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1590/1982-0216201820319417
Artigos originais
ABSTRACT
Objective: to describe the immediate effects of delayed auditory feedback on stuttering-like disfluencies
in people who stutter.
Methods: a cross-sectional and experimental study. The effect of delayed auditory feedback was analyzed
in thirty individuals, from eight to 46 years old, diagnosed with persistent developmental stuttering.
Participants should present at least 3% of stuttering-like disfluencies and mild stuttering according to
the Stuttering Severity Instrument. The following procedures were used: audiological evaluation, fluency
Recebido em: 11/12/2017 evaluation in two listening situations – with Non-altered and delayed auditory feedback - and the Stuttering
Aceito em: 03/04/2018 Severity Instrument. The Fono Tools software was used to cause the delay effect. Data analysis was per-
formed using pertinent statistical tests.
Endereço para correspondência:
Results: there was no decrease in most stuttering-like disfluencies. There was a statistically significant
Cristiane Moço Canhetti de Oliveira
Av. Hygino Muzzi Filho, 737, Vila reduction in word repetition and flow of syllables per minute.
Universitária Conclusion: the delay in auditory feedback caused, as an immediate effect, the reduction of word repeti-
CEP: 17525-000 - Marília, São Paulo, tion and speech rate, in syllables per minute.
Brasil
E-mail: cmcoliveira@marilia.unesp.com.br Keywords: Speech, Language and Hearing Sciences; Speech Disorders; Stuttering; Feedback; Hearing
282 | Buzzeti PBMM, Oliveira CMC
de Consentimento Livre Esclarecido foi assinado média dos limiares tonais nas frequências de 500 Hz,
pelo responsável de cada indivíduo ou pelo próprio 1000 Hz e 2000 Hz foi igual ou inferior a 25 dBNA, o
indivíduo (quando maior que 18 anos de idade). Os resultado do LRF se mostrou igual ou no máximo 10dB
participantes com 12 anos completos e menores de 18 acima desta média e a presença de curva timpanomé-
assinaram o Termo de Assentimento Informado Livre e trica do Tipo A na imitanciometria.
Esclarecido. Na terceira etapa foi realizada a avaliação da
Participaram desta pesquisa 30 indivíduos (ambos fluência. Para cada participante foram coletadas as
os gêneros) diagnosticados com Gagueira do amostras de fala espontânea por meio de registro
Desenvolvimento Persistente, com idade entre 8 e 46 audiovisual em duas diferentes condições de escuta:
anos e 11 meses de idade. O diagnóstico foi realizado com retroalimentação auditiva habitual e atrasada. A
em laboratório especializado, vinculado à universidade sequência da gravação das tarefas foi a mesma para
de onde foi realizado o estudo. todos os participantes.
Como critério de inclusão, os indivíduos deveriam: Primeiramente, foi realizada a coleta de fala espon-
ser falantes nativos do português brasileiro; idade tânea na condição de escuta habitual, na qual os
entre oito a 59 anos e 11 meses; ter limiares auditivos participantes foram orientados a relatar assuntos do
dentro da normalidade22, apresentar queixa de seu cotidiano. Por exemplo, falar sobre a rotina, sobre
gagueira; o início do distúrbio deveria ter ocorrido assuntos que estavam sendo abordados na escola
durante a infância (gagueira do desenvolvimento); ou no trabalho, bem como o relato de atividades de
disfluências sem remissão (persistente); apresentar lazer realizadas em seu tempo livre. Para alcançar a
mínimo de 3% de disfluências típicas da gagueira23, amostra de fala necessária, a avaliadora estimulava
gagueira classificada no mínimo como leve de acordo com perguntas a fim de auxiliar o participante na
com o Instrumento de Gravidade da Gagueira – SSI continuação do discurso, quando necessário. Nesse
(Stuttering Severity Instrument, SSI-3)24 e nunca terem momento da avaliação os participantes não fizeram
experimentado o recurso da retroalimentação auditiva uso de fone de ouvidos.
atrasada previamente. Em seguida, foi realizada a coleta da amostra de
Os procedimentos desta pesquisa foram agrupados fala espontânea na condição de escuta com atraso
em três etapas. Na primeira, foi realizada a coleta de na retroalimentação auditiva. O assunto discorrido
dados de identificação, na qual os participantes (ou foi diferente da coleta de fala na condição de escuta
seus responsáveis legais, quando menores de idade) habitual, para evitar o efeito da adaptação. Todos os
assinaram o Termo de Consentimentos pós-informado participantes foram informados quanto à sensação de
conforme a resolução do Conselho Nacional de Saúde eco que o fone produziria. No que se refere às crianças,
CNS 466/2012. Em seguida, foi coletada a história antes de iniciar o procedimento, era realizado um teste
clínica. Os participantes, ou seus responsáveis, a fim de que elas experimentassem a sensação e
foram questionados oralmente sobre idade, gênero, compreendessem melhor o que aconteceria.
