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(ISGECOF)
2020)
2020)
.
Projecto a ser apresentado no Instituto
Superior de Gestão, Comércio e Finançaas e
Comercio ( ISGECOF ), para obteção do
grau da Lincecioatura em Contabiliadade e
Auditoria
A candidata O Supervisor
__________________________ __________________________
_____________________________
I
AGRADECIMENTOS
Por este momento marcar um período de vida, mais do que palavras, em primeiro lugar
agradecer a Deus pelo dom da vida e por ter me guiado e dado forças para contornar as
dificuldades encontradas ao longo do percurso.
Especial agradecimento vai para meu esposo, meu eterno aconchego, Hélder Macuácua, pela
companhia, paciência e dedicação por permitir a minha formação ao longo dos quartos anos.
Por fim, quero agradecer a todos os colegas e em particular aos elementos do grupo de
estudos, Aida, Carlos, Sílvia e em especial ao Dionísio Buque pelo apoio incondicional
prestado.
E a todos que por ventura não tenha citado, mas, directa ou indirectamente contribuíram
durante o percurso da minha formação, endereço o meu muito obrigada.
II
DEDICATORIA
Este trabalho é dedicado aos meus pais Alfredo Fabião Macamo (falecido), que Deus lhe
conceda um eterno descanso e Maria Laura João Muchanga, por todo apoio, dedicação,
sacrifícios feitos. Aos meus irmãos Lúcia, Rogério, Tina (falecida) e Adolfo que sempre me
incentivaram e por acreditaram em mim.
III
Lista de Siglas, Cromos e Abreviaturas
AI - Auditoria Interna
AICPA - American I nst itufe o.f Certijie d Pu blic Accountants
Controlo Interno
Committee of Sp onsoring Organizations
ERM - Enterprise Risk Management
EUA - Estados Unidos da América
IIA - Jnstitute of Internai Auditors
IFAC - International Fede ration of Accountants
ISGECOF – Instituto Superior de Gestão, Comércio e Finanças
ISO - International Organization for Standardization
SA - Sociedade Anónima
SCI - Sistema de Controlo Interno
SOX - Lei Sarbanes-Oxley
PWC - Price Waterhouse Coopers
IV
Resumo
V
Summary
The objective of any of its maximum resources, in the sense that its activity can be defined as
a system, is capable of mitigating an efficient and effective implementation and that allows
the efficiency of the action of the associated risks. The sales and development area is part of a
process for exposure to very high risk, so the implementation of internal control in this
fundamental area is unquestionable. As it is understood that there is an internal control system
transversal to all areas of activity, adding this value to the organization, the central
development of work in the specific area of sales and aims to analyze internal control as a tool
in the management of the sales area of the company Toyota de Moçambique, SARL, in the
period (2018-2020). For this purpose, a bibliographical, documental and study research and as
for the objectives is descriptive, as information on internal control was developed in the
institution through a study where its analysis and interpretation of the results were carried out,
supported by the literature review . The risk of completion was removed as an internal control
in my area of revenue loss delivery, providing the risk in this way, an efficient management of
Toyota SARL sales;
VI
ÍNDICE
DECLARAÇÃO DE HONRA....................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................II
DEDICATORIA.......................................................................................................................III
Resumo.....................................................................................................................................VI
1. Introdução...........................................................................................................................1
1.1 Contextualização..........................................................................................................2
1.4 Justificativa...................................................................................................................4
1.6 Hipóteses......................................................................................................................5
2.1 Conceitos....................................................................................................................10
2.11.2 Aplicações...........................................................................................................29
2.11.6 Aplicações...........................................................................................................30
2.11.8 Vantagens............................................................................................................31
2.11.9 Desvantagens......................................................................................................32
2.11.10 Aplicações.......................................................................................................32
2.11.12 Vantagens........................................................................................................33
3.3.6 São Efetuadas Auditorias Internas Para Validação dos Dados Que dão Origem à
facturação aos Clientes?....................................................................................................43
3.3.9 Em Sua Opinião, Quais das Seguintes Causas Contribuem Para a Perda de
Receita: a) Deficiente Integração de Sistemas? b) Deficiente Definição de Procedimentos
e Fluxo de comunicação?..................................................................................................46
4. CONCLUSÕES E RECOMENDACÇÕES......................................................................50
4.1 Conclusões.................................................................................................................50
4.3 Recomendações..........................................................................................................51
5. Referências Bibliográficas................................................................................................53
Lista de Quadro, figuras e Gráficos
Acresce, ainda, que quanto maior for a organização mais difícil se toma o controlo de todos os
seus processos por parte dos gestores, pelo que têm que se socorrer de mecanismos que lhes
permitam controlar todas as actividades cujo Controlo Interno, ao estar presente em todas as
áreas, vai de acodo com essa necessidade da gestão, contribuindo, desse modo, para que as
acções desenvolvidas se coadunem com os interesses da organização e para minimizar a
probabilidade de ocorrência de erros e fraudes.
A parter do Controlo Interno vem a Gestão de Risco, processos que têm uma estreita relação
dentro das organizações, dado que uma das formas de gerir riscos assenta na implementação
de eficientes e eficazes Sistemas de Controlo Interno. É nesta perspectiva e com objectivo de
conferir maior economicidade na utilização dos recursos postos a disposição dos gestores,
existe o controlo interno, que actua de forma preventiva na detenção de desvios.
O presente trabalho visa analisar o controlo interno como ferramenta na gestão da área de
vendas de uma empresa em Moçambique, avaliando o seu contributo no cumprimento dos
objectivos estabelecidos, particularmente relacionados com as vendas.
Quanto a estrutura dos trabalho ele esta composto por três partes, começando pela introdução
onde se abordam aspectos como, problema da pesquisa, os objectivos, delimitação, e a
metodológia, a segunda é a fundamentação teórica constituindo o primeiro capitulo onde se
fez o levantamento de várias obras relacionadas com o tema em estudo, e a terceira parte é o
estudo de caso constituindo, o segundo capitulo que vai culminar com as conclusões e
recomendações.
1.1 Contextualização
Um sistema de controlo interno (SCI) é uma ferramenta de gestão essencial para qualquer
organização, assegurando o respeito pela legalidade, o cumprimento de critérios de economia,
eficácia, e permitindo aos diversos patamares hierárquicos da organização ter confiança nos
procedimentos e processos desenvolvidas pelos seus colaboradores, possibilitando, sempre
que necessário, a implementação de medidas correctivas e de ajuste nos diversos estágios da
acção, garantindo assim a qualidade, a fiabilidade e a responsabilidade da informação
produzida.
O SCI é constituído de forma agregada e estruturada por diversos procedimentos de CI, que
obedecem a acções individuais de controlo sobre os processos e acções realizadas nas
organizacções. Internacionalmente, o Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission (COSO), cujo primeiro objecto de estudo foi o CI das empresas,
elaborando diversos documentos sobre esta temática.
