Você está na página 1de 165

Prólogo - Algo Além do Convite de Casamento.

(03 até 7)
Capítulo 01 - Presentes de Casamento, a Toda
Velocidade! (pagina 8 ate 21)
Capítulo 02 - A Vida Cotidiana Dela (página 22 até 32)
Capítulo 03 - Carne e Vapor (página 33 até 63)
Capítulo 04 - Uma Tigela Cheia de Alma (página 64 até 77)
Capítulo 05 - Relação Entre Elas (página 78 até 94)
Capítulo 06 - O Professor Lendário (página 95 até 100)
Capítulo 07 - A Missão Final, Começo (página 101 até 180)
Capítulo 08 - A Missão Final, Fim (página 181 até 157)
Epílogo - O Tempo Perfeito para um Casamento (página 158
até 164)
Konoha Hiden - Prólogo
Por BabyVy
PDF feito por: sakura_br4sil
Algo além do convite de casamento

Hatake Kakashi, o sexto Hokage, descobriu que ele tinha um problema.

"Bem, então, o que eu devo fazer...”.

Seus murmúrios tranquilos se propagaram na sala vazia e acabaram sendo


engolidos pelo silêncio.

Como de costume, Kakashi estava sozinho no escritório do Hokage, lutando com


um monte de papeladas.

A pilha de documentos que estavam na frente de Kakashi tinha realmente atingido


uma altura tão grande que estavam bloqueando sua linha de visão de onde
sentava. Não era apenas uma pilha. Várias pilhas da mesma altura foram
empilhadas ao redor, tanto na esquerda quanto na direita. Como líder da aldeia e
como Hokage, era seu dever ler cada um desses documentos.

No entanto, esse não era problema de Kakashi. Ou melhor, não era um problema
muito importante.

As solicitações de todos os documentos em sua mesa poderiam ser facilmente


resolvidas lendo cada um por vez e uni-los quando necessário. Para trabalhos
como esse, uma vez que você começa a se concentrar, você ficaria surpreso com
a rapidez com que ele foi concluído.

Se imaginasse poder terminar com a papelada mais rapidamente, uma nova pilha
iria amontoar na sua frente, se você imaginasse poder ser mais rápido, se pensar
que você irá transformá-lo em um jogo que se verá concentrado em seu trabalho
com esses tipos de pensamentos, então a papelada naturalmente iria se tornar
uma espécie de diversão.

Enquanto carimbava cada documento, Kakashi pensava consigo mesmo "se eu


não pegar o ritmo, as pessoas não serão capazes de ver o meu rosto por trás
desse monte de papelada", manter-se entretido com pensamentos bobos era
assim como ele trabalhava.

No entanto, seu problema atual não era algo para ser tratado de forma tão leve.

Kakashi deixou que seus olhos caíssem sobre a lista de documentos com Missões
espalhadas em sua mesa. Suas mãos começaram a se mover.

Ou melhor, para ser mais exato, apenas as pontas dos dedos estavam se
movendo.

No silêncio do seu escritório vazio, Kakashi começou a bater os dedos contra a


superfície de sua mesa, soltando pequenos sons greves como um 'ton, ton'. De
alguma forma, o ritmo de sua inquietação o ajudou a recolher seus pensamentos
dispersos.

Como o nome indica, a lista de Missões era um documento que continha os


detalhes para todas as próximas missões de cada único shinobi na aldeia. Que
tipo de missão em que eles estariam quanto tempo levaria essas missões, todos
os detalhes possíveis de sua programação estavam escrita em baixo.

Kakashi estava verificando a lista de Missões com muito mais cuidado do que o
habitual, por causa de uma determinada circunstância.

Seus olhos lentamente se viraram para a borda da mesa, onde um envelope tinha
sido colocado em segurança para se certificar de não ser enterrado sob as pilhas
de papéis.

Dentro desse envelope estava um convite por escrito para a cerimônia de


casamento entre Naruto e Hinata.
Kakashi já tinha preenchido de sua maneira o RPPF¹ para dizer que ele estava
indo, e acrescentou uma mensagem de felicitações. Normalmente, isso era tudo o
que precisava fazer em casamentos, mas Kakashi tinha mais uma tarefa em mãos.

A tarefa era a questão de reorganizar a lista de Missões para se certificar de que


todos os convidados de Naruto e Hinata - especialmente seus poucos amigos -
poderem assistir ao casamento sem que qualquer missão fique no caminho de sua
programação.

Foi principalmente uma dor de cabeça por que os companheiros de Naruto e


Hinata eram shinobi que estavam muito ativos na linha de frente do mundo shinobi.
Eles eram todos de primeira classe ninja, e sempre sendo entregues a novas
missões sendo dia ou noite.

E missões assim sempre incluíram possíveis infortúnios.

Confusas condições meteorológicas, estradas ruins, ferimentos... As razões e


circunstâncias variam, mas era frequentemente o caso de um shinobi esperar
retornar para a aldeia em três dias e em vez disso acabava voltando depois de
uma semana inteira.

Kakashi teve de reorganizar os horários de trabalho dos shinobi de elite ocupados,


mantendo em mente o fato de que as suas missões podem ficar atrasadas. Era
uma tarefa incrivelmente difícil, distribuir missões das kunoichi e missões dos
shinobi...

Sem mencionar que ele deveria ter certeza de estar tudo organizado, pois de
modo algum o pobre coitado iria cambalear para a cerimônia de casamento recém-
saído de uma missão ou...

Kakashi sentiu uma espécie sentimento parental em querer organizá-lo para que
todos tivessem pelo menos um dia livre antes do casamento... No entanto, no
mundo real, não era tão fácil colocar esse pensamento em prática.

Os olhos de Kakashi piscaram para frente e para trás ao longo da lista. Se ele
colocar essa pessoa nessa missão ela poderia ir, mas, depois, essa pessoa não
poderia ir, se a colocasse nessa missão não iria querer trabalhar... Ele estava
tendo um tempo incrivelmente difícil.

E então por cima de tudo isso, havia o fato de que no mundo dos adultos e da
papelada, havia uma coisa muito irritante como "aparências" a ser considerada.

Se o líder de um grupo de elite ninja, um shinobi tão dedicado não tivesse nenhum
tempo extra para descansar, mesmo estando ferido ou no meio de uma febre, ele
deu esses dias consecutivos para o shinobi, então ele simplesmente não seria
adequado.

Ele tinha que pensar enquanto refletia sobre sua posição oficial como Hokage.

Ele resolveu tudo sem problemas, gerenciou casos da aldeia sem problemas, e se
certificou de que as coisas iam bem.

E, ele tinha que fazer as duas coisas e de alguma forma, fazer com que todos
pudessem assistir ao casamento com sorrisos em seus rostos.

Kakashi fechou os olhos e recostou-se na cadeira, pensando profundamente.

Ele realmente não teve nenhuma ideia brilhante.

Reorganizar os horários de todos era a garantia de um problema.

Seria bom se ele pudesse simplesmente chamar o dia do casamento de Naruto e


Hinata como uma missão, e corrigi-lo, então...

De repente, ocorreu a Kakashi que ele podia.

Se ele fizesse isso, então todos os outros ajustes seriam muito mais fáceis...

‘Não, isso seria... Meio que... Um abuso de autoridade, certo...?’.

Kakashi cruzou os braços, com a cara de quem pensava que iria estragar tudo.
Na realidade, o rumo dos pensamentos de Kakashi não era por abusar de sua
autoridade, de forma alguma. Afinal, ele estava apenas lutando para fazer tudo em
seu poder para ajustar os horários de todos corretamente. No entanto, Kakashi
não tinha enfrentado essas questões com suas papeladas ainda, então ele não
estava ciente desse fato.

Afinal, Kakashi era um shinobi que passou a maior parte de sua vida na linha de
frente de batalha, não na política.

"Bem, será meu último recurso, eu acho".

Kakashi soltou uma gargalhada, e depois continuou a encher seus pensamentos.

Nota¹: no original foi posto RSVP que é a abreviatura de Répondez S'il Vous Plaît,
expressão francesa que significa "Responda, por favor,". O RSVP é utilizado pela
pessoa que deseja confirmar quem irá ao evento que ela vai realizar, desta maneira
pede a confirmação para ter um melhor planejamento do evento em geral. Então
coloquei RPPF "Responda, por favor,".

-------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Capítulo 01
Por BabyVy
Presentes de Casamento, a Toda Velocidade!
Se você perguntasse às pessoas sobre ''as vilas ocultas dos shinobi '', então você
certamente encontrará um grande número de cidadãos – estes com nenhum amor
aos shinobi ou seus lares – que imaginavam tais lugares sendo pequenas
cidades cercadas por montanhas de todos os lados.

Certamente, esses cidadãos diriam, aldeias ocultas são completamente


desligadas do mundo exterior, completamente isoladas de todos os
outros. Uma espécie de "ilha flutuante no mar", ultrapassadas e subdesenvolvidas.

Definitivamente, eles diriam, uma vila oculta é um lugar que as pessoas


normais seriam tolas se desejassem visitar, e, ainda por cima , em algum lugar que
você só conseguiria encontrar com grande
dificuldade. Uma ''vila oculta shinobi" era inconfundivelmente esse tipo de lugar.

Isso era o que muita gente pensava.

No entanto, a realidade era muito diferente.

Konoha tinha um monumento muito conhecido na sua entrada, o "Portão AUN"¹ .

Se qualquer pessoa normal entrasse em Konoha, pela primeira vez,


eles ficariam pasmos ao ver o que os cumprimentava passando pelo portão: uma
gigante, vasta vila, populosa, que estava transbordando de actividade .

A aldeia tinha manutenção constante e estava sempre em desenvolvimento, e o


seu conteúdo não era, de modo algum, limitado a apenas as áreas residenciais
de moradores. Havia escolas, hospitais, várias áreas comerciais e até
mesmo áreas de lazer. Havia tudo que uma pessoa precisava para viver sua vida
ao máximo.

Havia, absolutamente, qualquer estabelecimento possível para ser encontrado, só


no centro da vila. O tamanho de Konoha era grande a tal ponto que se você a
chamasse de ''cidade-estado'', você não estaria longe.

Era o tipo de mundo em que você poderia viver toda a sua vida sem nunca dar um
passo fora das suas fronteiras, e nunca querer qualquer coisa, nunca
faltando qualquer tipo de conforto.

E essa metrópole estava aninhada nas profundezas de uma floresta.

Isso era o que a vila de Konoha realmente era: uma enorme cidade que de
repente se materializou dentro de uma floresta.
Não havia um único shinobi que sentia a menor insatisfação com uma vila assim.

A vila tinha sido originalmente uma reunião de vários shinobi e seus clãs,
mas quando um grupo de pessoas vive em algum lugar, eles
naturalmente acabam querendo lugares que os façam comida. E, claro, havia
uma demanda por lojas que vendem necessidades diárias também. Seguindo essa
lógica, era natural que um outro grupo de pessoas iria aparecer com um olho
na vila cheia de clientes.

Então aconteceu que um grupo de não-shinobi -de vendedores e artesãos que


queriam fazer os shinobi de clientes- acabaria reunindo perto da povoação
dos shinobi também.

E da mesma forma que shinobi tinham clãs e famílias, os vendedores


e trabalhadores não apenas vinham para a aldeia por si mesmos também. Eles
também trouxeram junto seus clãs, e suas famílias.

Havia muitas pessoas normais que se mudaram para a aldeia, juntamente


com seus parentes por causa do comércio, e havia também muitas pessoas que
eram originalmente shinobi, mas agora estavam ocupando diferentes
profissões. Havia também pessoas que pensavam para si mesmos, "Eu não vim
de um clã de shinobi, mas eu quero enviar meu filho para a Academia Ninja''e se
mudaram para a vila com essa intenção.

Famílias de Shinobi, famílias de comerciantes, famílias de artesãos... muitas,


muitas pessoas diferentes de variadas origens e profissões, todas vieram
morar juntos na aldeia. E enquanto a lua minguava, e os meses e anos passaram,
foi com essas pessoas que aquele povoado tornou-se a grande metrópole que
é hoje.

E essa enorme vila, mesmo agora, ainda estava continuando a crescer e avançar.

O enorme tamanho de Konoha fez com que circular em torno de toda a aldeia uma
vez sequer seria um tremendo esforço. Indo esse tipo de distância poderia
mesmo acabar quebrando seus ossos. E, no entanto, por um tempo agora,
alguém tinha corrido em volta da vila de Konoha.

Esse alguém era Rock Lee.

Mal havia amanhecido, e ele estava cambaleando enquanto corria ao redor da


vila, com uma cara que parecia que ele poderia morrer a qualquer momento.

Por que, exatamente, ele estava correndo por ele mesmo a esta hora
da noite, quando todos os moradores e os shinobi sem missões
estavam profundamente adormecidos?

Não era para qualquer treinamento secreto particular. Aliás, Lee nem sequer
estava correndo porque ele sentia que queria correr. Se
ele pudesse, Lee teria gostado profundamente de voltar para casa e dormir. No
entanto, ele tinha uma certa circunstância que significava que ele não poderia
fazer isso.
Tudo tinha começado cerca de metade de um dia atrás...

-------------------------------------------------------------

Naquele dia, o sexto Hokage Hatake Kakashi proclamou uma certa missão
especial para aqueles dentro de Konoha.

Era uma operação secreta que Uzumaki Naruto e sua


noiva Hyuuga Hinata absolutamente não podiam ficar
sabendo. Afirmou claramente:

"Todos aqueles que irão participar do futuro casamento de Naruto e Hinata devem
trazer presentes de casamento."

Uma missão ridícula não é? Era algo que todo mundo provavelmente
teria acabado fazendo de qualquer maneira.

Você poderia corretamente supor que entre os convidados do casamento, havia


pessoas que já compraram presentes de casamento, ou feito preparativos para
eles.

No entanto, a maioria dos amigos de Naruto e Hinata eram tão jovens


quanto eles. A maioria deles ou não tinha participado de
um casamento anterior, ou estavam participando do casamento de um amigo
próximo pela primeira vez.

Foi provavelmente por causa de a maioria dos convidados do casamento


serem inexperientes que Kakashi tinha dado para essa tarefa um status de missão.

Afinal, enquanto parecia tranquilo e calmo na superfície, Kakashi era um


homem com um senso de humor. Esta sua "missão secreta" era algo que se
encaixava em seu estilo.

Dito isso, havia alguém entre os convidados do casamento que tinha tomado as
palavras'missão secreta' completamente ao pé da letra. Alguém que tinha
recebido a proclamação da missão com muito mais paixão do que qualquer outra
pessoa.

Esse alguém era, é claro, a auto-proclamada Bonita Fera Verde Selvagem de


Konoha: Rock Lee.

"Eu vou retribuir a amizade de Naruto-kun, colocando todo o meu corpo e mente
em encontrar o melhor presente de casamento!" Lee havia declarado a Kakashi, e
depois começou a correr para longe.

Lee era alguém que acreditava firmemente que você poderia achar um monte de
idéias durante o treinamento. Sua personalidade não era a de alguém
que pensa enquanto parado. "Mover meu corpo irá me ajudar a pensar melhor" era
o que ele achava.

No entanto...
Lee tinha corrido e corrido em torno da enorme vila inúmeras vezes, mas ele
não tinha sido capaz de ter quaisquer ideia.

Bem, para ser mais preciso, ele tinha pensado em uma coisa.

Algo em torno de sua segunda corrida ao redor da vila, a palavra "haltere" tinha
estalado na mente de Lee

Mas, isso era ridículo. Mesmo Lee sabia que ninguém jamais
iria trazer halteres como um presente de felicitações a um casamento. Assim, sua
única ideia tinha sido rejeitada imediatamente.

E, embora ele continuasse correndo e correndo, desde então, Lee não tinha
pensado em qualquer outra idéia, e muito menos uma boa.

Tinha que ser um presente que ninguém mais iria trazer, algo que mostrasse seu
próprio caráter também... um presente que expressasse seu coração... um
presente que seria recebido com prazer, o melhor presente de todos...

Mas não importa o quanto ele pensasse, a resposta correta simplesmente não
vinha.

"Os laços entre mim e Naruto devem ser melhor do que isso...!" Lee murmurou
para si mesmo enquanto corria.

Ele chegou a uma resolução:

Até que ele pensasse em um presente, ele não iria parar de correr!

Seu coração estava focado nisso. A "Regra Pessoal" de Lee estava em ação.

Essa ''regra pessoal'' de Lee havia sido trazida à existência pelo bem de
melhorar a sua mente e corpo através do treinamento. A regra era esta: uma vez
que Lee decidisse que ele ia fazer alguma coisa, então, mesmo que parecesse
que o mundo fosse ruir e desaparecer amanhã, ele ainda iria fazê-la o fim. Era um
princípio a qual ele se prendeu, com avassaladora devoção.

Até que ele pudesse pensar em um presente agradável, além de halteres, Lee iria
correr interminavelmente se ele precisasse.

A propósito, Lee não estava contando apenas correr ao redor da borda da


vila como "uma volta''.

Da mesma forma que alguém vai e volta em torno de um quarto quando eles
estão limpando seu chão- com tal exemplo, é fácil imaginar a cena, não
é? Para Lee, ''uma volta'' ao redor da vila significava atravessar a vila inteira, cada
canto, recanto e estrada que a vila tinha. Era uma maneira de contagem
bem ''mente-simples''.

Claro, isso significava que o caminho de Lee também incluía pular sobre cercas,
saltar de árvore em árvore, e correr ao longo dos telhados das
casas próximas. Não era nada fora do normal,
para um shinobi tomar caminhos incomuns, como este através da vila oculta. Na
verdade, isso era incrivelmente comum, tanto que os cidadãos normais não
estranhavam mais.

Então não haveria nenhum proprietário reclamando sobre Lee correr sobre os
telhados. No máximo, uma pessoa poderia talvez enviar uma queixa de
manhã: "Um homem com sobrancelhas grossas estava
gritando 'KUUAAA' enquanto corria em todo o nosso telhado ao amanhecer, ele foi
realmente muito barulhento."

E assim, sob o olhar atento dos rostos dos Hokages anteriores esculpidos
na montanha com vista para Konoha, Lee saltou, correu e pulou por toda a vila.

Ele continuou com aquilo a noite inteira, sem ter nem uma única nova idéia.

E é assim que Lee se encontrou saudando o amanhecer de um novo dia sem um


únicopestanejar de sono.

-------------------------------------------------------------

Neste momento, a luz do nascer do sol agora estava chegando a tocar os


rostos de pedra esculpidos no Monumento Hokage que estava no centro da
cidade de Konoha.

"Oitocentos... e... sessenta... e quatro..."

A respiração de Lee estava saindo em chiados roucos e sopros enquanto ele disse
ofegante esse número.

Sua corrida havia se deteriorado para um cambalear delirante, para o ponto


onde qualquer um andando seria mais rápido do que ele.

Ele tinha finalmente atingido o seu limite.

As pernas de Lee dobraram debaixo dele, enquanto ele caía para a frente,
impotente, e colapsou. Ele nem sequer tinha a força para tentar suavizar sua
aterrissagem, caindo direto no chão com um ruído repentino.

Lee estava imóvel no chão, de bruços na terra, e se perguntou onde ele


havia errado.

Primeiro, havia a idéia de que sua mente iria clarear se ele movesse seu
corpo. Ele tinha errado sobre isso? Não, isso não era possível. Ele não estava
errado. Lee rapidamente rejeitou esse pensamento.

Então, foi a idéia de correr com as mãos no meio de sua corrida ao


redor? Ele tinha pensado que iria ajudar a dar-lhe uma perspectiva diferente para
pensar a partir dela, mas tinha aquela sido uma má idéia? Não, às vezes
você precisa fazer coisas audaciosas para produzir novas ideias. Sem
mencionar que fazer uma corrida com as mãos ao redor da vila fazia parte de sua
programação de treinamento normal. Isso não poderia ter sido onde errou também.
Poderia ter sido esse método incomum que ele tentou de correr para trás? Não,
isso era um método de exercício perfeitamente bom.

Ele tinha feito absolutamente nada de errado.

Mas então, nesse caso, por que ele tinha sido incapaz de pensar em qualquer
coisa...?

Lee olhou atordoadamente para o chão na frente dele. Seu corpo


estava queimando há apenas um tempo atrás, mas ele agora estava ficando
frio no ar gelado da manhã. O suor cobrindo seu corpo ficou muito frio, e o corpo
de Lee começou a tremer. Mas ele exercitou cada músculo em seu corpo para
além do ponto de cautela, e não tinha mais energia para se levantar.

Mesmo que seja para um amigo querido, mesmo que eu disse que eu colocarei
meu coração em conseguir um presente de casamento. E pensar que eu não
tenho sido capaz de chegar a uma boa idéia. Por que sou tão incompetente...?

Lee apertou os olhos bem fechados, com raiva de si mesmo por ser uma
decepção.

No entanto, ele não podia simplesmente deixar que as coisas acabem por
dizer que ele é incompetente e inútil. Ele decidiu encontrar um presente digno,
mesmo que tivesse de colocar a sua vida em jogo, então, ele não
poderia simplesmente parar e desistir aqui.

O cansado e exausto Lee deixou seus olhos se abrirem de novo, chamas


de determinação queimando dentro de si mais uma vez.

No entanto, uma vez que ele abriu os olhos, Lee veio a perceber algo:

Alguém estava de pé na frente dele.

Quando isso tinha acontecido? Havia um par de pernas na visão de Lee, com
um uniforme que parecia familiar. Lee estava surpreso por ele não ter notado a
pessoa até agora. Eles pareciam estar olhando para ele.

Lee lentamente ergueu-se do chão, e olhou para cima. Para ver. Aquela pessoa.

"Neji..." Lee silenciosamente murmurou.

Talvez ele fosse uma ilusão ou talvez ele fosse um fantasma, mas lá estava
ele: seu amigo falecido, Hyuuga Neji.

"Correr sem interrupção até você desmaiar." Disse Neji, observando-o com seu
olhar calmo habitual. "Você ainda é o mesmo de sempre, Lee".

Lee não tinha palavras.

Havia centenas e centenas de coisas que Lee queria dizer Neji na próxima vez que
se encontrassem. Mas com Neji na frente dele, ele encontrou-
se miseravelmente incapaz de fazer um único som.

Mas mesmo que ele não tenha dito nada, Neji entendeu tudo.

Por alguma razão ou outra, aquele foi o pensamento que entrou na mente
de Lee enquanto olhava para os olhos sempre oniscientes de Neji.

Neji se agachou ao lado de Lee.

"Há algo que eu realmente tenho que te dizer...", disse Neji, colocando uma
mão gentil no ombro de Lee.

A mão de Neji era quente e encorajadora. Lee de repente pensou que era provável
que Neji havia aparecido porque ele estava preocupado com o
quanto Lee esteve se forçando.

"Neji... eu..."

"Eu sei. Não há necessidade de dizer isso. "Neji sorriu, seu


longo cabelo balançando levemente. "Lee, lembre-se bem disso. Mais do
que resistência... força física. E, Hyuuga... "

Neji fez uma pausa. Não ficou claro se ele tinha acabado o que estava dizendo ou
não. Sua figura ficou envolta em névoa da manhã, e desapareceu.

"...eh?"

O vento soprava com rapidez, sussurrando através das árvores


próximas e afastando a névoa da manhã.

"Eh– espera– Neji...? Neji ?!"

Lee olhou para a esquerda e para a direita, procurando desesperadamente pelos


seus arredores, mas a única coisa que se encontrou com a voz perplexa de Lee foi
o silêncio da manhã.

"EEH ?! Vo– você não ia me dar alguns conselhos sobre os presentes de


casamento que tenho estado tão frenético sobre...? Não é por isso que
você apareceu? NEJIIIIIII ?!"

------------------------------------------------------------

"NEJIIIIIII ?!" Lee se levantou com um sobressalto enquanto ele gritou para o
amigo.

Agora era manhã. Bem cedo, mas tarde o suficiente para que a maioria das
pessoas já tenham acordado e começado a se preparar para saudar o novo dia.

Lee desorientadamente olhou em volta, tentando fazer um balanço de sua situação


atual. De alguma forma, parecia que ele tinha caído no sono bem no meio de uma
estrada. Foi uma coisa boa ele não ter desmaiado na borda da vila.
"Então era... um sonho..." Lee murmurou para si mesmo, com a boca seca
e ressecada por água.

Um sonho curto, passageiro.

Lee sentou-se atordoadamente na estrada, e baixou a cabeça.

A morte de Neji foi há muito tempo. Um punhado de anos já se passaram.

Mas mesmo agora, Lee ainda ocasionalmente via Neji em seus sonhos. Eles
geralmente vinham naqueles cochilos apressadamente tirados no meio de uma
missão extremamente difícil, ou quando Lee estava tendo um momento
difícil pensando sobre algo.

Mas apenas ocasionalmente. Na maioria das vezes, não importa o


quanto Lee quisesse vê-lo, Neji não iria aparecer.

Quando Neji aparecia, os sonhos de Lee eram geralmente sobre passar


por treinamento vigoroso com Neji, ou sair em uma missão perigosa com Neji, os
dois juntos contra as situações adversas.

Haviam muito poucos sonhos onde Lee podia realmente encarar Neji e falar com
ele.

A maioria de seus sonhos eram sobre coisas


que já aconteceram. Treinamento, lutar contra um inimigo, ou elaborar
estratégias para uma missão. Seria Neji falando tranquilamente sobre uma
estratégia ou outra, e Lee de pé ao lado dele, ouvindo atentamente.

Sempre que Lee acorda desses sonhos, frases derramariam de seus lábios.

"Vamos fazer um ataque frontal mais dinâmico!'' ou ''eu vou sair na frente, então
por favor esteja atento aos nossos arredores!".

Todas as coisas que ele não poderia dizer para Neji dentro de seus sonhos.

Se eu dissesse isso para Neji, que tipo de cara que ele iria fazer? Como ele
responderia?

Ultimamente, estava ficando cada vez mais difícil imaginar como Neji teria reagido.

Lee estava terrivelmente, profundamente consciente desse fato.

Uma voz forte de repente chegou até as costas caídas de Lee.

"Lee, tendo uma boa juventude essa hora da manhã!"

Lee olhou por cima do ombro para ver um homem atrás dele,
sorrindo amplamente de modo que o branco de seus dentes apareceu, sua mão
levantada e o dedão para cima.
Era seu professor de espírito, Might Guy.

No entanto...

"Ga-Gai sensei..."

Lee encontrou-se em uma falta de palavras. O motivo era que Gai, que tinha
sido restrito a viver a sua vida em uma cadeira de rodas, tinha de alguma forma
colocado si mesmo e sua cadeira de rodas no telhado de um galpão nas
proximidades.

Durante a Quarta Guerra Mundial Ninja, Gai tinha colocado sua vida em
jogo durante sua batalha com Uchiha Madara, e abriu os oito portões. Sua vida,
pelo menos, tinha sido salva graças a Naruto, no entanto a sua perna direita tinha
perdido a sua capacidade de funcionamento.

Daquele dia em diante, Gai tinha vivido sua vida em uma cadeira de rodas. No
entanto, ele não tinha mudado seu jeito sangue quente, esculpindo a
palavra "juventude" no molde em sua perna direita, e ainda incentivando e
orientando Lee como ele sempre fez.

Lee estava atordoado e sem palavras, porque ele não conseguia entender
como seu professor tinha, possivelmente, conseguido chegar até o telhado
do galpão com sua cadeira de rodas.

De repente-

"TOU!" Gai deu um grande grito de guerra, lançando ele mesmo e a cadeira de
rodas fora do telhado do galpão.

De alguma maneira ele conseguiu fazer a cadeira de rodas fazer um pouso suave,
deixando-a no ângulo certo, com um estrondo muito alto.

Lee correu até seu sensei, perturbado e preocupado.

"Todo mundo na aldeia, Kakashi, Genma e Ebisu e também, eles ainda me tratam
como um shinobi. Isso me faz feliz. Mesmo que eu deveria ter me aposentado há
muito tempo... Então, por causa disso, eu decidi continuar a provar que o
impossível é possível, e mostrar o meu eu habitual para vocês! ", Disse Gai, dando
sua "Pose de Cara Legal''. "Essa é a minha juventude, depois de tudo!"

As palavras de Gai tocaram profundamente o coração de Lee. Elas sempre têm


sido assim. Quando Lee estava sofrendo, quando ele estava com dor, quando
seu coração parecia que ia quebrar em pedaços, cada única palavra de Gai o
salvou, várias vezes.

Mesmo agora, Lee tomava coragem ouvindo as palavras de Gai.

Ele queria se tornar ,um dia, um homem magnífico como Gai. Ele queria tornar-
se um homem que encorajava vivamente outra alma perdida e confusa como ele.

Isso era um sonho que Lee sustentava mesmo quando estava acordado.
------------------------------------------------------------
"A propósito, Gai-sensei, o que você está fazendo aqui?" A pergunta de
repente veio até Lee e Gai respondeu com uma tagarelice radiante.

"Meu treinamento da manhã, é claro. Eu pensei que eu ia gastar o dia de


hoje viajando para frente e para trás ao redor de toda a aldeia. E aí Lee, você
gostaria de se juntar a mim?"

"Obrigado, eu já fiz tal treinamento."

"Impressionante. No entanto, a questão que está incomodando você ainda não foi
resolvida, não é?"

Os olhos de Lee abriram com surpresa para a observação certeira de Gai.

"Co- Como você sabia ?!"

"Precisou de apenas uma olhada em você para perceber que você passou a noite
toda treinando e se preocupando com alguma coisa. Quantos anos você acha que
eu estive passando tempos de juventude com você ? É por isso que, desde o
início eu disse para você 'tendo uma boa juventude essa hora da manhã'."

Foi só depois de Gai dizer isso que Lee percebeu o quão horrível ele parecia. Ele
estava coberto de lama, e absolutamente desagradável na aparência. Ele tinha
tropeçado algumas vezes pelo seu cansaço, caindo e rolando no chão. Era toda a
sujeira deixada por suas corridas.

"E é muito provável que você esteja preocupado com a questão de presentes de
casamento, não é mesmo?"

Lee ficou em pânico por causa da pergunta sagaz de Gai.

"Gai-sensei, você pode ler minha mente ?!"

"Não, é porque eu fui convidado para o casamento também..."

Gai estava preocupado sobre os presentes de casamento também.

------------------------------------------------------------
Tudo estaria bem, desde que o presente de casamento não fosse comum.

No entanto, o problema estava em garantir que o presente não fosse


muito estranho, também.

Não existe um presente de casamento que combina os sentimentos que ele


queria transmitir, algo que irradiava os sentimentos de vitória, amizade e trabalho
duro?

Lee e Gai estavam ambos quebrando a cabeça para uma resposta.

Que tipo de presente que encarnaria a paixão da juventude?


Havia realmente tal presente neste mundo?

Bem, se alguma coisa representasse juventude, seria como ambos usavam


seus macacões verdes apertados de aparência inteligente.

Quando você diz "juventude ardente" as primeiras coisas que vêm à


mente são suor e lágrimas, certo?

Suor e lágrimas podem ser transformados em um presente, de alguma


forma? Não?

Para começar, as pessoas estavam vivendo de nada além de força de


vontade, não estavam?

Que tipo de curry é melhor, leve ou extra picante?

A conversa deles atingiu o seu clímax.

"Não, afinal de
contas," Lee disse acaloradamente, "O eu de hoje definitivamente pensa que Curry
com Pilaf é melhor-"

"Espera, espera aí Lee." Gai estendeu a mão e interrompeu. "Nós saímos do


assunto demais. Em assuntos como este, a pessoa deve
se concentrar. Devemos refazer nossos passos de volta para a raiz
desta conversa."

"Portanto, devemos voltar, para a raiz...?"

"Sim, originalmente, esse problema de um presente de casamento é tudo sobre o


casamento em si, certo?"

De alguma forma, a conversa tinha virado muito filosófica.

Quando Lee não conseguiu contribuir mais para a conversa, Gai fez outra
pergunta.

"Vamos pensar sobre isso assim: o que é a única coisa que você absolutamente
deve trazer para um casamento?"

O olhar de Lee focava enquanto ele pensava seriamente sobre isso.

O que era um casamento? Algo necessário para um casamento...

Um casamento era uma cerimônia em que duas pessoas que se amavam se


tornavam marido e mulher. Nesse caso, algo absolutamente essencial para
a cerimónia seria-

"É... amor...", disse Lee, olhando diretamente para Gai apesar de estar de algum
modo constrangido com o assunto. "Isso é o que é necessário, não é?"
"Isso é muito poético. Mas Lee, a resposta não seria a noiva e o noivo?"

Lee se sentiu como se um raio o tivesse atingido junto com as palavras


de Gai. Seu corpo inteiro ficou tenso como se ele tivesse sido atingido com
um jutsu de liberação de relâmpago. Inconscientemente, um alto "AHH!"
Vazou para fora da boca.

"I- isso está certo...!" Lee disse: "Se a noiva e o noivo não estão lá, não pode
haver cerimônia de casamento...!"

"Certo? Uma cerimônia de casamento sem a noiva e o noivo seria apenas uma
cerimônia simples, não um casamento. Uma cerimônia inútil
sem qualquer significado!"

Lee tinha estado cego.

Gai pode parecer uma pessoa impulsiva e desajeitada, mas ele realmente era uma
pessoa pensativa. Ele tinha a capacidade de ver além da superfície e ir até a
raiz da questão. Para Lee, sempre tinha alguma coisa sobre Gai que ele
admirava e aspirava fazer também.

"Nesse caso, precisamos pensar sobre isso a partir da perspectiva da noiva e


do noivo, e trazer os presentes que eles ficariam felizes em receber. Isso
seria melhor, não é?"

"Exatamente.", Disse Gai. "Yosh, então eu vou pensar em um presente para o


noivo! Lee, você pensa em um para a noiva! "

"Roger, Gai-sensei!"

"Vamos pensar sobre isto não de nossa perspectiva como os presenteadores, mas
de suas perspectivas como os presenteados...!"