histórico de saúde, histórico dos problemas de fala e As gravações foram realizadas com o participante
de linguagem; queixa e história pregressa da queixa, sentado de frente para o avaliador, em ambiente silen-
e; história familial. Foram excluídos indivíduos que cioso. Para a amostra de fala em condição de escuta
apresentassem alterações de comunicação oral não com atraso, cada participante foi orientado a relatar
compatíveis com a idade; qualquer outro distúrbio situações de seu cotidiano com os fones de ouvido
de comunicação oral, que não fosse gagueira, e de (com microfone) ajustados, e ligados a um compu-
comunicação escrita; e/ou outras condições perti- tador, no qual foi utilizado um software específico. A
nentes que pudessem gerar erros no diagnóstico. fala do participante foi registrada e processada por
Para cumprir os critérios de inclusão e exclusão os meio do software Fono Tools que realizava a retroali-
indivíduos foram submetidos a avaliação audiológica mentação auditiva com atraso de 100 ms.
básica e procedimentos de anamnese e avaliação da As amostras de fala foram transcritas num total
fluência da fala. de 200 sílabas fluentes para cada amostra conforme
A segunda etapa constou de avaliação audiológica proposto na literatura25 considerando-se as sílabas
básica - audiometria tonal liminar, audiometria vocal fluentes e não fluentes. Posteriormente, foi efetuada a
com limiar de reconhecimento de fala (LRF) e imitan- análise das amostras de fala e caracterizada a tipologia
ciometria. A audição foi considerada normal quando a das disfluências, de acordo com a seguinte descrição26:
• Disfluências típicas da gagueira: repetição de foi realizada utilizando o programa Statistical Package
palavras - acima 3, repetição de sílabas, repetição for Social Sciences em sua versão 22.0 (SPSS 22.0 for
de som, bloqueio, prolongamento, pausa, intrusão, Windows).
e;
• Outras disfluências: interjeição, hesitação, revisão, RESULTADOS
palavras incompletas, repetição de frase, repetição
A Tabela 1 apresenta a caracterização dos partici-
de palavras - até 2.
pantes deste estudo. É possível observar maior preva-
Para o diagnóstico de gagueira, foi adotado o
lência de participantes do gênero masculino (76,6%).
critério de presença de no mínimo 3% de disfluências
A porcentagem de disfluências típicas da gagueira
típicas da gagueira e gagueira classificada no mínimo
variou de 3 a 36,5%. A gravidade da gagueira variou
como leve no Instrumento de Gravidade da Gagueira
de leve a muito grave, sendo que o diagnóstico de
– SSI-324. Esses dados foram alcançados por meio da
gagueira leve foi o mais prevalente (46,6%), seguido de
amostra de fala na condição de escuta habitual, sendo
moderada (36,6%), muito grave (10,0%) e grave (6,6%)
esta considerada como condição controle.
respectivamente.
Para classificar a gagueira dos participantes em
Os valores descritivos das disfluências de duração
leve, moderada, grave ou muito grave foi utilizado o
(bloqueios, prolongamentos e pausas) e disfluências
Instrumento de Gravidade da Gagueira SSI-324. Este
de repetição (repetições de palavra, de parte da palavra
teste avalia a frequência e a duração das disfluências
e de sílaba) em cada situação de escuta (Tabela 2)
típicas da gagueira, e a presença de concomitantes
mostraram que, para as disfluências de repetição
físicos associados às disfluências.
houve diferença significante.
A ocorrência de cada disfluência típica da gagueira
Análise estatística sob as duas condições de escuta – habitual e atrasada
Neste estudo, foram realizadas análises compa- – foi comparada e apresentada na Tabela 3. Não houve
rativas dos dados de fluência de fala de cada partici- redução da maioria das disfluências sob o efeito do
pante entre as situações de Retroalimentação Auditiva atraso na retroalimentação auditiva. A repetição de
Habitual e Atrasada. Algumas medidas foram calcu- palavras foi o único tipo de disfluência que apresentou
ladas, tais como: média, mediana, valores mínimo e redução significante sob o efeito do atraso.
máximo, desvio padrão e valor de p. Os resultados quanto ao efeito imediato do atraso
Foram utilizados para análise estatística testes não na retroalimentação auditiva para cada tipologia de
paramétricos, testes de Wilcoxon, Mann-Whitney e disfluência típica da gagueira são apresentados na
Qui-quadrado para proporções, pois os histogramas Tabela 4. Houve redução das repetições de palavras
relativos as variáveis analisadas não apresentaram e manutenção das intrusões. Vale ressaltar que, 25
distribuição gaussiana (p>0,05). A correlação entre o indivíduos não apresentaram intrusão na avaliação da
efeito da RAA na repetição de palavra e no fluxo de RAH e destes 24 continuaram não apresentando na
sílabas por minuto foi realizada por meio do Coeficiente avaliação da RAA.