Esta investigação pretende contribuir para a discussão do tema SCI, a sua utilização e,
sobretudo, investigar os benefícios que possam advir para um organismo por ter
implementado um SCI e a sua contribuição para a gestão orçamental numa perspectiva mais
macro, ou seja, o enquadramento da gestão da unidade orçamental (organismos) no contributo
da gestão do orçamento da Toyota de Moçambique, SARL.
O controlo interno (CI) revela-se uma ferramenta de gestão essencial para qualquer
instituição, assegurando o respeito pela legalidade, o cumprimento de critérios de economia,
eficácia e eficiência, permitindo assim aos diversos órgãos hierárquicos da organização ter
confiança nos procedimentos e processos desenvolvidos pelos seus colaboradores. (Marcal e
Marquez, 2011:21).
Vários têm sido os estudos sobre a avaliação do CI e o seu contributo na administração diária
das empresas. Nesse sentido, importa abordar este assunto de modo a obter-se um
conhecimento mais profundo sobre o mesmo, especialmente no processo de gestão da área de
vendas nas organizações.
O tema dos riscos empresariais vem ganhando relevância no nosso país, sobretudo, ao nível
das organizações de maior dimensão. Começa a ser preocupação de muitas destas
organizações efectuar um levantamento dos riscos que podem por em causa a estratégia
delineada, pelo que a construção da matriz de exposição ao risco é um facto cada vez mais
importante no seio de qualquer organização.
1.4 Justificativa
A escolha desse tema deveu-se da grande importância que o controlo interno representa para
as entidades tanto públicas como privadas. Sendo a Toyota de Moçambique uma empresa
privada, as fontes de recursos provem do resultado de suas actividades, assim sendo,
pretende-se evidenciar o contributo do CI para a gestão eficaz e eficiente da área de vendas.
No âmbito académico, o tema é relevante, pois, poderá desenvolver informações e /ou trazer
resultados sobre a análise do CI no processo de gestão da área de vendas nas
Instituições/privadas. Poderá ajudar os académicos a perceber os problemas que as
Instituições privadas enfrentam e outros interessados, querendo poderão extrair nesta
monografia ideias que podem contribuir para sua informação, consulta, e extrair ideias para
capacitação dos colaboradores que conduzem a elaboração de instruções internas de controlo
interno.
Segundo Lakatos & Marconi (2005:80), a formulação do objectivo significa definir com
precisão o que se pretende com o trabalho, o que se propõe a fazer, que aspectos se pretendem
analisar n o desenvolvimento do assunto.
1.5.1 Objectivo Geral
Analisar o controlo interno como ferramenta na gestão da área de vendas da empresa
Toyota de Moçambique, SARL.
1.6 Hipóteses
Do ponto de vista da sua natureza, considera-se uma pesquisa aplicada que tem como
objectivo de gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas
específicos.
Diante da necessidade de definir o delineamento da pesquisa quanto aos objectivos, ela
enquadra – se como exploratória, pois, conforme Marconi e Lakato s (2005:68), pesquisa
exploratória "são investigações de pesquisa empírica cujo objectivo é a formulação de
questões ou de problema com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a
familiaridade do pesquisador com o ambiente, facto ou fenómeno para a realização de uma
pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar os conceitos".
Para Gerhardt, (2009: 19), as "técnicas típicas usadas em pesquisas exploratórias incluem
estudo de caso, observação e análise histórica, que podem fornecer dados quantitativos e
qualitativos.
De acordo com Richardson (2004:91), este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar
maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir
hipóteses. O mesmo autor diz que essas pesquisas podem classificar-se como Bibliográficas e
estudo de caso.
Considera-se também como descritiva pois para Gil (2002:42), o estudo descritivo, "tem
como objectivo primordial a descrição das características de determinada população ou
fenómeno, ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis".
Sampieri (2 006: 10 2 ), defendem que este tipo de estudo "busca especificar propriedades e
características de um fenómeno que se analisa e interessa-se fundamentalmente por recolher
dados que mostrem um evento, uma comunidade, um fenómeno , um efeito , contexto ou
situação que ocorre".
Para alcançar os objectivos, buscou-se através de literatura divulgada em meio s electrónicos
e impresso esclarecer pontos· importantes, quanto a conclusão do trabalho, fez-se uma colecta
de livros, materiais e principalmente os manuais de procedimentos de controlo interno da
instituição o objecto de estudo para o desenvolvimento do trabalho.
Quanto aos Procedimentos
De acordo com Gerhardt, (200 9:3 1), "os procedimentos na pesquisa científica refere-se a
maneira pelo qual se conduz o estudo e portanto, se obtêm os dados." Para o presente
trabalho, quanto aos procedimentos foi realizada na forma de estudo de caso que conforme
Vergara (2006:78), " o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um
ou poucos objectos, de maneira a permitir o conhecimento amplo e detalhado do mesmo,
tarefa praticamente impossível mediante outros tipos de delineamento considerados.
Segundo Martins (2002:6 4), os exemplos mais comuns para este tipo de estudo são os que
focalizam apenas esta unidade: um indivíduo, um pequeno grupo, uma instituição, um
programa ou um envento. No caso do presente trabalho estudou-se controlo interno da
Direcção Comercial da Toyota de Moçambique,SARL. Na gestão, dada a complexidade das
situações e da necessidade crescente da informação qualitativa que explique a informação
quantitativa de uma forma completa, recorre-se com maior frequência, a realização do estudo
de caso.
População e Amostra
Segundo Marconi e Lakatos (2005:223), a amostra ocorre quando não se abrange a totalidade
dos componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma parte dessa
população.
População ou universo são o conjunto de unidades com características comuns Gil (2002:
128), sendo o universo desta pesquisa correspondente a Toyota de Moçambique, SARL. A
população alvo de estudo está constituída pelos gestores e restantes quadros técnicos. Ainda o
mesmo autor designa por amostragem "a obtenção de informação sobre parte da população."
A amostra que é do tipo não probabilística nesta pesquisa, está constituída por 19 dos 28
colaboradores da instituição o correspondente à (66%) da população alvo ou unidade de
observação. Salientar que os 28 colaboradores pertencem aos seguintes sectores: Direcção
financeira, Direcção comercial e Controlo interno, por considerar serem estes onde flui a
maior parte dos processos relacionados com as vendas.
A colecta de dados foi feita através do questionário. De acordo com Martins (2002:7 1 ), o
questionário é a técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são
submetidas as pessoas com o propósito de obter informação sobre conhecimento, crenças,
valores, interesses, expectativas, comportamentos, etc.
O questionário de estudo está composto por 15 questões fundamentais para a verificação das
hipóteses, previamente formuladas através de análise do posicionamento do quadro técnico
relativo ao controlo interno, dos 28 questionários distribuídos foram devolvidos 15. Desta
forma a nossa amostra é constituída por 15 colaboradores que representa a população.
Visto que a presente pesquisa compreende uma abordagem qualitativa e quantitativa, e que
após a elaboração e submissão do questionário, as respostas foram recolhidas e depositadas
numa base de dados. Na presente investigação, optou-se pela utilização da base de dados em
Excel, facilitando assim o tratamento da informação.