Os dois homens se encararam com seus cortes de cabelo tigela e sobrancelhas


espessas, e seguraram a mão um do outro, a pensar seriamente sobre o
assunto. Foi um espetáculo no início da manhã.

Lee estava desesperadamente tentando pensar do ponto de vista da noiva.

Se eu fosse uma noiva, então... eu estaria vestida com as roupas de noiva e indo
para o meu casamento... E depois disso...

Casamento, parto, trabalho doméstico, cuidados...

Palavras e imagens atravessaram a mente de Lee em ordem sucessiva.

Ir às compras com o bebê nos braços.

Ficar de olho no bebê enquanto eu limpo seu quarto.

Carregar o bebê em minhas costas enquanto eu abro o sétimo dos oito portões... o
Portão do Choque!
Ter um bebê é uma questão surpreendentemente séria.

Para criar e cuidar de uma criança, então, sem dúvida, você precisa de força
física e econômica, certo?

Nesse instante, uma imagem entrou na mente de Lee. Ele podia


imaginar Hinata carinhosamente segurando uma criança, e Naruto olhando para
a ambos.

E, de repente, Lee percebeu que esse tempo todo ele estava pensando somente
em o que dar para Naruto como presente de
casamento. Foi somente deliberadamente tentar pensar nos sentimentos da
noiva que o deixou perceber isso. Um casamento não era algo que você fazia por
si mesmo.

Dito isto, o melhor presente para alguém que acabaria por ser uma mãe–

------------------------------------------------------------

Lee, lembre-se bem disso. Mais do que resistência... força física...

------------------------------------------------------------

As palavras de Neji daquele sonho vieram até a mente.

Eu finalmente entendo Neji. Você estava preocupado com Hinata, não estava?

Lee balançou a cabeça para si mesmo, e então ...

"Eu sei o que é...!", Disse Lee pacificamente. "Para proteger sua casa e família, a
força física é necessária... E acima de tudo, o nível mais alto possível!"

Gai balançou a cabeça, e respondeu também. "Neste momento, eu pensei


em todo o trabalho que entra em consertar problemas ao redor da casa. Controle
de pragas, encanamento e carregar compras. Deve-se habilmente desenvolver
seus músculos do braço para tais tarefas... Nesse caso, a resposta que
ambos encontramos deve ser a mesma. Os presentes
que devemos dar são..." Gai sorriu para Lee com prazer.

"...Halteres!"

Lee percebeu uma lágrima vazando seu olho.

"Eu também..." Lee fungou. "Desde o início... da minha segunda corrida através da
vila... Eu pensei nisso também...!"

Lágrimas rolavam pelo rosto de Lee de forma incontrolável agora.

"Gai sensei! Gai senseeeeeeeeiii! "Lee soluçou, e atirou-se para abraçar o


seu professor.
Lee estava em êxtase. Seus pensamentos não estavam errados. Seu sensei tinha
aprovado a sua ideia. Sua alegria era pura e simples.

Gai estava chorando também. Enquanto as lágrimas vazavam para fora das
bochechas, ele apertava o abraço. "Lee! Você pega o haltere para o braço direito,
e eu vou pegar o haltere para o esqueeeeeeerdo!"

Gai gritou em direção aos céus. "UOOOO! VOU PEGAR O HALTERE


ESQUEEEEEERDOOOOO!!"

Durante muito tempo, os dois se abraçaram e choraram.

------------------------------------------------------------

Graças a Gai, Lee tinha finalmente encontrado um presente de casamento que se


adequava com seus sentimentos para o casal. Seu coração estava leve e claro.

Logo depois da revelação deles, os dois tinham ido


comprar halteres imediatamente. O comerciante estava muito surpreso em vender
dois halteres de manhã tão cedo.

Por favor, dê uma olhada nisso, Neji. Eu vou mostrar-lhe o presente de


casamento que eu consegui. Estes halteres...!

Gai sorriu para a forte expressão nos olhos de Lee.

"Lee, com isso, nossos preparativos para o casamento estão


totalmente completos!"

"Sim! Estes pesos que nós carregamos... eles vão certamente ser os
melhores presentes de casamento!"

"Yosh, vamos fazer uma corrida enquanto seguramos eles, então! Aqui
vamos nóóóóóóóóós!"

No minuto em que essas palavras deixaram a boca de Gai, ele começou a


fervorosamente virar os pneus em sua cadeira de rodas, disparando na frente de
Lee em uma súbita rajada de vento e sujeira.

Lee foi deixado olhando para a visão desaparecendo lentamente das costas de
seu Sensei na cadeira de rodas.

"Espere por mim, por favor, sensei!!"

Hoje também, Konohagakure estava cheia de uma espécie de tempo cheia de


juventude.

----------------------------------------------------

Naquele bilhete...

Depois, Kakashi de fato recebeu várias denúncias, todas do mesmo jeito:


"No início da manhã, dois homens estranhos estavam chorando e gritando sobre
algo atrás de minha casa. Tão barulhento!

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua

Konoha Hiden - Capítulo 02


Por BabyVy
A Vida Cotidiana Dela
KA! KA! KA!

Os sons saindo com cada golpe eram agradáveis aos ouvidos


de Tenten. Ela estava nos campos de treinamento habituais. Seus
alvos habituais. Seu método habitual de treino.

Seus sentimentos, no entanto, estavam apenas um pouco diferentes do habitual.

"Presentes de casamento, hein..."

Conforme ela murmurou para si mesma, ela levantou sua kunai para trás em suas
mãos, e jogou-a suavemente. Outro KA! soou, sua kunai presa bem no meio de
suas marcas preparadas. Era uma maravilhosa pontaria.

Mas então, para alguém tão bem treinado em armas como Tenten, acertar o centro
de um alvo imóvel de onde ela estava não era nada, moleza.

Tenten geralmente ia para o treinamento antes de comer seu café da manhã.

Em dias que ela não tinha missões, ela sempre preferiu fazer isso. Ela tinha de sair
para os campos de treinamento no início da
manhã, praticar com kunais e shuriken até que seu corpo sentisse aquecido, e, em
seguida, ir e tomar café da manhã.

Ela geralmente acabava tomando café da manhã sobre os campos de treinamento,


no entanto. Seu padrão usual para o café era comer os bolos de carne cozidos no
vapor vendidos por uma loja nas proximidades, e tomar com chá verde.

"O que devo fazer..." Tenten murmurou para si mesma de novo, e jogou o
braço mais uma vez.

KA KA KA!

Um punhado de shuriken foram arremessadas de sua mão neste


momento, perfeitamente circundando a kunai que ela tinha jogado e perfurado o
centro do alvo com.

Novamente, foi um show de habilidade tão fácil e simples para ela, que
poderia fazê-lo com os olhos fechados.

Mas então, não era algo fácil para apenas Tenten.


Este nível de pontaria na prática era algo que qualquer um que se chama de
um shinobi estava bem treinado e bem praticado em fazer.

Na verdade, era algo que os alunos logo aprendiam a dominar depois de entrar
na Academia Ninja. Também era muito normal para os alunos que vieram
de famílias renomadas de shinobi terem a habilidade ensinada a eles por um pai
ou irmão, mesmo antes de entrar na Academia.

Para simplificar, o que Tenten agora estava praticando era uma das técnicas mais
básicas.

Se você perguntasse por que Tenten ainda estava praticando uma habilidade tão
básica, a resposta seria que ela tem sido influenciada por seu professor, Gai, e
suas palavras.

"Qualquer um que negligencia os seus fundamentos não verá o amanhã!"

Essas foram as palavras que Gai tinha dito quando ela começou a ser ensinada
por ele, pela primeira vez.

Suas palavras tinham feito uma grande impressão sobre a jovem Tenten. Lee,
que estava de pé ao lado dela, estava tão profundamente afetado que começou a
chorar, e, naturalmente, arruinou o momento.

Mas, Tenten ainda levava os ensinamentos de Gai ao coração e continuava


a praticar diligentemente seus princípios básicos até esses dias.

-------------------------------------------------------------

Para começar, Tenten nunca tinha sido um ninja com o domínio sobre uma ampla
variedade de jutsu.

Desde os velhos tempos, enquanto ela tinha um talento para jutsu de espaço-
tempo, seu controle de chakra era pior do que o dos outros ninjas. Ela logo
percebeu que ela nunca seria o tipo de ninja que poderia fazer jutsus de grande
escala ou complicados.

No entanto, só porque ela tinha notado isso desde o início, isso não significava que
Tenten foi e desistiu de ser uma kunoichi forte e impressionante. Ela não tem esse
tipo de mentalidade fraca.

No caso de Tenten, tinha sido uma coisa boa ela ter sido capaz de perceber o que
estava adequado para ela e no que ela era ruim quando ainda era jovem. Porque
logo que Tenten soube quais eram seus limites, ela começou a
pensar freneticamente sobre a área que seria mais adequada para ela como
um shinobi. E quando ela encontrou a resposta, ela logo foi capaz de se resignar a
esse caminho, e persegui-lo com todo o coração.

A resposta que Tenten tinha encontrado era: Armamento Ninja.


Manuseamento de armas como shuriken ou kunai era um padrão para qualquer
um que se chama de shinobi, mas não havia ninguém que se especializasse
em armamento– muito menos alguém que o domina.

Isso era ao que Tenten se dedicou. Acabou sem ser dito que ela destinava
ser mais hábil do que qualquer outro shinobi quando se tratava de armas comuns,
mas ela também se treinou para lutar com as
armas que outros shinobi raramente usavam, armas que outro shinobi nem
sequer reconheceria à vista, armas de todo tipo e variedade.

Tenten forjou um caminho único para seguir.

No fundo, o porque de ela ter tais pensamentos era mais provável por causa
de seu professor Gai, e seus companheiros de equipe Lee e Neji. Eles
haviam a influenciado muito.

O nome de Gai era conhecido por ser o melhor usuário de Taijutsu na


aldeia. Lee o admirava, e treinava de modo ingênuo para ser assim como
ele era. E Neji tinha sido sempre chamado de gênio no jutsu do Punho
Gentil transmitida na sua família renomada, os Hyuuga.

Tenten tinha passado um tempo com eles, treinado


com eles, ocasionalmente, brigando com eles e ganhou uma
base considerável no taijutsu. Para começar, antes
de ninjutsu ou genjutsu entrarem em cena, taijutsu tinha sido a base das
conquistas shinobi.

Tenten aprendeu taijutsu ferozmente sob a tutela de Gai, e ela fez bem. No
entanto, Lee e Neji estavam ambos aprendendo e treinando juntamente com ela,
e Tenten, eventualmente, veio a perceber que ela nunca iria alcançar seus
níveis de resistência ou força física.

O time Gai tinha o mais alto nível de competência em taijutsu de toda a


aldeia, e pelo treinamento sob Gai, junto com Lee e Neji, o nível de Tenten tinha
chegado ao ponto onde seu taijutsu era superior em comparação com todos os
outros shinobi, exceto seus companheiros de equipe.

No meio de todo o seu treinamento, parte de Tenten não podia deixar


de inconscientemente se comparar com Lee ou Neji, ou mesmo Gai.

Eu sou a mais incapaz dentro desta equipe.

Esse era o pensamento que incomodava Tenten a cada segundo de seu


treinamento.

No entanto, esse pensamento foi o que impulsionou-a para o seu caminho único.

Gai e o resto poderiam quebrar uma pedra com os punhos nus. Tenten não tinha a
capacidade de sequer considerar fazer isso com suas próprias mãos.

Foi por isso que ela armou as mãos com kunai.


Assim, ela poderia estar igual para igual com Lee e Neji. Assim, ela podia andar ao
lado deles.

-------------------------------------------------------------

Com o tempo, Tenten realmente acabou polindo o seu talento para jutsus
de espaço-tempo, e aprendeu a invocar infinitas variedades de armas
ninja usando pergaminhos.

Naquele tempo, em parte devido a todos os seus dias gastos aprendendo


sobre várias armas, Tenten tinha se tornado completamente maravilhada com o
encanto dos Armamentos Ninja. Ela olhou duas vezes para as armas que
segurava em suas mãos, e ficou maravilhada com sua bela simplicidade,.

De volta a seus dias na Academia, ela tinha tido colegas do sexo feminino, que
diziam que kunais eram simples e sem graça. Elas não entendiam nada. Era
pela kunai ser tão simples e sem graça que era tão encantadora.

Até mesmo a mais cruel lâmina tinha um lado bonito nela.

Ninjutsu e Genjutsu, e até mesmo Taijutsu, nenhum deles conseguiam ganhar


contra a beleza dos Armamentos Ninja.

É claro que, enquanto ela diria seus pensamentos em voz alta se ela
quisesse, isso não significava
que Tenten andava desnecessariamente palestrando para pessoas sobre eles.

Ela expressava seus pensamentos com suas ações, não suas palavras. A visão de
sua kunai suavemente cortando um alvo, por exemplo, era muito melhor do
que qualquer explicação com palavras. Era assim como Tenten pensava.

Mas ela tinha que ter certeza que sua pontaria era excelente, ou não
haveria nenhum sentido. É por isso que Tenten não passava um único dia sem
praticar o básico. Todos os dias, ela silenciosamente polia suas
armas, as preparava para o treino, e atingia sua alvos.

Lee e Neji…Tenten viu o trabalho duro deles e talento de mais perto que qualquer
um, e eles eram o porque de ela pôr todo seu esferço no treinamento.

Porque não importa o quão forte os dois ficaram, eles nunca


negligenciaram seus fundamentos também.

Tudo isso era o porquê…

Mesmo que estas habilidades básicas eram coisas que qualquer um


poderia fazer, que qualquer um consegue fazer bem desde que tenha bons
instintos, mesmo que não pratique muito, mesmo assim Tenten ainda
praticava dezenas de milhares de vezes, repetindo os movimentos de novo e de
novo.
Seu corpo, seus braços, até mesmo seus próprios dedos, ia praticar
e praticar, e infundir instinto em cada parte dela.

Em um combate real, o alvo não ia apenas gentilmente ficar parado


para você. Ela não teria o luxo de mirar parada também. Se você ficar parado,
você vai morrer.

Mas Tenten ainda sempre começava a praticar jogando kunai no centro de


alvos imóveis.

Ela eventualmente acaba jogando as kunais centenas e centenas de vezes,


repetindo os movimentos várias e várias vezes, e depois, eventualmente...

Eventualmente, mesmo quando seus alvos estão se movendo


em padrões complexos, por um instante, ela consegue sentir como se eles
estivessem parados. Seja kunai ou shuriken, eles voam de suas mãos e
afundam nos alvos como se a marca estivesse chamando por eles.

Para praticar constantemente uma habilidade básica que qualquer um


pode fazer, todos os dias, sem pular nenhuma vez, repeti-lo várias vezes... essa
dedicação não era algo que qualquer um conseguia ter. O mundo tinha que ser
capaz de ver isso.

E assim seu treinamento dedicado eventualmente deu frutos. Sua


habilidade aumentou a tal ponto que agora se você perguntasse a qualquer um de
seus companheiros quem era o melhor usuário de armas, suas respostas
seriam imediatamente "Obviamente, é Tenten."

Foi um resultado natural de seu trabalho duro, mas era algo que a fez muito
feliz. Claro, ela se sentia orgulhosa sobre isso também. Mas hoje, dedicar todos
os seus pensamentos para Armamento Ninja era algo que estava causando-lhe
um pouco de dificuldade.

-------------------------------------------------------------

"Argh- isso- eu não consigo pensar em nada!"

Várias batidas altas de ZUGAGAGAGA acompanharam a voz irritada de Tenten, e


um monte de shuriken bateram em seus alvos, os ruídos altos ecoando os campos
de treinamento vazios. Ela estava cercada de alvos que foram
cobertos de kunai e shuriken. Claro, nem um único estava fora da marca.

Quando Tenten tinha ouvido falar pela primeira vez sobre o negócio de presente
de casamento, ela imediatamente pensou: 'Tudo bem, eu vou dar-lhes
alguma kunai feita customizada!

Ela havia tomado sua decisão, estava satisfeita com ela, e toda a coisa deveria ter
terminado bem então.

No entanto, naquela noite...

Tenten tinha estado deitada em seu futon, olhando distraidamente para


seu teto. Ela estava quase à beira do sono, quando um único
pensamento invadiu sua mente:

Exceto uma kunai, eu me pergunto que tipo de presente seria bom?

Tenten ficou chocada quando ela não conseguiu pensar imediatamente em


qualquer coisa. Ela acabou passando o resto da noite ficando mais e mais agitada
quando ela não conseguia encontrar a resposta.

Graças a isso, ela não tinha conseguido dormir nada.

Abafando um bocejo, Tenten se moveu para frente para


coletar suas shuriken e kunai de onde estavam presas nos vários alvos.

Havia um monte de estacas presas nos campos de treinamento


que Tenten frequentava. Alguns deles eram tão altos quanto uma
pessoa normal. Outros usuários normalmente usavam as estacas para quando
eles estivessem treinando taijutsu, para socar e chutar. Tenten, por outro
lado, usava as estacas para para apoiar os alvos que ela trazia.

Ela se aproximou desses alvos, firme e rapidamente puxando


as kunai e shuriken cravadas em cada um. Por um tempo, ela repetiu o
movimento com cada alvo, quebrando a cabeça com o pensamento o tempo todo.

Ela já não estava pensando sobre a compra de armas como um presente, kunai ou
alguma outra coisa. Sua linha de pensamento há muito tempo deixou essa
opção para trás.

A coisa era que, se você perguntasse a Tenten, qualquer Armamento Ninja de


presente era algo que ela iria receber felizmente.

Então, naturalmente, todo mundo esperaria que seu presente para o casal seria
uma Arma Ninja também. Não havia nada de estranho nisso.

Mas, veja, espere! Isso não iria apenas ser muito previsível e ordinário?

Desde ontem à noite, por uma razão ou outra, pensamentos como esse
continuaram circulando em torno de sua cabeça. Alguma coisa
estava incomodando ela.

O que estava a incomodando? A verdade era, ela já sabia a resposta.

"Casamento, hein... bem, é uma coisa boa..."

Tenten suspirou, inclinando-se contra uma das estacas. Suas


mãos silenciosamente brincavam com uma das kunai que ela tinha recolhido.

Isso era o que estava a incomodando. Naruto e Hinata estavam se casando. Era
uma ocasião feliz.

A própria Tenten era sempre pega pensando


sobre shuriken, kunai ou guilhotinas voadoras, então ela nunca teve um
namorado. Ela viveu sua vida sem qualquer pensamento sobre romance e
feminilidade. Ouvir sobre alguém próximo a ela se casando de repente fez um
pensamento perturbador voar na mente de Tenten e se recusar a sair:

Estava realmente tudo bem em ela ser desse jeito?

Desde a manhã até a noite, era sempre Armamento Ninja, Armamento Ninja,
Armamento Ninja... Estava realmente bem, para uma mulher jovem ser assim?

Sendo assim, o mais recente sentimento de "amor à primeira


vista" de Tenten tinha sido pela guilhotina voadora. Ela só teve que ouvir o
nome da arma antes de decidir que ela gostava, e, em seguida, ir e comprá-
la. Mas bem, como ela não o faria?

E sua última moda favorita foi definitivamente acessórios de pulso. Havia


um dispositivo que você conseguia envolver em torno de seu
pulso, e com uma simples puxada, desenrolar um pergaminho para a
convocação de armas em um instante. A conveniência era brilhante. Você
poderia realizar um assassinato em qualquer lugar, a qualquer hora. Era a mais
recente tecnologia de ponta.

Mas... Estava realmente tudo bem em ela ser daquele jeito?

Ela fez uma coleção de Armamento Ninja grande e variada o suficiente para
abrir sua própria loja, se quisesse, mas de alguma forma ela sempre acabava
comprando uma nova kunai antes de ela sequer perceber o que estava fazendo.

Kunais realmente eram os conceitos básicos de Armamento Ninja. Tenten tinha


fortes sentimentos por elas. Ela colecionava armas, tanto comuns como raras, mas
no final das contas, kunais eram sempre as
melhores. Ela colecionava tipos comuns e raros de kunai.

Bem, estava tudo bem com isso, não estava? Você nunca poderia ter
tantas kunais.

Primeiro havia aquelas raras kunai com gravuras sobre elas. Ela não conseguia
levar aquelas em missões. Elas eram uma obra de arte. Seria melhor mantê-
las em exibição em casa. Mas então, por essas kunais estarem em casa, ela
precisava comprar um pouco mais de kunais como suprimentos de missão. E
se aquelas acabassem se esgotando muito rapidamente, ela estaria em
apuros, então ela tinha que comprar um monte de peças de reposição também. E
então, bem, já que ela estaria comprando kunais de qualquer maneira, era
melhor comprar um lote de variedades diferentes de uma só vez para economizar
tempo, certo...?

Foi assim que Tenten acabou inconscientemente cobrindo uma parede inteira em
sua casa com sua coleção de kunais.

Ela estava incrivelmente satisfeita com ela. Ela olhava para a coleção
com satisfação e pensava ''bem, na missão de amanhã eu serei capaz
de acertar sem problemas todos os meus alvos".
Mas... Estava realmente tudo bem... em ela ser daquele jeito?

...Não era uma boa idéia.

Se ela continuasse assim e, por


exemplo, desse aquelas kunais customizadas como um presente, então todo
mundo, sem dúvida, iria dizer o seguinte:

"Kunais, de novo...?"

"Bem, é a Tenten..."

"Tenten se resume a kunais..."

As imagens de todos dizendo isso vieram até a mente de Tenten.

Isso afligia ela.

Eu não sou apenas uma mulher das kunais. Eu tenho uma guilhotina voadora
também, você sabe. Você está errado. Isso não é tudo o que eu sou.

Tenten começou a afiar outra kunai enquanto pensava.

Se ela conseguisse encontrar um presente de casamento que não seja


uma kunai customizada, algo adequado e elegante, então...

''Então você não se resumia a somente kunais...!''

"Uau, como esperado de Tenten!"

"Sabe, Tenten é alguém com um grande senso de beleza estética!"

Seria bom ter essas reações. Que tipo de presente de casamento iria
receber esses tipos de reações?

O casamento estava chegando em breve, então ela teve que ir


em absolutamente todos os lugares para tentar encontrar um bom presente. De
lojas que ela já tinha estado antes até grandes armazéns, ela achou que deveria ir
e dar uma boa olhada.

"Ughh, mas meus fundos são limitados..."

A guilhotina voadora havia custado caro. Mas era uma coisa especial - não podia
deixar de comprá-la.

"Se você está em dúvida, compre." Essa era a regra de Tenten que a
fez começar tal grande coleção de armas.

"Bem... então, para resumir..." Tenten fechou os olhos, e tentou pensar em


todos os detalhes na sua mente.
Realisticamente falando, ela tinha que pensar em seu orçamento
primeiro. Ela tinha que gerir adequadamente suas finanças se ela quisesse
comprar um presente. Em seguida, uma vez que ela queria pensar em um
presente que não fosse uma kunai customizada, ela tinha que pensar sobre as
características de uma kunai customizada, e pensar em presentes que
fossem completamente o oposto. Dessa forma, concluiu Tenten, ela pensaria em
algo bom.

Então, nesse caso, isso limitou suas opções de um presente de casamento para...

Tenten calmamente abriu os olhos.

"Algo que eu posso pagar com o meu orçamento limitado. Algo que dá os
sentimentos de uma jovem mulher. Algo que não mata pessoas... "

Isso seria...!

"Eu não tenho idéia do que seja isso!"

Não adiantava nada. A cabeça dela estava uma bagunça. Ela nem
sequer entendia mais o que estava tentando dizer.

A kunai que ela estava inconscientemente afiando em sua mão estava


agora maçante, mas brilhante. Ela não tinha estado prestando atenção e fez um
trabalho ruim.

O pensamento de ter que admitir que ela era uma mulher com nenhum
mérito além de Armamento Ninja fez Tenten se sentir horrível. Se ela não fizesse
alguma coisa, ela ia ter que...

Tinha que haver alguma coisa, outra coisa, não havia nada...?

E, naquele momento-

"Tenteeeeen! Tenteeeeeeen!"

Ela ouviu a voz de alguém chamando seu nome de longe. A pessoa soou como se
ela estivesse lentamente se aproximando. Ela sabia quem era antes mesmo de ele
entrar em seu campo de visão. A única pessoa que estaria correndo por aí com
uma voz tão alta de manhã tão cedo era Lee.

Mas quando a figura de Lee finalmente se aproximou dos campos de treinamento,


os olhos de Tenten se arregalaram para o estado dele.

"Tenteeeen!" Lee acenou com entusiasmo enquanto corria em direção a ela com
um sorriso. "Você já decidiu o presente de casamento?"

"Lee?!" Tenten explodiu. "Que diabos você está fazendo?!"

Lee estava inequivocamente vestido como uma mulher.

Uma dona de casa, de fato. Ele tinha mesmo ido tão longe a ponto de usar um
avental sobre o vestido. Ele parecia uma dona de casa de meia
idade chegando em casa das compras.

Era maquiagem aquilo que ele colocou no rosto?

Ele exagerou no pó- todo o seu rosto


parecia estranhamente pálido. E aquela mancha vermelha em sua boca
era batom? Ele até fez suas sobrancelhas ficarem maiores -não, pensando
bem, as sobrancelhas pareciam as mesmas.

De qualquer maneira, foi uma aparição repentina e


inesperada que Tenten absolutamente não entendeu.

Não havia nada de estranho em ser surpreendido por como Lee parecia. Se não
tivesse sido Tenten, mas alguém que não conhecesse Lee, a
pessoa provavelmente teria gritado com a visão dele.

Em cima de tudo, por algum motivo Lee estava levando um haltere em uma de
suas mãos.

Era além da compreensão. Neste ponto, não era tão confuso, mas assustador.

"O-o que é isso?! Por que diabos você está- "

"Eu peguei para a noiva, e Gai-sensei pegou para o


noivo!" Lee emotivamente respondeu, praticamente tremendo de emoção. "E
minhas roupas ficaram sujas de correr, então eu pensei que deveria ouvir os
ensinamentos de Gai-sensei e pensar mais sobre os sentimentos de uma
noiva! Então eu me vesti assim! E depois de fazer isso eu realmente tenho mais
certeza de que halteres foram definitivamente a escolha certa!"

Você me deu uma explicação, mas eu não entendi uma única


coisa!" Tenten retorquiu.

Por uma questão de fatos, ela ficou apenas mais confusa.

Por que travestir-se?

Pra que halteres?

Era tudo incrivelmente estranho.

Lee levantou o haltere e alegremente declarou:

"Gai-sensei e eu decidimos dar halteres como presentes de casamento! Tenten, o


que você vai lhes dar?"

Naquele instante, alguma coisa dentro de Tenten clareou.

Ela não entendeu, e ainda assim ela entendeu. Ela não compreendeu
como Lee acabara vestindo roupas de uma dona de casa, mas ela entendeu que
ele e Gai ambos pareciam ter a intenção de trazer halteres como presentes para o
casamento.

E nesse momento, todas as coisas que ela tinha estado preocupada sobre de
repente pareciam insignificantes. O interior de sua cabeça de repente
sentiu claro, como se uma névoa tivesse desaparecido.

"Eu vim para garantir que nossa ideia não era a mesma que a sua". Lee explicou,
sorrindo pela boca manchada de batom.

"Não, não é a mesma, afinal..." Tenten tentou manter uma expressão séria.

"Ah, então é assim? Estou feliz! Bem, então, eu vou continuar com meu
treinamento!"

"Arrumado desse jeito?!"

Tenten não conseguiu manter uma cara séria. Quando se tratava das palhaçadas
de Lee e Gai, mal era possível.

Ela observou Lee correr para fora dos campos de treinamento com a
mesma energia que ele veio.

Tenten se espreguiçou e soltou um suspiro.

E, com isso...

"Então será uma Kunai customizada!"

Ela não tinha mais nenhuma dúvida. Tenten estava muito confiante.

Por que diabos que ela tinha se preocupado? Em comparação com halteres, seu
presente estava excelente.

Ela se sentiu aliviada.

Ela estava bem do jeito que ela era, afinal.

"Tudo bem então, de volta ao treinamento, treinamento ~"

-------------------------------------------------------------

KA!

KA!

KA!

Os sons agradáveis de armas batendo em seus alvos começaraam a


soar novamente.
-------------------------------------------------
Os campos de treinamento habituais. Os alvos habituais. O método habitual de treino.

E seus sentimentos habituais


.
Esta era a vida cotidiana de Tenten.

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua

Konoha Hiden - Capítulo 03


Por BabyVy
Carne e Vapor
As chamas tremeluziam, piscando e balançando de um lado para o outro.

Eu me pergunto por que as pessoas sempre acham tão calmante ficar olhando
para o fogo?

Esse pensamento curioso entrou de repente na cabeça de Nara Shikamaru.

Era, provavelmente, algo que tinha começado gerações atrás, quando as pessoas
ainda estavam esperando a civilização acontecer. Naqueles dias, o fogo tinha sido
sempre um companheiro constante para as pessoas.

O fogo iluminava os seus arredores e mantinha a escuridão da


noite longe. Ele protegia as pessoas de ambosfrio e invasores estrangeiros. Ele
também tinha sido usado como um sinal, para encontrar a localização de
seus companheiros, e no caminho de volta para casa.

Anos e anos dessas atividades passaram para os genes das pessoas,


e certamente foi passado para o próprio Shikamaru. Foi por isso que, sentando na
frente das chamas quentes, ele sentia uma sensação calmante.

Esse sentimento foi transmitido na 'Vontade de Fogo" de Konoha.

De pai para filho. De filho para neto. De professor para aluno. De amigo
para amigo.

Seus sentimentos estavam amarrados uns aos outros. Conectados.

Talvez essa Vontade do Fogo tenha começado como uma pequena chama que
qualquer um poderia facilmente apagar.

Mas ela não havia desaparecido. Mesmo agora, ela ainda estava
sendo transmitida, de pessoa para pessoa, e ainda queimando brilhante.
Eram essas conexões abrangendo gerações que tornaram o fogo tão
calmante. Não importa quanto tempo passasse, cada célula no corpo
de Shikamaru estava marcada com as memórias daqueles que vieram antes
dele, e achavam que o fogo era tão confortante.

As pessoas usam o fogo para cozinhar alimentos e sentar-se em torno dele,


olhando para as chamas enquanto comem. Antes de elas perceberem o que
estava acontecendo, elas se reuniam em torno dele em grupos de entes queridos.

Naquela época, e agora, essa era uma visão que nunca mudou. Na verdade,
neste momento, Shikamaru estava sentado na frente de um fogo quente e
comendo uma refeição com seu melhor amigo, Akimichi Chouji.

Tagarelice. Risos. O som do tilintar das mesas. Acima de tudo, o som


de carne chiando enquanto era preparada.

Yakiniku Q.

Era um lugar usual para Shikamaru e o resto.

Quando se tratava de restaurantes de churrasco como esse, as pessoas


geralmente esperam que eles sejam lotados somente a noite, e não ser
tão ocupado durante o dia. Yakiniku Q era uma exceção, sempre
movimentado durante dia e noite. Sua carne era barata, e ainda por cima de alta
qualidade, então o restaurante era muito popular.

E isso significava que agora, na hora do almoço, Yakiniku Q não era diferente de
um campo de batalha.

Pedidos eram gritados de assentos por todos os lados, pedindo cerveja ou chá
oolong, utensílios sendo pegos pelos trabalhadores de
restaurante apressados. Eles estavam correndo ao redor da loja, circulando em
torno de todos os clientes com pressa. O lugar estava agitado.

Shikamaru estava assistindo o estado frenético dos trabalhadores pelo canto do


olho enquanto ele colocava um único pedaço de carne na grelha.

A cor vermelha profunda da carne quase parecia brilhar, a gordura brilhando como
uma pérola. A prova de que estava fresca. O som crepitante de dar água
na boca misturado com o cheiro delicioso flutuando no restaurante.

Shikamaru e Chouji decidiram almoçar aqui no lugar de sempre.

A decisão em si tinha acontecido há pouco tempo.

Shikamaru tinha saído para fazer algumas compras, e esbarrou em Chouji no


meio da estrada. Tinham começado a conversar.

Então Chouji disse: "É quase hora do almoço de qualquer maneira, então que
tal comer um pouco de carne juntos?" E aqui eles estavam, em seu ponto de
encontro habitual, Yakiniku Q.
Shikamaru tinha entrado na loja com a intenção de ficar lá brevemente,
como alguém faria em uma loja de chá, mas Chouji sempre fazia isso.

'Pouco de carne' ele disse- como se fosse! Chouji nunca se sentava sem
a intenção de dedicar-se a comer tudo o que podia.

O pedaço de carne na grelha de Shikamaru estava começando a ficar bom


e suculento. Ele estendeu a mão com seus pauzinhos e virou a carne. O lado de
baixo tinha sido muito bem grelhado.

Se a carne fosse grelhada por muito tempo, ela ia ficar muito dura. Você tinha
que vigiá-la cuidadosamente para se certificar de que ela não queime.

A maioria das pessoas gostava de deixar sua carne cozinhar por um período de
tempo decidido pelo instinto, mas um estudo de pesquisa recente concluiu
que essas pessoas geralmente acabavam assando sua carne por muito tempo.

...Ou, pelo menos, foi o que Chouji tinha dito a Shikamaru enquanto eles
estavam conversando.

O próprio Chouji, bem no meio da crítica para aqueles que queimavam as carnes,
comeu um pedaço de carne da grelha que ainda não parecia nada perto de
assada.

Chouji tinha a tendência de comer carne quando estava ainda muito perto
de crua. Shikamaru pensava que era melhor grelhar a carne um pouco mais.

Seu pedaço na grelha parecia estar quase pronto para comer. Assim
que Shikamaru estendeu a mão com seus pauzinhos, sua carne
foi arrancada diante de seus olhos.

Chouji. Ele pegou o pedaço e enfiou-o na boca com um grande som de felicidade.

"Essa era... minha carne..."

"Huh? Ohhhh, desculpe Shikamaru. Eu vi que estava pronta para comer, e antes
que eu percebesse, minhas mãos só..." Chouji parecia desculpar-se quando
percebeu que ele pegou a carne errada.