de Spearman para variáveis com distribuições não A Tabela 5 apresenta as estatísticas descritivas para
normais, a fim de medir o grau de associação entre a da taxa de elocução - sílabas por minuto e palavras
duas variáveis quantitativas de interesse. Nos casos por minuto - e porcentagem de disfluências típicas da
em que as variáveis apresentaram distribuição normal, gagueira nas condições de escuta com retroalimen-
utilizou-se ANOVA. Em todas as análises o nível de tação auditiva habitual e atrasada. Houve redução no
significância adotado foi de 5%. A análise dos dados fluxo de sílabas por minuto sob o efeito do atraso.
Escore
Nº Gênero Idade Total DTG % DTG SPM PPM Gravidade da gagueira
SSI-3
1 M 33 16 8,0 184,6 101,5 21 Leve
2 M 22 17 8,5 164,3 82,1 21 Leve
3 M 36 10 5,0 235,2 142,3 19 Leve
4 M 10 15 7,5 80,0 46,0 20 Moderada
5 F 8 39 19,5 48,0 28,0 29 Grave
6 M 8 8 4,0 144,5 77,3 17 Leve
7 M 12 12 6,0 184,0 97,0 21 Moderada
8 M 28 12 6,0 235,2 130,5 27 Moderada
9 M 12 10 5,0 244,8 140,8 19 Leve
10 M 46 22 11,0 160,0 97,6 28 Moderada
11 M 20 18 9,0 200,0 108,0 23 Leve
12 F 8 10 5,0 126,0 77,0 22 Moderada
13 M 9 13 6,5 200,0 92,0 22 Moderada
14 M 12 6 3,0 89,0 55,0 14 Leve
15 F 13 8 4,0 94,0 55,0 18 Leve
16 M 13 9 4,5 218,1 133,0 18 Leve
17 M 9 19 9,5 100,0 57,0 27 Moderada
18 M 8 73 36,5 50,0 31,0 39 Muito Grave
19 M 13 10 5,0 89,0 56,0 22 Moderada
20 M 46 7 3,5 187,5 94,6 15 Leve
21 M 17 6 3,0 292,0 157,0 20 Leve
22 F 9 35 17,5 60,0 34,0 41 Muito Grave
23 F 19 19 9,5 137,9 82,7 32 Grave
24 M 17 20 10,0 169,0 96,3 27 Moderada
25 F 23 8 4,0 218,1 133,0 19 Leve
26 M 21 11 5,5 193,5 118,0 19 Leve
27 M 13 35 17,5 81,0 46,0 37 Muito Grave
28 F 8 35 17,5 30,0 20,0 26 Moderada
29 M 26 11 5,5 196,7 115,0 19 Leve
30 M 17 20 10,0 127,6 77,2 26 Moderada
Média - 17,8 17,8 8,9 151,3 86,0 23,6 -
DP - 10,7 13,9 6,9 67,7 37,7 6,7 -
Legenda: N = Número; M = Masculino; F = Feminino; DTG = Disfluências Típicas da Gagueira; SPM = Sílabas Por Minuto; PPM = Palavras Por Minuto; SSI-3 =
Stuttering Severity Instrument; DP = Desvio Padrão.
Tabela 2. Estatísticas descritivas para as disfluências típicas da gagueira de duração e de repetição nas duas diferentes condições de
escuta: retroalimentação auditiva habitual e atrasada
Tabela 3. Estatísticas descritivas para cada tipo de disfluência típica da gagueira sob duas diferentes situações de escuta: retroalimentação
auditiva habitual e atrasada
Tabela 4. Distribuição do número e porcentagem de indivíduos que apresentou diminuição, aumento ou manteve o número de cada tipo
de disfluência típica da gagueira sob o efeito da retroalimentação auditiva atrasada
Tabela 5. Estatísticas descritivas para a porcentagem de disfluência típica da gagueira e à taxa de elocução nas duas condições de
escuta: retroalimentação auditiva habitual e atrasada
Foi realizada estudo estatístico referente à existência é muito relevante, uma vez que o grupo manteve um
de possível correlação entre a repetição de palavras e padrão de redução de disfluências típicas da gagueira
o fluxo de sílabas por minuto por meio do Coeficiente específicas – repetições de palavras (acima de 3 vezes)
de Spearman. Constatou-se que não houve correlação – mesmo com toda heterogeneidade dos participantes.