2. CAPITULO II - REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo abordam-se os temas que irão ser desenvolvidas através da pesquisa e consulta
a efectuar a obras e documentação relevante para o trabalho, nomeadamente, monografias,
artigos de revistas científicas, entre outras.
2.1 Conceitos
As organizações têm objectivos cujo alcance pode ficar comprometido devido à ocorrência de
eventos que podem pôr em causa o ambiente de controlo existente, riscos não identificados,
entre outras situações a que cada vez mais as mesmas estão expostas e uma das respostas
possíveis a estes aspectos passa pela implementação de actividades de controlo.
Cada organização define os objectivos que pretende atingir, os quais irão servir de base à sua
estratégia. O processo de definição dos referidos objectivos deve ser o mais rigoroso possível
e devidamente suportado para que os mesmos sejam alcançados. O sucesso da sua consecução
passa pela implementação de um adequado e eficiente Sistema de Controlo Interno (SCI),
suportado em normativos e procedimentos.
Segundo Morais e Martins (2003:28), a primeira definição de controlo interno surge em 1934,
pela American lnstitute of Certified Publics Accounts (AICPA) que define que o controlo
interno (CI)
Posteriomente, COSO (1994: I 3), define o controlo interno como, " um processo levado a
cabo pelo Conselho de Administração, Direcção ou outros membros da entidade com o
objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na realização dos seguintes
objectivos: eficácia e eficiência dos recursos; fiabilidade da informação; cumprimento das leis
e normas estabelecidas" .
Não obstante, a definição do COSO espelha todos os padrões, não se pondo em causa os
outros autores, que convergem as suas ideias em relação ao CI, que é proporcionar um grau de
confiança razoável na concretização dos seguintes objectivos: Eficácia e eficiência dos
recursos, fiabilidade da informação financeira e o cumprimento de leis, normas e
regulamentos estabelecidos.
Relativamente ao termo controlo interno, tem que se começar por referir, que na literatura, os
termos CI e sistema de controlo interno (SCI) são usados de forma indiscriminada, sendo a
diferenciação do seu uso efectuada pelo contexto da utilização, ou seja, quando se fala em
acções concretas o termo e significado utilizado é o CI, e quando se refere a um conjunto de
acções concebidas como um todo, o termo e significado é o SCI. De referir ainda sobre este
tema, que o IFAC para um melhor esclarecimento da utilização destes termos, estabelece em
(IFAC, 2012: Appendix A) que o temo CI pode ter vários significados, tais como, SCI.
Qualquer organização que pretenda ser competitiva necessita estabelecer e manter processos
eficazes de gestão e controlo de riscos. O objectivos dos processos de controlo e apoiar a
organização na gestão de riscos e na consecução dos objectivos que se propõem alcançar,
sendo para tal necessário que os mesmos sejam conhecidos por todos os colaboradores da
organização (UA b), 2009: 1).
Através da monitorização dos objectivos definidos pela organização é possível opinar sobre
adequação do SCl. No entanto, o alcance dos objectivos por si só não é sinal de um adequado
SCI, pois os mesmos podem ser cumpridos, mas a organização não estar a potenciar os seus
recursos nas diversas áreas. Apenas uma avaliação e acompanhamento contínuo dos referidos
sistema garante a sua eficiência.
De acordo com Migliavacca (2002: 102), consubstancia que o controlo interno demanda cinco
actividades básicas: Segurança e protecção dos activos e arquivos das informações;
documentos e registos adequados; segregação de funções; Procedimentos adequados de
autorização param o processamento das transacções; e verificações independentes.
O CI também tem como objectivo o de garantir que as acções apropriadas sejam tomadas para
implementar os planos globais da organização, controlando e monitorizando tais acções e
verificando se as mesmas estão a ser cumpridas de acordo com os planos. De acordo com
Morais e Martins (2013:41), o CI pode funcionar como uma ferramenta de ajuda à
organização para a concretização dos seus objectivos.
Outro dos objectivos que o CI visa satisfazer, é o de garantir que o de sempre tenho dos
colaboradores se processe de acordo com os planos e objectivos da organização e dentro da
regularidade e legalidade vigente. Segundo Emmanuel (1990:23), são identificadas três razões
para existirem falhas por parte dos colaboradores:
Incompreensão dos objectivos ou tarefas solicitadas - esta situação pode resultar, por
exemplo, da não divulgação da organização do plano e objectivos, ou má definição de
processos e procedimentos; e
Factores motivacionais, inseridos na esfera pessoal do indivíduo.
Como se pode observar na opinião dos autores supramencionados, convergem quanto aos
objectivos que no entender da autora do presente trabalho é o de minimizar o risco, com vista
alcançar as metas ou seja o desempenho da gerência.
Controlo interno administrativo, o qual inclui, embora não se limite, o plano da organização
e os procedimentos e registos que se relacionam com os processos de decisão e que conduzem
à autorização das transacções pelo órgão de gestão. Tal autorização é uma função de tal órgão
directamente associada com a capacidade de alcançar os objectivos da organização sendo o
ponto de partida para um controlo interno contabilístico sobre as transacções.
Morais e Martins (2003:32), afirmam que ao nível dos controlos, estes podem ser preventivos
ou defectivos. Os preventivos permitem antecipar os riscos antes da sua ocorrência e
monitorizar as operações, dado que a sua implementação visa prevenir potenciais problemas,
implementar medidas correctivas e actuar quando as previsões indiciam um problema
Quanto aos contabilísticos, estes têm como principal objectivo assegurar a integridade e
actualidade dos sistemas de informação contabilístico e financeiro, nomeadamente:
Por sua vez, Marçal e Marques (2011: 17), afirma existirem apenas três " áreas", sendo que o
controlo da organização e o controlo dos procedimentos está devidamente enquadrado com as
áreas de controlo administrativo e operacional das autoras ora citadas.
A terceira " área" que o autor estabelece é o controlo dos sistemas de informação que"
consubstanciam se nos dispositivos pelos quais a informação é produzida e fornecida aos
responsáveis pela gestão, de forma que possa ser controlada, revista e usada".
Muitas entidades ampliaram, seu património nos últimos tempos devido principalmente ao
fenómeno de globalização, com isso o controlo interno tornou-se um instrumento
indispensável para prevenir erros, fraudes e actos ilícitos praticados por alguns funcionários,
desperdícios desnecessários ao património da entidade, além de ter-se tomado um guia com a
finalidade de conduzir a entidade para o seu objectivo final, coordenando as actividades de
maneira planificada, visando atingirmos melhores resultados.
Almeida (1996:37), sustenta que para o controlo interno funcionar adequadamente a entidade
precisa de definir claramente as atribuições dos funcionários, descrever no manual da
entidade, todas as suas rotinas internas, limitar e possuir controlo físico do acesso a seus
activos, segregar as funções, confrontar os activos com os registos contabilísticos e exigir o
registo apenas das transacções autorizadas.