"Ah, bem, está tudo bem. Ainda há muito mais carne para comer, afinal de contas."

Assim dizendo, Shikamaru colocar outro pedaço de carne na grelha. Ele se virou
para Chouji com um largo sorriso, e disse:

"Afinal de contas, melhor você comê-lo a tê-lo queimado, certo?"

Chouji sorriu de volta para seu amigo, e depois voltou seu foco para mastigar a
carne em sua boca, acrescentando um pouco de arroz também.

"Esta carne é muito boa." Ele murmurou enquanto mastigava.


Shikamaru ficou olhando, querendo saber se Chouji tinha notado o momento
desprezível em que fez aquele comentário.

"Usar uma grelha movida a carvão é realmente difícil para


amadores." Continuou Chouji. "Então, quando se trata de cozinhar e comer um
monte de carne ao mesmo tempo, grelhadores a gás são os melhores. Eles
realmente escolheram um ótimo método para assar bem a carne."

Yup, Chouji era alegremente ignorante. Seu comentário tinha sido sobre o método
de cozimento da carne ser bom.

Enquanto Chouji falava, ele continuava devorando mais arroz, também. Ah, cara, a
este ritmo a tigela iria ficar vazia em segundos.

Shikamaru de alguma forma conseguiu acenar para um trabalhador


do restaurante no caos e pedir outra porção de arroz.

A coisa sobre o grande apetite de Chouji era que sentia bem vê-lo
comer. Observá-lo comer de alguma forma fazia Shikamaru se sentir
cheio também, mesmo que ele não tivesse comido tanto assim, e até mesmo teve
a sua própria carne roubada bem debaixo de seu nariz.

Era por isso que Shikamaru de alguma maneira sempre se


encontrava desnecessariamente se intrometendo para se certificar
que Chouji comia bem. No final, ele empurrou o segundo pedaço de carne que
ele ia colocar na grelha na direção de Chouji também.

Chouji manuseava seus pauzinhos com habilidade assustadora, e a


carne desapareceu em um piscar de olhos. Uma por uma, fileiras
de carne mal preparadas todas desapareceram nas entranhas da boca de Chouji.

Chouji parecia incrivelmente feliz depois de comer tanta carne. Acima de tudo, de
alguma forma ele tinha recentemente começado a parecer digno enquanto
come também.

Carne, arroz, carne, arroz, carne, arroz, carne, carne, carne... Chouji continuou
comendo sem parar, e enquanto Shikamaru assistia ao espetáculo, concluiu que a
nova impressão de dignidade era por causa do cavanhaque de Chouji.

Ultimamente, a aparência geral de Chouji tinha mudado um pouco.

A primeira coisa que chamava a atenção das pessoas quando olhavam para
ele era o cavanhaque. Não cresceu de forma absurdamente longa também, mas
era mantida agradavelmente curta e bem cuidada. Isso não era tudo. O cabelo
de Chouji tinha sido cortado um pouco mais curto. Ele dava a sua aparência
geral um olhar limpo, arrumado, e composto.

Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Era o cavanhaque. Quando


você juntava isso com seu cabelo e as outras diferenças em sua aparência, em
seguida, Chouji parecia um adulto respeitado, até mesmo para Shikamaru que
o conhecia há anos. Era por isso que havia uma nova dignidade à forma
como Chouji parecia quando comia também.
"Talvez eu devesse deixar crescer um
cavanhaque também..." Shikamaru murmurou enquanto se inclinava contra o
encosto da sua cadeira.

"Eh? Porquê você iria querer fazer isso?" Chouji momentaneamente ergueu os
olhos de seu comer frenético.

Por mais que ele parecesse como se tivesse se perdido em sua


comida, Chouji sempre ouvia atentamente quando Shikamaru estava
falando. Shikamaru reconheceu esse fato, e continuou falando.

"Ao contrário de você, eu pareço como se não tivesse mudado em nada desde
que era uma criança, não é?", Disse Shikamaru, tocando o rabo de cavalo no topo
de sua cabeça.

Shikamaru tinha sempre mantido seu cabelo assim, desde que ele era
criança. Era um rabo de cavalo simples, seus longos cabelos juntos
e amarrados acima de sua cabeça. Não era que ele estava determinado a
manter seu cabelo assim ou qualquer outra coisa. Era só que para
alguém tão inerentemente preguiçoso como Shikamaru, esta era a maneira mais
fácil de lidar com seu cabelo.

Se você tivesse que dizer que ele estava determinado a fazer algo,
então provavelmente seria que ele estava determinado a manter seu cabelo
e roupas tão simples e fácil quanto possível.

Mas então, não era como ele estivesse determinado a lutar para manter as coisas
fáceis até o amargo fim, ou qualquer coisa assim. Então você não poderia
realmente dizer que era porque ele estava determinado para que as coisas
sejam fáceis, também. Só acabou desse jeito porque ele realmente não se
importava.

Shikamaru não entendia as pessoas que faziam esforços ridículos para mudar a
maneira como eles pareciam, o tipo que passava por tantos problemas para
escolher cuidadosamente as suas roupase fazer-se superior.

Ele pensava que os melhores tipos de roupas eram aquelas que


você poderia descuidadamente vestir em qualquer lugar, a qualquer hora, do tipo
que permitem que você confortavelmente assistia nuvens ou tire um cochilo.

Quando ele era criança, Shikamaru costumava pensar "se eu pudesse, eu gostaria
de passar todos os dias apenas sentado na frente do fogo observando as
chamas".

Um garoto como esse era claramente diferente daqueles que se preocupavam


com o que o mundo ou a sociedade em geral pensava deles. Por isso, não é
surpreendente que ele normalmente não se preocupava com seu cabelo ou roupa.

Mas, vendo o seu melhor amigo de muitos anos de repente parecendo


um adulto tão digno deu a Shikamaru algo para se pensar.
Shikamaru tinha sido feito chuunin muito cedo, e da mesma forma se
envolveu com um monte de trabalhos a ver com a administração da aldeia. Por
exemplo, ele tinha sido feito supervisionador dos exames chuunin, e isso o
fez assistir a uma série de reuniões sobre eles, aldeia e outras coisas, e em
cada uma dessas reuniões, ele naturalmente era cercado por pessoas que
eram mais velhas que ele.

Desde que ele se viu encarregado de tarefas como essa, Shikamaru muitas
vezes encontrou-se pensando "olhe para isso como um adulto", "seja
composto como um adulto" ou "você tem que ser firme na sua atitude, como um
adulto deveria".

Shikamaru já possuía todas as características possíveis associadas a "comportar-


se como um adulto", mas, neste momento, de repente, ocorreu-lhe de comparar si
mesmo, que não havia mudado nem um pouco na aparência desde que ele era
jovem, com Chouji, de aparência madura, na frente dele. E que resultou no
comentário de Shikamaru sobre obter um cavanhaque.

"As pessoas sempre me dizem 'você não mudou, afinal' quando me


vêem..." Shikamaru resmungoureclamando, ainda comendo.

Chouji olhou para cima e inclinou a cabeça em confusão.

"Mas, quando dizem isso, provavelmente querem dizer do seu cabelo não
é?" Chouji fez uma pausa, olhando para seu prato vazio." Ah, Obachan¹, mais uma
porção por favor!"

Depois de gitar seu pedido, Chouji limpou a boca, e olhou para Shikamaru. "Se
você me perguntar, você mudou muito desde os velhos tempos."

"Sério?", Perguntou Shikamaru. "Eu pareço um adulto?"

"Sim. Talvez seja porque você veio de tantas importantes reuniões da


União Shinobi. Em comparação com o antigo você, seu rosto mudou
realmente. Eu acho que você está muito mais firme e competente agora. Sou eu
quem está dizendo isso, então não pode estar errado."

Chouji lhe deu uma enorme aprovação.

"Ah, agora que você mencionou, um monte de gente me diz que eu pareço
com meu velho."

Talvez o próprio Shikamaru não tinha notado isso porque ele via seu rosto no
espelho todos os dias.

Mas ainda assim, ele não podia evitar de pensar que se ele tivesse um
cavanhaque ele pareceria mais digno...

Shikamaru colocou a mão no queixo atualmente raspado e continuou pensando


sobre o assunto. Enquanto fazia isso, a carne do pedido de Chouji apareceu.
Era um enorme prato, mas a maioria das pessoas ficariam surpresas ao ouvir que
não era para eles dois. Esqueça o "dois", uma porção que mal era o
suficiente para Chouji. Isso costuma surpreender as pessoas também. Mas
então, ambos os trabalhadores e clientes regulares daqui estavam acostumados
com os hábitos alimentares de Chouji por enquanto, assim ninguém se
surpreenderia.

Quando todos nós viemos aqui pela primeira vez, pedimos esta
enorme porção também, não pedimos...

Os pensamentos de Shikamaru voltaram para o tempo logo depois que ele havia
se tornado um genin.

Seu time teve que comemorar aqui quando a primeira missão deles tinha
terminado com segurança também.

E depois disso, após o final de cada missão, eles usualmente vinham a este
restaurante.

Os quatro deles comeriam nesta mesma mesa e Shikamaru sentaria neste


mesmo lugar.

--------------------------------------------------

A companheira de equipe de Choji, Ino, estava gritando com ele.

"Hey ?!" Ela gritou: "Chouji, você comeu minha carne!"

"Cale a boca..." Shikamaru resmungou para o barulho que ela estava fazendo.

Foi um erro. Ino imediatamente se virou para encará-lo. "O que quer dizer
com calar a boca? É a minha carne! Então está dizendo que você vai preparar a
carne?"

Agora ele se tornou um alvo. Isso era ultrajante.

"O que é isso?" Shikamaru reclamou baixinho, colocando carne na grelha. "Por
que eu sou o único que tem de cozinhar tudo de novo? Ugh, problemático... "

Por que as mulheres em geral são tão agressivas? Shikamaru pensava sobre o
assunto enquanto virava a carne.

Para começar, havia a mulher mais próxima dele: sua mãe. Ela é ainda mais
agressiva do que até mesmo as mulheres normais eram, até certo ponto anormal.

O que diabos havia feito seu velho olhar para uma mulher tão assustadora
e pensar "Eu vou casar com ela"? Shikamaru absolutamente não
conseguia entendê-lo.

"Isso deve ser o suficiente, certo?"


A carne estava praticamente preparada. Com o comentário
de Shikamaru, Ino estendeu a mão com seus pauzinhos, um ar satisfeito em torno
dela.

Mas a carne desapareceu de repente.

Não era um fenômeno sobrenatural. Era Chouji. Ino jogou seus pauzinhos e
começou a gritar.

"De propósito, certo ?!" Ela gritou: "Você está fazendo isso de propósito!"

"Huh- Eu só vi a carne, então..." Chouji gaguejou.

"Não pense que você vai sair dessa fazendo comentários vagos!"

Ino pegou Chouji pela gola, ainda gritando. Desnorteado como ele
era, Chouji ainda não tinha soltado sua
bacia ou pauzinhos. Shikamaru resmungou que ele ia acabar grelhando a carne de
novo de qualquer maneira, e começou a colocar mais carne na grelha.

Era a cena de costume de seu time. E então...

Havia era uma pessoa alegremente vigiando os três.

Asuma.

-------------------------------------------------

Shikamaru voltou para o presente, e olhou para o lugar que Asuma uma vez
usou para se sentar.

Shikamaru, Chouji, Ino, e Asuma. Os quatro deles costumavam vir a este


restaurante depois de cada missão, e reunir em torno desta mesa.

No passado, Shikamaru tinha pensado que a vida ia sempre continuar assim.

Era absurdo imaginar todo mundo em um loop constante de juventude, mas de


alguma forma o eu passado de Shikamaru ainda pensava dessa forma. Ele
não tinha sido capaz de imaginar como seria quando crescesse.

Mas, o tempo passou, apesar de tudo isso.

Ino tinha se tornado mais feminina. O apetite de Chouji não tinha mudado, mas
ele deixou a barba crescer. Mesmo Shikamaru tinha mudado antes que
ele percebesse. E Asuma... não estava mais aqui.

Os quatro deles não poderiam estar juntos novamente.

Este restaurante, este assento, tudo estava profundamente tingido com


as memórias daqueles tempos felizes que Shikamaru não poderia voltar para.

Era porque ele não queria esquecer essas


memórias que Shikamaru continuava parando no restaurante, mesmo agora.

Quando Shikamaru estava rodeado pela fragrância familiar de carne assando, ele
poderia cair na alucinação onde aquele mesmo cheiro do tabaco estava no
ar também.

Asuma tinha sido um adulto.

O cavanhaque sempre cheirava a tabaco de todos os


seus incontáveis cigarros. Não importa qual a situação era, ele tinha sido
sempre calmo. Calmo e descontraído.

Asuma tinha ido em muitas viagens quando era jovem, então ele tinha um monte
de conhecimento, e sua habilidade como um shinobi era ainda maior. Ele era como
um pai, e ele era como um irmão mais velho. Sempre tinha levado Shikamaru e o
time para comer carne.

Pensando sobre isso, ele sempre lentamente empalidecia diante


da voracidade do Chouji, e remexia freneticamente em sua carteira para se
certificar de que ele tinha o suficiente.

Agora, Shikamaru e o restante pagavam as suas refeições com


suas próprias carteiras, com o dinheiro que eles tinham ganho por eles mesmos.

Shikamaru perguntava a si mesmo se tinha sido capaz de se tornar um


adulto que fosse ao menos um pouco como Asuma.

Shikamaru pegou o menu, virando as páginas e calculando o quanto ficaria a sua


conta e a de Chouji . Seria muito caro lidar com ela. Se eles a dividissem, então
ele poderia confortavelmente pagar.

Oh, cara, eu deveria comer um pouco mais enquanto eu posso...

Shikamaru olhou para a velocidade de Chouji ferozmente comendo, e estendeu a


mão para pegar um pouco de carne para ele.

"...Chomp, chomp, chomp... Obachan, outra porção!" Chouji gritou, a boca cheia
de chomp- não, er, carne bovina.

Chouji eventualmente parou de comer, por enquanto, pelo menos. Ele


parecia satisfeito, engolindo uma xícara de chá oolong de uma só vez. Quando ele
estava certo de que Chouji tinha começado a respirar
novamente, Shikamaru falou.

"Então, sobre o que estávamos falando antes, o que você vai fazer?"

"Huh? Sobremesa?"

Nós nunca conversamos sobre sobremesa, Chouji, nem uma vez.

"...Sobre os presentes de casamento de Naruto e Hinata ."


"Ohh, sim, isso."

Shikamaru suspirou. Chouji tinha esquecido?

Em primeiro lugar, Shikamaru tinha ido às ruas com a intenção de comprar um


presente de casamento. Ele esbarrou em Chouji por acaso, e, em seguida, eles
tinham começado a falar sobre o que deveriam dar.

Shikamaru ainda estava indeciso sobre o que ele iria dar como
um presente. Afinal, ele tinha que pensar em algo que
tanto Naruto quanto Hinata ficariam felizes com, e ele estava sem ideias.

Shikamaru não era inexperiente apenas com presentes de casamento, ele era
alheio para a prática de dar presentes em geral.

Nesse caso, seria melhor para ele falar com alguém que
não negligencie frivolidades sociais como essa. E enquanto ele estiver nisso,
seria melhor ouvir a opinião de uma mulher. Assim, Shikamaru tinha ido visitar Ino.

Flores Yamanaka. Esse era o nome da loja que a família de Ino administrava.

Quando Shikamaru foi falar com ela sobre o assunto,


Ino começou imediatamente a vangloriar que ela já tinha decidido seu
presente. Como se esperaria de Ino. Ela era muito bem informada quando se
tratava das últimas tendências e modas.

Como era de se esperar de um companheiro da


minha equipe, Shikamaru pensou, e sentiu-se aliviado.

"Se for esse o caso, então ficará tudo bem se eu comprar alguma coisa da mesma
loja como você." Ele disse a Ino. "Você pode me dizer onde ela fica?"

"Eh? Você não pode copiar a loja. Esqueça."

E assim, apesar de serem companheiros que tinham


enfrentado batalhas mortais juntos, Shikamaru foi imediatamente abandonado.

Depois disso...

"Eu desisto..." Shikamaru resmungara enquanto vagava por aí,


examinando as lojas da vila. Ele esbarrou em Chouji em um dos cruzamentos, e se
viu onde ele estava agora, no Yakiniku Q.

Mas, aparentemente, Chouji tinha esquecido toda a história na


sua loucura pela carne. Mesmo agora, ele estava tomando um
sorvete. Quando Chouji ordenou sorvete? Shikamaru nem sequer tentou descobrir
isso. Havia algumas coisas sobre Chouji que estavam além da compreensão.

Honestamente, quando se tratava do assunto de encontrar um presente de


casamento, a opinião de Chouji talvez não fosse ser tão confiável quanto a de Ino.
No entanto, enquanto Shikamaru estava preocupado com o presente de
casamento, Chouji estava perfeitamente à vontade.

"Na verdade, eu mais ou menos decidi..."

A resposta de Chouji foi tão inesperada que Shikamaru pulou em seu assento.

"Você realmente decidiu?! O que você vai dar para eles?"

"Sim." Disse Chouji, tirando para fora um pedaço fino e retangular de


papel. "Estou pensando em dar isso a eles."

Chouji deslizou o item sobre a mesa, e Shikamaru o pegou para que ele não se
molhasse.

"Isto é..."

Shikamaru não podia acreditar em seus olhos. Era um bilhete para uma refeição
gratuita a um dos restaurantes Ryotei² mais caros de Konoha.

"Os jovens adultos como nós normalmente não vão a lugares como esse",
disse Chouji, com um sorriso. "Mas já que é um presente de casamento, dá certo."

Era exatamente como Chouji disse. Este restaurante era extremamente formal
e extremamente caro, por isso muitos jovens não costumam ir lá. Mas um
ingresso para uma refeição gratuita lá, como presente de casamento, era uma
coisa puramente brilhante.

Era uma chance para o casal ir a algum lugar que eles não vão frequentemente, e
era um presente de casamento planejado que ambos iriam gostar. Não
poderia haver outro presente de casamento tão planejado como esse.

Mas, embora possa ter sido um presente de casamento incrível, como


poderia Chouji tão facilmente desistido de uma refeição, e uma de classe alta,
para isso?

Chouji, você é realmente o mesmo cara que eu conheci...? Você realmente se


tornou muito mais adulto do que eu jamais teria percebido.

Shikamaru encarava alternadamente o bilhete elegante em suas mãos, e depois


para o rosto de Chouji enquanto ele alegremente tomava o sorvete. Ele
estava pasmo.

Chouji continuou comendo seu sorvete sem estar consciente do olhar de seu
amigo. Pouco tempo depois, ele começou uma segunda tigela.

"Além disso, ela veio nesse bom momento", disse Chouji enquanto ele
lambia. "Aquela refeição para três..."

No começo, Shikamaru não entendeu o significado por trás do que Chouji tinha
dito. Um momento se passou, e finalmente compreendeu. Suor apareceu na testa
de Shikamaru.
"Você não poderia possivelmente..." Shikamaru perguntou humildemente,
sentindo-se chocado por uma razão completamente diferente. "Você não
vai... comer... com eles...?"

Chouji ergueu os olhos de seu sorvete com uma grande risada. "De jeito
nenhum. Mesmo que seja eu, eu não estou prestes a invadir uma refeição entre
dois recém-casados".

"Ce- certo... sim, isso seria...".

"Eu vou pedir um favor para o proprietário, e comer em uma mesa separada."

"... Sério?"

Sem pensar, Shikamaru olhou para o teto. O ventilador de teto girava sem parar,
como sempre.

-------------------------------------------------

O ventilador de teto que continuou a girar de forma constante em silêncio. Chouji,


que continuou a silenciosamente, mais determinadamente comer seu sorvete.

Logo, a hora do almoço já tinha passado, e os clientes no


restaurante eram poucos. A paz tinha voltado novamente para Yakiniku Q.

Ouvir o som fraco do ventilador de teto girando na


loja agora tranquila, Shikamaru continuou se preocupando por ele mesmo.

Uma refeição gratuita de classe alta.

Esse era o presente que Chouji tinha preparado. Definitivamente não tinha
nenhum lado negativo nele.

Mas...

Enquanto ele não poderia ter tido seu lado negativo, por que no mundo era
para três pessoas? Esse restaurante ryotei deveria ter pensado no quão
frequentemente casais gostariam de ir e ficar sozinhos, amantes sem
interrupções. Tinha aquele ryotei nada de senso comum? Se fossem três pessoas,
então é claro que Chouji iria acabar indo...!

Shikamaru, por dentro, criticava as políticas de um restaurante que ele nunca tinha
estado antes com um olhar azedo em seu rosto.

Sua mente imaginou Naruto e Hinata ficando vestidos para a


oportunidade incomum de comer em um restaurante ryotei de classe alta.

E, então, no banco atrás deles. Chouji. Pedindo uma segunda porção


de comida enquanto ele os observava atentamente.

... Aquilo ia realmente dar certo...?


Não, agora mesmo, Chouji estava bem como estava. De certa forma, era um
presente bem a cara de Chouji. Neste momento, o maior problema era o próprio
Shikamaru, que ainda não tinha pensado em nada. Ele tinha que dedicar o seu
pensamento em ter alguma ideia.

Shikamaru se endireitou em seu assento, e silenciosamente fechou os olhos.

Sempre que Shikamaru estava pensando profundamente sobre algo –por


exemplo, no seu próximo passo no seu jogo favorito de shougi³, ou em uma
estratégia complicada no meio de uma de missão– ele tinha o hábito de sentar-
se de determinada maneira enquanto pensava. Ele não intencionalmente tentava
ficar naquela posição. Acontecia naturalmente. Era a posição em que
ele conseguia pensar melhor.

Assim sendo, ninguém teria jamais esperado que Shikamaru acabaria


recorrendo à sua posição de pensamento no meio de Yakiniku Q. Ele mesmo não
tinha jamais esperado que as coisas iriam chegar a isso.

Shikamaru organizou seus pensamentos dentro de sua cabeça. Algo que seria
adequado como presente de casamento... várias
possibilidades e opções flutuavam através de sua mente.

Em primeiro lugar, seria melhor se o presente fosse algo prático e útil. Utensílios
de cozinha, ou panelas. Um bom presente seria algo que o casal ainda não
possuía.

Louças eram popular ultimamente, não eram? Tigelas combinando para um


casal usar eram uma boa opção possível.

Relógios talvez, ou uma moldura para as fotos do


casamento também. Eles pareciam corresponder ao padrão. Presentes que
poderiam servir como memórias felizes de seu casamento eram
bons. Mas eles também tinham que ser presentes que prenderiam o interesse
de ambos.

De qualquer maneira, ele não poderia comprar o mesmo presente que outra
pessoa. Afinal, Ino fez umescândalo sobre conseguir algo até mesmo da mesma
loja, então obter o mesmo presente que alguém seria logicamente tão ruim
quanto, se não pior.

O casamento era em breve, então talvez dar um grande buquê iria funcionar como
um presente? À sua maneira, era uma coisa bem do tipo "presentes de
casamento".

Havia também a opção de dá-los comidas. Ingredientes de alta classe,


como doces ou chá, estes seriam felizmente recebidos, não? Mas, então, parece
que isso iria acabar sendo semelhante ao presente de Chouji, a refeição de alta
classe.

Mas não, honestamente, seria bom se ele acabasse dando-lhes um vale-


presente de qualquer tipo como o de Chouji, não seria? Ele poderia ganhar um
vale-presente em um grande armazém. Ele só teria que comprar o suficiente de
coisas que gostava, e seria fácil escolher coisas que ele gostava... Mas então
como é que ele pagaria a compra do suficiente para ganhar um vale-
presente... Dinheiro era... dinheiro...

Shikamaru abriu os olhos lentamente. Chouji ainda estava tomando sorvete.

O que fazer...

No final, uma palavra veio para flutuar de forma pragmática na sua mente:
dinheiro.

Era um bom lado para se concentrar. Ao invés de dar ao casal algo que não iriam
usar, ou algo que era semelhante ao presente de outra pessoa, era muito
melhor lhes dar dinheiro para gastar em qualquer coisa que quisessem.

Mas, em seguida, havia o pensamento de como seria se todo mundo desse


a Naruto e Hinata presentes, e em seguida, Shikamaru só ia tipo "aqui está" com
um envelope de dinheiro.

Já que sou eu, então eles provavelmente pensarão que eu achei que comprar um
presente era muito problemático, e recori a dar dinheiro por
preguiça, não pensarão...?

Ele estava preocupado com essa possibilidade.

Na realidade, era provável que ninguém pensaria em tal coisa. Mas,


honestamente, dar dinheiro era uma escolha de
presente incrivelmente monótona. Parecia que não tinha nenhuma sinceridade.

Estaria tudo bem em dá-lo a alguém que eu mal conhecia, mas para eles...
não ficaria bem, não é?

Shikamaru ainda estava se preocupando sem parar. Da mesma


forma, Chouji ainda estava comendo sem parar.

"Você comeu um monte." Shikamaru repentinamente notou as inúmeras taças de


sorvete amontoadas na frente de Chouji. "Você não sente frio, afinal?"

"É uma sensação agradável e fresca depois de comer todo


aquele churrasco quente. Além disso, eu sou o tipo de cara que viajaria no País da
Neve e ainda assim iria e compraria sorvete para tomar. Meu apetite não
perde para o frio". Chouji sorriu para seu amigo, e quando ele terminou sua
última taça, finalmente parecia contente. "Gochisousama4."

Espere. Espere um minuto. Agora. Agora mesmo, algo tinha brilhado dentro da
cabeça de Shikamaru.

"Chouji... o que foi que você disse?"

"Huh? Bem, eu disse gochisousama... "


"Não. Antes disso. Sobre viajar no País da Neve."

"Ah, sim, eu disse que eu ainda comeria sorvete mesmo se eu estivesse


viajando no País da Neve. Mas você sabe que eu estava apenas dando um
exemplo?"

"É isso." Shikamaru parecia encantado enquanto apontava


para Chouji. "Viajar. Uma viagem. Isso é bom, não é? Uma viagem para a lua de
mel...!"

Shikamaru e Chouji deixaram Yakiniku Q sem qualquer próximo destino específico


em mente. Eles estavam apenas andando por aí sem rumo. Não importava se
eles tinham ou não um objetivo em mente. Shikamaru estava finalmente livre de
suas preocupações sobre o que presentear.

"Entendi, você vai dar para Hinata e Naruto uma viagem de lua de mel como um
presente, certo?"

"Sim, Chouji. Graças a você, eu finalmente pensei em uma boa idéia."

Agora, tudo que Shikamaru tinha que fazer era escolher o destino. Então, ir e dar
uma olhada para garantir que tudo era de boa qualidade.

Ah. Ele ia ter que pedir a opinião de uma mulher de novo, não ia?

Onde ele seria capaz de encontrar Ino? De acordo com o que ela disse quando
ele a visitou anteriormente,sobre pensar em um presente, ela
provavelmente estaria em seu caminho para comprar seu presente de
casamento...

Enquanto ele e Chouji caminhavam, Shikamaru começou a olhar para as vitrines.

"Você está procurando alguém, Shikamaru? Eu posso ajudar."

"Sim, eu preciso ouvir a opinião de uma mulher. Ino o faria se ela estivesse por
perto".

Dito isto, Konoha era uma cidade enorme.

O fato de que Shikamaru e Chouji tivessem conseguido se


encontrar enquanto apenas andavam por aí, sem o mesmo destino em
mente, tinha sido uma grande coincidência. Se eles agora conseguissem esbarrar
em Ino, então seria uma coincidência atrás da outra, para toda a
combinação do Time 10, o Ino-Shika-Chou, ser reunida em um só local.

As chances de eles esbarrando um no outro sem qualquer


comunicação prévia eram, obviamente, praticamente zero até nenhuma. Mesmo
se uma reunião tão coincidente de amigos tivesse acontecido em uma peça de
ficção ou filme, o público teria criticado severamente, chamando de uma série de
coincidências impossíveis.
Assim que Shikamaru pensou isso, Chouji soltou um murmúrio.

"Oh, olha quem está aqui."

"Você está de brincadeira comigo, né?!" A voz de Shikamaru aumentou a um


volume histérico em sua surpresa.

A realidade era de fato uma coisa incrível. Coincidências surpreendentes que


pareciam sair de romances, como colegas de equipe se
reunindo aleatoriamente, acontecia o tempo todo.

No entanto, a visão que saudou Shikamaru depois que ele deixou escapar o grito
de surpresa foi uma coincidência que iria atordoá-lo ainda mais.

A linha de visão de Shikamaru o deixou olhando para a parte de trás da cabeça de


uma mulher. Seu cabelo não chegava até os joelhos como o de sua companheira
de equipe. O cabelo desta mulher era um pouco curto, e amarrado dos dois
lados. Ela era uma pessoa completamente diferente, e a visão dela fez os olhos de
Shikamaru arregalarem contra sua vontade.

A mulher na frente deles era um jounin da vila aliada de


Konoha, Sunagakure... Temari.

Muitas pessoas estavam sempre indo e vindo de Konoha, e não apenas shinobi de
outras aldeias como Temari. Havia shinobi vindo para
receber missões, shinobi retornando de missões, clientes que deram missões, e
uma grande variedade de outras pessoas. Havia um fluxo contínuo
de visitantes indo e vindo.

Claro, isso não significa que qualquer um podia entrar. Aqueles às portas da
vila sempre mantinham os olhos abertos procurando pessoas suspeitas ou objetos
perigosos, inspecionando e questionando os visitantes.

Temari, por exemplo, era uma kunoichi de outra aldeia que carregava
um grande tessen nas costas. Era sua arma escolhida preferida, um leque
de guerra que a deixava criar uma rajada de vento devastadora com um balanço.

Mas, perigosa como sua arma, Temari era uma kunoichi de uma vila aliada, e
houveram anos de confiança e de cooperação entre ela e Konoha, então lhe foi
dada naturalmente uma autorização para trazer seu tessen dentro dos limites da
cidade. Ela também passou facilmente através da entrevista para obter um passe
de visitante, que tinha sido emitido há muito tempo.

Essa mesma Temari agora se virou por causa do grito surpreso de Shikamaru , e
notou os dois. Seus olhos encontraram os de Shikamaru.

"O que, então foi você quem gritou. O que está fazendo?"

Shikamaru tinha soltado tal grito histérico porque ele tinha sido surpreendido com a
coincidência de Chouji supostamente encontrar Ino.

Agora, ele fez o seu melhor para responder a pergunta de Temari em tom sereno
e calmo, apesar de como o interior de seu coração parecesse estar tremelicando.

"O-oh sim. Nós só estávamos almoçando e depois... bem, deixando isso de lado, o
que você...?"

"Eu estou andando por aí para dar minhas saudações antes das reuniões do
Exame Chuunin."

"Exames Chuunin? Nós ainda temos um longo caminho pela frente até que eles
comecem, não é?"

"Bem, você poderia dizer que este ano nós estamos tendo reuniões sobre as
reuniões." Temari deu um sorriso irônico. Ela tinha um monte
de tarefas problemáticas para realizar.

Temari era a filha do Yondaime Kazekage, e irmã mais


velha do atual Godaime Kazekage. Ela era uma pessoa astuta e competente
que ajudava seu irmão mais novo com suas florescentes atividades de
diplomacia com outras aldeias. Como hoje, ela casualmente ia e vinha
para Konoha para participar de reuniões de planejamento dos exames Chuunin.

Shikamaru foi um pouco mais perto de Chouji, de modo que Temari não
conseguisse ouvir, e sussurrou em seu ouvido.

"Ei, Chouji! Por que você foi e disse 'olha quem está aqui'? Eu pensei que
era definitivamente Ino então eu acabei..."

"Mas você disse 'opinião de uma mulher', por isso não faz diferença nenhuma,
certo...?"

"I-isso é tecnicamente verdade, mas..." Shikamaru olhou para Temari.

Temari era a melhor usuária de vento em Sunagakure. Não, ela era provavelmente
a melhor usuária de vento de todo o mundo dos shinobi, ou se
não, segunda. Ela se destacava por suas realizações de diplomacia e educação
de shinobi em áreas não-combatentes, mas sua personalidade era militante. Ela
era audaciosa e corajosa no coração, e geralmente adequada para o campo de
batalha com a sua atitude beligerante.

Era provavelmente por causa de sua personalidade ser assim que ela ia tão
bem na política, mas estaria realmente bem em perguntar para Temari, uma
mulher que despertava vendaval após vendaval para acabar com inimigos no
campo de batalha, a sua opinião sobre uma lua de mel para Naruto e Hinata? Sua
personalidade era completamente diferente da de Hinata.

Temari era de temperamento forte e constantemente cuidava dos outros,


e ambas essas qualidades faziam dela o mesmo tipo de mulher que a mãe
de Shikamaru. Não era provável que ela iria pensar em algo
que alguém manso como Hinata gostaria.

Assim sendo, a personalidade de Ino era diferente da de Hinata também. Mas,


Ino foi a colega de classe de Naruto e Hinata desde a infância, então consultá-
la parecia mais fácil.

Ino provavelmente ficaria feliz em dar um conselho sobre a lua de mel de


Naruto e Hinata. Ela era o tipo que apontava as mais recentes tendências e tudo
mais.

Mas a reação de Temari ao pedido de conselho, aquilo era algo


que Shikamaru não conseguia imaginar.

"O que, uma lua de mel?" Temari disse com desprezo, seus olhos perdendo seu
calor. "Você com certeza está me perguntando sobre algo trivial."

Essa era a única reação que vinha à mente de Shikamaru.

"Para quê vocês dois estão se esgueirando?" Temari tinha um olhar de dúvida em
seu rosto. "Vocês parecem suspeitos."

Ele tinha que rapidamente, de alguma forma, consertar a situação, mas-

"Shikamaru quer lhe perguntar sobre uma coisa."

Mas Chouji agiu primeiro.

"Bem... você..." Shikamaru ficou afobado enquanto Temari virava seu olhar para
ele.

