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INTRODUÇÃO:

A presente abordagem pretende englobar todo processo cultural tendo como objetivo centra,
mostrar que as culturas estão sempre em mudança. Mesmo. Aquelas culturas que parecem
estabilizadas e inertes, também elas estão em permanente movimento. É nossa intenção traçar
as linhas gerais do comportamento das culturas.
Toda cultura poderá ser considerada entre dois extremos: um estado de estabilidade
(funcionamento) e outro de mudança ( transformação).
CULTURA
Cultura é um conjunto complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes
e varias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.
Incluis, pois, todo o comportamento humano.

TIPOS DE CULTURA
A cultura esta estabelecida em três tipos básicos:
Cultura erudita;
Cultura popular e;
Cultura de Massas.
Cultura Erudita
É resultado de conhecimento adquirido por meio da pesquisa e do estudo dos mais diferentes
campos:
Está disponível a poucos e representa uma forma de diferenciação social permitida pelo acesso
ao conhecimento como por exemplo: exposições artísticas, apresentações teatrais e concertos.

Cultura Popular
Esta relacionada com as tradições e os sabores dos quais são determinados pelo povo, por
exemplo: as festas, o artesanato, as músicas e a dança.
Em posição a cultura erudita, ela ocorre de forma espontânea e orgânica, portanto, não está
associada aos equipamentos culturais, como os museus, cinemas, bibliotecas, etc…
Cultura de Massa
A cultura de massa é o conjunto de ideias e de valores que se desenvolve tendo como ponto de
partida a mesma mídia, notícia, música ou arte. Ela é transmitida sem considerar as
especificidades, locais ou regionais.
Dinamismo cultural
A cultura pode ser dinâmica ou estável.
Ela é estável (identidade, tradição) enquanto se sublinha a tradição e a institucionalização de
padrões de comportamento. Tradição não significa repetição.
De acordo com Martinez (2003:p.42), a cultura é dinâmica pois este em constante
transformação obedecendo os seguintes aspectos:
Lei de Vida: a cultura muda, como um ser vivo (exemplos do corpo), as mudanças podem ser
pequenas ou grandes, despercebidas ou violentas.
Mudanças despercebidas: a própria natureza dá aprendizagem, lhe determina uma
transformação lenta;
Mudanças violentas: encontros culturais: a mudança ocorre em razão de novas necessidades
provocadas pelas novas situações.

ASPECTOS GERAIS:
Estabilidade sócio-cultural
Os estudiosos ( antropólogos e sociólogos), ao tentarem explicar o porquê da estabilidade sócio-
cultural das populações, incluíam que as mesmas são dirigidas por uma normativa garantizadas
pelas sanções sociais.
ESTABILIDADE NORMATIVA
As normas sociais ( usos e costumes e as leis), são impostas aos membros da sociedade: é
necessário ter em conta a distinção entre pessoa e padrão (igual à norma), entre sociedade e
cultura.

O Contexto Sócio-Cultural - designa um grupo de variáveis contextuais com influência no


desempenho e na actividade da organização e reflecte os valores, costumes e tradições da
sociedade e influencia as trocas e os sistemas de trabalho.

São exemplos de variáveis do Contexto Sócio-Cultural as seguintes:

Estilo de vida: O estilo de vida das populações tem grande influência no tipo de bens e serviços
adquiridos, na frequência de compra, entre outros. Por exemplo, desde meados dos anos 70,
tem-se assistido a uma crescente inserção de mulheres no mercado de trabalho, com importantes
reflexos nos seus padrões de consumo – destacam-se o acentuado crescimento da procura de
comida congelada, bebidas alcoólicas ou tabaco, entre outros. Outra tendência que tem vindo a
acentuar-se é o aumento significativo das preocupações com a saúde e com a aparência física
contribuindo para o aparecimento dos produtos dietéticos, aparelhos de manutenção física, entre
outros valores sociais: Tal como no caso do estilo de vida, as alterações nos valores sociais
também se reflectem em alterações nos padrões de consumo. A crescente preocupação com a
protecção do meio ambiente, por exemplo, tem sido bem aproveitada por algumas empresas
através da produção de bens tolerados pelo ambiente como é o caso das embalagens
reutilizáveis. Outro exemplo são as maiores preocupações das populações com questões sociais
e culturais o que tem levado algumas empresas a envolverem-se em actividades como o apoio a
causas sociais ou o patrocínio de eventos culturais.Factores demográficos: (taxa de natalidade,
estrutura etária,…). A evolução deste tipo de factores tem uma importância acrescida para as
organizações que desenvolvem bens ou serviços destinados a determinadas faixas etárias (ou
seja, que fazem segmentação do mercado utilizando variáveis demográficas). Por exemplo, o
efeito conjunto da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida dos
portugueses está a ter um impacte duplo nos estabelecimentos de ensino superior: por uma lado,
há cada vez menos jovens a ingressar nas universidades mas, por outro, verifica-se um crescente
número de adultos que procura cursos de pós-graduação com o objectivo de actualizar os seus
conhecimentos. Em resposta muitas universidades estão a lançar com sucesso programas de
formação para executivos.

O contexto sócio-cultural inclui ainda factores como a taxa de analfabetismo, a distribuição


geográfica da população, o nível educacional e a composição étnica da população. Todos estes
factores podem influenciar o desempenho das organizações, afectando o seu nível de
produtividade e os padrões de qualidade dos seus produtos.

Controle Social
Em linhas gerais, pode-se definir o controle social como o conjunto de mecanismos e
dispositivos utilizado para ordenar a vida em sociedade. Entre os meios de controle estão: as
normas, regras, regulamentações e leis institucionalizadas, somadas aos valores,
comportamentos e formas de pensar..