Verifica-se assim a complexidade de se ter um controlo interno adequado, pois, quanto maior
for a entidade mais dificuldades terá de manter um CI tendo em conta que a responsabilidade
de preservar os activos e descoberta de erros ou fraudes é da gestão. Por isso é importante que
se tenha um controlo interno adequado e o mesmo funcione de modo a auxiliar no alcance dos
objectivos.
2.5 Princípios do Controlo Interno
Migliavacca (2002:24), consubstancia que o controlo interno deve possuir três características
fundamentais a saber: utilidade, praticabilidade e economicidade" A respeito da utilidade, 0
autor explica que em muitas vezes é difícil mensurar a utilidade do controlo interno, e que
tanto no controlo detective como no preventivo é clara a importância da segurança de
salvaguardar os activos da empresa promovendo o bom desenvolvimento dos seus negócios.
O autor salienta ainda que os controlos não servem apenas proteger a empresa, mas se
estendem a todos aqueles que nela trabalham.
Por sua Migliagracca (2002:24), parece estar a chamar a atenção quando diz que a utilização
de um sistema de controlo interno deve atender ao princípio de que seu benefício é sempre
maior do que o seu custo. Não limitando-a apenas aos activos tangíveis (com valor nominal),
mas também, a seus activos intangíveis (sem valores nominais).
Ambiente de Controlo - o alicerce de todos os outros elementos dos controlos internos, que
inclui os valores éticos e a competência dos funcionários da companhia; a Avaliação de
Riscos- a identificação e a análise de riscos promitentes que podem impedir o alcance dos
objectivos do negocio; as Actividades de controlo- tarefas especificas para atenuar cada um
dos riscos identificados anteriormente; a informação e Comunicação - vias de informação que
partem da administração param os funcionários e vice-versa; e o Monitoramento – a avaliação
e a apreciação dos controlos internos" (Jund, 2002:237).
Os componentes do CI definido pelo COSO (1994), são geralmente aceites e aplicados por
outras organizações internacionais e nacionais, registando-se a descrição dos temas efectuada
por vezes de forma diferenciada, mas demonstrando uma concordância quanto aos princípios,
formas e objectivos dos mesmos.
Ambiente de controlo
Para Costa (201 O: 226), o ambiente de controlo "inclui as funções de governação e de gestão
e as atitudes, a consciência e as acções responsáveis pelas referidas funções em relação ao
controlo interno da entidade e à sua importância para a mesma. O ambiente de controlo
estabelece o tom de uma organização, influenciando a consciência de controlo dos seus
membros".
Avaliação de riscos
O segundo componente do CI é a avaliação do risco, entendendo-se que esta avaliação se
refere ao risco do negócio, ou seja, ao risco do exercício da actividade da organização.
"A administração deve identificar e analisar cuidadosamente os factores que afectam o risco e
que podem colocar os objectivos da organização inatingíveis, e de seguida tentar gerir esses
riscos. Contudo, o âmbito da avaliação do risco da administração é mais abrangente na
medida em que envolve a consideração dos factores que afitam todos os objectivos da
organização'' Crepaldi (2004:79).
Actividades de controlo
A utilização de múltiplas actividades de controlo, conforme o preconizado por (Emmanuel et
ai., I 990), reforça a fiabilidade do CI, podendo assim interagir com o modelo organizacional
existente na entidade controlá-lo em diversas perspectivas e extrair esse controlo informação
que continua para a melhoria do processo organizacional existente.
Sistema de informação
As informações pertinentes devem ser identificadas, capturadas e comunicadas dentro
dos prazos e de forma que capacite as pessoas a assumir as suas responsabilidades. Os
sistemas de informação produzem relatórios, contendo informações operacionais,
financeiras e relacionadas à conformidade (legal), que tomam possível executar e
controlar a actividade COSO (1994: 59).
Nesta perspectiva, em qualquer organização os sistemas de informação são uma peça
chave. Este sistema processa, compila e fornece dados de toda a organização, sendo
necessário também avaliá-lo para aferir da sua própria fiabilidade, permitindo apurar
responsabilidades se for o caso.
Monitorização
Para Pinheiro (200 l: 25 l)
Monitorização, o último componente do controlo interno, é um processo que avalia a
qualidade do controlo interno ao longo do tempo. É importante monitorizar o controlo interno
para determinar se ele está a funcionar conforme o esperado e se são necessárias
modificações. A monitorização pode ser alcançada através da realização de actividades
permanentes ou por avaliações aleatórias. Actividades de monitorização permanentes incluem
actividades de supervisão e gestão realizadas regularmente, como contínuo_ acompanhamento
de reclamações de clientes, ou rever a razoabilidade de relatórios de gestão. As avaliações
aleatórias monitorizam as actividades que são realizadas numa base não rotineira, tais como
auditorias periódicas por parte dos auditores internos".
Deste modo, independentemente do CI que cada organismo possa ter implementado, Costa
(2007:214), refere que há diversos factores que limitam o controlo interno, nomeadamente:
Falta de interesse por parte da administração na manutenção de um bom sistema de
controlo interna.
Muitas vezes de que se possa pensar, acontece ser a própria administração a não se sentir
motivado a implementar um bom controlo interno uma vez que pretende que não seja atingido
um dos objectivos do mesmo (a confiança e a integridade da informação).
• A dimensão da empresa
A implementação de um bom controlo interno e mais difícil numa organização com pouco
pessoal do que uma organização onde o número de trabalhadores seja significativamente
maior. Não obstante existente alguns procedimentos básicos que podem ser seguidos mesmo
no caso de organização com um número muito reduzidos de trabalhadores, como por o
controlo intero, seu reflexo na tomada de decisões dentro das organizações.
• Relação custo/benefícios
A implementação de qualquer sistema implica necessariamente que a organização incorra em
custos, os quais se avolumarão a medida que se pretende definir o sistema.
Há então que ter em atenção se o custo para a implementação do sistema não ser superior ao
benefício que se espera obter.
A falta de integridade moral pode conduzir ao conluio (fraude mais do que uma pessoa) actos
intencionais que são, geralmente, difíceis de detectar quanto mais os intervenientes se
encontrarem em posições hierárquicas superiores. Estes aspectos negativos são muitos mais
frequentes de acontecer em organização onde o controlo interno é fragilizado. Pode pois, se
dizer que um bom sistema actua como dissuasor á ocorrência de irregularidade e fraudes.
Por seu turno, Marçal e Marques (2011: 17), consideram que os auditores internos têm por
missão revelar as fraquezas das organizações, determinar as causas que provocam essas
debilidades e avaliar as consequências que possam advir dessa falta de solidez. Outro dos
aspectos referidos é o de oferecer soluções para as fragilidades detectadas, de modo a que os
responsáveis possam tomar a decisão mais adequada.
Deste modo, Morais e Martins (2 003: 13),' consideram que auditoria interna é o processo
efectuado pelos quadros internos de uma organização, organizados sob a égide da autoridade
máxima da o organização e reportando directamente a este órgão.