Ele não poderia dizer algo como "seria irracional de mim se eu lhe perguntar
sobre o planejamento de uma lua de mel, certo?". Não havia escolha senão ser
franco sobre isso.

"Bem, isso é, eu quero dizer..." Ele continuou gaguejando.

Por alguma razão, ele ficou tenso. Shikamaru sentiu-


se estranhamente envergonhado. Ele não conseguia nem olhar Temari nos
olhos. Finalmente, ele deixou escapar:

"... Eu estive pensando sobre isso, mas, para uma lua de mel, onde você acha
que é melhor?"

"Eh ?!" Temari deixou escapar um som de choque.

"O quê foi?!" Surpreendeu-se com a reação dela, Shikamaru conseguia olhar em
seu rosto agora, encarando.

"Você- is- lu- lua de mel... ?!"

Temari não iria olhar para ele.

Viu, ele estava certo, afinal, perguntar para ela era rude e ofensivo. Claro que
Temari seria perturbada se ele lhe pedisse para ajudar com a escolha do presente
de casamento de Naruto e Hinata. Mesmo Shikamaru tinha tido problemas com
ele, e Naruto era seu colega de classe...
Ugh, Chouji, você não deveria ter se intrometido. Shikamaru olhou para o homem
com vários comentários relutantes em sua língua. Chouji fingiu não
perceber e desviou o olhar para ver uma vitrine.

Enquanto olhava desagradavelmente na direção do


homem, Shikamaru tentou mudar a situação.

O resultado final foi que o estrago já tinha sido feito, então era melhor ouvir a
sua opinião.

"Desculpe." Shikamaru se desculpava. "Eu sei que é inesperado, mas eu


quero saber o que pensa sobre isso."

"Po- por que perguntar sobre is- isso para mim?" Temari parecia
incrivelmente confusa e perturbada. Era perfeitamente compreensível.

"Bem, eu acho que seja porque eu pensei que perguntar-lhe seria melhor..."

Bem, ele não poderia dizer "qualquer um serve contanto que seja uma
mulher " quando ela parecia estar considerando isso
seriamente. Seria incrivelmente rude. Mesmo Shikamaru sabia disso.

"Per-perguntar seria melhor..." Ela repetiu.

Por alguma razão, Temari estava olhando para


baixo e desconfortavelmente inquieta. Shikamaru estava convencido de que era
porque ela estava incomodada com a pergunta. Isso não era bom. A este
ritmo, não haveria progresso. Seria melhor dar a sua opinião primeiro.

"Eu acho que seria bom relaxar em uma pousada com fontes termais, mas o que
você acha? Não soa muito à moda antiga?"

"Eu... parece bom..."

"Tudo bem, ótimo. Estou feliz. Uma parada pelas fontes termais com boa comida é
o melhor, huh."

Temari tinha aprovado a sua ideia. Shikamaru podia sentir toda a


sua preocupação esvaindo. Ele esteve se preocupando toda a manhã, e agora ele
finalmente deu um sorriso aliviado. Seria um presente de casamento ótimo
para Naruto e Hinata.

Temari, por outro lado, parecia como se sua compostura tivesse sido perturbada.

"Não me diga que você ainda tem que tratar de alguns negócios...?" Ele
perguntou.

Isso era provável. Temari tinha vindo aqui a negócios depois de tudo. Ela
provavelmente estava incomodada porque ele a mantinha
ocupada com esta conversa.
"Ah, não, eu acabei tudo por hoje... Eu estava prestes a ir para casa."

"...?"

Ela não tinha quaisquer tarefas para realizar, mas ela


estava inquieta. Shikamaru inclinou a cabeça, confuso com a resposta
dela. Temari estava agindo estranho hoje. O que poderia estar causando isso...?

"Seria melhor checar algumas pousadas mais tarde,


certo?" Chouji sugeriu, e Shikamaru se puxou para fora desses pensamentos para
se concentrar de volta no problema do presente.

"Isso é verdade." Shikamaru assentiu. "Seria melhor ir e dar uma boa olhada o
mais rápido possível."

"Ainda é muito cedo, por isso até indo hoje mesmo iria dar certo, não?"

"Sim. Provavelmente seria melhor fazer isso".

"Então", Chouji disse, "Eu estou indo comer algumas castanhas doces,
então vocês dois devem ir dar uma olhada."

"Eh?!" Shikamaru e Temari ambos exclamaram ao mesmo tempo.

Confuso, Shikamaru olhou para o amigo.

"Cho- Chouji...! O que quer dizer que você não está vindo com... ?!"

"Mmm, desculpe Shikamaru. Eu tenho que comer sobremesa após as refeições."

"Você acabou de comer!"

"Tenho um lugar separado para sobremesa."

"Eu estou dizendo a você, você acabou de comer sobremesa!"

Enquanto eles continuavam trocando respostas, Shikamaru olhou para Temari. Ela
provavelmente estava zangada com o comportamento egoísta repentino
de Chouji também, porque seu rosto estava lentamente ficando vermelho
brilhante.

Oi, oi, oi5, esta não é hora para piadas. Chouji, mude de ideia. As mulheres
não são feitas para ficar com raiva, vai sempre acabar se transformando em
uma situação problemática, eu aprendi isso quando eu era criança!

Shikamaru estava desesperadamente tentando comunicar estes


fundamentos com os olhos, mas Chouji não mudava de ideia.

"Você estão verificando para uma lua de mel, então seria melhor se você dois
fossem por si mesmos."
Chouji disse tal coisa com um sorriso largo.

Ele estava cheio de razão demais para Shikamaru argumentar contra. Qualquer
um concordaria que faria mais sentido para um homem e uma mulher irem
verificar uma pousada previamente, em vez de dois homens. Dessa forma,
você tem o ponto de vista da noiva e do noivo.

Mas, agora, com Temari reagindo de maneiras que Shikamaru não entendia, e seu
rosto parecendo vermelho brilhante que tinha que ser raiva, ir sozinho com
ela seria...

Shikamaru sentiu seu rosto perdendo a cor.

"Bem, então, eu vejo vocês dois mais tarde." Disse Chouji, começando a
andar. "Eu estou indo ."

"Ah..." No momento em que Shikamaru pôde fazer um som, já era tarde demais.

Chouji apenas olhou por cima do ombro para seu amigo, acenou com a mão, e
depois desapareceu na multidão.

Shikamaru ficou completa e totalmente embasbacado.

Por quê Chouji...? Por que você quer tanto comer castanhas...? Mesmo que você
tenha comido tudo aquilo de sorvete, por quê...? Será que o
seu estômago não tem fim...?

Aqueles eram os pensamentos fluindo através de sua mente dormente, atordoada.

Mesmo que as ruas de Konoha estivessem sempre movimentadas e ativas, o lugar


onde Shikamaru e Temari estavam parecia estranhamente inativo. Era quase
como se eles tivessem uma barreira ao redor deles. Ambos estavam envoltos
em um silêncio denso.

Shikamaru estava assustado demais para olhar Temari nos olhos.

"Uh..." Sua boca se moveu contra sua vontade. "Como é que eu... o que você quer
fazer...?"

Essas foram as palavras que saíram da boca dele.

Eu sou um idiota.

Mas, logo então...

Shikamaru sentiu um puxão brusco em sua manga.

"... Podemos ir." Temari disse calmamente, sem olhar para ele.

--------------------------------------------------------------
Como a atmosfera ficou assim?

Em pouco tempo, Shikamaru e Temari tinham feito seus caminhos para onde a
cidade termal de Konoha era.

No caminho, eles não tinham conversado muito.

Shikamaru tinha tentado começar uma conversa para ver como ela reagiria,
mas as respostas de Temari tinham sido curtas e breves, e a
atmosfera inquietante entre eles continuou.

Por que há uma tensão tão intrigante...?

Shikamaru desviou os olhos para a frente, para que ele não encontrasse com os
olhos de Temari, sentindo o suor em sua testa. Ele tentou analisar objetiva e
calmamente a situação.

Para começar, não era incomum para ele e Temari estarem sozinhos juntos. Pelo
contrário, era comum. No passado, ele guiou-a ao redor da aldeia, e eles tinham
ido às reuniões do trabalho juntos. Ele tinha mesmo ido fora de
seu comportamento normal e chamou-a para um encontro.

Bem, ele disse encontro, mas no final eles haviam feito as mesmas coisas
que faziam de costume, falando de coisas leves até que de alguma
forma começaram a falar sobre o trabalho sem perceber. Mas, naquela época, as
coisas não tinha estado nem perto do quão tenso estavam agora.

Pelo contrário, todo o dia de seu encontro não tinha sido ruim, afinal.

Apesar de tudo isso, por que as coisas estavam tão tensas hoje? Por que a
atmosfera sentia tão tensa? Por que Temari não estava falando com ele?

Shikamaru desesperadamente quebrava a cabeça para achar respostas.

A causa mais provável era que, no fundo, Temari sentia-se farta de ser arrastada
para coisas problemáticas. Ele havia perguntado a ela sobre seus planos para o
resto do dia, e depois de dizer que ela não tinha nenhum, não havia
nenhuma maneira para ela educadamente recusar a vir, então agora ela
estava irritada com os problemas que ela teve que passar. Era por isso que as
coisas estavam diferentes hoje. Era por isso que ela não estava falando muito.

Mas, se você olhasse para o começo de tudo, isso era tudo culpa
de Chouji. Chouji e seu súbito, inexplicável desejo de seu estômago por castanhas
doces. E, além disso, era culpa de Chouji por trazer à tona a
sugestão intrometida "seria melhor se vocês dois fossem por si mesmos" e, em
seguida, desaparecer. Se ele não tivesse feito essas coisas, então neste momento
ele e Shikamaru, ou apenas o próprio Shikamaru, estariam fazendo o "check
up" em uma pousada aleatória.

Eu nunca imaginei que iria acabar vindo aqui com Temari...


Foi uma reviravolta de acontecimentos que ele nunca teria sido capaz
de imaginar acontecendo nesta manhã. Ele nunca pensou que ele iria
comer yakiniku com Chouji, e, em seguida, esbarrar em Temari, e depois
acabar nesta situação.

Isso deve ter sido aquele ditado sobre como "shinobi devem olhar debaixo
do embaixo", mas isso era algo que ninguém poderia ter imaginado. Poxa vida, o
mundo estava além de previsão.

Enquanto Shikamaru ponderava, ele e Temari atravessavam uma ponte de


madeira. Havia um rio fluindo abaixo dela, com uma leve camada de vapor saindo
dele. Era o rio de uma fonte termal. Havia um cheiro ligeiramente enjoativo na
água, meio que semelhante ao dos ovos. Era o sulfeto de
hidrogênio que estava misturado na água da fonte termal.

A origem era o cinto vulcânico no qual Konoha estava localizada no topo. Uma
boa quantidade de fontes termais estavam presentes nesta área, tanto que nos
velhos tempos as fontes termais eram conhecidas como uma área de cura
para shinobi feridos. Agora era um ponto turístico para atrair pessoas de
dentro e fora da aldeia.

Eles estavam passando por um monte de tais turistas enquanto viajavam.

A maioria dos turistas geralmente estavam vestidos com yukata, com sandálias
geta de madeira ou com sola de couro e roupas que tinham o nome da pousada ou
instituto em que eles estavam se hospedando. Esse parecia ser o código de
vestimenta geral da cidade. Era bom para visitar as fontes termais, ou apenas
andar.

Saúde e entretenimento. A cidade tinha, obviamente, desenvolvido através da


combinação dessas duas coisas, e muitas outras que poderiam ser encontradas
em pousadas. Restaurantes, centros de jogos, lojas de souvenirs e várias outras
lojas estavam enfileiradas ao redor. Outra coisa agradável desta cidade seria
apenas dar uma caminhada ao redor e visitar todas elas.

Shikamaru e Temari tinham passado por um monte de tais lojas. A maioria


das lojas tinham cestos de palha onde bolinhos de carne, que haviam
sido cozinhados com o vapor das fontes termais, ficavam em fileiras, com
aparência agradável e bonita. Lojas de souvenirs tinham postais e esculturas em
madeira destinadas a turistas, junto com mercadorias shinobi. Aqui e ali, você
conseguia ver sacos e garrafas que estavam recheados com depósitos
minerais das fontes termais também. As fontes termais eram uma fonte de
renda verdadeiramente valiosa para a cidade.

Shikamaru estava à procura de uma pousada para verificar no meio de


todos os estabelecimentos. O sol já estava se pondo no oeste, e em um curto
espaço de tempo, a noite viera.

As lanternas na frente das lojas e edifícios começaram a acender, uma por


uma. Suas luzes eram as únicas iluminações na cidade depois que escureceu, e a
visão de todas aquelas lanternas iluminadas em meio à escuridão, e tufos de vapor
que envolviam a cidade, era bastante impressionante.
"Isso é incrível..." Temari murmurou.

"Sim..." Shikamaru calmamente concordou. Então, ele se virou para ela. "...Ei, nós
passamos toda a dificuldade para vir até aqui, então que tal nós darmos uma
passada nas lojas da cidade?"

Temari finalmente havia falado por vontade própria quando ela comentou sobre a
paisagem. O belo cenário da cidade parecia ter diminuído a
tensão. Shikamaru queria tirar proveito disso e se livrar da
tensão completamente. Eles haviam passado toda a dificuldade para vir
aqui, depois de tudo. Não é como se eles estivessem prestes a ser punidos pelos
céus por visitarem uma loja ou duas.

"Você está certo". Disse Temari, olhando em volta. "Então... que tal essa loja?"

A loja que ela estava apontando para era pequena, com um cartaz que dizia "tiro
ao alvo" na frente. Parecia o tipo de lugar que tinha três kunai de madeira
para você jogar e atingir vários prêmios em prateleiras, e se você conseguir
derrubar um prêmio, então você pode tê-lo.

"Tem certeza que está bem com isso?" Ele perguntou.

"Sim. Eu queria tentar esse tipo de coisa uma vez."

Eu realmente não entendo, mas parece que os espíritos dela estão de volta ao
normal...

Os olhos de Temari estavam brilhando enquanto ela abaixava-se sob a placa de


madeira em frente à entrada da loja, e Shikamaru sentiu-se aliviado ao vê-la. Ele a
seguiu para dentro.

O interior da loja estava surpreendentemente lotado.

Passando seu olho sobre os outros clientes, eles eram em sua


maioria prováveis amantes, um monte de homens e mulheres jovens. Por alguma
razão, Shikamaru não conseguia voltar a sua compostura habitual.

Temari já havia pego a kunai de madeira e a jogado. Ela mal raspou o lado do
prêmio-alvo, escapando para a escuridão atrás dele. Ela pegou uma outra, e
atirou mais uma vez. Desta vez, sua mira foi bem pior, nem mesmo chegando
perto.

"Hm?" Temari estava inclinando a cabeça, perplexa.

"Oi, oi, o que aconteceu?" Ele perguntou. "É raro você errar um alvo."

Esqueça jogar jogos de alvo, ambos Shikamaru e Temari manuseavam kunai em


suas vidas diárias habituais. E, além disso, essas eram reais. Era impossível para
ela errar duas vezes.
"Não, a questão é que elas são leves demais para jogar bem". Disse Temari,
entregando a kunai de madeira para ele.

Ah, eu vejo que elas são leves demais. Muito diferentes das de
sempre. Seria difícil jogar isso.

Shikamaru entendeu no segundo em que sentiu o peso leve da kunai de


madeira na sua mão.

"Mas, se esse é o problema", disse Shikamaru, manuseando a kunai de


madeira, "Então, é só você encontrar o centro de gravidade e ajustar, você deve
ser capaz de jogá-la, assim!"

Ele jogou a kunai de madeira. Ele jogou-a com muito mais força do que em
sua kunai normal.

Ele errou completamente.

"Hm?"

Agora Shikamaru estava inclinando a cabeça, perplexo, também.

-------------------------------------------------

Depois que o tiro ao alvo tinha terminado, os dois voltaram a procurar a pousada.

Temari estava carregando um pequeno daruma6, e uma outra igualmente


pequena estatueta de gato7. Eles foram os dois únicos prêmios
que Shikamaru tinha conseguido derrubar depois de várias tentativas pague-
conforme-usa.

Mas pensar que depois de todas essas tentativas, apenas estes dois
pequenos prêmios foram obtidos. Shikamaru não pôde deixar de sentir que
aquele custo-efetividade da loja estava em questão.

Mas, Shikamaru ainda era um profissional. Jogar a kunai de madeira de novo e de


novo o ajudou a se acostumar com o peso. Mesmo com toda
a prática, essas kunai de madeira eram incrivelmente complicadas. Você
não podia ter esperança de praticar o suficiente para atingir um grande prêmio sem
pagar uma grande quantia de dinheiro também. Shikamaru tinha percebido
isso muito rapidamente. Não, na verdade, você poderia gastar o tanto de dinheiro
na prática que você quisesse, e provavelmente ainda seria impossível de acertar
os grandes prêmios.

Shikamaru sentiu pena de todos os casais na loja que ele tinha visto, deixando
escapar sons como "kyaa!" e "awww", enquanto eles miravam para prêmios que
eles nunca seriam capazes de atingir.

Se elas apenas fossem um pouco mais pesadas... bem, para resumir, as kunai de
madeira eram tão distantes de kunais reais que era quase impossível de
derrubar qualquer coisa com elas.
Se possível, Shikamaru teria gostado de jogar uma kunai real.

No lojista.

Mas de qualquer forma, visto que ele não tinha permissão para usar
uma kunai real, ele tinha pensado que seria melhor acertar o que podia, em vez
de continuar a mirar para o impossível e ir embora sem nada.

"O que podia" seriam a pequena estatueta de gato e daruma. Eles eram os
menores prêmios da loja. Suas perdas não eram qualquer grande golpe
no estoque do lojista. O lojista realmente tinha uma estratégia brilhante.

"Desculpe..." Ele disse para Temari, "Eu não conseguiria outra coisa
senão essas..."

Falando nisso, seria muito ruim se ele tivesse ficado tão acostumado a jogar uma
leve kunai de madeira que sua mira com kunai reais fosse afetada.

"Heh, eles são do tamanho perfeito para levar de volta para


casa." Temari respondeu com um sorriso.

Ela não estava sendo sarcástica. Aqueles eram os seus sentimentos


verdadeiros. De vez em quando, Temari tinha vezes em que sorria
inocentemente como agora.

"Estes serão ótimos souvenirs para meus irmãos." Ela disse.

Pensando bem, ela estava certa. O número de prêmios estava certo. Mas, isso
trouxe à tona uma questão... entre Gaara e Kankurou, a quem seria
dado o daruma e a quem seria dada a estatueta de gato? Ele não tinha
certeza, mas de qualquer forma, seria algo para sorrir caso visse.

Temari sempre pensava em seus irmãos.

Temari estava sussurando algo sob sua respiração enquanto olhava para os
prêmios em suas mãos. Parecia que ela estava de bom humor.

"Tudo bem então... devemos dar uma volta para escolher uma pousada, certo?"
Disse Shikamaru. "Oh, que tal aqui?"

Shikamaru ficou parado, olhando acima, para uma pousada nas


proximidades. Era magnificamente estruturada, com uma sensação muito
histórica. As lanternas de papel brilhavam fracamente nas laterais dos
seus portões parecendo como se estivessem dando uma recepção suave para os
hóspedes. Parecia que eles tinham uma bela e grande lagoa também.

Do lado de fora, tudo parecia bom, mas o foco principal de sua visita
eram as fontes termais e as refeições. Seria um problema se tudo
apenas parecesse decente, mas fosse na realidade de má qualidade.

"Yup, melhor entrar e dar uma olhada." Shikamaru balançou a cabeça. Apenas
uma análise geral rápida seria suficiente.
Ele se virou para ir para a pousada, mas naquele exato momento, os passos de
Temari pararam.

"O que há de errado?" Ele olhou por cima do ombro para ver como ela estava.

"Ah- bem- depois de tudo- como dizer isso..." Temari estava olhando para
baixo e inquieta.

Mais uma vez? Justamente quando ele pensou que a Temari de sempre tinha
retornado. O que raios estava acontecendo?

"Então, é só que- no final- eu não estou ainda- eu não estou mentalmente


preparada..." Ela murmurou, não olhando para ele e mexendo com o daruma e
a estatueta gato em suas mãos.

Mentalmente preparada? Para que?

Talvez ela se sentisse estranha na frente de um lugar com aparência


tão extravagante?

Se um lugar de classe tão alta tivesse preços que eram muito altos para
ele pagar, então é claro que Shikamaru iria desistir. Ele pensaria que era uma
vergonha, mas ele o faria. Mas eles jamais saberiam sem entrar e verificar o
lugar. Quer sua decisão seja ir em frente ou deixar de lado, ele ainda tinha que
olhar os quartos e fontes termais. Ele não tinha nenhuma maneira de voltar atrás
nisso. Ia ser um problema se eles apenas desistissem bem na frente das portas
do lugar.

"Temari, por agora, que tal nós apenas entrarmos, e depois você pode pensar
sobre isso. Ok?"

"Va- vai ser tarde demais para pensar, uma vez que entrar. Eu poderia ser
levada pela atmosfera, então..."

"O que você quer dizer?!"

Ele definitivamente não conseguia entender o que Temari estava


dizendo. Shikamaru não sabia o que fazer.

O que raios estava acontecendo? A atmosfera? Ela quis dizer a atmosfera à moda
antiga da pousada? Ser levada? Varrida? Ela estava falando sobre a lagoa? Ele
não entendia nada.

No entanto, ele sabia uma coisa de fato:

Definitivamente há algo de errado com Temari hoje.

Shikamaru olhou atentamente para o rosto de Temari, olhando como se ele


estivesse a revistando. Temari apressadamente olhou para longe de seu
olhar. Enquanto o fazia, seu rosto ficava vermelho brilhante.
"Você..." Shikamaru disse lentamente. "Não me diga que você..."

Ele colocou a mão na testa de Temari. Ela soltou um som assustado, todo o seu
corpo tremendo com um sobressalto. Provavelmente era porque sua mão estava
fria.

"Você está queimando, não é?" Ele perguntou.

A testa de Temari sentia um pouco quente. Mas, não se parecia com uma
febre. Por outro lado, ela ficou vermelha até as orelhas.

"E-eu estou indo para casa,


então..." Ela rigidamente disse, desajeitadamente afastando-se e virando para ir
embora.

Ela estava claramente agindo completamente diferente do normal. Para


a habitual cheia de vida Temari de repente ficar tão frágil, tinha que significar que
enquanto ela pode não ter uma febre, há algo de errado com sua saúde. Não
havia outra explicação.

"Oi, oi, me faça um favor e espere. Já está escuro lá fora, e se a sua


condição física está ruim, então isso é mais uma razão para que você descanse
aqui por apenas uma noite. Está bem. Vou arrumar rapidamente o futon para
você".

Shikamaru tinha dito isso porque ele estava preocupado com a Temari,
mas parecia que ele tinha dito algo quenão deveria, porque Temari de repente
começou a correr para longe dele com potência máxima.

Shikamaru olhou, perplexo, ao vê-la correndo a todo vapor.

Bem, pelo menos ela parecia bem de saúde depois de tudo. Mas espere, ele tinha
que alcançá-la!

Shikamaru começou a correr também.

Ele tinha finalmente sido capaz de chegar até aqui com ela, se eles voltassem para
as portas da pousada, então não teria tido nenhum
ponto. Ele tinha definitivamente que conseguir conselhos de Temari sobre o
que permitiria uma melhor viagem de lua de mel.

Afinal de contas, não era apenas para Naruto, era para Hinata também. Apenas
o ponto de vista de um homem não seria o suficiente. Ele tinha que ter ponto de
vista de uma mulher. Ele tinha que ouvir a opinião do lado das
mulheres sobre spa, yukatas, o serviço prestado às mulheres, todos os tipos
de coisas que um homem não poderia julgar por conta própria.

Shikamaru colocou a sua concentração total em correr atrás de Temari. Ele


estendeu a mão para pegá-la com uma mão.

Isso não vai dar certo se eu estiver sozinho, isso não vai dar certo por si só...!
A mão de Shikamaru atingiu seu alvo. Ele conseguiu pegar Temari pelo braço.

Apertando mais, Shikamaru gritou: "Por favor, só espere! Eu preciso de você!"

Temari tinha forçadamente parado, e agora olhou por cima do ombro para ele. Por
alguma razão, seus olhos pareciam um pouco molhados.

Ambos estavam ofegantes, totalmente sem ar. A fraca luz das


lanternas próximas iluminavam seus rostos ligeiramente, a sombra
de Shikamaru sobre Temari.

Talvez ela tenha se acalmado, porque seu rosto não estava mais vermelho. Seu
rosto, iluminado pela luz emitida pelas lanternas, parecia mais maduro do que o
normal.

Shikamaru inconscientemente acabou olhando para o rosto de Temari.

Ele estava envolto em um sentimento misterioso. Como se estivesse no meio


de um sonho.

"Está tudo bem realmente... em ser eu ...?" Temari perguntou calmamente.

Essas palavras puxaram Shikamaru bruscamente de volta para seus


sentidos, e recuperou o juízo novamente. Ele balançou a cabeça com firmeza.

"Sim, não vai funcionar se não for você!" Ele disse seriamente, "Afinal, eu não
posso entrar no lado das mulheres da fonte termal!"

"...ha?" Por um breve momento, a mandíbula de Temari caiu. "Uhm...? O que você
está dizendo...?"

Shikamaru estava confuso com o olhar que ela estava dando a ele, como se ela de
repente estivesse desconfiada dele. Era uma reação estranha a sua
resposta. Mas, por agora, era melhor verificar o que ambos estavam pensando.

"Não importa como você olhe para isso, eu não vou ser capaz de ir para o lado das
mulheres da fonte termal, certo?"

"Obviamente!" Ela parecia um pouco indignada. "O que você está de repente..."

Ela estava bem ciente da situação, bom. Como esperado de Temari.

Nesse caso, ele só tinha que explicar cuidadosamente o resto...

"Eu não posso ir para o lado das mulheres. Já que sou um homem. Então,
eu preciso de você para ir para o lado das mulheres. Pois você pode entrar. Como
você disse, é óbvio. Quando você sair do lado das mulheres, eu preciso que
você me diga o estado em que está, apenas em poucas palavras. Isso é tudo
o que é necessário. Okay? É uma coisa realmente simples de se fazer, certo?"

"Sobre o que exatamente... você está falando...?" Temari perguntou, em uma


voz incrivelmente calma.
Ela não estava parecendo como se estivesse desconfiada dele mais. Agora seus
olhos estavam simplesmente confusos.

O que foi tudo isso? Ele explicou isso de modo simples e claro, mas ela ainda não
entendeu. Shikamaru não sabia como consertar isso.

O que raios estava Temari não entendendo? Apenas um tempo atrás,


ela concordou que ele não poderia ir para o lado das mulheres da fonte termal...

"Para começar", disse Temari. "Sobre o que, exatamente, nós estamos falando?"

Era aquele o começo? E pensar que todas as coisas que ele esteve dizendo não
atingiram ela, afinal...

"O que quer dizer com o quê?" Perguntou Shikamaru. "Nós estamos falando sobre
a seleção de uma pousada para uma lua de mel para um casamento, não é?"

"Exatamente, casamento de quem?"

"Naruto e Hinata, obviamente. Huh? Eu não te disse isso? Que estranho..."

Parece que eles tinham tido algum tipo de mal-entendido. O tempo


todo, Temari estava pensando em um casamento diferente do
de Naruto e Hinata. Shikamaru finalmente percebeu este fato neste momento.

Temari era de uma excelência superior a das outras pessoas. Ela iria ouvir o início
de uma explicação, e imediatamente deduzir o resto. Ele não teria que dizer isso
em voz alta para ela perceber que eles tiveram um mal-entendido também,
ela compreendeu tão rapidamente quanto ele.

Então é assim, Shikamaru pensou, finalmente entendendo. Houve um mal-


entendido.

Temari parecia ter entendido tudo, também.

"Hmm, então isso é o que tudo aquilo era...", Disse Temari. Ela estava sorrindo,
calma e em paz.

"Não, mas espere, então...Ah!!" Shikamaru sem querer deixou escapar uma
exclamação.

É possível que o mal-entendido de Temari tenha sido...

"Não, certo?" Ele perguntou a ela. "Ei... não era que..."

Quando ele perguntou aquilo, Temari silenciosamente tirou seu tessen de suas
costas, segurando-o na mão.

"E-ei... o que é isso?" Ele perguntou. "Por que você


está tirando isso de repente...? O- o que está acontecendo com o seu chakra...?!"
Temari sorriu carinhosamente para ele.

Shikamaru foi cativado pela visão, e encontrou um sorriso se formando em seu


rosto também.

Sorrindo um para o outro assim, eles pareciam a própria imagem de um par de


amantes íntimos.

-------------------------------------------------

Naquela noite em Konoha...

Um súbito vendaval fora de temporada varreu as fontes termais de Konoha, e


durou a noite toda. Os moradores e turistas passaram a noite
inteira acordados, com muito medo de ir dormir...

-------------------------------------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Capítulo 04
Por BabyVy
Uma Tigela Cheia de Alma
Esses dias, naruto¹ estava incrivelmente popular.

Quando isso aconteceu? Num piscar de olhos, naruto subiu até o número um na
lista de Coberturas Populares. De crianças a adultos, pessoas de todos os tipos e
idades amavam naruto.

Mais naruto seria servido em pratos, e, em seguida, antes que você percebesse o
que aconteceu, eles teriam terminado e acabado.

Mesmo as mães locais tinham começado a dizer que se as


crianças comessem naruto então elas cresceriam saudáveis, energéticas e fortes.

Ahh, naruto. Seu bolo de peixe imundo, com seu fundo


branco pálido e redemoinho rosa no meio. Mas, se você não estivesse aqui, as
pessoas iriam se sentir muito solitárias.

Teuchi, o proprietário do Ichiraku Ramen, estava cortando mais bolos de


peixes naruto hoje.

Agora, ramen seria feito suavemente adicionando macarrão cozido em várias


sopas, e, em seguida, habilmente e artisticamente
acrescentando várias coberturas em cima. O toque final de
apenas aquele pouquinho de naruto adicionava um toque firme a toda a tigela
de ramen.

À medida em que a popularidade dessas coberturas naruto crescia, o volume de


negócios que Ichiraku fez crescia também. Estes dias Teuchi estava
continuamente arrumando mesas extras na frente do lugar, mas mesmo
estas iriam encher imediatamente.

Certamente não era assim nos velhos tempos.

Ichiraku Ramen foi aberto em Konoha há muitos anos atrás. Naquela época, um
bom número de pessoas estavam gratas pelo ramen barato e rápido, mas o
volume de negócios mal era suficiente para Teuchi ficar fora do vermelho. Ele
pensou que ele iria continuar assim até o amargo fim.

E naquela época...

Naquela época, naruto tinha sempre sido


o menos popular. O quadro "Coberturas Populares", que ficava fora da
loja, sempre tinha naruto escrito bem no final. Ninguém realmente se importava se
ele estava lá ou não.

A razão pela qual ninguém se importava era a existência de outras coberturas.

Broto de bambu cozido, amado por causa da textura enquanto as pessoas o


mastigavam.

Costeletas de porco assadas, cuidadosamente preparadas e muito recomendadas.

Ovos meio-cozidos, se afogando em seu próprio sabor agradável.

Alga marinha, e sua incrível onda de popularidade como um grande


destaque do ramen.

Cada um deles eram fortes concorrentes para o lugar de cobertura número um.

Alga marinha, em particular, sempre foi um adversário difícil. Enquanto


naruto estava sempre empacado no final, algas pairavam constantemente para
o topo do ranking. Você poderia dizer que algas sempre foram o maior
obstáculo que naruto nunca poderia ultrapassar em popularidade.

O motivo era provavelmente porque nori tinha muitos clientes devotados.

Shinobi pareciam ter uma certa inclinação para algas. Algas não se destacavam, e
nunca se mostravam.Agarravam às paredes do recipiente, ou flutuavam
em grupos na sopa. Era como uma sombra.

Em comparação com o naruto inutilmente exuberante, com sua espiral rosa


brilhante no fundo branco que nunca deixou de se destacar, a alga tinha uma
atmosfera completamente diferente.

Seria exagero dizer que shinobi tinham sentimentos de


companheiro pelas algas em seus ramen, mas era verdade que eles sentiam uma
espécie de familiaridade em relação a ela. Algas marinhas tinham tanta
popularidade que ela provavelmente nunca foi recusada por qualquer cliente.

E pensar que naruto tinha finalmente superado a alga- não, não apenas algas,
mas brotos de bambu, costeletas de porco e ovos também. Ele os
havia superado, agora ficando no topo da placa Coberturas Populares.

Teuchi olhou para o naruto orgulhosamente brilhante, e se


sentiu emocional. Ele pensou em como as eras mudariam e ramen continuaria a
ser feito e grandes mudanças como esta ainda aconteceriam.
Pensando nissso, naruto era feito de peixe picado afinal de contas, e
continha vários nutrientes necessários para shinobi. E então, mais
importante, o redemoinho rosa parecia muito com a marca de Konoha esculpida
na hitai-ate dos shinobi de Konoha. Pode-se até dizer que as bordas irregulares
de naruto se pareciam com shuriken.

O Naruto não tinha sido popular até agora, mas essa tendência mudou, e no
presente, naruto era misteriosamente e profundamente apreciado
por shinobi. Havia algum tipo curioso de destino entre shinobi e naruto. Pode-se
dizer que naruto era um alimento que parecia ter sido feito especificamente
para shinobi comer.

Mas quanto a questão de por que naruto estar subitamente tão amado por
tantos shinobi, bem, isso foi tudo graças
a outro Naruto. Seu cliente regular, Naruto.

A popularidade de naruto hoje era toda graças àquele Naruto.

Bem, a partir de agora, vamos nos concentrar sobre a história


daquele cliente Naruto, em vez da cobertura.

Uzumaki Naruto... ele esteve frequentando a loja de Teuchi desde que era uma
criança, um frequentador entre os frequentadores.