Ao contrário do que se pensa, as dinâmicas sociais não são naturais, isto é, os padrões de
convivência e comportamento são condicionados e construídos socialmente. Segundo o
historiador e filósofo político Noberto Bobbio, o controle social é exercido de duas formas:
externo e interno.

O controle externo engloba os mecanismos utilizados para punir os indivíduos que não seguem
as normas dominantes, entre eles estão: sanções, punições, ações reativas e reprovação social. Já
o controle interno está relacionado aos mecanismos considerados fundamentais durante a
socialização primária, como as normas, valores e comportamentos necessários para a ordem
social.

Conforme afirma o sociólogo Peter L. Berger: “os controles internos dependem de uma
socialização bem sucedida; se esta última foi realizada adequadamente, então o indivíduo que
pratica certas transgressões contra as regras da sociedade será condenado pela sua própria
consciência que na realidade constitui a interiorização dos controles sociais”.

Funções

Mecanismos do controle social


Conforme mencionado, o controle social é um conjunto de mecanismos que limita o agir
individual na sociedade.

1. Estado
Conforme a teoria do Estado, do filósofo inglês Thomas Hobbes, o objetivo dessa instituição é
salvaguarda a paz, protegendo a vida dos indivíduos de uma determinada sociedade. Entretanto,
cada pessoa é movida por sua natureza, interesses e vontades ilimitadas, então, é possível que
haja inúmeras situações de conflitos e anarquias. É nesse cenário que o Estado, poder coletivo
reconhecido, surge como mecanismo de controle social, exercendo a ordem por meio das leis,
normas e, nos casos mais extremos, da força.

2. Polícia
A polícia é um dos exemplos mais claro de controle social externo. Sua função é garantir que as
leis institucionalizadas e legitimadas socialmente sejam cumpridas. Essa instituição possui,
além do dever e da força, o reconhecimento do Estado para exercer os mecanismos de controle.

3. Leis e Normas
Nesse caso, as leis e normas são mecanismos de controle externos, tendo em vista que ambas
têm por objetivo instituir comportamentos, posturas e formas de agir em sociedade. São as leis e
normas que garantem, em tese, o ordenamento social e o alinhamento dos indivíduos.

4. Escola
Apesar da escola ser uma espaço voltado para o desenvolvimento das capacidades intelectuais
de cada estudante, ela também promove a socialização. Sendo assim, nesse ambiente, ideias,
formas de pensar e valores são cultivados e propagados. É a partir da consciência do indivíduo
que a escola promove a manutenção da ordem social.

5. Consciência individual
Segundo o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, na contemporaneidade, há um novo
mecanismo de controle social interno: a consciência individual. O indivíduo interioriza e
naturaliza em seu cotidiano as metas socialmente construídas, por exemplo, a produtividade
constante. Com as mudanças ocorridas, especialmente, no âmbito econômico, um meio eficaz
para vigiar e cobrar determinadas posturar de um indivíduo não é mais o “outro”, mas sim a
consciência do sujeito.

O controle social é a participação da sociedade na administração pública, com objetivo de


acompanhar e fiscalizar as ações de Governo, a fim de solucionar os problemas e assegurar a
manutenção dos serviços de atendimento ao cidadão
E tem a função de participar na sociedade no acompanhamento e verificação das ações da
gestão pública na execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e
resultados.
Existem dois tipos de controle, o formal e o informal. O controle formal corresponde as leis e
regras institucionalizadas, já o controle informal corresponde as normas de conduta social que
são reconhecidas e compartilhadas em uma sociedade, como por exemplo crenças, costumes,
valores e etc.
E podemos exercer esse controle da seguinte forma

é realizado através da intervenção do Estado sobre os conflitos sociais imanentes da reprodução


do capital, implementando políticas sociais para manter a atual ordem, difundindo a ideologia
dominante e interferindo no “cotidiano da vida dos indivíduos, reforçando a internalização de
normas e ... seguinte forma
FUNÇÕES DE CONTROLO SOCIAL
O controlo social (português europeu) ou controle social (português brasileiro) na teoria política
é ambíguo, podendo ter sentidos diferentes a partir de concepções de Estado e de sociedade
civil. É empregado para designar o controle do Estado sobre a sociedade ou o controle da
sociedade sobre as ações do Estado.

Segundo Edward Ross, o controle social é o conjunto de sanções positivas e negativas a que
uma sociedade recorre para assegurar a conformidade das condutas, dos modelos, normas e
valores culturais estabelecidos. Controle social é a integração da sociedade com a administração
pública com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência e
empenho.(carece de fontes)

No controle exercido pela sociedade sobre o governo, a sociedade é envolvida no exercício da


reflexão e discussão para politização de problemáticas que afectam a vida colectiva. Mas
também pode ser considerado como eufemismo por referir-se a censura e outras formas de
tolhimento das liberdades individuais do ser humano. Do outro lado, o governo atua na
fiscalização da população, da opinião pública e da esfera pública política. Suas formas de
controle da sociedade como um todo são: o castigo, multa, prisão, humilhação e ridicularização.

Em alguns países, o controle social formal é exercido através dos seguintes mecanismos:
audiência pública, acção popular e acção civil pública.
O controle social é a participação da sociedade civil nos processos de panejamento,
acompanhamento, monitoramento e avaliação das acções da gestão pública e na execução das
políticas e programas públicos. O próprio portal da transparência seria um meio de controle
social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MARTINEZ, FRANCISCO LERMA. Antropologia cultural – Guia para o estudo. Edição
Paulinas. Maputo. 2003

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