Conforme estas definições pode-se concluir que para o controlo interno, existe um conjunto
de círculos comuns entre o controlo interno e a auditoria interna, estacando-se essencialmente
as seguintes diferenças:
Esta avaliação do sistema de controlo interno é que vai permitir identificar quais os
procedimentos de auditoria que devem ser adaptados, pois se o sistema for avaliado como
sendo adequado, ele detecta com maior facilidade os erros e irregularidades, podendo reduzir
o volume de testes de auditoria.
Segundo Mora is & Martins (2003: 19:). A auditoria interna configura dois principais funções
• Função de vigilância do sistema de controlo: a informação que o auditor proporciona
direcção tem o fim de controlo e, dessa forma, o auditor interno converte-se num elemento
chave da empresa ou organização; e
Deste modo, podemos inferir que o processo de auditoria interna é um processo mais lato que
o controlo interno, introduzindo factores como avaliação, interpretação e recomendação de
acções no órgão máximo da organização.
Segundo o IIA) (2009: 8), por processo de gestão de risco entende-se um processo
inteiramente relacionado com a estratégia da organização uma vez que tem como objectivo
avaliar, controlar e gerir os riscos que põem em causa a consecução dos objectivos
estratégicos. De forma idêntica ao processo de CI, também este é um processo transversal a
toda a organização.
Negócio sem riscos não existe, desta forma a gestão tem que ter presente qual é o nível de
risco que está disposta a aceitar, isto é, o apetite ao risco. Para que todo este processo se
operacionalize de forma integrada, é fundamental uma abordagem coordenada de gestão de
risco, pelo que, cada vez mais, se tem verificado a existência de estruturas em que a função da
gestão de risco está perfeitamente desenhada e a depender da Administração.
Uma vez interiorizado o conceito de risco pela gestão, estão reunidas as condições para a
identificação de todos os riscos a que o negócio está exposto, permitindo o estabelecimento de
estratégias conducentes ao seu controlo.
De acordo com Beja (2004: 81-82), a gestão encontra-se confrontada com a tomada de
decisões estratégicas relacionadas com o risco de negócio, tendo para tal que ter um
entendimento profundo de toda a envolvente de modo a conhecer os factores de certeza a que
o mesmo esta exposto. Neste sentido, tem vindo a ganhar relevância no seio a governação
empresarial, o tema: risco magnamente (gestão de risco de negócio).
O referido processo, constitui uma verdadeira ferramenta para os gestores, dado ter por
«objectivo escrutinar, avaliar, controlar e informar sobre os riscos do negócio no sentido de
optimizar as decisões de gestão» (ibid.: 85).
Embora os riscos referidos no parágrafo anterior, sejam os que estão directamente ligados à
estratégia, existem ainda os riscos operacionais e os de conformidade que estão relacionados
com as actividades de suporte e têm igualmente que ser analisados, pois existem riscos desta
natureza que, ao não serem geridos e controlados, podem pôr em causa a estratégia da
organização (ibid.: 2-3).
Risco relacionado com processos de negócio e os seus activos - Tra ta -se de ameaça s aos
processos de negócio desenvolvidos pela organização, bem como o risco de perda de activos
na sua globalidade (físicos e financeiros, entre outros).
Risco relacionado com informacções - Este tipo de risco prende-se com a qualidade da
informação produzida dentro da organização, quer a destinada ao processo da tomada de
decisão, quer a destinada a todos os seus stakeholders. O facto de a informação não ser
adequada, fidedigna e transparente constitui uma ameaça à continuidade do negócio.
Todos estes processos resulta no aumento da eficiência operacional, em que, sem desprestígio
de outros benefícios, se destacam os relacionados com a redução do custo do capital,
informação financeira precisa e fidedigna, vantagens competitivas, um melhor entendimento
da organização e uma presença mais forte no mercado (ibid .: 2).
A área de vendas de uma organização, em regra é uma área de risco prioritário, uma vez que
se trata da principal fonte de rendimentos das organizações, e, simultaneamente, a origem da
entrada dos fluxos financeiros. Esta área é susceptível do risco de fraude, por um lado, porque
depende de inputs de origem externa. Nomeadamente das encomendas ou contratos com
clientes, os quais podem ser celebrados por forma a beneficiar ilegitimamente o comprador,
por outro lado, ao nível interno, no caso de vendas a pronto, envolve o manuseamento em
numerario e no caso de vendas a crédito o seu recebimento e registo podem ser efectuados de
forma incorrecta.
Quer os réditos da organização, quer os fluxos financeiros, podem ser afectados pelo
funcionamento da referida área, sobretudo, se não existir um SCI com actividades
implementadas que abranjam todo o ciclo de receita.
Uma vez definido o ciclo de receita, as suas funções, referentes aos clientes, podem incluir: a
celebração do contrato; procedimentos de análise e respectiva aceitação; controlo de crédito; a
prestação do serviço; facturação; análise das vendas e perspectivas de evolução; contas a
receber; provisões para créditos a potenciais clientes de cobrança duvidosa e recebimentos.
(Hall, 2004: 2-4), A Tabela 1.1, reflecte as actividades inerentes ao referido ciclo e
respectivos riscos.
Dada a dimensão da área de vendas, o seu ciclo abrange, pelo menos, os seguintes processos:
vendas, concessão de crédito, facturação e contas a receber. Entre os intervenientes nos
referidos processos deverão existir fluxos de comunicação eficientes, de modo a que cada um
disponha da informação suficiente, adequada e atempada para o desenvolvimento das suas
funções, contribuindo assim, para que todos os serviços prestados sejam facturados e
recebidos (ibid.: 2).
A realização de uma venda não significa o seu recebimento, pelo que, é necessário
acompanhar todo o processo e implementar actividades de controlo para que o mesmo seja
efectivo. Saliente-se que é necessário ter resposta adequadas para cada risco, o que impõe a
existência de um adequado SCI, existindo, para tal, modelos que endereçam a arquitectura de
um sistema que responde estas necessidades, como o COSO, etc.
Ter adequado SCI tem sido uma preocupação central ao nivel empresarial, criando a
oportunidade para o desenvolvimento de alguns modelos de CI, proporcionando, desta forma,
as empresas a possibilidade de escolherem o que mais se adequa a sua realidade.
Sobre estes modelos, no presente trabalho irão abordar-se, de forma genérica, o COSO e o
COSO ERM (enterprise risk mangement), fazendo também uma referencia a lei sarbanes-
Oxley (SOX) que, embora não se trata de um modelo de CI, contribui para que as
organizações, abrangidas pela mesma, adoptam eficazes e eficiências SCI.
1. Funções.
2. Produtos ou serviços.
3. Localização geográfica.
4. Clientes.
6. Projetos.
1. Não há terminologia única para as funções empresariais. Uma indústria pode empregar
termos como: produção, vendas e finanças, um atacadista aborda suas atividades em
termos de compras, vendas e finanças; uma financiadora, em operações, marketing e
tesouraria; enquanto uma estrada de ferro considera tráfego, vendas e finanças.