Teuchi tinha sido convidado para sua cerimônia de casamento. Embora Naruto lhe
tenha dito que ele estava se casando, Teuchi não imaginava que ele até mesmo
seria convidado para o casamento. Ele tinha que pensar em um bom
presente de casamento.

Para pensar que aquela criança está agora se casando...

Juntando isso com a incrível subida de naruto para o topo da lista


de Coberturas Populares, Teuchi tinha muitas coisas para se sentir emocional
sobre.

Isso realmente fez ele ficar bem consciente de como o tempo continuava
fluindo e passando.

As memórias de Teuchi o levaram de volta para a primeira vez que Naruto tinha
vindo para sua loja...

--------------------------------------------------

"Heyo, rapaz. Você quer vir e comer alguma coisa?"

Teuchi tinha chamado com um sorriso no rosto, mas o menino sacudiu, todo o
seu corpo tremendo.

Tinha acabado de passar da hora do jantar, por isso, a loja estava


vazia. Teuchi tinha notado a criança constantemente esgueirando olhares na
direção de Ichiraku enquanto vagava sem rumo pelas ruas.
Ele não tinha visto o menino apenas hoje, também. O garoto esteve vagando muito
por aqui nesses últimos dias, e Teuchi tinha se acostumado a ver ele. Ele
sempre andava hesitantemente em direção à loja, e, em seguida, ia embora, indo
e voltando sem nunca realmente entrar.

Cedo ou tarde, Teuchi se encontrou ficando curioso sobre o


menino sempre vagando ao redor de seu campo de visão.

Era porque em todas as vezes que Teuchi o viu, a criança estava sozinha.

Hoje também, o menino estava encolhendo os ombros contra o tempo frio,


esgueirando rapidamente dentro da loja a cada poucos minutos. Não
havia quaisquer outros clientes ao redor para lidar, de qualquer maneira,
então Teuchi apenas instintivamente o chamou.

A criança se aproximou dele lentamente, nervosa e


tremendo. Mas Teuchi deslizou uma tigela de ramen para o menino, e
aquele pequeno rosto assustado iluminou-se instantaneamente.

O que o pequeno estava fazendo, lá fora, tão tarde e sozinho?

Exatamente o que sua família está fazendo? Os pais dele?

Esses pensamentos passaram pela mente de Teuchi, mas não perguntou nada
para a criança. Ele apenas o observou enquanto ele comia. Parecia que ele estava
gostando da refeição.

Pouco tempo depois, a criança tinha levantado a grande tigela aos lábios com
suas pequenas mãos, inclinando-a para comer toda a sopa que podia e não deixar
uma única gota para trás.

A tigela era tão grande comparada a ele que seu


rosto desapareceu completamente.

Quando a criança baixou a tigela, ela parecia feliz e contente.

Seus olhos encontraram os de Teuchi, e o garoto deu um sorriso tão largo


que mostrou os dentes.

Teuchi se encontrou sorrindo de volta.

"Você come muito bem", ele disse, "Tudo bem, rapaz. Eu decidi que vai ser um
brinde da loja para sua refeição de hoje."

Quando Teuchi disse aquilo, o sorriso da criança ficou ainda mais brilhante. Ele
disse obrigado, e se apresentou.

O nome do garoto era Uzumaki Naruto. Teuchi tinha pensado consigo mesmo
que era um nome com um agradável destino compartilhado com ramen.

--------------------------------------------------
Foi assim que ele conheceu Naruto.

Depois daquele dia, Naruto muitas vezes apareceu para vir e comer na loja
de Teuchi. Teuchi ouviu de seus outros clientes o fato de Naruto não ter
família. Ele também ouviu sobre o tratamento desagradável que Naruto recebia
da maioria dos moradores.

Então era isso o porque de seu constante e nervoso vai-e-vem na frente da loja.

Um dos outros clientes regulares de Teuchi disse-lhe isto:

"Por que você deixa aquele garoto na loja? Todas as outras lojas o afastam. Suas
vendas vão sofrer prejuízos. Você vai perder dinheiro, estou lhe dizendo.

As palavras em si não pareciam vir de um lugar ruim. O


homem provavelmente estava honestamente preocupado com a loja de Teuchi.

Mas, ainda assim, de alguma forma, Teuchi encontrou-se perdendo a paciência


e deixando à solta uma palestra furiosa.

Oh, ele não sabia nada sobre o mundo shinobi, isso era verdade, disse ele
ao cliente. Ele entendeu que deveria haver muitas circunstâncias ao redor
da situação de Naruto.

Mas por que raios ele iria se afastar de alguém que gostava de ramen, que
veio todo o caminho até sua loja, na esperança de encher seu estômago?

Para aquela criança sem pais ou irmãos, era muito possível que a loja
de Teuchi fosse o único lugar em que poderia comer uma refeição quente feita só
para ele.

É possível que poderia ter sido pretensioso pensar dessa maneira, talvez dando
mais importância do que o devido à existência de sua loja do que para Naruto,
mas tudo se resume a isto:

Teuchi pode não saber nada sobre o mundo dos shinobi, mas o mundo
do ramen era um que ele entendia perfeitamente.

Quando se tratava de ramen, a tigela na frente de você era tudo.

Teuchi se concentrava totalmente, devotadamente em cada tigela de ramen que


preparava, em silêncio e sem compromisso. Ele colocava seu orgulho como um
artesão na linha, e dava tudo de si para fazer cada tigela de ramen.

Assim, uma criança que achava aquela bacia de ramen tão deliciosa, que
comia sua comida parecendo tão ridiculamente feliz- como
poderia possivelmente Teuchi mandá-lo embora? Não era possível. Qualquer loja
eficiente de ramen diria o mesmo.

Você deveria sentar e comer a tigela de ramen à sua frente, Teuchi retrucou para o
cliente. As circunstâncias da pessoa sentada ao seu lado não importam. A
pessoa sentada ao seu lado era apenas alguém que tinha vindo para
comer ramen, assim como todos os outros. Era tão simples, então o que era
exatamente o problema?

Se houvesse qualquer coisa errada para ser encontrada quando um cliente


estivesse olhando nervosamente para outro, então era o
ramen. Os ramen foram mal feitos.

Porque se você preparava um ramen realmente bom e o colocava na frente de


alguém, então este não seria capaz de pensar em mais ninguém. Eles
somente seriam paralisados pela tigela na frente deles, e felizmente
comeriam sem se preocupar com quem está à sua volta.

"-e se tem alguém que não gosta de nossa loja por causa disso, então eu ficaria
contente se eles se perdessem." Teuchi disse enquanto terminava o discurso que
ele tinha desencadeado em seu cliente regular.

"Eu sinto muito, Teuchi." O frequentador lhe disse, "não... não foi isso que quiz
dizer..."

"Entendo. Você disse isso porque estava preocupado com o estado de minha loja,
certo? "Teuchi lhe deu um sorriso amigável. "Volte sempre, certo?"

A partir de então, os clientes regulares continuaram visitando a loja


de Teuchi, e Naruto tornou-se parte desse grupo, também. Ele vinha quase todos
os dias para comer.

Até que, em um ponto, as coisas mudaram.

--------------------------------------------------

Um dia, Naruto parou de vir para Ichiraku Ramen.

Teuchi disse a si mesmo que era uma estranha série de incidentes que tinha a ver
com uma situação complicada. É por isso que Naruto não pôde vir.

Naruto, que viria para almoçar ao meio-dia e, em seguida, voltar para jantar à
noite.

Naruto, quem iria comprar enormes quantidades de ramen de copo para


ficar cheio, mas, em seguida, ainda aparecer nas primeiras horas da manhã.

Esse era o tipo de pessoa que Naruto era, e contudo, um dia, de repente parou de
vir.

Alguém que sempre viera de repente estava ausente. Alguém que deveria estar
presente, estava longe de ser encontrado.

Era ainda realmente certo chamar de uma série de incidentes estranhos?

Teuchi se sentia incrivelmente desconfortável naqueles dias após ausência de


Naruto.
Pensando nisso, ele passou por isso várias vezes.

A razão era que, enquanto ele servia ramen para muitos moradores, ele
também tinha um monte de clientes que eram shinobi.

"Eu queria comer seu ramen antes de eu sair em missão."


Seus clientes shinobi diziam essas coisas encantadoras.

Teuchi pensava fervorosamente para si mesmo


enquanto cozinhava seus ramen: eu realmente espero que você volte e
comer meu ramen novamente.

Não era porque ele queria vendê-los mais ramen.

Era porque ele queria que eles voltassem a salvo.

Se você puder voltar seguro, comer meu ramen, e me mostrar aquele


sorriso novamente, seria muito mais felicidade do que qualquer artesão poderia
pedir. Não vou nem cobrá-lo.

Claro, era um pouco idealista da parte dele, ignorar o fato de que, se ele não
cobrar as segundas refeições deles, ele teria dificuldade em pagar as contas para
os ingredientes da referida refeição.

Mas no final das contas, Teuchi havia passado muitos anos em suas lojas onde os
clientes shinobi de repente paravam de vir. Eles não iam quase todos os
dias como Naruto, mas eles ainda vinham com freqüência ao longo do ano.

"Eu tenho uma missão depois disso. Quando a minha missão terminar, eu gostaria
de voltar e comer seu ramen novamente. "Eles diziam com um sorriso, e saíam.

Eles iriam sair, e nunca mais voltar.

Teuchi esperou por meses. Ele esperou por anos. Eles não apareceram.

Teuchi não entendia nada sobre o mundo shinobi. Mas ele sabia que a
morte perseguia cada um deles.

Era graças a esses shinobi que se colocavam em risco e protegiam todos na


aldeia que Teuchi e os outros aldeões podiam viver pacificamente.

Era por isso que...

Todas as noites, Teuchi preparava os ingredientes para o próximo dia de trabalho


em Ichiraku. Enquanto fazia, todos os rostos de seus clientes shinobi
faltando vinham à mente.

Você foi cuidadoso, certo...?

Você apenas se cansou do meu ramen, certo?

Você apenas encontrou outra loja melhor, certo?


Certo?

Isso foi o que aconteceu, Teuchi tentava dizer a si mesmo, tentando se


animar. Esse é definitivamente o caso. Quem sabe, eu posso até vê-
los amanhã. Nesse caso, é melhor eu ter certeza que o ramen de amanhã será o
melhor de todos!

Ele passava as noites ficando acordado e preparando ingredientes com


pensamentos fervorosamente esperançosos assim.

Foi assim que Teuchi continuou fazendo ramen, dia após dia.

Vários meses depois de Naruto parar de aparecer, Teuchi ouviu que


o shinobi estava apenas fora da aldeia, em uma viagem de
treinamento prolongada.

Ele sentiu uma onda de alívio passando por ele desde o fundo do seu coração.

Era verdade que na última vez que Naruto tinha passado pela loja, ele
mencionou algo sobre fazer uma viagem longa. Teuchi tinha assumido que
era para uma missão de algum tipo, mas ele não poderia ter imaginado que
Naruto estaria longe por tanto tempo.

Shinobi tinham éticas de treinamento muito rígidas.

--------------------------------------------------

Quando Naruto voltou de sua viagem de treinamento de dois anos, ele ficou mais
alto e parecia com um homem adulto. Era engraçado, como Teuchi não teria
percebido essas mudanças drásticas se ele tivesse o visto todos os dias como
costumava.

Teuchi não falou sobre um monte de coisas. Ele apenas colocou uma tigela
de ramen na frente de Naruto para ele comer.

Era uma tigela cheia de alma.

Naruto pode ter crescido, mas o sorriso brilhante que ele deu para Teuchi depois
de comer seu ramen não mudou, depois de tudo.

Por alguma razão, esse fato fez Teuchi tão feliz que ele retribuiu com um sorriso
ainda maior.

--------------------------------------------------

A bravata e incapacidade características de Naruto para desistir eventualmente o


ajudariam a salvar a aldeia várias vezes, e logo ele estava sendo chamado
de herói de todos.

Um punhado de anos mais tarde, e o menino que fora tão isolado


era agora amado e reconhecido por todos.
O nome "Uzumaki Naruto" passava pelas bocas de um grande número de
pessoas. E cada vez que alguém repetia sua história, as
pessoas se encontravam sentido uma espécie de carinho para com a
cobertura naruto. Dezenas de clientes de Teuchi faziam pedidos de naruto
adicional, e, eventualmente, havia tantos pedidos que quase se tornou uma febre.

Vergonhosamente, havia algumas pessoas andando por aí e


chamando "Ichiraku Ramen" pelo nome "Ramen do Herói". Teuchi se sentia
desconfortável quando as pessoas começavam a comer os ramen e
murmuravam "se eu comer isso, eu não vou falhar em minha missão!" ou "por
favor deixe-me voltar seguro e vivo" sob sua respiração, mas ele não podia dizer-
lhes cruelmente para parar, também.

Todos shinobi e kunoichi que frequentavam sua loja e diziam coisas como serem
os protetores da aldeia, estes iriam sair e serem perseguidos pela morte em
missões cruéis quase todos os dias. Era da natureza humana querer o conforto
de amuletos, que iriam protegê-los.

E, em seguida, havia o fato inegável de que o


próprio Teuchi esteve sempre rezando de certa forma, também, cada vez que
ele cozinhava para shinobi prestes a sair em missões. Seus
pensamentos constantes de "por favor, volte e coma novamente" não
eram realmente melhores do que os desejos murmurados de seus clientes.

"Se eu comer este ramen eu vou ficar mais forte", ou "se eu


comer este ramen eu me tornarei um herói"... não eram circunstâncias felizes que
levavam a esses tipos de desejos.

Mesmo pensamentos e orações de uma pessoa podem ajudá-lo


a mudar. Teuchi tinha aprendido isso muito bem no passado.

Sim, aquele incidente foi em uma noite fria, fria no meio do inverno. Aquela noite
foi quando Teuchi tinha decidido abrir sua primeira loja, a noite em que tinha
experimentado a mais recente tentativa de sua vid-

Ah, o caldo em seu caldeirão tinha começado a ferver. O vapor subia junto com o
som borbulhante, e puxou Teuchi de fora de suas lembranças.

"Oops, eu fiquei muito preso em pensamentos sobre o


passado." Teuchi murmurou. Puxa vida, ele estava ficando velho.

Ele rapidamente focou em fazer o ramen. O macarrão cozido foi gentilmente


colocado na sopa. Ele cuidadosamente adicionou as coberturas, organizando-
as de uma forma agradável. E então, sim, a cobertura final, naruto.

Teuchi quebrou sua linha de pensamento para o bem de se concentrar apenas e


somente em fazer a tigela de ramen que tinha sido pedida.

Sobre o que ele estava pensando...?


Ele tinha esquecido
completamente. Teuchi normalmente esquecia coisas ultimamente, e não se
lembrava delas imediatamente, mas ele não se importava.

Era o suficiente viver cada dia uma bacia de ramen por vez.

O que mais o proprietário de uma loja de ramen desejaria? Isso era o


suficiente. Era porque Teuchi amava tanto ramen que ele decidiu entrar no mundo
dos ramen, depois de tudo.

Além disso, se ele estivesse pensando em algo muito importante, ele ia


lembrar disso imediatamente.

Ahh, isso é verdade, ele estava pensando em um presente de casamento. Seu


cérebro sabia manter coisas importantes, afinal.

Ambos Naruto(a pessoa) e naruto(a cobertura) tinham ajudado muito Teuchi. Ele
queria mostrar a sua gratidão em troca, mas infelizmente as coisas que ele
podia fazer eram limitadas. O que Teuchi poderia é o que ele sempre fez: ramen.

Mas então, isso não é uma coisa ruim, Teuchi pensava.

A relação entre Teuchi e Naruto era a de um comerciante e seu cliente


mais regular. Quando se tratava do que Teuchi sabia sobre Naruto... bem, ele
sabia que o menino amava o ramen de Teuchi com uma paixão profunda e pura...

No final das contas, apesar de se conhecerem há anos, Teuchi e Naruto haviam


sido mutuamente impedidos de falar sobre qualquer outra coisa, uma vez
que ambos se dedicavam inteiramente a concentrar-se no ramen sobre o
balcão entre eles.

Desde que Teuchi era assim, e Naruto era assim, já estava claro que o
único presente que ele poderia dar era ramen, certo?

Teuchi estendeu a mão até o bloco de anotações que ele mantia por
perto, e escreveu três palavras sobre ele:

Bilhete para Ramen Gratuito

Era um cupom que iria deixar Naruto comer todo ramen que ele
quisesse de Ichiraku gratuitamente. Certamente, ele ficaria feliz com este presente.

Não, espere um momento.

Teuchi rabiscou mais algumas palavras.

Bilhete para Ramen Gratuito - Válido por Um Ano

Aqui vamos nós. Teuchi assentiu com satisfação completa.

Presentes de casamento eram todos bons, mas isso não significava que o
dinheiro crescia em árvores. Teuchi temia que sua loja acabasse desaparecendo a
partir da tensão de macarrões não pagos se ele exagerasse demais.

De qualquer forma, Naruto ficaria encantado com este presente, uma vez que ele
poderia comer todo o ramen ele amava. Ele amava muito ramen, então ele
provavelmente viria todos os dias.

Todos os dias. Desde a manhã até a noite.

Ele traria sua esposa e diria: "Certo, eu vou comer ramen até que cada célula do
meu corpo seja feita de ramen!"

E então ele iria comer.

E comer, e comer, e comer, e comer, e comer... e a loja de Teuchi entraria em


colapso.

Dentro da mente de Teuchi, ele conseguia ver sua


filha Ayame paralisada, chocada e olhando para sua loja colapsada. Ayame, que
trabalhava tão alegremente e energicamente para atrair clientes para sua
loja olhava tristemente seus restos despedaçados.

Teuchi não sabia o que dizer a ela, e ficou congelado em choque.

"Um ano... é muito tempo..." Ayame sussurrou, uma grande lágrima caindo pelo
seu rosto.

Era um pesadelo. Como tinha acontecido? Por que a loja entrou em


colapso? Eles só estavam fazendo ramen...

"Gah..." Teuchi freneticamente sacudiu a cabeça para se livrar das imagens


assustadoras.

Acalme-se. Acalme-se, Teuchi. Seja cabeça-fria. De fato, um ano é muito tempo...

Bilhete para Ramen Gratuito - Válido por Um Ano Meio Ano

Meio ano... Não, não, isso não iria funcionar, também.

A caneta na mão de Teuchi rangeu enquanto ele agarrava-a apertado demais.

Bilhete para Ramen Gratuito - Válido por Um Ano Meio Ano Um Mês

Teuchi soltou sua caneta, balançando a cabeça.

Isto funcionaria. Não espere, ele ainda sentia um pouco de medo...

Bilhete para Ramen Gratuito - Válido por Um Ano Meio Ano Um Mês Uma
Semana

A respiração de Teuchi tinha ficado um pouco ofegante. Quando isso aconteceu?


Ele estava imaginando a reação de Naruto...

"Uma semana inteira ?! Tudo bem, então é melhor eu comer dez tigelas
de ramen todos os dias!"

Não era bom!

Teuchi colocou o bloco de notas longe dele. Como ele poderia pensar que essa
era a solução? Bilhetes só trazem miséria e destruição. Iria causar estragos sobre
ele e sua filha.

"Ohhh... oh não..." Teuchi estava chorando nas imagens horríveis que sua
imaginação trouxe para a vida.

Graças ao seu bilhete descuidadamente escrito, Ayame estaria


fora nas frias, escuras ruas. Ela conheceria algum homem desprezível e se
casaria com ele!

Ayame, como você pôde fazer isso comigo? Se casar com o filho de um
fabricante de macarrão de trigo mourisco! Você não tem o direito de me chamar de
"pai". Saia. Saia da minha vista ou eu vou despejar ramen sobre ambas as nossas
cabeças!

"Nããão... ohh não, nãooo..." Teuchi resmungou, apoiando a cabeça entre


as mãos.

Um bilhete gratuito era impossível. Se ele fizesse isso, ele não seria capaz de se
sutentar.

Então, o que ele deveria fazer? Ele teria que colocar um limite de tempo ou
número limite de bacias, caso contrário, seria um desastre. Mesmo que
ele dissesse para Naruto "apenas coma o tanto que o senso comum permite", o
senso comum de Teuchi e o senso comum de Naruto não eram a mesma coisa.

Dito isto, qualquer presente que ele pudesse dar que não fosse ramen parecia não
ter qualquer significado. Era uma situação impossível.
"Boa tarde", Teuchi gritou para um novo cliente que acabou de chegar.

"Uma grande porção de ramen, por favor." O cliente disse, "Ah, e naruto extra."

Naruto realmente estava popular ultimamente. Ele costumava mal


ser vendido, mas hoje em dia Teuchi estava estocando antes do tempo
para certificar-se de que ele nunca acabassem.

Teuchi mudou de sentimentos perturbados para profissionalismo quando começou


a fazer o ramen. Como sempre, ele dedicou-se inteiramente à tarefa, e
acrescentou a cobertura naruto na última etapa. Ele colocounaruto extra
também, organizando-os agradável e cuidadosamente.

Parecia que o lugar de naruto no topo da lista Coberturas Populares estava seguro
por um bom tempo.
"Aqui está, pedido pronto!" Teuchi deslizou o ramen em direção ao seu cliente, e
voltou a se preocupar.

Ele puxou o bloco de notas, abrindo uma nova página em branco. O cliente
estava feliz mastigando o naruto em seu ramen. Estava tudo bem mesmo se
ele pedisse mais porções da cobertura. Teuchi tinha uma montanha toda deles, já
cortados e prontos.

Teuchi olhou para a montanha de naruto cortados que ele organizou em uma
bandeja em sua área de trabalho.

A nova página do bloco de notas era branca, assim como a


maioria dos naruto eram. Mas naruto não era apenas branco. Ele
também tinha umas adoráveis espirais.

Esses naruto eram coisas boas. Teuchi pensava.

A mente de Teuchi estava em branco, e o bloco de anotações que ele tinha


em sua mão estava em branco, mas o naruto não, porque
tinha umas adoráveis espirais fascinantes. Por um tempo, Teuchi continuou a
olhar em silêncio para a montanha de naruto.

E depois...

Uma Porção Gratuita de Naruto

Antes que ele sequer percebesse o que estava fazendo, Teuchi tinha escrito essa
frase no bloco de notas. Ele soltou a caneta. Então, tão rapidamente quanto soltou,
pegou-a de volta.

Uma Porção Gratuita de Naruto

Isso não funcionaria também. Era um presente muito pequeno, ele estava se
preocupando demais. Teuchi continuou tentando pensar em uma opção de
presente que não deixasse que seus piores temores viessem à vida.

Foi graças a Naruto (a pessoa) que naruto (a cobertura) tinha ficado


tão popular, então Teuchi não podia se comportar de forma tão mesqinha.

Mas, tão importante quanto um presente de casamento, se ele agisse de forma


imprudente também, então sua imaginação zombaria dele com imagens
de Ayame nas ruas frias, casando-se algum idiota irresponsável.

O que ele precisava era algo com equilíbrio perfeito. Tinha que ser algo
que carregasse um profundo amor ao ramen, mas também algo que não fosse
colocar a loja em risco de falência, algum tipo de presente esplêndido que
combinasse esses dois fatores.

Os pensamentos de Teuchi começaram a ficar agitados novamente.

É graças a Naruto (a pessoa) que naruto (a cobertura) é tão popular. Então, nesse
caso...
Teuchi encontrou a sua determinação, e escreveu uma nova frase no seu bloco de
notas.

Conforme ele o fazia, pensava em como Naruto parecia quando ele


comia seus ramen. Aquele olhar que o menino sempre teve, de estar tão feliz
que não conseguia nem falar.

Aquele sorriso de Naruto era injusto. Era desonesto. Qualquer proprietário de uma
loja de ramen iria virar papa vendo isso.

Sempre que pensava nesse olhar, Teuchi não podia deixar de pensar:

Eu quero sempre ver esse cara.

"Tudo bem." Teuchi acenou com a cabeça satisfeito. Ele tinha finalmente
encontrado o presente de casamento certo.

Todo o naruto que Você Conseguir Comer, Durante o Tempo que Quiser!! .

-------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Capítulo 05
Por BabyVy
Relação Entre Elas
Com apenas um olhar, Haruno Sakura soube que este presente era O Presente. É
isso, pensou ela, não há melhor presente de casamento do que isso!

Ela esteve procurando por presentes dentro de sua loja de moda favorita quando
seus olhos pousaram sobre uma maravilha: uma moldura de foto exclusiva e
única.

A cor, a forma, mesmo os pequenos detalhes esculpidos no design, tudo sobre


ele se encaixava nos gostos de Sakura perfeitamente. Ele quase a fez sentir como
se a moldura tivesse passado a existir apenas para que pudesse ser comprada
por ela.

Sakura era do tipo que absolutamente tinha que


comprar itens exclusivos. Ela decidiu que não funcionaria se ela não
comprasse um presente que ela quisesse para si mesma. Se você não gostar do
presente você está comprando, você não pode realmente estar confiante em dá-
lo aos outros, não é?

Ahh, se eu pudesse, eu realmente gostaria de decorar meu quarto com isso. Ela
não podia deixar de pensar, se eu tivesse algo bonito como isso em meu quarto,
eu ficaria ansiosa para voltar para casa todos os dias...

Mas, honestamente, a maior razão por Sakura ter gostado da moldura era porque
era exclusiva. Não havia outras duplicatas. Ela era a única no mundo, algo que
ninguém mais teria.

Era um presente de casamento depois de tudo, por isso seria desastroso se


alguém comprasse a mesma coisa que ela. Mas enquanto ela comprasse esta
moldura exclusiva, ela não teria que se preocupar com mais ninguém comprando o
mesmo presente.

Mesmo se acontecesse de alguém dar ao casal uma outra moldura, não teria o
mesmo design que essa, e seu presente ainda seria superior em sua
singularidade.
Do mesmo jeito, até onde ela sabia, ninguém estava pensando em comprar uma
moldura para o casal.

Capitão Yamato, por exemplo, tinha o hobby de ler livros sobre design de
arquitetura e construção.

"Móveis para combinar com a nova casa deles..." Yamato tinha murmurado com
sua habitual expressão vazia em seu rosto, "Ou, não, talvez seja a própria
nova casa que eu deveria..."

Em seguida, havia Sai, que tinha um talento para a arte. Ele


esteve anormalmente entusiasmado, falando sobre como ele passava as
noites acordado para pintar para o casal um presente de casamento.

Ela, na verdade, correu até Sai esta manhã. Ela aconteceu de vê-lo de
pé absolutamente parado no meio da rua, olhando entorpecido, com horror para
o o rolo branco em suas mãos. Sua arte tinha desaparecido completamente.

"Sakura..." Sai disse atordoado. "O pássaro voou para longe... para o céu..."

Como raios seu chakra acabou derramando em sua tinta? Sai esteve um
pouco entusiasmado demais, se você perguntasse a Sakura.

De qualquer forma, no final das contas todos estavam escolhendo presentes que
refletiam seus próprios hobbies ou habilidades. Então Sakura decidiu comprar uma
lembrança elegante como presente, algo que iria combinar com sua natureza
feminina. E assim, seus olhos tinham vindo para encarar a moldura de foto acima
mencionada.

A moldura era perfeita. Era um presente que iria tornar-se


uma lembrança preciosa, algo que não poderia possivelmente ser deixado sem
uso. Acima disso, você não precisaria sequer fazer a escolha sobre a parte mais
importante da moldura fotográfica: a foto que seria exibida dentro. Essa
escolha foi deixada para os presenteados.

Sakura imaginou a moldura fotográfica exposta orgulhosamente em um canto da


sala de Naruto e Hinata. Eles poderiam colocar a foto do casamento deles no
quadro, ou talvez um dia uma foto de seu filho recém-nascido. De qualquer
forma, seria agradável.

As memórias felizes preservadas na moldura fotográfica iriam vigiar sua futura


vida feliz. O casal estaria sorrindo em sua foto, e sorrindo na vida real, sempre
que olhassem para a foto.

Por alguma razão, só pensar naquilo fez Sakura se sentir feliz também. Suas
bochechas se curvaram com um sorriso.

Este era definitivamente o presente. Seria o melhor presente de casamento.

Sakura estendeu a mão para o moldura fotográfica, e-

Encontrou outra mão que havia pousado no outro lado da moldura fotográfica.
Sakura tentou bruscamente puxar o quadro das mãos da outra pessoa com um
grande puxão. No entanto, a outra parte tinha tentado fazer a mesma coisa, ao
mesmo tempo.

A moldura tremeu entre eles, sem se mover de direções iguais, mas opostas.

Os olhos de Sakura seguiram a mão do intruso para olhar para o rosto de seu
dono.

Seus olhos se encontraram com os de Yamanaka Ino.

"Ino, solte isso...!" Sakura rangeu entre os dentes, puxando com toda a força.

"Solte você, Sakura...!" Ino estava puxando com toda sua força também.

Sakura e Ino eram amigas muito próximas. Desde que eram crianças, elas tinham
sido amigas, e elas tinham sido rivais.

Ainda no outro dia, elas foram colocadas em uma missão como uma equipe. Tinha
sido uma tarefa muito repentina, mas elas trabalharam juntas perfeitamente,
com uma cooperação sem falhas. Elas praticamente respiravam em sincronia.

Mas pensar que elas tinham ido para a mesma loja, ao mesmo tempo, e
estenderam a mão para alcançar o mesmo item no mesmo instante... era como se
o destino estivesse pregando uma peça nelas. Elas não conseguiriam ter escolhido
melhor o tempo se tivessem planejado de antemão.

Talvez eles realmente estivessem respirando em sincronia.

Se elas fossem um homem e uma mulher, elas poderiam muito bem ter se
apaixonado. Talvez corações minúsculos estariam estalando e batendo em torno
delas.

Infelizmente, a única coisa que Sakura e Ino estavam


dando neste momento eram chamas e faíscas de uma guerra iminente.

Levou apenas um olhar para o rosto de Sakura para perceber que suas
intenções eram as mesmas que as dela própria. As mulheres eram boas
em perceber esse tipo de coisas. Ino tinha provavelmente percebido isso também.

Nós duas queremos comprar isso para dar de presente de casamento...!

Toda mulher entendia a intenção dos outros imediatamente, e uma luta


feroz começou.

"Eu- encontrei ela- primeiro...!" Ino disse entre dentes cerrados.

"Eu fui- mais rápida- obrigada...!" Sakura respondeu, colocando toda a força
que tinha em puxar.

Sempre que ela e Ino ficavam assim, ela não podia deixar de sentir a concorrência
feroz de sua amizade de infância flamejando à vida.

A moldura começou a tremer entre elas a partir da pressão igualmente forte sendo
exercida em ambos os lados.

Mas, eu agarrei-a com a mão direita! Sakura pensou consigo


mesma, interiormente gargalhando de alegria.

As chances de vitória estavam em suas posições. Sakura tinha agarrado a


moldura com a mão direita, e Ino tinha agarrado com sua esquerda.

Não há como o aperto frágil da mão esquerda de Ino resistir ao poder


esmagador da minha mão direita!

"Shannaro¹!" Sakura gritou, e colocou toda a sua força em sua mão direita. A
moldura escorregou das mãos de Ino em um movimento suave.

"Ahh! o q- que você está fazendo?! Me dê isso de volta!" Ino ferozmente protestou.

Mas Sakura era uma mulher adulta. Ela ignorou as reclamações estridentes de
Ino com um ar de compostura maduro.

Falar sobre elas serem rivais ou qualquer coisa era passado distante agora. Agora,
Sakura tinha ultrapassado Ino em tudo. Sakura segurou a moldura em suas
mãos e sentiu o brilho da vitória inchar em seu peito.

"Você é tão bruta!" Disse Ino, "Uma idiota com força bruta!

"Quem você está chamando de idiota?!" Sakura ficou


irritada, inconscientemente apertando as mãos em volta da moldura fotográfica nas
suas mãos.

Sakura tentou recuperar a compostura e agir como um madura, de cabeça


fria, crescida mulher.

"H- haha. Ino, você sabe que eu sou a melhor ninja médica em toda a aldeia,
certo? O jutsu médico de alta qualidade que eu uso requer controle de
chakra muito preciso. Me chamar de idiota seria um pouco indevido... é porque
eu me sobressaio tanto no controle de chakra que eu posso apresentar ter uma
resistência superior aos outros. Minha força comprova o quanto de
um terrivelmente excelente ninja médico eu sou. Mas bem, Ino, eu suponho que,
mesmo se você usasse o jutsu shintenshin e entrasse no meu corpo, você nunca
seria capaz de conseguir esse nível de controle de chakra, hein?"

"Ugh..." Ino deu um passo para trás, fazendo um som irritado no fundo de sua
garganta.

Eu ganhei. Sakura pensou, Isso mesmo Ino, é melhor você recuar agora.

Sakura virou as costas para Ino para ir até a caixa registadora, e nesse momento-

"Ah, a propósito, Sakura, você certamente não está pensando em


dar aquela moldura de fotos para Naruto e Hinata como presente de casamento,
não é?" Ino disse com um tom terrivelmente sarcástico. "Você não está,
certo? Você não poderia pensar em dar-lhes um presente tão brega."

"O qu-?!" Sakura parou em seu caminho, virando para olhar para Ino, sem pensar.

Mas, no minuto em que viu o sorriso malicioso no rosto de Ino, Sakura viu através
dela completamente.

Ah, que ingênua, Ino.

Sakura estava familiarizada com as táticas usuais de Ino. Ela estava degradando a
moldura de modo que sakura decidisse não comprá-la. Ino tinha visto que ela não
conseguiria ganhar contra a força bruta de Sakura, então agora ela estava
tentando ganhar com palavras.
No entanto, esse movimento não iria funcionar.

"O que você está dizendo?" Sakura retrucou. "Você estava desesperada para
comprar isso apenas um minuto atrás!"

"Eugh... is-isso era..."

Fraca. Realmente fraca, Ino. Você é sempre assim, se alguém aponta uma
mínima falha no que você disse, você fica toda perturbada imediatamente.

"Que senso de moda horrível que você tem aí,


tentar desesperadamente comprar algo que você pensou que era brega." Sakura
disse, dando o golpe final.

