreducibility of salaries.
1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O objetivo deste breve ensaio, muito mais do que oferecer respostas definitivas, é
apresentar provocações, contribuindo para a reflexão em face da nova normatividade e
das possíveis situações que poderão ocorrer no âmbito da Administração Pública.
Dessa forma, a Lei Federal n° 8.112/1990 dispõe que a readaptação deve ocorrer em
cargo com atribuições compatíveis com a limitação sofrida pelo servidor. Caso julgado
incapaz, será aposentado. Destaca-se ainda que o §2° do artigo 24, que determina que a
readaptação se dê em cargo com atribuições afins, sendo ainda necessário levar em
conta a habilitação exigida, o nível de escolaridade e equivalência e vencimentos. Na
hipótese de inexistência de cargo, determinou o legislador que o servidor exerça as
atribuições do cargo em que for readaptação como excedente, até surgir vaga.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta
condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
Nesse sentido, crê-se que a Administração, regra geral, deve se valer de todos os
esforços para que a readaptação se dê em cargo que demande a mesma habilitação,
nível de escolaridade e vencimentos do cargo de origem. Ademais, em que pese não
estar expresso no texto constitucional, é pertinente que, na medida do possível, essa
readaptação ocorra em cargo com atribuições semelhantes àquelas previstas para o
cargo anteriormente ocupado.
Outro aspecto que merece reflexão é a necessidade de o servidor ser estável ou não
para poder ser readaptado. Destaca-se que não é requisito para concessão de
aposentadoria por invalidez a estabilidade, o que, aliás, não seria consentâneo com a
proteção previdenciária em situações de infortúnios. Ademais, não se olvida que a CF de
1988 determina que o servidor somente seja aposentado quando insuscetível de
readaptação, nos termos do artigo 40, §1°, inciso I, na redação da EC n° 103/2019.
Dessa forma, a constitucionalização da readaptação como espécie de provimento
derivado e como requisito à concessão da aposentadoria por invalidez, tornam ainda
mais evidentes a conclusão de que é possível esta forma de provimento derivado
inclusive no curso do estágio probatório.
4.CONCLUSÕES
Em síntese, observou-se que a regra do artigo 37, §13 da CF/1988 demanda que a
readaptação é exclusiva para titulares de cargo efetivo, sendo temporária, ou seja,
enquanto perdurar a limitação de saúde do servidor. Na interpretação proposta, a fim
colaborar com o discurso de fundamentação da norma, é importante compreender que a
readaptação não deve ser interpretada como uma espécie de burla à regra do concurso
público, mas sim como um tratamento digno aos servidores que sofreram uma limitação
física ou mental e, simultaneamente, conveniente aos desígnios da Administração
Pública, o que comprovou a suposição inicial desta pesquisa.
5.REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fabrício Bolzan de. Manual de Direito Administrativo. 3 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.