● Permite agrupar vários especialistas sob uma única chefia comum, quando sua
actividade é especializada.
● Garante plena utilização das habilidades técnicas das pessoas, pois se baseia no
princípio da especialização ocupacional.
● Faz com que as pessoas focalizem seus esforços sobre suas próprias especialidades em
detrimento do objetivo global da empresa.
2.11.2 Aplicações
● Elevado custo operacional nas empresas com poucos produtos ou linhas reduzidas de
produtos.
2.11.6 Aplicações
A estrutura por produtos / serviços é indicada para circunstâncias ambientais instáveis e
mutáveis, pois induz à cooperação entre especialistas e à coordenação de seus esforços para
melhor desempenho do produto/serviço. Além disso, cada departamento tem que completar
autonomia e autossuficiência com suas próprias unidades de produção, vendas, pesquisa e
desenvolvimento, etc. Se a tecnologia adotada é estável e permanente, a departamentalização
funcional e a organização do tipo linear são mais apropriadas. Todavia, se a tecnologia
adotada é adaptativa e modificável, a departamentalização por produto e a estrutura de staff
são mais apropriadas.
A departamentalização por base territorial é geralmente utilizada por empresas que cobrem
grandes áreas geográficas e cujos mercados são extensos. É especialmente atrativa para
empresas de larga escala e cujas atividades são geograficamente dispersas. As empresas
multinacionais utilizam essa estratégia para as suas operações fora do país em que estão
sediadas. É mais indicada para a área de produção (operações) e de vendas, sendo pouco
utilizada pela área financeira, que nem sempre permite descentralização.
2.11.8 Vantagens
A departamentalização geográfica apresenta as seguintes vantagens:
● É indicada para firmas de varejo, desde que certas funções, como compras ou
finanças, sejam centralizadas.
2.11.9 Desvantagens
Entre as desvantagens da departamentalização geográfica, estão:
2.11.10 Aplicações
A preocupação territorial é uma característica típica da área mercado lógica (filiais e agências
distribuídas territorialmente) e de produção ou operações (fábricas e instalações distribuídas
territorialmente para melhor utilização dos recursos locais). Ela faz com que as demais áreas
da empresa , como finanças e recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento tornem-se
secundárias. O agrupamento territorial aumenta o problema do controle no nível institucional
da empresa. A estrutura geográfica é aplicável quando a empresa pretende dar cobertura a um
mercado de consumidores ou usuários (por meio da área mercadológica descentralizada) ou a
um mercado de fornecedores de recursos de produção (por meio da área de produção
descentralizada).
2.11.12 Vantagens
A departamentalização por clientes apresenta as seguintes vantagens:
A Toyota de Moçambique, SARL foi criada em 1947, com a sede na Rua do Lago
Amaramba, nº 148, na Cidade de Maputo - Moçambique, e tem como actividade principal a
venda e reparação de viaturas.
Missão
Oferecer aos seus clientes experiencias memoráveis, de forma segura, eficiente e
sustentável
Ser a empresa de maior credibilidade do mercado oferecendo soluções aos nossos
clientes
Disponibilizar aos clientes ao preço adequado os produtos que inequivocamente
contribuam para a satisfação das suas necessidades, numa relação custo/benefício
indiscutível.
Valores
Administração
Direcção Geral
Controlo Interno
RH
Operacional
Controlo de
Crédito Tesouraria Contabilidade
(Staff)
Fonte: Toyota de Moçambique, SARL
De acordo com Martins (2002:78) análise consiste na sumarização dos dados obtidos na
investigação com o propósito de dar resposta ao problema levantado. A interpretação, por sua
vez terá o propósito de fazer a ligação das informações com outros conhecimentos
previamente obtidos. A análise interpretativa foi apoiada com base em três aspectos
fundamentais, ou seja nos resultados alcançados no estudo, na fundamentação teórica e na
experiência da entrevistadora (candidata).
Tendo em conta a actual conjuntura económica, desfavorável para este negócio, tem registado
algumas quedas ao nível da facturação, facto que tem levado aos gestores/ proprietários destas
empresas a tomarem algumas medidas no sentido de darem condições mais vantajosas aos
potenciais clientes e com isso conseguir elevados níveis de facturação.
Aquando da análise dos potenciais clientes, é estudada a sua situação, quer ao nível
financeiro, quer ao nível de idoneidade, entre outros aspectos comercias entendidos como
necessários para o conhecimento adequado do potencial parceiro. Uma vez seleccionado, é
necessário decidir as condições contratuais, onde se inclui as condições de crédito a conceder,
o que pressupõem uma análise cuidada na fase anterior.
A empresa Toyota de Moçambique, SARL, quando procede uma venda nas várias
modalidades tem exigido: para os particulares a identificação oficial e (BI), e número único de
identificação tributaria (NUIT); para as empresas ou outro tipo de organizações exige-se o
Alvará e certidão do NUIT. No que respeita ao contrato em caso da venda for na modalidade
leasing é requerida a intervenção do banco a comprometer-se a pagar a factura do cliente, em
caso de crédito o processo é idêntico ao de leasing só que o cliente paga há 30 dias.
Dada a importância deste processo dentro da organização, uma vez que é através dele que a
organização recebe uma parte muito significativa dos seus réditos, o mesmo deverá estar
desenhado de forma a ser um processo eficiente, pressupondo adequados fluxos de
comunicação entre todos os intervenientes. Assim, através da consulta aos documentos base à
caracterização do negócio e das respostas obtidas através do questionário, foi possível a
obtenção dos dados primários. No ponto seguinte, apresentam-se os dados, tratados, e
respectiva análise.
SIM
Fonte: Própria
Pode-se observar que de forma unânime o total dos respondentes tiveram uma opinião
positiva em relação a questão colocada. Conforme ficou patente na abordagem teórica aos
procedimentos do CI, os mesmos têm a necessidade de ser realizados diariamente,
aumentando o grau de fiabilidade com as operações que são realizadas e os registos
efectuados.
9%
18%
73%
Fonte: Própria
Atento aos custos a que um a organização tem que incorrer para a implementação estes
processos, se a mesma for bem-sucedida, o resultado irá traduzir-se em proporcionar à gestão
uma melhor segurança na tomada de decisão, em assegurar os níveis adequados de
conformidade, em conferir maior eficiência, quer ao nível estratégico quer ao nível táctico
(Airmic et al., 2010.2).