Ino tinha miseravelmente ficado presa em uma armadilha feita por ela mesma.

"E-eu particularmente não disse que iria comprá-la...!" Ino protestou.

"Então por que você estava segurando-a tão freneticamente?"

"Is- isso é... lixo, sim, lixo. Eu pensei que era algo que alguém tinha jogado fora e
queria jogá-lo no lixo!"

"Que desculpa esfarrapada! Por favor, como se fosse ter um lixo em uma
prateleira no meio de uma loja?!"

Sakura de repente tomou consciência de um empregado da loja vindo entre elas.

"Uhm, honrados clientes," O funcionário falou educadamente, "Eu sinto muito, mas
vocês estão perturbando os outros clientes..."

Ack, de alguma forma, ela levantou a voz sem


perceber. Sakura rapidamente virou-se para se desculpar com o empregado.

"E-eu sinto muito..." Sakura cutucou o lado de Ino com o cotovelo. "Vamos, Ino, se
desculpe também. Graças a você, temos sido um incômodo..."
"Como é? A culpa é sua por fazer um tumulto e gritar, não é?! Ino empurrou as
costas de Sakura de volta. "Cuidado com o que diz!"

Sakura e Ino se encararam, e no instante seguinte, ambas tinham pulado uma


para cima da outra. Uma agarrava e puxava a outra, cabelo e
roupas também, enquanto lutavam.

"Em primeiro lugar, as coisas terminaram assim porque você se intrometeu!"

"Eu continuo dizendo a você, eu encontrei-a primeiro!"

"Honrados clientes!" O funcionário em pânico tentou intervir. "Por favor, desistam,


honrados clientes!"

Ironicamente, este foi o único momento onde Sakura e Ino se deram bem.

"CALE A BOCA!" Ambas gritaram para o empregado, com expressões


ferozes, como um demônio, em seus rostos.

Um silêncio mortal caiu sobre a loja. Parecia que o tempo havia parado.

-------------------------------------------

Mas... só porque elas foram expulsas, isso não significava que sua discussão tinha
parado.

"Olhe o que você fez! Eu não posso acreditar que eu realmente fui expulsa para
fora da loja!"

"Olhe o que você fez! Mesmo que eu finalmente tenha encontrado um bom
presente de casamento!"

Sakura e Ino estavam discutindo com vozes elevadas no meio da rua, sem se
importar com quaisquer olhos curiosos que iriam parar para ver sobre o que era a
confusão.

"Encontrou?" Ino zombou, "Oh, essa é uma boa maneira


de dizer arrancar algo fora das mãos de alguém com força bruta! Em primeiro
lugar, Sakura, você nunca pode se comprometer com nada! Você não tem um
coração, apenas força bruta e nada mais! Isso realmente não está ajudando você!"

"Como é?! Ter um coração não tem nada a ver com isso! Faça-me um favor e pare
de dizer coisas aleatórias só porque eu ultrapasso você em tudo!"

"Como é?! O que quer dizer, você me ultrapassar em tudo? Quando se trata
de qual de nós é mais feminina, eu sou definitivamente quem te ultrapassa!"

"Feminilidade?" Sakura zombou. "Onde? Você é apenas espalhafatosa e


chamativa!"

"Ah, que má perdedora!" Ino se vangloriava. "Quando se trata de aparência, senso


de moda, arranjo de flores, e cozinhar, eu sou melhor em cada
uma dessas coisas! Oh, mas quando se trata de ter força sobre-humana, é
certamente sua vitória."

Ino, sua porca...!

Uma veia latejava na testa de Sakura. Mas, ela não tinha perdido ainda.

"Oh? Eu sei cozinhar muito bem, sabia? E quando se trata de coisas


como aparência ou senso de moda, essas são coisas estúpidas para se
preocupar. Sabe, é por causa de esse tipo de coisa ser sua única
preocupação que você não é boa." Sakura deu um dramático suspiro exagerado,
balançando a cabeça em uma imitação de decepção. "Só porque as
pessoas nunca vão olhar para você e ver uma mulher inteligente, como eles
fazem comigo, isso não significa que você deve se lançar em mim."

Ino não fez mais do que recuar.

"Ahh, Sakura, na verdade, falando nisso, tive um pensamento hoje. Alguém


que fica convencido quando sua única característica boa é a força bruta, esse tipo
de mulher nunca será pedida em casamento, certo? Isso é tão lamentável... "

"Nunca será pedida em casamento?! Isso é o que eu deveria estar dizendo a


você!"

"Eh? Oh, eu sinto muito, Sakura. Eu não disse isso sobre você em particular, mas
eu acho que eu acidentalmente acertei o alvo, hein? Eu vou pedir desculpas se
eu ferir seus sentimentos ~ "

"Você..."

Talvez Ino trouxera um assunto tão incrivelmente sensível, já que sua discussão
era originalmente sobre presentes de casamento, mas isso era longe
demais. Era um golpe baixo.

"Mas bem," Ino continuou. "Eu acho que é meio óbvio que apenas uma
boa cabeça e força bruta não são suficientes para garantir que você vai ser uma
noiva."

O que você é, um mestre do sarcasmo? Sakura pensou, mas respondeu


sem recuar.

"Eu continuo dizendo a você que eu consigo cozinhar! E a minha


comida certamente deve ser pelo menos melhor do que a sua, Ino."

"Perdão? Sakura, você não pensa seriamente que alguém como você pode me
vencer na cozinha, não é?"

"Obviamente eu penso. Estou confiante de que eu não poderia


possivelmente perder para você!"

"Tudo bem então. Vamos ver quem é realmente melhor!"


Ino e Sakua se encararam.

De alguma forma, o resultado do orgulho e teimosia delas tinha se transformado


em uma competição de culinária.

Presentes de casamento, a moldura fotográfica, todo o resto foi jogado para fora
da janela e esquecido completamente. Nem se importaram com como as coisas
tinham chegado a isso.

A única coisa que alimentava as duas mulheres era fazer tudo ao seu alcance para
limpar aquele sorriso presunçoso do rosto de sua rival.

-------------------------------------------

Sakura e Ino.

A competição de culinária que iria colocar ambos os seus orgulhos femininos na


linha já tinha começado.

O prato estrela da competição: pílulas de ração militar.

Pílulas de ração militar eram pequenas massas, transportáveis de alimentos em


conserva que shinobi gostavam de usar.

Alimentos com saldos elevados de nutrientes eram amassados e desidratados em


bolas redondas. Elas eram muito conhecidas e amplamente utilizadas em todas
as partes do mundo shinobi como uma ração militar padrão.

No entanto, o mundo das pílulas de ração militar era inesperadamente profundo.

Não seria um exagero dizer que o número de diferentes tipos de pílulas de ração
militar eram iguais ao número de pessoas que as faziam. Isto era
porque os ingredientes utilizados nas pílulas de ração militar, bem como o
seu tamanho, variavam de fabricante para fabricante.

Por exemplo, haviam aqueles que faziam pílulas de ração


militar utilizando ingredientes listados em uma receita secreta que havia
sido transmitida em seu clã por gerações. E havia também aqueles que as
faziam tão grandes que elas eram do tamanho de uma bola de arroz. E então
havia aqueles que faziam para consumo animal, e não seres humanos.

Pílulas de ração militar eram um tipo de alimento cujo conteúdo foi alterado
por muitos, muitos fatores. A tradição da família para a
receita, preferências, condição física, táticas, comprimento da missão, as
condições meteorológicas... todos esses fatores influenciavam na fabricação
de uma única pílula de ração militar.

Era por isso que Ino e Sakura tinham decidido que a pílula seria o prato
para sua competição.

Era rápido de fazer, e fácil de comer. A grande variedade receitas também permitia
que Sakura e Ino exibissem suas diferentes personalidades
e habilidades, e rapidamente e facilmente determinar qual era superior.

Sakura tinha comprado seus ingredientes, ido para casa, e


imediatamente começado a trabalhar na criação de sua pílula de ração militar.

Ela derramou todos os seus ingredientes nas tigelas, e colocou toda a sua
concentração em triturará-los com um pilão de madeira. Primeiro,
haviam sementes de gergelim, amêndoas e nozes. Todos os ingredientes
que eram comumente usados em Konoha.

"Só espere e veja!" Ela murmurou enquanto moía os ingredientes virando pó. "Eu
vou te mostrar que quando se trata de cozinhar, a minha habilidade é
definitivamente maior!"

Todos os ingredientes usados nas pílulas eram geralmente preparados da mesma


maneira: moendo até eles se tornarem pó.

Sakura adicionou mais ingredientes frequentemente utilizados, mel e doces em


pedra, continuando seu trabalho. Enquanto ela moía os ingredientes juntos, seus
pensamentos voltaram para seus dias de Academia.

As Aulas de Kunoichi da academia incluíam ensinar as jovens kunoichi sobre


coisas como arranjo de flores e cerimônia de chá. Você tinha que aprender uma
grande variedade de informações sobre cultura e comportamento. As
aulas existiam para que kunoichi pudessem facilmente se infiltrar em território
inimigo sem serem detectadas, para que seu comportamento e conhecimento não
traíssem sua natureza interna. Você não poderia crescer para
ser uma kunoichi bem sucedida se você não sabia como agir como uma
mulher normal.

E essas muitas aulas de Kunoichi tinham, naturalmente, incluído cozinhar.

Ino havia brilhado dentro de aula de culinária, sempre realizando suas receitas ao
pé da letra.

Sakura, por outro lado, não conseguia segui-las tão facilmente.

Naquela época, Sakura tinha olhado com anseio de aspiração para a Ino sempre
popular.

Mas agora, as coisas são diferentes.

Como kunoichi, e como uma mulher, Sakura tinha continuado a crescer e


melhorar suas habilidades. A pessoa que ela costumava admirar de trás depois se
tornou alguém que ela poderia enfrentar de frente, lado a lado. E agora,
Sakura deu um passo após outro para ir em frente, mais longe do que Ino.

"Ino... na cozinha, e em qualquer outra coisa que entre no meu caminho, prepare-
se para dar uma boa olhada nas minhas costas!" Sakura disse furiosamente, cheia
de espírito de luta quando ela moía com o pilão de madeira.
Ino tinha dito que ela nunca iria se tornar uma noiva- bem, Sakura não estava
disposta a ser rebaixada assim. Ela absolutamente não podia se dar o luxo
de perder nesta batalha. Em primeiro lugar, Ino estava apenas se deixando
levar na a felicidade de estar se dando bem com Sai recentemente. Sakura não
ia perder contra essa alegria inconstante.

Você vai ter um bom gosto da ira de uma mulher a


florescer! Sakura pensou sombriamente.

Cozinhar pode ser um pouco diferente do assunto que tinha provocado sua
raiva, mas de qualquer forma era uma vitória. E Sakura tinha preparado um plano
que garantiria sua vitória.

"Fufufu... é isso." Sakura deixou um sorriso perverso deixar seu rosto


assustador, segurando o ingrediente que era a chave para seu sucesso.

O ingrediente em questão era pudim.

Sakura tinha o associado com Ino desde a infância. Ela sabia tudo sobre o grande
amor de Ino por pudim. Na verdade, ela sabia todos os gostos e desgostos de Ino.

Para shinobi, informação era tudo. Não era arrogante por parte de Sakura pensar
que ela ia ganhar, quando ela tinha perfeito conhecimento dos gostos de Ino.

Repleta de excesso de confiança, Sakura jogou o pudim em sua massa de


pílula de ração militar. Gargalhando, ela misturou-o com um sorriso alegre.

"Com isto, minha vitória está garantida!"

Tudo o que restava após isso era moldar a massa em uma bola de tamanho
adequado e desidratar.

Em um curto espaço de tempo, a pílula de ração militar doce especial com sabor
de pudim de Sakura estava completa.

-------------------------------------------

Algum tempo depois, nas proximidades do armazém do qual foram expulsas...

Ino já estava de pé no lugar que elas tinham prometido se encontrar, em uma das
principais ruas de Konoha.

Os olhos de Sakura encontraram os de Ino, e Ino deu largo sorriso.

"Então você apareceu, afinal, Sakura." Ino disse, "E aqui estava eu começando a
pensar que você percebeu que não era páreo para mim e fugiu."

Aposto que ela chegou mais cedo propositalmente só para que


pudesse dizer aquela frase para mim...! Sakura pensou interiormente, estalando
a língua.
A razão pela qual ela pensou aquilo era porque Sakura tinha chegado exatamente
no tempo prometido por elas para se encontrar. Ela tinha decidido que ela nunca ia
ser uma pessoa sempre atrasada como Kakashi-sensei.

Que coisa sem sentido de se fazer...


Mas, Sakura não iria ser provocada por truques mesquinhos como esse. A
vitória estava dentro da palma de suas mãos. Ino podia se gabar enquanto podia.

"A vitória vem para aqueles que tomam seu tempo." Disse Sakura enquanto ela
encarava Ino. Sua compostura era magnífica, e ela estava totalmente confiante em
sua vitória iminente.

"Tudo bem então, a nossa partida começou." Disse Ino serenamente. "Então, para
garantir que o jogo seja justo, vamos levar nossas pílulas de ração militar a
uma terceira pessoa que vai julgar qual é a mais deliciosa."

"Hein?!" Sakura ficou boquiaberta. "Você não vai comer isso?!"

Em um único instante, a vitória segurada nas mãos de Sakura tinha se reduzido a


pó e escombros.

"Obviamente não." Os olhos de Ino estavam arregalados de surpresa com a


reação de Sakura. "Mesmo se nós comermos os pratos uma da outra, há
uma grande chance de que nenhuma de nós estaria disposta a entregar
a vitória. É por isso que precisamos de uma terceira pessoa imparcial para ser o
juiz."

O raciocínio de Ino era perfeito. Sakura teve um ponto cego. E pensar que Ino não
iria comer a pílula de ração militar... sair de seu caminho para
comprar pudim foi inútil. Ter todo o trabalho de fazer a pílula do sabor favorito de
Ino foi agora completamente, totalmente inútil.

"A julgar pela sua reação, Sakura... não me diga


que..." Ino estava fixamente olhando para Sakura, franzindo a testa. "...Você não
colocou veneno na pílula, não é?"

"Como se eu fosse fazer uma coisa dessas!"

Agora isso foi demais. Como Ino poderia duvidar de sua própria melhor amiga?

"Eu me pergunto..." Ino disse, "Bem, de qualquer maneira, tudo bem. Então,
eu acho que deveríamos ter Chouji como juiz."

"Es- Espere um minuto! Chouji é o seu companheiro de equipe!"

"É Chouji, por isso, quando se trata de comida, ele nunca


vai mentir, sabe? Ele não vai distorcer os fatos para eles levarem ao meu
lado. Assim, quando se trata disso, Chouji seria o juiz mais confiável, não é?"

Bem, quando ela colocava dessa maneira, qualquer um concordaria. Sakura se


viu indo em direção ao raciocínio de Ino.
"Tudo bem então, eu vou ir e trazer Chouji. Eu o vi por aqui em algum lugar
apenas há um tempo atrás." Ino disse, e desapareceu.

Pouco tempo depois, Sakura conseguia ouvi-


la voltar, provavelmente com Chouji para atrás já que ela estava
constantemente gritando coisas como "apenas venha depressa!" ou "esta é uma
oportunidade para comer algumas agradáveis comidas caseiras, sabe!" e outras
coisas.

Soou como se Chouji estivesse colocando alguma resistência para o cargo de juiz.

Com certeza, Chouji veio lentamente ao campo de visão de Sakura, sua


figura gigante sendo arrastada para a frente por uma Ino insistente. Seu rosto
parecia incrivelmente melancólico. Ino estava definitivamente forçando-o
a participar.

"Espere, Ino." Ele estava protestando, "Eu desci até aqui para comer sorvete."

"Tudo bem, tudo bem. Você sempre diz que tem um estômago separado
para sobremesas, não é?"

"Sim. É por isso que eu estou dizendo que


eu já comi sobremesa... Oh, Sakura. "Os olhos de chouji pousaram na outra
garota, e ele imediatamente começou a pedir ajuda. "Ino não me entende muito
bem. Ela quer me fazer de algum tipo de cobaia para uma pílula de ração
militar. Salve-me, por favor."

"Então, Ino," Sakura disse, "Qual pílula vamos dar a ele primeiro?"

Sakura esperava que Chouji diria algo como "Oh droga, você estava
nessa também!" Mas em vez disso, ele ficou manso.

"Oh, bem, acho que tenho um estômago separado para pílulas de ração
militar também..." Chouji disse tal coisa soando muito confiável.

Sakura sentiu-se tranquilizada. Ino estava certa. Chouji definitivamente seria um


juiz justo e imparcial para ambas.

Além disso, mesmo se Ino não comesse a pílula, isso não mudaria o fato de que o
pudim iria fazê-la ter um gosto doce e delicioso. Ela ainda seria capaz
de vencer. Sakura apertou os punhos com força.

"Ok então, Chouji, você pode comer ambas as pílulas e nos dizer qual é a
mais deliciosa?"

Ino entregou para Chouji a pílula que tinha feito, e Sakura o fez também.

Chouji olhou para as pílulas de ração militar que ele segurava em ambas as mãos,
os olhos cintilando de uma para a outra. Ele levou a de Sakura para a
boca primeiro, e deu uma mordida. Ele estava julgando, então ao invés de comer a
pílula inteira, ele só mordeu metade.
"Is... isto é..." Os olhos de Chouji ficaram arregalados, lembrando pratos de jantar.

Sakura esperou por sua reação e...

"Delicioso! Isto é realmente delicioso! É incrivelmente doce, e expulsou toda a


minha fadiga completamente!"

Chouji estava tão encantado, ele imediatamente jogou a outra metade não
consumida da pílula em sua boca. Ele não parou por aí, mesmo arrancando as
pílulas de ração militar extras que Sakura tinha feito das suas
mãos, e devorando alguns delas também.

"Certo!" Sakura zombou, levantando o punho no ar.

Dê uma boa olhada, Ino. Esta é uma exibição das minhas habilidades reais!

A reação positiva do Chouji tinha sido obviamente inesperada. Ino estava olhando
para ele com um olhar horrível no rosto, e Sakura podia ouvir os molares da
mulher rangendo.

"Que tal?" Sakura perguntou a ela, "Talvez você deva apenas aceitar a minha
vitória agora?"

"Cho-Chouji," Ino estava nervosa. "Vamos, apresse-se e coma a minha também."

As bochechas de chouji ainda estavam recheadas com as pílulas de ração


militar de Sakura, mas ele rapidamente jogou a pílula de Ino na
boca também. Ele jogou a coisa toda, não o fazendo pela metade desta vez.

Ele jogou mais três, quatro das pílulas extras de Ino também. Talvez fosse para
que ele pudesse provar corretamente, uma vez que algumas das pílulas de ração
militar de Sakura ainda estavam em sua boca.

"Sim... sim... sim...!" Os olhos de chouji estavam arregalados como pires, e


ele estava balançando a cabeça com fervor. "Incrível! Estas são realmente doces e
deliciosas também!"

Chouji engoliu suas bochechas cheias de pílulas com um gole


enorme. Um sorriso incrivelmente satisfeito se formou em seu rosto.

Ino tinha ficado incrivelmente nervosa e animada, pressionando-o para obter


respostas.

"Então, qual é? Qual é a mais deliciosa? Vamos."

"Hmm... elas são ambas realmente doces e deliciosas, por isso é realmente difícil
de dizer qual delas é melhor." Chouji murmurou. Ele inclinou a cabeça para o
lado, confuso, cruzando os braços enquanto mastigava.

Uma após a outra, mais das pílulas extras de Ino e Sakura foram jogadas em
sua boca, sendo cuidadosamente mastigadas e julgadas.
"Sim, eu acho que elas são ambas boas. Elas são ambas doces e
deliciosas. Sim, realmente delicioso. Delic- geugh." As pernas
de Chouji dobraram embaixo dele, e ele desmaiou. Sangue estava escorrendo de
suas narinas.

"Oh não!"

"O q- espere- o que há de errado?!"

Chouji tinha estava completamente largado no chão, com os olhos


arregalados. Uma única pílula caindo de sua mão frouxa no chão, e ao ver que
era uma de Ino, Sakura soltou um grito.

"Veneno!" Ela gritou. "Ino, você! Você colocou veneno nela, não é?!"

"Como se eu fosse fazer isso! Que tipo de pessoa você acha que eu sou?!"

"De-de qualquer forma, precisamos dar-lhe ajuda médica! Chouji, volte aos seus
sentidos!"

A boca de Chouji se abriu ao som da voz de Sakura.

"Mesmo que eu tenha feito... muitos... bons companheiros..."


Ele murmurou incoerentemente, sangue escorrendo por seu nariz.

"O que está acontecendo?! A sua vida está passando diante de seus olhos?!"

"Nããããããããoooo, Chouji, não morra!" Ino gritou, "Sakura, rápido, faça alguma
coisa!"

Ino estava chorando, mas Sakura nem sequer entendia como Chouji tinha
ficado assim. Examinando Chouji, ele parecia estar em perfeita saúde. A
única causa possível para seu estado era inconfundivelmente as pílulas de ração
militar que havia comido.

"Não... não me diga ..." Sakura engoliu em seco. "Um veneno... desconhecido...?"

Sakura estava olhando fixamente para Ino, com um olhar de arrepiar os


cabelos em seu rosto.

"Por que você está desconfiada de mim?!" Ino gritou.

"Ele ficou assim depois de comer sua pílula de ração militar..."

"É possível que o efeito de suas pílulas tenha acabado de aparecer!"

"Mas eu não colocaria veneno!"

"Eu fiz... tantos... companheiros..." Chouji delirantemente murmurou.

"Isso é mau! A vida de Chouji está passando diante de seus olhos outra vez!"
"Não temos tempo para discutir...!" Disse Sakura para si mesma, e juntou
sua determinação.

Ela estendeu a mão para pegar uma das pílulas de Ino.

"O que você vai fazer?!"

"Eu preciso descobrir o que tem nisso, e isso é o melhor para se fazer",
disse Sakura, e cuidadosamente puxou a pílula mais perto para pressioná-la
contra sua língua. "Se houver algum veneno nisso, então a minha língua,
provavelmente, ficará dormente..."

Ao invés de comê-la de imediato, seria melhor prová-la e verificar primeiro.

"Eu continuo dizendo que eu não


coloquei qualquer veneno nela! Ugh, sinceramente!" Ino estendeu a mão
e agarrou uma pílula também, só que esta era de Sakura. Ela lambeu a
pílula também. "É possível que a sua seja aquela que é estranha!"

Sakura cuidadosamente testou a pílula de ração militar, mantendo-a contra sua


língua. Suor frio na testa, mas ela manteve a pílula no lugar, determinadamente.

Por um tempo, as coisas ficaram silenciosas.

Sakura quebrou cuidadosamente a pílula da sua mão em pequenos pedaços. Ao


vê-la fazer isso, Ino timidamente fez o mesmo. Ambas colocaram pedaços muito
pequenos da pílula em suas línguas, rolando-as pela mesma.

"...É delicioso."

"...Sim."

Ambas jogaram os restos das pílulas em suas bocas, incapazes de se conter.

"O que é isso... esse sabor, é incrivelmente delicioso!" Sakura não conseguia
sequer tentar esconder sua surpresa enquanto mastigava.

"A minha também, eu amo este sabor!" Ino não conseguiu esconder a sua
surpresa, também.

Não havia nenhum veneno, afinal. Em vez disso, a pílula de Ino era do sabor
favorito de Sakura: bolas brancas de anmitsu. Em outras palavras, era apenas um
doce, o mesmo que a de Sakura era.

Então, por que raios...?

Assim que Sakura estava pensando isso, Chouji subitamente voltou a ficar de pé.

"Chouji, você está bem?!"

"Ahh, isso me surpreendeu." Disse Chouji, limpando o sangue que derramou pelo
nariz. "Meu açúcar do sangue subitamente aumentou... Huh, e pensar que eu até
mesmo tive um sangramento no nariz."

Então, isso é o que foi aquilo: açúcar no sangue. Agora que Chouji disse,
Sakura entendeu também.

Era verdade que ambas as pílulas eram incrivelmente doces. E isso servia para
apenas uma pílula individualmente. Chouji tinha comido grandes quantidades
de ambas, e tudo isso de uma só vez, acima de tudo. Não é de admirar que
o açúcar repentino em seu sistema o tenha afetado mal.

E ele mencionou ter comido sorvete antes disso, também. Não importa o
quanto de um grande comedor Chouji era, receber muito mais açúcar do que ele
precisava, de uma só vez, ia definitivamente o afetar de modo ruim.

"Ahhhhh, eu estou tão feliz, então foi isso o que aconteceu..." Ino soltou
um enorme suspiro de alívio. Sakura olhou para ela, e a mulher parecia como se
todo o peso do mundo tivesse sido tirado de seus ombros.

"Sim, foi isso o que aconteceu. Mas sabe, depois de comer essas pílulas de ração
militar, eu realmente sintocomo se tivesse comido pudim e bolas brancas de
anmitsu reais. Hmm, depois disso, talvez eu vá comer algumas castanhas doces?"

Sakura e Ino encararam Chouji, pasmas.

"Chouji, você sabe que vai se matar se continuar assim?!"

"Está tudo bem." Chouji respondeu. "As coisas que eu acabei de comer já
foram digeridas agora."

"Isso é algo que normalmente não


seria possível..." Ino encarou Chouji, chocada. "Chouji, você é realmente incrível..."

"Mas ei, Ino." Sakura se virou para perguntar à mulher. "Por que você teve
o trabalho de fazer a pílula do meu sabor favorito?"

Ino era quem tinha dito que elas deviam fazer uma terceira pessoa provar
as pílulas, para ser justo, então o que raios era isso? Sakura estava muito curiosa
para a resposta.

Ino tinha um olhar desconfortável em seu rosto.

"Nenhuma razão em particular... Eu só pensei que talvez seria bom se eu


desse algumas para você comer alguma hora, talvez..."

Pff, como se fosse.

Ino tinha pensado as mesmas coisas que Sakura, e deu à pílula o mesmo
sabor da comida favorita de seu oponente.

Assim, no final das contas, a sua discussão que tinha começado por pegar a
mesma moldura fotográfica tinha terminado com elas tramando exatamente a
mesma estratégia para cozinhar.
Pensando na coincidência absurda, Sakura não pôde deixar de começar a rir.

"Ahahahaha, o que se passa com isso? No final, você até teve exatamente
a mesma estratégia que eu."

Ino foi pega pelo riso de Sakura, e começou a rir também.

"Fufu, bem, nós estivemos passando um longo tempo juntas, depois de


tudo. Quantos anos que passamos juntas? Eu penso tudo que você pensa. "

"Nós duas o fazemos." Acrescentou Sakura.

Ambas estavam de frente uma para outra e rindo tão forte que elas estavam se
esbarrando. Eventualmente, Sakura se acalmou, e esfregou os dedos em
suas calças.

"Ok, então, como alguém que pensa da mesma forma que você, eu posso dizer
algo?"

"O Quê?"

"Você não acha que se nós duas procurarmos por um presente de


casamento juntas, seríamos capazes de encontrar algo muito melhor do que uma
moldura de foto?"

"Naturalmente. Se nós combinarmos meu senso de moda com o


seu, ninguém poderia ter uma chance!" Ino disse, com uma piscadela e um
sorriso.

"Certo!" Sakura lançou um punho energético no ar. "Então


vamos ambas encontrar o melhor presente de casamento de sempre!"

Ino sorriu com a visão. "Honestamente, Sakura... você realmente se tornou uma
força a ser reconhecida." Ela estava olhando para Sakura com um
olhar melancólico e de repente sério em seu rosto. "Você costumava
ser uma chorona nos velhos tempos... As pessoas estavam sempre chamando
você de 'menina da testa' ou 'revolução da testa', e você começava a
chorar imediatamente em todas as vezes..."

"Espere um pouco, Ino!" Exclamou Sakura. "O que você quer dizer com 'revolução
da testa'?! Não faça de repente um nome do qual uma pessoa nunca foi
chamada! Pensando nisso, você acabou de inventar esse nome, não é?!"

Ino mostrou a língua para ela.

"O qu- Você! Volte aqui agora!"

"Ahahaha, aprenda a aceitar uma piada!"

Ambas as vozes se misturavam com o caos de Konoha , mas


elas soavam inconfundivelmente felizes.
-------------------------------------------

Sakura e Ino.

As duas sempre seriam rivais. E, sempre seriam as melhores amigas de todas.

-------------------------------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua

Konoha Hiden - Capítulo 06


Por BabyVy
O Professor Lendário
Estou feliz por ter escolhido esse trabalho.

Até que você seja capaz de ter esse pensamento com orgulho surgindo através
de seu peito, então a sua vida não era verdadeiramente feliz. Isso era porque um
trabalho era algo que você escolhia viver pelo seu próprio bem, assim como o bem
dos outros.

Ou, pelo menos, essa era a maneira que Umino Iruka pensava.

E, agora, Iruka estava extremamente feliz. Seu peito estava explodindo de orgulho
quando ele pensava sobre isso.

O gatilho para esta súbita explosão de alegria era simplesmente


isso: ele olhou para as três sílabas no topo da lista Coberturas
Populares de ichiraku Ramen: Na-ru-to.

Apenas olhar para ela fez Iruka imediatamente pensar sobre o futuro casamento
de Naruto e Hinata, e antes que ele percebesse, foi dominado pela emoção.

Não porque ele, com a sua velhice, era facilmente levado às lágrimas. Era
porque a emoção sobrecarregando Iruka era provavelmente algo muito próximo
de amor e carinho de pais.

E uma certa coisa aconteceu para fazê-lo ficar ainda mais sobrecarregado.

No outro dia dia, Iruka tinha estado na sala dos professores da Academia, como de
costume, trabalhando através de alguns documentos. Naruto tinha vindo vê-lo com
um olhar extremamente respeitoso em seu rosto. Ele disse que tinha algo a
perguntar para Iruka, algo sobre o casamento.

Iruka já tinha deixado Naruto saber que ele iria definitivamente ao casamento,
então ele não tinha a menor idéia do que ele queria perguntar.

Iruka perguntou o que ele queria falar, e Naruto desabafou bruscamente:


Eu gostaria se você viesse ao casamento como meu pai.

No segundo que Iruka ouviu isso, um sorriso gigante espalhou pelo seu rosto. Ele
respondeu imediatamente: Deixe comigo!

Iruka até mesmo brincou enquanto via Naruto saindo, do lado de


fora: "Você entrou com um olhar tão sério em seu rosto, eu pensei que você ia me
pedir para convidá-lo para comer ramen de novo."

O minuto em que a figura de Naruto desapareceu de sua vista, Iruka se


viu explodindo publicamente em lágrimas.

Em todos os seus anos como professor, nada mais tinha o feito se sentir tão feliz.

O caminho que eu escolhi não estava errado, Iruka pensou enquanto chorava, as
lágrimas transbordando, aparentemente sem fim.

E agora, mesmo quando ele estava apenas vendo a palavra "naruto" escrito no
Ichiraku Ramen, Iruka sentiu seus olhos começando
a arder novamente. Ele chegou até mesmo a pedir outra cobertura de naruto.

Era porque Naruto era um muito amado, aluno especial para Iruka.

Claro, Iruka não era o tipo de professor que dava tratamento especial para um
aluno acima dos outros. Ele nunca tratava alguns como favoritos. Mas, dito isso,
Naruto não era apenas seu aluno mais querido. Mesmo entre todas as
pessoas que Iruka conhecia, Naruto era uma existência especial para ele.

Embora não tenha sido sempre assim.

Quando Iruka tinha se tornado professor da classe de Naruto, ele


teve sentimentos mistos.

Sempre que Iruka olhava para o rosto de Naruto, os rostos de seus pais
mortos nunca iriam deixar de vir à mente também.

Iruka era um excelente shinobi. Seus pais tinham sido excelentes, também, e isso
era parcialmente o porquê de, quando Iruka ainda era jovem, eles saíram para o
campo de batalha e nunca mais voltaram.

Quando a aldeia estava sendo atacada pela Raposa Demônio, os pais


de Iruka tinham se dirigido para a linha de frente para proteger Iruka, e todas as
outras pessoas, do ataque. Eles lutaram sem descanso até suas
últimas respirações.

E desde então, Iruka vivera o resto de sua adolescência sem ninguém para elogiá-
lo, sem ninguém para reconhecê-lo. Toda vez que ele voltava para uma
casa completamente escura com mais ninguém lá dentro, ele pensava em seus
pais.

Os anos se passaram, e Iruka tornou-se um professor. E quem iria aparecer na


frente dele como um aluno, sem ser Naruto?
Iruka sabia que o demônio raposa, o Nove Caudas, foi selado dentro de Naruto. E
ele também estava perfeitamente ciente de que Naruto não tinha feito nada de
errado, e não tinha nada a ser culpado por.

Mesmo que ele entendesse isso... apesar de muitos anos terem passado e
ele dever ter sido capaz de aceitar isso... a cabeça compreendia, mas seu coração
estava descomposto.

Seu pai tinha sido um homem silencioso e severo. Sua mãe tinha sido uma
mulher composta, confiável e voltada para a família. Eram jounins, e muitas
pessoas confiavam profundamente neles.

Sempre que Iruka saía com seus amigos, ele nunca parava de falar sobre seus
pais com um profundo brilho de orgulho. Ele queria crescer rapidamente e se
tornar um bom shinobi também, para que ele pudesse apoiá-los.

Mas, em seguida, em um piscar de olhos, a Raposa Demônio apareceu na


aldeia, com um uivo de gelar o sangue que soava como se pudesse perfurar até
o próprio céu.

Sua mãe havia se ferido tentando protegê-lo. Seu pai tinha toda polegada
dele coberta de sangue, mas ele ainda estava se esforçando para tentar lutar.

As figuras cansadas e fatigadas de seus pais iriam começar a desbotar


e escapar...e, em seguida, Iruka iria acordar subitamente, de volta no escuro de
seu quarto.

Era um pesadelo que ele veria de vez em quando, desde quando ele era jovem.

