Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTERIA COLETIVA
Irei esclarecer tais proposições, a partir de dois textos, um ofertado por Zelinha
e outro, com a permissão da mesma, em que um capítulo traça essa nossa
temática.
A partir do primeiro texto, um artigo. Trago relato do mesmo, em que a partir de
2006 em um internato no México, na cidade de Chalco, a “Villa de las niñas”,
em que até o ano 2007 seiscentas meninas apresentaram comportamentos
semelhantes de atrofia muscular. Os médicos locais chegaram à conclusão de
uma histeria coletiva. Causa principal, se deduz pela rigidez do internato
(instituição guiada por religiosas asiáticas), uma vez que fora dele, as meninas
cessavam o comportamento.
O artigo traz também um adendo, relacionando comportamentos dissociativos
como possíveis resultados de subjugação espiritual, inclusive coletiva em que
um espírito menos esclarecido pode influenciar movimentos corporais
disfuncionais em um ou demais pessoas. Detalhe bastante importante deste
aspecto descrito é que em pessoas bem letradas (com bom repertório de
conhecimento) esses episódios não acontecem com facilidade. Entretanto,
questiono tais afirmações, haja vista, pessoas pouco letradas, muitas vezes
possuem um repertório moral mais desenvolvimento, uma bagagem de
inteligência emocional e estruturação psíquica, portanto, será que apenas o
letramento influencia de modo sistemático, ou um conjunto de fatores?
O artigo é finalizado com a proposição reflexiva de que nós espiritualistas
saberemos diferenciar com maior inteireza o que é orgânico e o que é
espiritual. Temos assim, um grande desafio pela frente... afinal o orgânico
interfere o espiritual (adendo do conceito saúde-doença; processo
biopsicossocial) e o espiritual interfere no orgânico, portanto, uma coisa não
“anda sem a outra”, mesmo que algumas instâncias requeiram mais auxílio do
arsenal espiritual ou do arsenal material.
Partimos brevemente para o segundo texto, este refere-se as vivências que
podem não ter caráter patológico, trata-se de fenômenos psicóticos, que não
necessariamente seriam sintomas psicóticos. A mediunidade, pode-se
equiparar segundo o autor aos fenômenos psicóticos (ou seja, de perto
nenhum médio é “normal”, risos) e já estamos inseridos no DSM-IV, intitulados
aos Problemas Espirituais e Religiosos – “A crise de desenvolvimento” . O que
diferencia um médium de uma pessoa em estado psicótico, é o contexto que
estão inseridos, à cultura (é aceitável tal comportamento?), bem como a
percepção acerca da realidade objetiva sem déficit cognitivo (capacidade de
controle) e alheamento associados, além do sujeito apresentar algum nível de
sofrimento excedente trazendo prejuízos a vida dele.
Resumo dialético da apresentação que ocorrerá dia 24/01/2023. Este texto não se trata de
uma resenha acadêmica seguindo todos os constructos normativos da ABNT, apenas é um
texto livre com intuito de norteamento para a palestra já informada.