73%
12%
9%
Figura 5 - No seu entender, quais as razões que justificam a implementação de um controlo interno na área de vendas
Fonte: Própria
Para estes, como ferramenta de gestão é o factor determinante para todos os respondentes,
12% consideraram também a eficiência das operações, 9% reconheceram ainda fiabilidade do
relato financeiro como um dos factores para a implementação do CI e ainda 6% justificaram a
implementação de um CI para o alcance dos objectivos estratégicos. A opinião dos inquiridos,
vai de acordo com os objectivos do controlo interno referenciados por Costa ( 2010:225), que
no entender deste é de proporcionar: a eficácia e a eficiência das operações, a credibilidade do
relato financeiro, e o cumprimento das leis e dos regulamentos aplicáveis, assim como de
minimizar o risco, com vista a alcançar as metas ou seja, o desempenho da gerência. Assim
sendo, estes preceitos concorrem para uma gestão eficiente e como tal, constitui uma
ferramenta de gestão.
O Processo de Facturação está: a) Suportado em Documentos Internos Que o Descrevem? b) Integrado no SCI Implementado
na Organização?
6%
52% 42%
Fonte: Própria
Relativamente aos sistemas de facturação, todos responderam que o mesmo possibilita uma
maior eficiência no tratamento da documentação, a rastreabilidade dos documentos (à
excepção de 6% dos inquirido) e a correta e atempada entrega de facturas aos clientes. Quanto
ao suporte do processo de facturação em documentos internos, 42% respondem
afirmativamente, já sobre a sua integração no SCI da Organização, as respostas afirmativas
são na ordem de 52%.
6%
56%
120%
20%
6% 7%
87%
Fonte: Própria
Verifica-se nesta questão, que dos inquiridos 87% confirmam haver distinção nas pessoas que
executam estas tarefas, 6% sem opinião e 7% não confirmam, comungando deste modo com
um dos princípios ou elementos dos CI preconizados por Costa (20 I O: 132), o princípio de
segregação de funções.
Esta situação observa-se pois, uma vez definido o ciclo de receita, as suas funções, referentes
aos clientes, podem incluir: a celebração do contrato; procedimentos de análise e respectiva
aceitação; controlo de crédito; a prestação do serviço; actualização dos dados; facturação;
análise das vendas e perspectivas de evolução; contas a receber; provisões para créditos a
potenciais clientes de cobrança: duvidosa e recebimentos (Hall, 2004: 2-4).
3.3.5 São Efetuadas Auditorias Internas Para Validação dos Dados Que dão Origem à
facturação aos Clientes?
Figura 9 - São efetuadas auditorias internas para vedação dos que ao origem à facturação aos clientes
5%
10%
85%
Fonte: Própria
Como se pode observar no gráfico acima, de forma unânime os inquiridos responderam
positivamente que a entidade efectua acções de auditoria interna, e de acordo com a tipologia
da organização a que os respondentes pertencem e a sua dimensão, entende-se como natural a
opção por este procedimento,
Tendo em conta a descrição deste processo, verifica-se que a função da gestão de risco não
ópera de forma isolada na organização, o seu papel consiste na coordenação entre os
intervenientes que contribuem para a gestão de risco, actuando de forma transversal, sendo
certo que existem relações mais estreitas com determinados sectores como é o caso da
Auditoria Interna (AI).
É entendido, quer pelos gestores quer pelos auditores internos, que o trabalho de auditoria
acrescenta valor à organização se este der uma fotografia fidedigna do estado da arte sobre a
gestão dos principais riscos do negócio, identificando a sua adequação ou os pontos a
melhorar, bem como , sobre o funcionamento do SCI, de modo a concluir se este é efectivo ou
carece de melhorias. Esta ideia com a opinião de Almeida (2007:95), ao afirmar que "a
finalidade básica da auditoria é O de ajudar a alcançar as metas preconizadas. e avaliar os
resultados alcançados quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economia na administração
da área de vendas em particular e de toda a organização no geral. Ideia exaltada por Costa
(2007), ao referir que a actividade de auditoria interna não acresce valor apenas analisando e
reportando sobre o passado, mas sobretudo actuando de forma permanente sobre o que está a
acontecer e disseminando as melhores práticas, contribuindo para melhoria continua da s
empresas.
73%
Fonte: Própria
Quanto à percepção sobre se a implementação de CI, conduz a uma maior eficiência do
processo de facturação, à excepção de 18% dos inquiridos, todos os restantes entendem que
sim, através da optimização de recursos e da simplificação de tarefas e à produção atempada
de informação a concordância dos inquiridos é geral.
SIM
Fonte: Própria
Figura 12 - Existe um sistema de controlo implementado para mitigar o risco de não recebimento
13% 9%
78%
Fonte: Própria
Quanto a questão os respondentes foram unânimes ao afirmar existir controlos para mitigação
do risco. Esta posição é natural para as empresas deste ramo, pois, o SCI e a gestão de risco
caracterizam-se por serem processos transversais a todas as áreas da organização, entre as
quais se encontra a área de vendas, especificamente o processo de facturação abordado neste
estudo, concluindo-se que o recurso a procedimentos formalizados, integrantes ou não, de um
SCI e a gestão do risco relacionada com a perda de receita conferem, ao referido processo,
uma maior eficiência e eficácia. Em relação a concessão de crédito os inquiridos no geral
confirma existir procedimentos e políticas estabelecidas para o efeito.
Esta actividade surge na sequência do escrutínio. Uma vez identificados todos os riscos, é
necessário definir quais as medidas de controlo a implementar tendo em conta o apetite ao
risco e o grau de tolerância que a organização está disposta a aceitar.
Assim, devem implementar-se as medidas de resposta e mitigação aos riscos identificados,
bem como os sistemas de suporte e estabelecer procedimentos que conduzam a um elevado
nível de fiabilidade do SCI existente na organização, o qual terá um impacto muito positivo
na gestão do risco.
3.3.8 Em Sua Opinião, Quais das Seguintes Causas Contribuem Para a Perda de Receita: a)
Deficiente Integração de Sistemas? b) Deficiente Definição de Procedimentos e Fluxo
de comunicação?
c) Predominância de Controlos Automatizados? d) Inexistência de Segregação de
funções?
Figura 13 - Em sua opinião, quais das seguintes causas contribuem para a perda de receita:
18%
52%
20%
10%
Fonte: Própria
Os riscos que contribuem para a perda de receita são diversos e têm subjacente causas internas
e externas, sendo a sua identificação fundamental para assegurar a receita que a organização
deve arrecadar. Dos resultados obtidos, anteriormente afirmam que a identificação destes
riscos é realizada e que periodicamente é efetuada a sua revisão, tarefa que se impõe dado o
ambiente dinâmico em que as organizações se inserem.
Em regra, a eliminação completa de um risco não é possível e, como já referido, para existir
um negócio tem que se correr riscos, de outro modo, os factores de sucesso do mesmo podem
ficar comprometidos, pelo que, o caminho a seguir é o controlo no sentido de obter um nível
de risco residual consideravelmente baixo. Através do cruzamento entre a probabilidade de
ocorrência e a magnitude do impacto de cada risco é possível obter uma ordenação dos
mesmos, possibilitando a decisão sobre as medidas a tomar para cada risco. No que se refere
às opiniões sobre as situações que não contribuem para a perda de receita, dos resultados
obtidos, salienta-se o seguinte:
O número de inquiridos que respondeu que a deficiente integração de sistemas contribui para
a perda de receita, é de 10 % Quanto ao facto da predominância de controlos automáticos
constituir uma causa à perda de receita, A inexistência de segregação de funções como causa
de perda de receita é uma questão cuja opinião dos respondentes foi de 52%. Salientando-se
que a maior percentagem d e inquiridos entende que esta contribui para a perda de receita.