Mas depois de Naruto ser feito seu pupilo, Iruka começou a ver aquele mesmo
pesadelo todas as noites.

Os pesadelos o fizeram completamente emocionalmente esgotado, e Iruka se


viu começando a evitar inconscientemente Naruto.

Naruto iria constantemente fazer travessuras, e isso fazia seus outros colegas não
gostarem dele.

Mas seus colegas deveriam supostamente ser seus companheiros.

Mas Iruka não conseguia fazer nada. Tudo o que podia fazer era observar.

Sua confiança como professor desmoronou.

Ele era completamente inútil.

Até que um dia, Iruka percebeu um certo fato:

Naruto é o mesmo que eu.

A dor de viver dia a dia sem ninguém para te elogiar, sem ninguém para te
reconhecer– eu conheço essa dor melhor do que qualquer um, então por que eu
não percebi isso até agora?

Após de perceber isso, Iruka nunca se viu evitando Naruto novamente. Logo, seus
pesadelos desapareceram também.

Mas e se...? E se eu não tivesse percebido isso?

Mesmo agora, o pensamento ocasionalmente incomodava Iruka. Se ele não


tivesse percebido isso, então era muito possível que ele poderia ter se
tornado alguém que pensava em ninguém além de si mesmo, que acreditava que
ele era a única pessoa em uma circunstância lamentável. Ele poderia ter se
tornado o pior dos piores, e um bastardo idiota que não percebia a dor
de ninguém, mas a de si mesmo.

Iruka acreditava que era graças a Naruto que ele escapou desse destino.

Encontrar Naruto foi algo que mudou sua vida.

Não seria um exagero dizer que Naruto era o motivo de Iruka ter
decidido trabalhar como professor enquanto ele vivesse. Isso é o quão importante
a existência de Naruto era para Iruka.

Naquele momento-

Era porque ele estava pensando nos velhos tempos. A cara de


um certo homem brilhou brevemente na mente de Iruka.

O nome do homem: Mizuki. Ele tinha sido um homem que tinha notas altas, e foi
abençoado com um talento para ninjutsu.

Mizuki era alguém que Iruka conhecia desde a infância. Eles tinham se
aplicado para o exame de professores juntos, trabalharam como
professores juntos, e ajudaram uns aos outros. Mizuki tinha sido sempre sorridente
e de fala mansa, ao contrário de Iruka e sua tendência à implicância, por isso
ele sempre tinha sido um professor popular entre os estudantes.

Mas, Mizuki tinha um outro lado, diferente do rosto sorridente que ele mostrava
para seus alunos.

Ele era cheio de ciúme profundo, um homem que não conseguia acreditar em si
mesmo.

Ninguém realmente capta o verdadeiro eu. O verdadeiro eu é muito


mais surpreendente. Eu não sou tudo o que pareço ser. Eu não sou um ser
humano pequeno para ser empurrado para um canto minúsculo como este. Todos
na aldeia estão me subestimando.

Mizuki apenas deixava essas palavras derramarem pelos seus lábios quando perto
de Iruka.
Em poucas palavras, Mizuki era outra pessoa que estava preocupada porque não
tinha ninguém que iria reconhecê-lo.

Era por isso que Mizuki se transformou em alguém


que cruelmente perseguia coisas só se importando com os resultados finais e nada
mais. Quando as coisas não iam bem, ele culpava os outros. Ele ficou
ciumento e ressentido, e ele não cortou os maus sentimentos que estavam o
levando para o mal caminho.

No final, Mizuki tomou o caminho errado como um shinobi.

Mizuki, Iruka pensou, quando se trata de ser um professor, não há tal coisa
como resultados imediatos.

Quaisquer resultados de seu ensino serão vistos em cinco ou dez anos- não, para
alguns casos, eles podem precisar de ainda mais tempo. Depende de como as
crianças são ensinadas e criadas, e que tipo de adultos que serão. O resultado
do ensino é ver as vidas dos nossos alunos quando eles crescerem.

Mas, se você não pudesse ver nem isso, é claro que você não entenderia.
Agora, Naruto era tão famoso que não havia uma única pessoa da aldeia que não
soubesse seu nome. Todo mundo o reconheceu.

Naruto, que havia sido intimidado e zombado desde que era uma criança, quem
viveu seus dias isolado de todos os outros. Naruto.

Será que Mizuki teria sido capaz de prever esse futuro para Naruto? Não, ele
não teria.

Alguém que não havia passado seus anos como professor nunca seria capaz de
ver o que Iruka estava vendo agora, o futuro de um estudante que se desenrolava
diante de seus olhos. Este sentimento, essas emoções, ninguém mais
poderia compreendê-los.

Eu queria que você sentisse essa emoção também... Mizuki.

-----------------------------------------

No momento em que Iruka deixou Ichiraku, já estava escuro lá fora. Apressou-


se em seu caminho para casa, sentindo o vento da noite empurrando suas costas.

O presente de casamento que ele comprou para Naruto e Hinata estava dentro do
bolso da frente do colete. Era bom sentir o peso de algo tão importante contra seu
peito.

Ele pensou que ele realmente era um homem feliz. Não era
apenas Naruto que ainda sentia carinho para com Iruka depois de se formar,
mas muitos de seus outros alunos também. Não havia um sentimento mais feliz no
mundo do que isso.

Naruto em especial iria freqüentemente vir para ver Iruka, perguntando se eles
poderiam ir e comer ramen juntos. Mas, no futuro, Hinata provavelmente
faria refeições para ele em casa, então se Naruto ainda saísse para comer com
tanta frequência, ela provavelmente iria ficar brava com ele.

Pensando nisso, Iruka não pôde deixar de rir. Seu bom humor continuou na
viagem para casa.

Iruka entrou na casa escura com ninguém dentro, e acendeu as luzes.

Havia uma única escova de dentes no copo ao lado de sua pia. Ele pensou
que poderia ter que substituí-la em breve.

Uma metade-bebida xícara de chá ficava, esquecida, em sua mesa de café.

Iruka percebeu que tinha esquecido de trazer sua roupa para dentro, de
onde ele pendurou para secar, e foi trazê-las de volta. Sua roupa íntima, em
particular, estava agora fria congelante de ficar pendurada no ar da noite.

Houve um "splash" fraco enquanto uma gota de água caía da torneira da pia da
cozinha.

Era uma noite tranquila.

Iruka deixou escapar um suspiro, olhando para o teto baixo.

Talvez seja a hora que eu deva começar a seriamente procurar uma parceira de
vida também...

Por alguma razão, o pensamento que entrou em sua mente sentia particularmente
forte hoje.

Iruka fechou o punho, e murmurou para si mesmo:

"Tudo bem, vamos não perder para Naruto ...!"

-----------------------------------------

Foi uma declaração muito tranqüila.

Quanto ao que aconteceu com esse assunto, vamos deixar isso para Iruka para
descobrir.

-------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Capítulo 07
Por BabyVy
A Missão Final, Começo
Lee e Tenten tinham estado conversando nos campos de treinamento.

Shikamaru e Chouji tinham se encontrado por acaso.

Sakura e Ino tinham se encarado em sua loja favorita.

Sai tinha se desintegrado num lugar enquanto ele olhava para o céu.

Iruka tinha estado cantarolando enquanto pendurava suas roupas para secar.

E Ichiraku tinha estado ocupado com o trabalho, como de costume.

Nem uma única pessoa tinha notado o minúsculo inseto voador perto deles.

----------------------------------

Era apenas um inseto. Ele estava voando sem descansar em torno da


vila de Konoha.

Era um inseto muito pequeno, tão pequeno que ninguém prestou atenção nele. E
mesmo se alguém se tornasse ciente dele, eles logo o perderiam de
vista no tempo limpo, iluminado e ensolarado. Era difícil continuar observando um
pequeno inseto que estava voando voltas e voltas sem descanso.

Porém...

De repente, o inseto parou de se mover. Ou melhor, para ser mais exato, ele tinha
dado uma pausa para descansar suas asas.

Quando um inseto para o seu movimento em qualquer lugar perto de você, torna-
se muito mais fácil de vê-lo.

Aburame Shino olhou atentamente através de seus óculos de sol para


o inseto alado que tinha parado em cima de seu dedo.
"...Você trabalhou duro." Ele disse, agradecendo o inseto em uma voz baixa.

Quando ele fez isso, o inseto na ponta do dedo desceu para a palma da mão e, em
seguida, calmamente e naturalmente desapareceu na manga de Shino.

Um inseto tinha acabado de entrar dentro de suas roupas, mas Shino não
estava perturbado. Em vez disso, ele tinha um olhar muito calmo em seu rosto.

Isso era apenas natural.

A razão era que Shino era um shinobi que tinha nascido no clã Aburame, uma
linhagem de usuários de insetos. As pessoas de seu clã permitiam insetos
chamados Kikaichuu residir dentro de seus
corpos. Depois eles comandariam esses insetos como quisessem, e em
troca permitiriam que os insetos se alimentem do chakra de seus corpos. É assim
que seu contrato continuava.

E o mesmo inseto que entrou na manga de Shino um


momento atrás, era simplesmente outro Kikaichuu que Shino manipulava.

Era muito natural que Shino tenha permanecido calmo, porque tudo o
que aconteceu foi que o inseto havia retornado ao seu lado.

Em seu contrato, os insetos eram usados principalmente no campo durante as


missões, mas eles tinham uma grande variedade de usos. Além de atacar e
defender, eles ajudavam a capturar o inimigo que eles estavam
caçando, fazendo coisas como perseguir ou procurar. Eles eram usados em
praticamente todos os cenários. Um grande número de insetos poderia até mesmo
assumir a forma de um ser humano e usar seu próprio jutsu. Desta forma, o
clã Aburame, que vivia lado a lado com um grande número de insetos desde o dia
em que eles nasceram, tornou-se familiarizado com a natureza
desses insetos, e aperfeiçoou os jutsus que eles usavam quando lutavam ao
lado deles. Eles eram um clã discreto.

E, neste dia, Shino estava usando uma das técnicas discretas de seu clã para
espionar as atividades de seus companheiros. Quanto ao porquê de ele fazer tal
coisa, a razão residia no homem que estava em pé perto de Shino.

"Então, como foi?" Inuzuka Kiba perguntou enquanto ele brincava com o
cachorro ninja, Akamaru.

"Como esperado, parece que todo mundo está trabalhando para obter presentes
de casamento..." Shino respondeu de onde ele estava, um terreno elevado que lhe
permitia uma visão ampla da aldeia.

"Assim como eu pensei," disse Kiba. "Então, alguém já decidiu o que


vai comprar?"

"A maioria deles ainda não. Parece que eles estão em sua maioria se
encontrando para consultar um ao outro."
Kiba soltou um grito na resposta de Shino. "Yahoo! Assim como eu queria!"

Enquanto Kiba falava, ele escovava o cavanhaque crescendo em seu


rosto. Ultimamente, Kiba parecia ter ficado muito afeiçoado a ele, e tocava-
o sempre que podia. Parecia que estava se tornando um hábito.

"É a nossa chance de agir, enquanto todo mundo está preocupado. É


finalmente minha hora de brilhar".

"Mais precisamente, 'nossa hora'." Shino corrigiu.

Kiba soltou uma risada, "Eu sei disso. Certo, Akamaru?" Disse Kiba, batendo
no ninken¹ cujo comprimento era mais longo do que a própria altura de Kiba.

Kiba nascera no clã Inuzuka que era um clã de usuários de cão ninja, assim,
para ele, Akamaru era um parceiro que ele esteve comendo e dormindo ao lado,
desde a sua infância. Era o mesmo para Akamaru, e mesmo agora, quando
ele tinha passado dos 10 anos de idade, Akamaru ainda continuava
a acompanhar Kiba em missões todos os dias.

Akamaru imediatamente latiu duas vezes como resposta à pergunta de Kiba.

"Sim, está certo." Disse Kiba. "Nós vamos encontrar um presente que ninguém
mais tenha dado, aquele que vem somente do Time Oito."

Time Oito hein...

Shino pensou enquanto observava Kiba e Akamaru brincando juntos.

Seus pensamentos estavam voltando para o dia em que ele tinha sido colocado no
mesmo time que Kiba.

O silencioso Shino, o amante de ação Kiba e Akamaru, e a introvertida e


pensativa Hinata.

Essas três pessoas e um animal tinham sido os membros do Time Oito.

Eles eram companheiros que tinham treinado juntos, apoiado uns aos outros, e
sempre estiveram juntos.

No entanto, enquanto a madura Hinata tinha sido uma coisa, Kiba tinha
sido violento, imprudente e extremamente propenso a pegar a liderança para si
mesmo. Quando Shino tinha sido colocado na mesma equipe que Kiba, ele achou
que seu caráter diferente e o modo de pensar eram extremamente tediosos, e
tinha passado todos os dias suspirando para si mesmo e lamentando o
futuro difícil que estava, sem dúvida, reservado para ele.

"Eu não acho que serei capaz de me dar bem com você. A razão é que nós-"

Mesmo agora, Shino conseguia se lembrar claramente de seu eu passado que


havia dito essas palavras. Posto isto, as suas palavras foram
interrompidas porque, naquele momento do passado, Kiba havia gritado: "Que
diabos há com você? Você é realmente sombrio!"

Kiba realmente fora grosseiro desde os velhos tempos, sempre falando em voz
alta como um idiota.

"Kiba... você se lembra do que eu disse quando fomos colocados no mesmo


time?" Shino perguntou isso de repente, sem qualquer
motivo real. Impulsividade era especialidade de Kiba.

Mas, Kiba muito provavelmente não iria se lembrar.

"No primeiro dia...?" Perguntou Kiba, "Ah sim, aquele dia quando
estávamos almoçando nos campos de treinamento."

Kiba continuou acariciando Akamaru enquanto pensava, olhando para o


céu. Então,

"Certo, foi... 'apenas a minha lancheira tem insetos nela' ou alguma coisa assim-"

"Eu nunca disse tal coisa." Disse Shino.

O que raios? Esqueça lembrar, Kiba tinha até mesmo fabricado uma
memória falsa sem sentido em seu lugar. Shino fixou seu olhar sobre Kiba,
sentindo a sensação de ansiedade que ele tinha naquela época ainda
sobrando em suas entranhas.

"O qu-o quê? Não foi isso que você disse?" Kiba parecia perturbado pelo olhar
de Shino por um momento, antes de se recuperar," Bem, esqueça os pequenos
detalhes. Os presentes de casamento são mais importantes. Certo?"

Kiba sorriu largamente assim seus caninos apareceram. Shino achava que a
capacidade de Kiba de mudar rapidamente o humor não era uma boa, mas uma
má qualidade.

Naquele momento:

"Você sabe, Shino", o tom da voz de Kiba tinha mudado. Um vento


forte soprou entre os dois. Kiba continuou falando com um olhar sério em sua
face. "Fiquei feliz que Kakashi-sensei tenha chamado isso de missão. Mesmo eu
consigo entender que Kakashi-sensei e todos os outros estão chamando isso de
missão só de fachada. Já que ele é alguém que tem juízo excêntrico. Mas, para
mim, eu realmente penso nisso como uma missão. Eu acho que esta vai ser a
última missão para nós, membros do Time Oito... "

Shino nem sequer deixou escapar um som de acordo, calmamente,


silenciosamente escutava.

"É como se esta última missão tivesse sido dada." Continuou Kiba. "Como se
talvez Kakashi-sensei tenha especialmente organizado isso para este fim?... Ou eu
poderia estar apenas pensando demais..."
Kiba parou de falar e desviou o olhar, rindo como se estivesse envergonhado.

"Não, você não está pensando demais..." Disse Shino.

Shino entendia o sentimento de Kiba tanto que doía. Era porque ele tinha tido os
mesmos sentimentostambém.

Hinata estava atualmente ocupada se preparando para o


casamento. Kiba e Shino ambos saíam muito em
missões como chuunins liderando suas próprias equipes. Os quatro
deles não tinham sido capazes de sair em quaisquer missões como Time
Oito recentemente. E, muito provavelmente, após isso eles-

"A última missão do Time Oito para Hinata, hein..."

Ninguém mais poderia estar envolvido. Isso era algo que apenas as pessoas que
tinham estado em sua equipedesde que eram jovens, que tinham passado através
de toda a felicidade e tristeza com eles iriam entender.

Kiba e Shino, e Akamaru também... Era definitivamente algo que ninguém, mas o
Time Oito poderia fazer.

Era por isso que Shino tinha enviado seu Kikaichuu para voar e investigar
os estados de seus outros companheiros. Então, Shino e Kiba poderiam dar um
presente mais magnífico do que o de qualquer outra pessoa. Então eles
poderiam fazer Hinata feliz.

"Então, o que vamos fazer...?" Perguntou Shino.

Kiba ficou em silêncio. Ele estava olhando para nada em particular, sem dizer
uma única palavra.

O silêncio continuou entre os dois. Akamaru inquietamente se


movimentando, deixando escapar um choramingo enquanto ele olhava para Kiba.

Shino não conseguia tolerar o silêncio não natural vindo de Kiba.

"É possível que você ainda não tenha pensado em nada?"

Kiba silenciosamente assentiu.

Ele tinha dito tudo isso, mas no final ele não tinha nada, mas o seu
entusiasmo, para mostrar. Como esperado, Kiba seria sempre Kiba. Este lado
dele não tinha mudado desde os velhos tempos.

"Por agora, nós temos que pensar apenas em coisas que Hinata gosta. Não pode
ser além das coisas que ela gosta. A razão é que se nós lhe darmos algo que, por
exemplo, nós não sabíamos que ela não gostava e em seu dia de seu casamento
tão esperado, a atmosfera ficará ruim."

Eles passaram por missões com Hinata por muitos anos. Foi o suficiente
para dizer que eles eram companheiros que tinham comido da mesma panela. Não
havia dúvida de que eles sabiam do que Hinata gostava melhor que qualquer
outro.

"Coisas que Hinata gosta é, bem, há zenzai..." disse Kiba.

Shino pensou sobre isso. Era verdade que Hinata definitivamente amava aquela
sopa feita de feijão vermelho Azuki. Sempre que eles estavam fazendo uma
pausa no treinamento ou em uma missão e eles passavam em uma loja de chá, os
olhos de Hinata brilhavam se visse qualquer zenzai.

"E então há... sim, flores prensadas." Kiba disse, "Ela realmente gosta de
fazer flores prensadas. Cara, ela temhobbies tão simples."

Zenzai e flores prensadas... nenhum deles serviriam para um presente de


casamento. Pensando nisso, há alguém nesse mundo que daria sopa como um
presente de casamento?

Shino quebrava a cabeça.

"Ah, espere, está certo. Naruto, ele sempre gosta de comer ramen, certo? "
Disse Kiba de repente.

"Sim", disse Shino. "Ramen é algo que ele come frequentemente, não é?"

"E, sabe," Kiba disse, "Isso é algo realmente surpreendente que nem todo mundo
sabe, mas, Naruto realmente gosta de Oshiruko."

"Oh, então era isso? Agora que você mencionou, eu o vi beber aquela
sopa de uma lata antes."

"Certo? Há algo ainda mais surpreendente do que isso. Naruto tem um hobby
de regar as plantas. E não é apenas regá-las também." Kiba tinha um
olhar alegre em seu rosto enquanto baixava a voz para murmurar. "Naruto, ele
gosta de falar com as plantas, enquanto ele as rega. Claro, só quando está
sozinho na sala. Só aconteceu de Akamaru e eu estarmos andando pela frente de
sua casa quando ouvimos ele, conversando com uma, enquanto regava. Ele
tem um lado estranho, falando com plantas. Certo, Akamaru?"

Akamaru soltou um latido forte em resposta. Shino não entendia a maioria do


que Akamaru dizia, mas ele sabia que esta resposta significava "Exatamente!"

"Isso definitivamente é incomum." Disse Shino. "Conversar


com insetos é normal, mas não é assim para as plantas. Ele poderia estar apenas
se sentindo realmente entediado, mas há também a outra possibilidade... Bem, só
para ter certeza seria melhor ir e ver a situação nós mesmos..." Ele cruzou os
braços e balançou a cabeça.

Naruto tinha certos lados estranhos nele. Pensando nisso, no


passado Naruto tinha sequer jogado poker com o seu próprio kage bunshin. Bem,
isso era o que acontecia quando você não ia jogar com ele, Shino pensou.

"Mas sabe," Kiba disse, "Quando você pensa de novo nisso tudo, é incrível."
"...O que é?"

"Você sabe, as coisas que eles gostam. Como, zenzai e Oshiruko²? E, em


seguida, pressionar flores para preservá-las, e regar plantas para cuidar delas,
coisas assim. Não importa como você olha para isso, as coisas que eles gostam
e seus hobbies são bastante semelhantes, não são?"

"Eu vejo, você está certo sobre isso. Mas Kiba..."

"Mm? O quê?"

"O assunto mais importante é o presente de casamento..."

"Ah, sim. O que devemos fazer...? "

O silêncio os cobriu pela segunda vez. Kiba sentou-


se, distraidamente acariciando Akamaru. Shino ficou parado, como de costume,
olhando para o chão.

"Então, vamos... perguntar a alguém..."

Desta vez foi Kiba quem tinha sido incapaz de suportar o silêncio.

"Todo mundo está perguntando para todos os outros também, certo?" Kiba disse,
"Vamos fazer isso também... sim?"

Onde é que o Kiba, que estava com tanto entusiasmo falando sobre a última
missão do Time Oito, foi?

Isso é o que Shino pensou enquanto olhava para a linha de formigas marchando
perto de seus pés.

Ele pensou, mas ele não disse isso, porque Kiba já tinha lhe dado uma idéia muito
melhor.

"Eu suponho que nós também temos nenhuma escolha a não ser ir e consultar
alguém..."

"Bem! Então, a quem vamos perguntar? Seu pai? Eu estou dizendo isso só por via
das dúvidas, mas a minha mãe e irmã não vão servir, sabe? Eles são de
tipos completamente diferentes em comparação com Hinata." Kiba disse, ficando
de pé.

Puxa vida, ele era tão impaciente.

"Há alguém que é muito adequado para a última missão do Time Oito."
Disse Shino. "Se você perguntar quem, então essa pessoa é-"

"Entendi, aquela pessoa é quem você quer dizer! Tudo bem, vamos Akamaru!"

Kiba tinha imediatamente entendido o que Shino quis dizer antes mesmo que
pudesse terminar de falar. Ele rapidamente começou a
correr com Akamaru. Ambas as figuras deles começaram a lentamente
ficar pequenas com a distância.

Ele não tem mesmo a menor porção de calma nele...

Shino pensou, e começou a andar depois de Kiba.

--------------------------------

No momento em que Shino finalmente chegou ao local


desejado, Kiba e Akamaru já haviam começado a agir como se estivessem em
casa.

Akamaru estava deitado no tapete, e Kiba estava afundado confortavelmente em


uma cadeira.

Shino calmamente entrou.

"Oh hey, você está atrasado." Disse Kiba, uma xícara de chá na mão.

Kiba se sentava confortavelmente demais, como se estivesse sentado em


sua própria casa. Realmente, a palavra "moderação" era
provavelmente completamente estranha ao cérebro de Kiba.

"Você é muito descontraído, Kiba."


Disse Shino, silenciosamente sentando também.

Assim que o fez, uma criança veio correndo de outro quarto, jogando-se em cima
de Akamaru.

"Akakiba! Akakiba!" Ela disse, puxando as orelhas de Akamaru.

Akamaru levantou seu pescoço, parecendo um pouco irritado, mas depois se


deitou novamente e deixou a criança continuar com o que estava fazendo.

"Eu continuo te dizendo, eu sou Kiba, e ele é Akamaru." Kiba disse com
um tom como se tivesse sidoexplorado. Parecia que eles tinham repetido essa
conversa muitas vezes.

A criança soltou um grito de alegria, se divertindo e rindo. "Akakiba e Kibamaru!"

"Agora você está misturando os nomes, juntando eles, hein... Por favor, me
poupe, Mirai..."

O nome da criança era Sarutobi Mirai. Ela era a filha do falecido Sarutobi Asuma.

"Por que você é assim...? Será que é porque o pelo do Akamaru³ é branca, então
você está confusa ...?" Kiba murmurou, lançando um olhar sério e
pensativo em Mirai, que havia apertado seu seu rosto carinhosamente contra o
de Akamaru.
Era verdade que Akamaru era completamente diferente de seu nome, com
aquele seu pelo branco. Kiba havia lhe dado o nome "Akamaru" porque depois de
comer a pílula de ração militar que Kiba inventou, Akamaru se tornaria coberto de
sangue dos outros em batalha.

Mas, Shino pensou que era improvável que a cor do pelo


de Akamaru tivesse qualquer ligação com isso.

O porquê de ele pensar assim era pelo fato


de Kiba e Akamaru freqüentemente virem para brincar com Mirai durante os seus
passeios.

Se ela não os tivesse visto muitas vezes, então seria normal Mirai não
lembrar seus nomes, mas isso não se aplicava a Kiba e Akamaru. E, no
entanto, Mirai misturava seus nomes.

Era mais provável que fosse porque Kiba e Akamaru eram tão próximos e estavam
juntos tão frequentemente que ela fazia isso. Na verdade, Shino esperava
sinceramente que fosse esse o caso.

"Parece que ela ainda não se lembra da diferença, mesmo que você venha
brincar com ela tantas vezes." Shino não pretendia realmente que tais
palavras saíssem, mas elas saíram.

Kiba desanimadamente abaixou a cabeça. "Isso não me incomoda."


Ele murmurou. "Criancinhas fazem muito isso."

"É o tio inseto!" Mirai de repente disse, apontando para Shino.

Shino sentiu um sentimento doloroso vir sobre ele, e Kiba, que


estava desanimado com a cabeça baixa até apenas um segundo atrás, de
repente soltou um grito alto de riso.

"Eu... eu sou o irmão mais velho inseto..." Disse Shino, incapaz de esconder a
sua agitação. "A razão é que eu ainda sou muito jov-"

"Eu ouvi o que está acontecendo de Kiba," uma voz atrás dele disse.

Shino virou a cabeça para ver uma mulher com cabelo preto brilhante. A mãe
de Mirai, Sarutobi Kurenai havia entrado com chá e um pouco de comida.

Ela havia passado pela gravidez e parto, e agora estava fazendo tarefas
domésticas e cuidando da criança, mas para Kiba, Shino e Hinata, ela sempre
seria sua professora que havia estado encarregada do Time Oito.

Shino e Kiba tinham ambos pensado que se eles quisessem pedir um conselho a
alguém sobre a última missão do Time Oito, então seria ela. Foi por isso que eles
vieram aqui. Mas...

"Um presente para Hinata, hein..." Kurenai disse, deixando o prato-


estava principalmente cheio de petiscos- sobre a mesa e se sentando. "Mas ao
invés de mim, vocês não acham que teria sido melhor perguntar a Hanabi?"
"Não, bem, quero dizer, sim, mas..." Kiba murmurou, sua mão parando no meio
do movimento enquanto ele estendia a mão para pegar seu
petisco favorito, charque.

Hanabi é a irmã mais nova de Hinata. Em comparação com a Hinata simples e


não muito na moda, Hanabi era uma mulher jovem muito mais na moda e
extravagante em seus gostos.

"Nós pensamos que poderia ser melhor... não envolver membros de sua
família..." Kiba desajeitadamente tentou falar em uma maneira educada, coisa que
ele não estava acostumado com.

Ultimamente, Kiba estava tentando falar educadamente


com Kurenai. Era provavelmente pelo fato de ele ter percebido que não
poderia falar com sua antiga professora como se fossem melhores amigos, depois
de certa idade ter passado.

"E-e, em seguida, é claro, bem... não somos tão... intimamente


familiarizados... com ela." Kiba gaguejou.

Apesar de eles terem ido à casa Hyuuga algumas vezes para se encontrar
com Hinata e tal, nem Kiba nem Shino tinham se encontrado com Hanabi fora
dessa. Seria estranho ir de repente e pedir-lhe conselhos sobre presentes de
casamento. Além disso, como Kiba disse, se envolvessem membros de sua
família, então haveria a chance de que a conversa de presentes de
casamento chegasse aos ouvidos de Hinata.

"Hmm, você está certo..." Kurenai cruzou os braços e pensou.

Nesse meio tempo, Kiba finalmente pôs as mãos sobre o charque,


mastigando furiosamente enquanto murmurava "O sentimento quando você
mastiga é realmente importante... o sentimento..." como se fosse um feitiço
mágico.

Havia outra razão para Kiba ficar tão chateado quando o assunto "Hanabi" foi
mencionado. Shino sabia um pouco sobre isso. O incidente aconteceu no dia em
que eles haviam ouvido a notícia inacreditável sobre a lua estar
possivelmente caindo.

------------------------------------

As lembranças desses dias em que meteoritos estavam chovendo sobre a Terra


e realmente sentia como se fossem os últimos dias de sua
existência ainda estavam frescas na mente de Shino. A maior parte
da aldeia tinha sido reparada por agora, mas se você desse um passo fora da
aldeia, você veria as cicatrizes deixadas por aquele tempo restando. Não importa
como muitos meses ou anos se passavam, você ainda não seria capaz de
restaurar perfeitamente todas as árvores que haviam sido
movidas pelos meteoros, ou as crateras deixadas para trás.
Shinobi se reuniram para proteger a vila dos meteoros chovendo sobre eles, e, no
meio disto, uma equipe foi montada para resgatar Hanabi, que tinha sido raptada
pelo cérebro por trás da ocorrência.

Foi uma equipe montada para encontrar o esconderijo do cérebro assim como
para salvar Hanabi.

Uma missão como essa era a especialidade de Kiba, já que ele era um
usuário de cão ninja e ainda havia seu próprio olfato aguçado. Ele estava cheio de
confiança, dizendo o quão provável era que ele seria escolhido devido a sua
ligação com Hinata através do Time Oito.

Mas, o nome de Kiba não estava na lista dos selecionados para a missão.

Kiba havia ficado incrivelmente deprimido sobre esse assunto.

"O que, não estou nela...? Se fosse eu, eu poderia


encontrar onde Hanabi está imediatamente... eu definitivamente poderia ajudar...
Eu realmente queria encontrar o esconderijo daquele cretino e chutar sua
bunda com o meu novo jutsu... Eu queria ajudar a fazer a lua parar de cair... "

Mesmo agora, Shino conseguia se lembrar claramente dos


resmungos intermináveis de Kiba sobre o assunto.

"Acabou, acabou..." Kiba tinha murmurado em desespero, e Shino se lembrou


de lhe dizer, "Bem, o mundo inteiro pode acabar em breve..."

Por que ele se lembra disso? Provavelmente porque Kiba tinha ignorado.

Mas, Shino pensava que Kakashi-sensei tinha escolhido as equipes certas


para as ocasiões certas.

Kakashi-sensei era o Rokudaime Hokage, e ele teve que fazer


sua decisão enquanto pensava em salvar a vida de todos, por isso, em vez de
colocar Kiba na equipe que foi enviada para resgatar Hanabi, ele o colocou na
equipe salva-vidas da aldeia. A missão de Kiba tinha sido rapidamente encontrar
e salvar as pessoas que estavam sob os escombros de edifícios
que desabaram após os meteoros os atingirem.

Era uma importante missão que só foi possível justamente por causa do olfato
aguçado de Kiba e Akamaru.

E Shino também tinha sido enviado como parte da equipe salva-vidas, juntamente
com Kiba. Foi porque os seus insetos eram capazes de passar por pequenas
fendas nos escombros que as pessoas e os cães
não conseguiriam passar. Enquanto Shino e Kiba corriam ao redor da
aldeia montando nas costas de Akamaru, eles tinham conseguido salvar muitas
pessoas que não conseguiram escapar antes dos meteoros caírem.

E, além disso, Kiba não tinha tomado refúgio em abrigos, em vez disso ficou do
lado de fora para ajudar as pessoas que ainda acreditavam que o amanhã viria,
o shinobi da vila, bem como proprietário do ramen Ichiraku, Teuchi, estava
preparando ingredientes para o ramen de amanhã. Ele até se vangloriou sobre
como ele destruiria com seu novo jutsu qualquer meteorito que estivesse caindo
em direção à loja. Ele colocava uma quantidade impressionante de esforço
em suas atividades.

O golpe de má sorte de Kiba foi que o único a ver os seus esforços tinha
sido Shino que estava constantemente ao seu lado. E Shino nunca tinha contado a
ninguém sobre o que aconteceu naquele dia. Shino achava as boas ações como
essa não eram do tipo que deveriam ser exibidas para o mundo.

--------------------------------

Shino estava olhando atentamente Kiba bruscamente rasgando sua carne seca.

Shino pensou que era provável que a memória amarga de Kiba de não
ser escolhido para a Equipe de Resgate de Hanabi havia ressurgido quando
ouviu o nome dela.

No entanto, Shino sabia.

Ele sabia que quando a situação ficava crítica, Kiba era um homem de
confiança. Ele sabia que Kiba foi correr ao redor da aldeia com Akamaru e
salvou a vida de muitas pessoas. Ele sabia que Kiba tinha até protegido Ramen
Ichiraku enquanto ele estava lá.

Somente Shino sabia dessas coisas.

Aquilo já não estava bom? Embora Shino realmente não tenha sido capaz
de ouvir o nome do novo jutsu de Kiba quando ele usou, uma vez que o som do
meteorito sendo destruído estava muito alto, mas ainda assim, estava bom deixar
as coisas dessa forma, não estava ?

"Ahh, em vez de chá, eu gostaria de poder beber shouchuu4..." Kurenai murmurou,


trazendo alguns petiscos para sua boca.

Kurenai era famosa por amar álcool desde os velhos tempos. Em cima disso, ela
amava as coisas fortes, e bebia muito delas. Ela era uma bebedora pesada.

Era impossível para Shino imaginar beber como um hobby, já que ele não tocava
em nem uma gota do próprio álcool.

Álcool não era bom. Ele fazia seus insetos ficarem


intoxicados. Shino evitava qualquer coisa que sequer tinha um
cheiro forte. Seja algo que você comesse ou algo que você bebesse, ou até
mesmo medicina, se o cheiro fosse forte ou os ingredientes
fossem ferozmente afetivos, eles influenciavam os insetos dentro dele. Para
usuários de insetos, isso era uma situação de vida ou morte. Por isso
que Shino gostava de comer coisas que eram suaves para ambos os seres
humanos e insetos, como saladas.

