A acrópole, situada no ponto mais alto da cidade, tinha muralhas,
sendo assim o ponto de refúgio da população em caso de perigo. Foi Péricles quem mandou construir muralhas em redor da cidade, após as guerras Persas. Estas que incluíam a ligação com o porto, o Pireu, e a povoação deste. A ágora era o centro cívico da cidade, onde a população se reunia para as deliberações da Eclésia (a assembleia dos cidadãos). Era o ponto de encontro da população, fervilhava constantemente de gente: habitantes da cidade e forasteiros; escravos a caminho do mercado ou políticos candidatos às magistraturas à procura de simpatizantes, crianças e adolescentes na brincadeira; e filósofos amantes da observação como Sócrates. Ali todos se cruzavam, todos se conheciam, todos conversavam, quanto mais não fosse para “matar o tempo”. Na pólis onde o trabalho na terra, na oficina e no comércio é equilibrado pelo ócio- a diversão e o entretenimento e neste as atividades culturais (como o teatro, a música, os jogos, a poesia, o canto e a filosofia eram dominantes). Havia assim um sistema de vida, um modo de formar e moldar os cidadãos gregos que dela faziam parte. O que se resume nas palavras de Simónides: “A polis é a mestra do homem”