Atendendo a que a existência de segregação de funções contribui de forma decisiva para o
combate ao risco de fraude.
Figura 14 - Para assegurar a garantia total de receita, numa perspectiva de eficácia, entende que O controlo interno
implementado na área de vendas
10%
18%
52%
20%
Fonte: Própria
Sobre a perspectiva da eficácia para assegurar a garantia total de receita, 52% dos inquiridos
entendem que as actividades de controlo implementadas são eficazes e 10% entende que são
muito eficazes. Convergindo deste modo com as palavras de Morais e Martins (2003), quanto
a função de controlo interno dentro das organizações que é o de ajudar a governação ordeira e
eficiente das mesmas.
Os procedimentos e políticas de CI, sendo certo que, para que este processo actue de forma
transversal na organização, é necessário promover a existência e manutenção dos seguintes
aspectos: ambiente de controlo; processo de avaliação de risco; informação e comunicação;
actividades de controlo e monitorização de controlos, componentes que integram o modelo de
controlo interno(COSO).
Figura 15 - Em sua opinião, existem outras actividades do controlo que possam contribuir para melhorar o Processo
ela área ele vencias
9%
13%
78%
Fonte: Própria
Observa -se neste gráfico que 78% dos inquiridos responderam que sim e os restantes que não
. Para quem respondeu sim, foi solicitado, em pergunta aberta, a indicação de duas actividades
de controlo, tendo-se obtido as seguintes respostas: Avanço Tecnológico; Melhor integração
de dados no sistema de gestão comercial; Melhor interface informático entre os serviços
comerciais e os serviços financeiros.
Este posicionamento dos respondentes, comunga com Costa (20 l O), ao afirmar que os
mecanismos de controlo interno visam não só prevenir, mas também garantir e regular
aplicação dos recursos.
Na afirmação deste autor pode retirar-se a ideia que há necessidade de permanente incidência
do controlo interno sobre toda e qualquer actividade administrativa, proporcionando deste
modo a eficiência, eficácia e transparência na gestão da organização e muito em particular da
área de vendas.
4. CONCLUSÕES E RECOMENDACÇÕES
4.1 Conclusões
O actual contexto económico ditou novas regras de concorrência e competitividade, para tal,
as organizações tem cada vez mais que estar empenhadas na obtenção, utilização e
optimização dos seus recursos de forma a atingir os seus objectivos. Assim, a implementação
de um adequado SCI e fundamental para que uma organização tenha um elevado
desempenho, proporcionando-lhe também vantagens competitivas.
Do estudo feito na Toyota de Moçambique, SARL foi possível concluir que o Controlo
Interno caracteriza-se por ser um processo transversal a todas as áreas da entidade entre os
quais se encontra a área de vendas responsável pela facturação abordado nesta pesquisa.
Notou-se ainda, que a entidade está atenta aos aspectos fundamentais neste processo,
nomeadamente: controlo interno, gestão do risco para garantia de receita total. Neste contexto,
a relevância das organizações dispoem de um C.I. parece inquestionável, pelo que se
Procurou contribuir neste trabalho para analisar a implementação, utilização e a importância
atribuída a este na área de vendas, em concreto na Toyota de Moçambique, SARL.
Alcançando deste modo o objectivo da pesquisa.
De acordo com oque tem vendo a ser defendido ao longo deste trabalho, os controlos
conferem eficiência aos processos, mas não podem ser descurado o rácio custo/benefícios
associados a sua implementação A este respeito, com estudo efectuado, saliente-se que de
acordo com opinião da maioria dos inquéritos, o custo e superado pelos benefícios que o SCI
aporta a organização.
Diante dos dados ora evocados, observou-se que o recurso a procedimentos formalizam ou
não, de um SCI e a gestão do risco relacionada com a perda de receita conferem, ao referi-lo
processo, uma maior eficiência e eficácia., dando assim resposta ao problema formulado com
validação da primeira hipótese segundo a qual, O controlo interno implantado na área de
vendas contribui significativamente na mitigação do risco de perda de receitas,
proporcionando deste modo, uma gestão eficiente das vendas da Toyota de Moçambique,
SARL.
4.3 Recomendações
Apesar da escolha da Toyota de Moçambique, SARL como um caso de estudo, o tema é
também abrangente a outras empresas do ramo. Assim, diante das conclusões alcançadas,
recomenda-se:
Que o controlo interno implantado na área de venda, continue a ser uma ferramenta que
assegure a mitigação do risco empresarial no respeita particularmente no processo de
facturação contribuindo assim para o alcance dos objectivos;
Que continue a adaptar-se ao avanço tecnológico e melhor integração de dados no
sistema de gestão comercial; e
Que melhor o interface informático entre os serviços comerciais e os serviços
financeiros.
Recomenda-se também a quem possa interessar, um estudo mais aprofundado sobre Controlo
Interno nas empresas do ramo, de modo que se possa melhorar cada vez mais a eficiência e
eficácia na gestão global e em particular da área objecto deste estudo, pois o presente trabalho
foi feito o como cumprimento de formalidade do curso.
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• Vanca, P.M .; Cocurullo, A.. (2002). A importância da Gestão de Riscos nos processos de
auditoria. [Texto policopiado}. PWC:
Introdução
De salientar que todos os dados recolhidos, serão apenas alvo de retirar conclusões globais,
não existindo qualquer referência ao seu autor (colaborador ou organização).
Obs: Assinale com um X nas respostas tendo em conta que todas as questões estão
susceptíveis alguns comentários caso for necessário, não se baseando meramente nas
prováveis respostas inseridas em cada questão.
2. Identificação do Entrevistado
Sexo: M ( ) F( ) Idade ( ) categoria /Função ( )
Área de Trabalho: AI ( ) DAF ( ) RH( )
Nível de escolaridade: Superior ( ) Medio ( ) Básico ( )
9. São efectuadas auditorias internas para validação dos dados que dão origem à
facturação aos clientes ?
( )Sim
( ) Não
13. Em sua opinião, quais das seguintes causas contribuem para a perda de receita:
( ) Deficiente integração de sistemas?
( ) Deficiente definição de procedimentos e fluxo de comunicação?
( ) Predominância de controlos automatizados?
( ) Inexistência de segregação de funções?
14. Para assegurar a garantia total de receita, numa perspectiva de eficácia, entende
que o controlo interno implementado na área de vendas é:
( ) Ineficaz?
( ) Moderadamente eficaz?
( ) Eficaz?
( ) Muito eficaz?
15. Em sua opinião, existem outras actividades de controlo que possam contribuir
para melhorar o processo da área de vendas? Se sim quais são?
Obrigada!
Anexos