entre estas variáveis (rs=-0,080, p>0,050). Referente a gravidade da gagueira, a análise
Os indivíduos foram separados em dois grupos, mostrou que todos indivíduos com gagueira muito
os 19 que apresentaram redução das repetições de grave reduziram a frequência de repetições de palavras,
palavras (G1) e os 11 que não apresentaram redução 71,4% dos indivíduos com gagueira leve e 54% dos
de repetições de palavras (G2) com a RAA. A compa- indivíduos de gagueira moderada também mostraram
ração intergrupos realizada pelo Teste de Mann-Whitney diminuição desta tipologia. O grupo de indivíduos que
mostrou que os grupos foram semelhantes quanto reduziu a repetição de palavras foi composto de 52,6%
à idade (G1= 17,05, G2= 19,27, p=0,073), porcen- de gagueira leve, 31,6% de gagueira moderada e
tagem de disfluências típicas da gagueira (G1= 9,18, 15,8% de gagueira muito grave. Investigações prévias
G2= 8,41, p=0,860) e escore total do Instrumento relataram que o efeito da RAA é melhor nos casos de
de Gravidade da Gagueira (G1= 23,89, G2= 22,80, gagueira mais grave em relação à gagueira leve18,27-29.
p=0,980). O teste Anova foi aplicado para comparar o Os dados sugerem que, a redução do número de
fluxo de sílabas por minuto (G1= 147,73, G2= 157,56, repetições de palavras pode ser um dos primeiros
p<0,010) e mostrou que os individuos que reduziram efeitos da RAA tendo em vista que este foi o primeiro
a repetição de palavras apresentaram na condição de contato dos indivíduos com este recurso. Acredita-se
escuta habitual menor taxa de articulação em relação que, com o maior tempo de exposição ao atraso na
aos indivíduos que não diminuíram esta tipologia. retroalimentação auditiva ocorra melhora de outras
tipologias, a partir da familiaridade e aprendizagem
DISCUSSÃO do uso do recurso. No entanto, esses achados
O atraso na retroalimentação auditiva nas pessoas discordam de resultados prévios que encontraram
com gagueira provocou como efeito imediato redução redução imediata com maior frequência dos bloqueios
significante na frequência de repetições de palavras. em relação às repetições18. Interessantemente, o
Duas explicações plausíveis para este achado podem número de indivíduos foi o mesmo nesta pesquisa e
ser elencadas: (1) A repetição de palavra é a disfluência no estudo de Unger e colaboradores18. No entanto,
de repetição considerada como típica da gagueira cuja algumas diferenças no desenho do estudo podem
unidade linguística é maior, ou seja, a palavra é maior justificar as divergências dos achados. Os indivíduos
do que uma parte da palavra (ou sílaba) e do que um da pesquisa de Unger e colaboradores18 eram adultos
som (fonema ou elemento de um ditongo), portanto, (média=36,5 anos), e além do efeito do atraso foi
intensificaria o efeito coro, tornando o monitoramento utilizado concomitantemente a alteração na frequência
da retroalimentação auditiva mais efetivo, e; (2) Para da retroalimentação.
ser considerada como disfluência típica da gagueira, Além das estratégias de controle motor empre-
a repetição de palavra ocorreu acima de 3 repetições, gadas pelos participantes durante a fala sob a
neste sentido o resultado sugere que quanto maior o condição de escuta com atraso serem variáveis de
número de repetições, maior o efeito da RAA. indivíduo para indivíduo, outro ponto a ser levantado
O efeito da retroalimentação auditiva atrasada nas se refere à quantidade de unidades repetidas durante
disfluências de duração (bloqueio, prolongamento e a ocorrência das disfluências. Supõe-se que, o número
pausa) e de repetição (repetição de palavra, parte da de unidades repetidas também possa influenciar o
palavra e som) mostrou diminuição estatisticamente efeito do atraso, e pode explicar o resultado diverso
significante somente nas disfluências de repetição. encontrado entre os vários tipos de disfluências de
Este resultado pode ser justificado devido a redução repetição. Esta hipótese está pautada no fato de que
significante da frequência de repetições de palavras. o número de unidades linguísticas repetidas das
Considerando que muitas variáveis podem repetições de parte de palavra e de som, poderia
influenciar os efeitos ocasionados pelo atraso na retro- ser uma ou mais. No entanto, a repetição de palavra
alimentação auditiva em pessoas que gaguejam, como para ser considerada como típica da gagueira deveria
a idade, a gravidade, o subtipo de gagueira, entre apresentar no mínimo três repetições. Desta forma,
outros, este achado referente às repetições de palavras estudos que analisem especificamente as disfluências
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