"Ah, na verdade, falando de álcool, vocês dois conhecem esta


história?" Kurenai disse, tirando os olhos de Mirai e Akamaru para olhar
para Shino e Kiba, "Nos velhos tempos, o Clã Senjuu da floresta
costumava dar vinho de mel como presente de casamento."

"Senjuu? Eu acho que eu ouvi esse nome na aula de história..." Kiba inclinou
a cabeça em dúvida, puxando seu cavanhaque.

Shino balançou a cabeça, exasperado.

"O Primeiro e Segundo Hokage." Disse Shino.

"Ah, sim! Não, claro que eu sabia disso, sabe?" Disse Kiba.

Kurenai sorriu enquanto os observava.

"Ver você dois conversarem assim me faz lembrar dos velhos tempos", disse ela.

Ver o rosto sorridente de Kurenai fazia Shino pensar dos velhos tempos também.

Honestamente, Kurenai tinha sido uma professora realmente implacável.

Forte de espírito... era uma palavra rude para se usar, mas ela era um
usuário de genjutsu extremamente sensível.

Ela era especialmente afeiçoada por frequentemente usar genjutsu


atordoante durante seu treinamento, e até mesmo lembrar disso agora
fez Shino lembrar do enjôo, é assim o quão severa ela era. Claro, isso tinha sido a
maneira de Kurenai mostrar o seu amor, e aquilo definitivamente endureceu os
membros do Time Oito, mas ainda assim, uma pessoa não podia deixar de
pensar no quão incrédulo seria para
alguém assim simplesmente amadureça após se tornar mãe.

"Olhe para você descaradamente pensando com um cavanhaque. De volta aos


velhos tempos, seu rosto costumava ser escorregadio e liso." Disse Kurenai,
sorrindo enquanto ela beliscava as bochechas de Kiba com ambas as mãos.

"Owwww, pwor fwavor pware Kuwenai-senswee...!"

Kurenai parecia estar tendo muita diversão.

Talvez ela não tenha realmente amadurecido.

"Então, sensei, a história sobre o vinho de mel do clã Senjuu?"

Ajudar um amigo em necessidade... não era a motivação de Shino. Ele só


queria ouvir o resto da história.

"Ah, sim. o clã Senjuu da floresta, assim como seu nome indica, vive na
floresta", disse Kurenai, soltando as bochechas de Kiba. "Há ursos nas florestas,
certo? E você sabe como ursos vão derrubar colméias para tentar chegar
ao mel que está dentro, certo? As pessoas dizem que o vinho de mel tem origem
nessas colmeias derrubadas que aconteceram de ter água da chuva misturada
com mel. Ela foi encontrada em tempos antigos pelo clã Senjuu que vivia na
floresta. Era uma bebida maravilhosa para eles, algo que tinha a nutrição de mel e
os fazia energéticos. Então, naturalmente, depois disso, a fabricação de vinho de
mel tornou-se lentamente parte de sua cultura".

"Por que eles dão isso como um presente de casamento?"

"Bem, para começar, era porque naquela época a receita para o vinho de mel não
era perfeita, por isso era rara. Mas o mais importante, era por causa do alto valor
nutritivo. A teoria era que o mel era abundante, por isso, os
bebedores dele iriam partilhar a sua fertilidade. De qualquer forma, tudo se
resume ao fato de que o álcool sempre foi usado para comemorar ocasiões
felizes desde os tempos antigos."

"Mas, aquele Naruto não bebe álcool, sabe?"

"Naruto prefere tomar uma sopa de ramen e oshiruko."

Kurenai suspirou profundamente quando Kiba e Shino disseram aquelas


coisas. "Os hábitos alimentares daquela criança são tão distorcidos."

Shino e Kiba simultaneamente estremeceram quando eles se lembraram


de quando foram na casa de Naruto no passado e encontraram a cozinha
com nada além de ramen. Ultimamente Naruto esteve se vangloriando por
ter começado a comer vegetais também, mas mesmo isso era apenas para o grau
de ele ocasionalmente ir comprar alguns tomates cereja.

"Ele não deveria estar morto agora?" Disse Kiba, que era um
comentário ótimo, considerando que Kiba não comia nada, mas carne. Você não
podia deixar de pensar que Hinata teria que fazer alguma coisa.

"Mas bem, de qualquer modo, vinho de mel pode ser usado como um
medicamento, e usado na culinária também. Se é Hinata, então eu tenho certeza
que ela seria capaz de encontrar um bom uso para ele. Além disso,
ela provavelmente não iria utilizá-lo imediatamente. Não é uma idéia maravilhosa e
romântica ela abrir um frasco de vinho de mel um dia e lembrar de seu dia de
casamento?"

"Eu vejo, pensando desse jeito, um presente de casamento que é mencionado em


histórias e lendas é realmente uma boa idéia." Disse Kiba, "E e ainda por cima, é
algo usado pelo clã do fundador de Konoha. É definitivamente um presente
adequado para mim, como o futuro Hokage".

Kiba estava balançando a cabeça com os olhos fechados agora. Ele


provavelmente estava imaginando seu futuro eu Hokage.

Shino, por outro lado, estava pensando discretamente. Algo o incomodava um


pouco.

Vinho de mel era uma idéia que tinha chegado da amante de álcool Kurenai-
sensei. Shino e Kiba não tinham pensado nisso por si mesmos. Mas, não importa o
quão desinteressado Shino era quando se tratava de álcool, ele tinha uma
compreensão básica da variedade de álcool vendido nas lojas e bares de Konoha.
"Hey Shino, vamos se apressar e sair para comprá-lo!"

Kiba estava animado, mas Shino não se lembrava de ter visto vinho de mel em
nenhum lugar da aldeia.

"Uma coisa dessas é vendida?" Shino murmurou, "Eu estou ouvindo sobre
isso pela primeira vez na minha vida..."

Kurenai facilmente respondeu, "Ele não é vendido."

"Huh?" Kiba soltou uma voz com sonoridade idiota com o comentário de Kurenai.

"Se ele fosse vendido, eu já teria comprado. Aquilo é realmente raro de se


encontrar na nossa aldeia."

"Uhm... en-então o que vamos fazer?!"

"Esse vinho de mel lendário é algo que eu só consegui provar uma vez, há muitos
anos. Isso é tudo que posso dizer."

"Ah não..."

O rosto de Kiba parecia como se o fim do mundo estivesse por vir. Na


verdade, Shino achava que ele parecia pior do que quando a lua
estava caindo. Kiba realmente tinha uma gama infinita de expressões
faciais, Shino pensava enquanto observava estoicamente.

"O vinho de mel que eu bebi me foi dado por um comerciante viajante. Era
realmente delicioso, então eu perguntei a ele de onde ele veio. Eu estava
pensando em ir e comprá-lo também. E, o que você acha que ele disse como
resposta?" Kurenai fez uma pausa, seu rosto ficando sombrio. "Ele disse que
comprou-o no Soraku."

"Você quer dizer aqueles caras do mercado negro...?!"

Soraku... um grupo de renegados inacessíveis por qualquer país ou aldeia. As


pessoas diziam que a própria aldeia parecia um lugar perfeitamente normal que
ninguém olhava para, mas na verdade era a cidade natal de um clã
de comerciantes do mercado negro. Era um lugar que ninguém ouvia rumores
bons sobre, do tipo que tem em suas mãos armas difíceis de serem
encontradas, que haviam sido proibidas em toda a parte.

"Para ser mais exata, o comerciante disse que ele tinha conseguido o vinho de
mel de um apicultor que vivia em Soraku."

"Então, eles têm até mesmo apicultores?"

"Bem, os comerciantes negros que se estabeleceram lá não vão apenas viver de


armas e dinheiro, você sabe, então deve haver uma comunidade de origem lá que
fornece necessidades da vida."
Uma vez que o comerciante que tinha vendido o vinho de mel tinha o conseguido
de Soraku e, em seguida, visitou Konoha, isso significava que tinha que
haver alguma maneira de se comunicar com a comunidade dentro de Soraku.

"Eu não era capaz de encontrá-los, mas vocês são o Time Oito, especializados
em caçar pessoas, não é?" Kurenai disse com um sorriso maldoso no rosto. Ela
parecia bem séria sobre isso.

"Basta deixar isso para nós," Kiba disse,


"Enquanto eu, Shino e Akamaru estivermos lá, vai ser moleza!"

Kiba levantou-se no final da sua declaração, e Akamaru, que


esteve deixando Mirai fazer o que ela quisesse, agora se levantou também,
sem precisar ser chamado, para ir ao lado de Kiba.

Mirai observou Akamaru deixá-la, e disse em uma voz que mostrou o quão ela
estava relutante a dizer adeus:

"Shinomaru está indo?"

"Eu sempre digo que ele é Akamaru! E pensando nisso, você


realmente misturou todos os nossos nomes desta vez, não misturou?!"

Shino estava observando a discussão de costume, quando Kurenai levou-o a virar-


se para ela.

"Ei, Shino..." Kurenai disse em uma voz muito baixa para que ninguém
mais ouvisse. "Kiba não tem muito bom senso. Você entende o que quero dizer,
certo?"

Shino silenciosamente assentiu, encontrando os olhos de Kurenai.

Enquanto você está nisso, compre alguns para mim também...!

Esta era a mensagem que Kurenai queria transmitir.

"Não haverá nenhum problema." Disse Shino, indo embora também.

----------------------------------

De galho em galho. Eles estavam voando através da vegetação espessa


de árvores.

Shino, Kiba e Akamaru estavam saindo da aldeia como um time para obter o
presente de casamento de Hinata. Pouco tempo depois, eles já tinham colocado a
distância de uma montanha entre eles e Konoha.

Kiba estava vestindo uma jaqueta por cima do colete ligeiramente melhorado
de Konoha. Era uma jaqueta projetada grosseiramente, com pelo do lado de
dentro. Shino usava seu longo casaco favorito sobre seu próprio colete, e tinha
levantado o capuz unido a ele sobre sua cabeça.
Este era seu traje habitual para as missões.

Em outras palavras, elas eram roupas que se adequavam perfeitamente com a


última missão do Time Oito.

Os coletes de Konoha melhorados já não tinha as


bolsas duplas para pergaminhos que costumavam estar em ambos os lados do
tórax, favorecendo a facilidade de movimento sobre qualquer outra coisa.

O surpreendente era que eles eram mais leves do que os antigos coletes,
mas mais duráveis. Tal coisa teria sido impensável durante os velhos tempos. Era
um sinal de progresso incrível em tecnologia. Isso realmente te fazia se
sentir ciente de que o tempo estava passando. A vila, as pessoas e as
coisas também, todas elas estavam mudando uma por uma.

Pensar que ele tinha chegado a uma idade onde ele podia sentir que os tempos
estavam mudando fez Shino se sentir um pouco triste. E então ele pensou sobre a
próxima geração de Konoha, o que o fez pensar em Mirai. O que o fez pensar no
que Mirai disse.

"Eu... realmente pareço tão velho...?" Shino falou sem pensar.

Kiba olhou por cima do ombro para ele no meio do ar. Akamaru tinha ido à frente
deles, então era só eles dois que estavam pulando através das árvores. De certa
forma, eles quase pareciam estar voando no ar. Eles escolheram este método
de transporte ao invés de correr no chão porque era mais rápido. Com
cada salto, seus arredores borravam e eram rapidamente deixados para trás. Por
um tempo, eles se moveram em silêncio, até Kiba perceber o que Shino havia dito.

"Oi, oi, não seja incomodado por coisas assim." Ele deu um sorriso
largo. "Tio inseto."

"Eu não estou incomodado. Cale a boca, Idiotamaru."

"É Kibamaru! Não, não é Kibamaru também!"

Esse era o tema de sua conversa enquanto voavam sobre as árvores. O cheiro
de terra e vegetação era forte, e os insetos estavam se movendo em todos os
lugares. Era um dia agradável, com tempo limpo. Era surpreendente e incrível,
muito melhor do que ele esperava, passar pelos ventos fortes de ontem à
noite. Borboletas bonitas estavam dançando em volta na paz da manhã.

Depois de um tempo de silêncio, Shino abriu a boca novamente.

"Eu não sou velho o suficiente para ser chamado de tio ainda, mas se eu sou
chamado de um, então você deve ser chamado de um também, Kiba, porque nós
somos colegas de classe da mesma idade..."

"Você realmente está incomodado com isso!"

"Sim, isso me incomoda. Kiba... eu realmente pareço tão velho?"


Kiba sorriu para Shino abertamente falando sobre seus sentimentos.

"Bem, bem, olha isso. Em comparação com quando éramos crianças, você
ficou muito mais honesto".

O sorriso onisciente de Kiba raspou nos nervos de Shino.

Shino deliberadamente olhou para o outro lado quando ele disse, "Eu estou
perguntando para você porque nós nos conhecemos há muito tempo. Então, eu
realmente pareço tão vel–"

"Você está realmente sério sobre isso! Perguntando duas vezes! Tudo bem,
eu já entendi. Você está bem! Você olha direto para a sua idade!" Kiba passou a
mão pelo seu cabelo, sua voz ficando mais forte. "Você é mais alto que eu, e você
está sempre calado e usa esses óculos de sol o tempo todo, então é claro
que você parece maduro! Pensando nisso, para uma criança pequena daquele
jeito, todos nós parecemos velhos!"

"Realmente? Então, eu estou realmente bem...?"

"Você é tão persistente... Olha, você nem precisa mais usar óculos de sol. Você
ficou muito bonito. Nem mesmo só um pouquinho, definitivamente com
uma aparência bem melhor do que a cara estúpida de Naruto, então não se
preocupe!" Kiba disse sem recuar, em seguida, confiantemente apontou o polegar
para si mesmo, "Bem, é claro que quando se trata de boa aparência, você
vem em segundo depois de mim e Akamaru."

Depois de Akamaru... Eu realmente não entendi isso, é estranho...

Shino olhou fixamente para a cauda de Akamaru, que estava a alguma


distância em frente a ele.

--------------------

1-Cão ninja.

2-Ambos são alimentos feitos de feijão Azuki, considerados como sopa.

3-Akamaru significa "círculo vermelho", apesar de ter pelo branco.

4-Shōchū (焼 酎) É uma bebida destilada japonesa. É normalmente destilada a partir


de cevada (mugi), batata doce (imo), trigo sarraceno (soba) ou arroz (kome),
embora às vezes é produzido a partir de outros ingredientes, tais como açúcar
mascavo, castanha, sementes de gergelim, ou até mesmo cenouras. Contém
aproximadamente 25% de álcool.

-------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Capítulo 08
Por BabyVy
A Missão Final
"Então agora...é finalmente a hora de começar."

"É a Última Missão do Time Oito! Vamos, rapazes." Kiba ruidosamente ergueu a
voz como se estivesse bradando um grito de guerra.

Após uma longa viagem, Shino, Kiba e Akamaru tinham finalmente chegado à
entrada de Soraku.

Eles passaram sob um portão japonês refinado sustentado


por pilares grossos, escarlates, e entraram na cidade.

No momento seguinte, todos do grupo engoliram em seco com o que


viram espalhados na frente deles. Mesmo Kiba, que
esteve incrivelmente barulhento apenas um minuto atrás, parecia manso, de
repente. Era além do que eles tinham imaginado.

Inúmeros edifícios estavam amontoadas, paredes que tinham quebrado em


pedaços e desintegrado, placas de loja inclinadas com tinta desbotada, e inúmeras
lojas com janelas de vidro quebradas, alinhadas como se estivessem
tentando competir umas com as outras.

Claro, não havia ninguém dentro da cidade. As ruínas desabitadas e


abandonadas tinham, obviamente, ficado assim por um tempo muito longo.

O centro da cidade tinha um monte de prédios altos , um indício claro de como um


número considerável de pessoas vivia aqui.

Nem Kiba nem Shino sabiam como Shino Soraku tinha chegado neste estado, ou
para onde seus antigos moradores tinham ido.

Mas antes que eles percebessem o que estavam fazendo, eles


estavam imaginando as cenas do passado distante de uma cidade cheia de
atividade e movimentada, que não podia mais ser o cenário.

Pais e filhos tinham estado aqui. Irmãos. Amigos. Amantes.

Não havia dúvida de que ali costumava ter acontecimentos que não eram
diferentes dos de Konohagakure.

Todo o bairro estava quieto. Não havia um único som. Mas, ocasionalmente, você
podia ouvir o som do vento. Era mais provavelmente o som de correntes de
vento soprando através das janelas quebradas e do interior dos edifícios.

Parecia que o vento que soprava tão inutilmente na quietude do silêncio era o som
feito pela cidade abandonada gritando.
As vicissitudes da vida. Essa frase veio à mente de Shino.

Mas então, era realmente aceitável resumir algo assim com aquela simples
frase? Ele hesitou, porque a visão parecia muito triste para essas palavras.

"É um lugar desolado." Shino murmurou. "Alguma pessoa realmente vive aqui...?"

O nariz de Kiba contraiu, se movendo. "Não há nenhum erro..." Ele disse. "Há
definitivamente umas poucas pessoas aqui, de alguma forma."

Kiba entrou no edifício que estava à frente, dizendo, "Este caminho".

Shino e Akamaru o seguiram.

O interior do edifício era tão confuso quanto o exterior. Os dois homens


e animal cuidadosamente fizeram seu caminho por um corredor longo e
escuro. Quanto mais seguiam em frente, mais complicado ficava , como um
labirinto. Tubos de algum tipo se agarravam às paredes, embora fosse difícil dizer
se eles carregavam água ou gás.

A julgar pela aparência, parecia que o edifício originalmente não tinha


sido estruturado assim, mas sim que várias adições foram feitas a ele ao longo dos
anos, e que resultou em tais caminhos estranhos se formando.

É mais provável que seja uma


contramedida contra intrusos... Shino pensou, olhando para as paredes de cores
diferentes.

"Fede a mofo aqui", Kiba comentou da frente dele, "Este lugar com certeza
é deprimente."

Naquele momento-

"Bem -miau- Eu sinto muito por este lugar ser deprimente."

Um gato tinha saltado de um dos dutos de ventilação de ar quebrados.

"Mas que... ?!" Kiba estava descomposto pela súbita aparição do gato. Era porque
ele não tinha sido capaz de senti-lo com seu nariz.

Akamaru ficou em guarda, deixando escapar um rosnado baixo. Num


instante, Shino estava em alerta também.

"Aqueles hitai-ate... miau, shinobi de Konoha?"

O gato estava falando. Não parecia haver quaisquer outros gatos ao redor. Tinha
principalmente pelo cinza, com pelo branco na ponta do seu
nariz, e boca. Ele estava olhando para eles com os olhos brilhando.

"Um fede a cão. Um fede a inseto. Um é um cão." Depois de olhá-los por toda
parte, um por um, o gato murmurou tal linguagem abusiva. "Sério, miau, vocês
são um bando de inúteis."
Mas Kiba não se importou, depois de tudo. Ele estava olhando para o gato
e regando-o com palavras de elogio.

"Essa é uma surpresa." Kiba disse, "Completamente sem cheiro. Este gato é
grande coisa...!"

"Gatos ninja removem completamente o nosso cheiro quando


estamos limpando nossos corpos, miau. Nós somos diferentes de gatos normais."

"Um desses gatos ninja dos rumores hein...?"

Shino fixou os olhos no gato na frente dele.

Ele parecia como qualquer outro gato que você encontraria em qualquer
lugar. Seus movimentos eram muito parecidos com os de um gato também.

A diferença era o kimono que usava, e as palavras humanas que falava.

Soraku tinha um outro lado, como um paraíso para gatos. Muitos gatos vinham
morar na cidade abandonada. A maioria deles eram gatos normais que não
conseguiam falar a linguagem humana, mas entre eles haviam estes
gatos ninja milagrosos que tinham aprendido a falar como humanos e
usar ninjutsu.

Estes gatos ninja tinham servido o clã de comerciantes de mercado


negro daqui por gerações. Chamá-los de autoridade importante desta
cidade não seria exagero. Gatos ninja cooperavam com gatos normais para
que, seja dia ou noite, eles estejam sempre mantendo um olhar atento sobre a
cidade. E, isso incluía rapidamente lidar com intrusos.

Parecia que os tubos que se agarravam às paredes e tetos eram, na verdade, um


caminho secreto para os gatos. Todo o edifício era provavelmente- não, toda a
cidade era provavelmente o mesmo. Eles provavelmentecontruíram toda a
área para que você não seja capaz de ir a qualquer lugar que esteja fora do
alcance dos gatos.

Era graças aos gatos ninja que esta região permanecia segura.

No entanto, Shino e os outros só tinha vindo desesperadamente à procura


de vinho de mel. Seria terrível se houvesse um mal-entendido que eles vieram
com más intenções. E assim, Shino começou a falar o mais gentilmente que pôde:

"Nós não somos pessoas suspeitas." Disse Shino, "Nós estamos procurando
por alguém. Estamos apenas à procura de informações."

"Um homem que usa óculos de sol, um casaco comprido, e um capuz que cobre
seus olhos...! Você é certamente suspeito, miau."

"Bem, você tem um ponto..." Por alguma razão, Kiba concordou com a gato.
Shino se sentiu um pouco irritado com isso, e levantou a sua voz. "Você não
pode chamar as pessoas de suspeitas só porque elss usam um capuz e óculos de
sol. A razão é que eu não sou alguém suspeito. E, além disso, as pessoas que
você realmente deve suspeitar de são os tipos que tentam esconder a
sua natureza suspeita por não parecer nada suspeito e..."

"Calma, Shino." Disse Kiba. "Levantar a sua voz para o gato não vai ajudar em
nada."

"Eu realmente não posso suportar o quanto você fede a cão, miau. Isso me
faz querer vomitar."

"COM LICENÇA!? EI, SEU GATO BASTARDO SENTADO AÍ!!!"

"Calma, Kiba. Fique calmo. Siga o meu exemplo."

"Seria melhor se vocês saíssem rapidamente, miau. Se vocês não fizerem


isso, serão rasgados membro a membro."

Diante de as repetitivas provocações do gato ninja, Kiba finalmente se cansou.

"Heeeh, tudo bem para mim. Nós podemos obter nossa informação do mesmo
jeito, amarrando ele, não podemos? "Kiba olhou para o gato com olhos
penetrantes. Ele estalou os dedos, então virou o pescoço,
ligeiramente soltando seu corpo. E depois-

"Vamos, Akamaru!" Kiba pulou do chão, e Akamaru correu para a frente quase
exatamente ao mesmo tempo.

"Seu humano tolo, miau." O gato olhou para o teto, sem parecer nem um pouco
particularmente preocupado. Ele moveu sua pernas para trás uma por uma
para alongá-las, e rolou a articulação de seu próprio pescoço também.

"Gyan!" Akamaru soltou um grito estridente, e caiu ao lado de Kiba.

"Qual é o problema, Akamaru?! Espe- isso é- ?!" Kiba desmaiou


repentinamente ao lado do Akamaru contorcendo-
se também. "Ah- espera- ha- gah- hya- kaa- ku-"

Akamaru e Kiba rolavam no chão, soltando ruídos estranhos. Eles pareciam


ter se perdido completamente, puxando os cabelos e apertando suas roupas.

A pele de Shino percebeu os minúsculos agressores que tinham saltado do corpo


do gato ninja.

"Ohh, então eles são pulgas..." Ele disse. "Você enviou pulgas como um
ataque. Como esperado de alguém que leva o nome de um gato ninja. Isto é
realmente raro. Eu acho que você poderia chamá-lo de
algo como Ninpou: Shuriken de pulgas..."

N-não só analisEEEEEE c-calmamente." Kiba gritou. "Fa-faça alguma co-coisa


logo sHINOOOO!"
Uma pessoa sentirá uma coceira incrível se for coberta por um número de pulgas
tão grande, isso não podia ser evitado. Os gritos aflitos de Kiba e ganidos de
dor de Akamaru estavam ecoando no corredor.

A fim de ajudá-los, Shino ajoelhou-se em um joelho e fez os sinais de um selo de


mão.

"Técnica Coleta de Insetos!" Shino gritou, e colocou a mão no chão. Enquanto o


fez, um padrão de chakra azul em forma de teia de aranha surgiu. Espalhava para
fora de seus dedos.

Conforme fazia isso, as pulgas que tinham coberto Kiba e Akamaru saltaram para
as teias de chakra azuis, reunindo dentro delas. A técnica de coleta de
insetos funcionava assim como o nome sugeria, atraía os insetos para perto
do usuário e os reunía em um só lugar. Era uma técnica fundamental para o Clã
Aburame que cada um de seus membros conseguia fazer.

Assim, essa tinha sido originalmente uma técnica utilizada para a coleta
de insetos na investigação da ecologia.

"Es-estamos salvooos..." Kiba deve ter passado por muita dor. Ele estava
tentando equilibrar sua respiração desordenada quando ele se levantou.

Akamaru parecia estar ainda se sentindo enojado com a situação, balançando todo
o seu corpo como ele faria se tivesse ficado molhado.

"Em pensar que vocês não conseguem vencer nem mesmo contra pulgas. Há um
limite para o quão patético se pode ser, seus vira-latas, miau."

"Seu gato maldito, nos olhando de cima...!" Kiba se lançou em direção ao gato
que esteve calmamente os observando.

"Te peguei!"

Kiba tinha firmemente agarrado o gato em suas mãos. No entanto, no segundo


que o tocou, o corpo do gato amassou em pedaços como pedra.

"O que?!"

Pedras? Não, não era isso. Eram pedaços crocantes de comida de gato. O
gato tinha estado ali definitivamente há um momento atrás. Quando raios tinha ele
mesmo trocado de lugar com um falso feito de ração de gato...?

"Eu vejo, então é um Bunshin de Ração de Gato..." Shino murmurou.

"Agora realmente é hora para o elogiar?!" Kiba disse com raiva.

"É realmente a hora de vocês irem embora, miau." O gato falou de um lugar
de dentro da passagem, seus olhos brilhando no escuro, "Mesmo um gato só
vai dar a outra face três vezes. De agora em diante, vai ser a hora de pôr as garras
para fora, miau."
Era assim que os gatos ninja afastavam intrusos. Pelo bem de proteger a cidade e
o clã de Comerciantes do Mercado Negro. No entanto, provavelmente, se um
comerciante aparecesse ali, não mandaria todos embora. Isso é o
que pensava Shino pensava.

No entanto, ele não sabia o que iria fazer os gatos pararem de rejeitá-los.

"Ugh, dane-se!" Kiba gritou irritado, "Nós não conseguimos pegar o gato, não
conseguimos obter informações do gato, não há nada que possamos fazer!"

"Se você deseja obter informações, então você pode trocá-las por Matatabi¹. Mas
isso é impossível, já que vocês não têm nenhum Matatabi. Você entende
agora? Você realmente fede a cão, então nós realmente queremos que vocês se
apressem e saiam."

Então era isso. Matatabi podia ser trocado por um passe para entrar. Eles não
haviam pensado muito. Seu adversário era um gato, afinal.

"Isso é ruim, Kiba..." Disse Shino. "A este ritmo, vamos fazer nenhum processo. A
razão é que nós não trouxemos nem mesmo um pouco de Matatabi... "

Shino se inclinou para mais perto Kiba, sussurrando para que o gato ninja não
pudesse ouvir. "Uma vez que as situações ficaram assim, eu vou usar
meus insetos para-"

"Espere, Shino. Deixe isso comigo."

Kiba tirou uma pílula de ração militar da bolsa em seu cinto, e a jogou para
o gato ninja. "Tudo bem, gato. Vou te dar isso. Vamos fazer uma troca. Isso pela
informação sobre a localização do apicultor."

"Você está me fazendo de tolo? Não importa como você olha para isso, não
é Matatabi, miau. Matatabi é..." O gato parou de falar,
parando suas reclamações quando próximo da pílula. Ele começou a lamber a
pílula de ração militar, sua língua rosa aparecendo e desaparecendo. "O Quê? O
que é isto? Isso tem Matatabi?"

O gato lentamente deitou-se no chão. Era o comportamento típico de


descanso que aparecia em gatos depois de lamber Matatabi.

"Então, que tal?" Kiba sorriu largamente. "Nós podemos fazer o negócio agora,
certo?"

"Que história é essa, Kiba?" Perguntou Shino. "Pílulas de ração


militar têm Matatabi?"

"Nah, a pílula tem inukekka² dentro. É algo semelhante ao Matatabi."

As pílulas de ração militar especiais do Clã Inuzuka eram normalmente para cães.
Ele nunca havia pensado que uma dessas pílulas tinha coisas que gatos
também gostavam. Como esperado, Kiba era um homem confiável.
"Gnnn." O gato parecia vexado mesmo em seu estado
atordoado induzido pela pílula. "E pensar que eu enrolaria no chão assim por
causa de um idiota fedendo a cão, miau. Meu orgulho não pode
perdoar isso, miau."

O gato disse aquilo, engoliu a pílula em um gole, e saiu correndo.

"O qu- EI! VOCÊ NÃO VAI NÃO VAI ROUBAR DE MIM! SEU GATO DE MERDA!"

O gato saiu correndo como uma lebre, ou talvez ele devesse dizer, como um
gato? De qualquer maneira, Kiba tinha corrido atrás do gato fugitivo em velocidade
máxima.

"SÓ ESPERE!" Os gritos enfurecidos de Kiba ecoaram furiosamente pelos


corredores.

Shino e Akamaru olhavam para as costas de Kiba enquanto perseguia o


gato ninja, e começaram a correr também. Enquanto eles perseguiam o
gato ninja ágil, corriam inúmeras voltas e
reviravoltas, corredores curvando esquerda e direita como um labirinto.

Shino tinha acabado de fazer outra curva no caminho, quando viu Kiba na frente
dele. Ele estava congelado, completamente parado. Shino bruscamente parou em
sua corrida para não correr para cima dele.

"O que aconteceu, Kiba... Você o perdeu de vista?"

Kiba não virou a cabeça, mesmo com a pergunta de Shino.

Shino olhou ao seu redor e viu que havia uma mulher em pé na frente de Kiba. O
gato ninja de antes estava sendo segurado em seus braços.

Ela era uma mulher jovem, com bonitos cabelos castanhos, e encantadores olhos
largos. Sua idade parecia estar em torno da deles.

Kiba e a mulher ficaram se encarando quase como se reconhecessem-se de


algum lugar.

A mulher então notou a presença de Shino, e, olhando-o de cima a


baixo, começou a recuar.

"Espere, eu definitivamente não sou uma pessoa suspeita..." Shino falou antes de
ela poder dizer alguma coisa, sendo mais rápido que até a própria suposição. "Eu
sou o companheiro do Kiba aqui."

Quando ele disse isso, os traços faciais da mulher relaxaram.

"Ah, então era isso. Você correu para cá tão repentinamente


que fiquei surpresa." Ela disse, e sorriu.
"Me solte, miau!" O gato estava lutando para sair dos braços da mulher, mas não
conseguia se libertar.

Vendo isso, Shino perguntou, "Será que você é... dona desse gato?"

A mulher parecia surpresa enquanto respondia. "Sim. Uhm, o nosso gato fez
alguma coisa...? Ouvi uma voz muito alta."

"Nós estamos procurando por alguém." Shino disse, "Nós demos uma pílula de
ração militar como pagamento, mas o gato pegou sem dizer nada."

"Ahh, entendi. Tsk, eu sempre digo a eles para fazerem negócios corretamente."

"Me desculpe se eu não farei negócios com alguém que fede a cachorro, miau." O
gato sibilou enquanto lutava.

"Fede a cachorro...? Esta pessoa?" A mulher virou-se para olhar para Kiba.

Shino virou-se para examinar o estado de seu amigo também. Por alguma
razão, Kiba esteve em pé duro como uma estátua com a boca aberta faz um
tempo.

"Uhm, eu sinto muito. Nosso gato tem sido incrivelmente rude..." A mulher
disse, "Ah, meu nome é Tamaki. Nós possuímos uma loja de armas. E
este pequeno é Momo. Ele está sempre me protegendo."

Então a mulher se chamava Tamaki.

"Então ele é chamado Momo." Kiba disse de repente, "nossa , que


coincidência. Nosso cão é chamado Akamaru, ahaha."

Kiba estava dizendo coisas que não faziam sentido.

O que raios era uma coincidência? Shino estava preocupado por não saber qual
componente na conversa fazia isso ser uma coincidência.

Até mesmo Akamaru tinha um olhar absolutamente chocado em seu rosto. E é


claro que ele estaria, vendo seu dono agir como uma pessoa completamente
diferente bem na frente de seus olhos.

"Então você é um usuário de cão ninja?" Perguntou Tamaki, com os


olhos brilhando, "Isso é incrível."

Foi então que Kiba começou a agir de modo incrivelmente estranho. Ele ficava
inquieto. Ele olhava para esquerda e direita. Passava a mão
pelo cabelo. Puxava seu cavanhaque.

"Não, bem, heh, eu não sou grandes coisas..." disse Kiba, "Ah- sabe, vê, incrível é
uma coisa diferente, certo? Tipo como eu estou em um nível onde eu poderia ser
considerado um candidato para o próximo Hokage, assim".

"O que uma pessoa tão incrível está fazendo aqui?!" Tamaki ficou espantada.
Akamaru abaixou a cabeça e soltou um ganido que soava triste.

Shino não disse nada. Apenas alguns


momentos atrás, Kiba esteve furiosamente gritando "GATO DE
MERDA!". Shino se perguntava para onde raios aquele Kiba tinha desaparecido.

-------------------------------

"-Ah, Eu vejo", disse Tamaki, "Vocês estão procurando pelo apicultor."

"Sim, para um presente de casamento de um amigo." Kiba disse, "Nós


estávamos pensando em dar vinho de mel."

"Ahh, essa é uma escolha muito boa."

Shino observava Kiba e Tamaki enquanto eles conversavam. De alguma


forma, Kiba tinha finalmente conseguido chegar ao ponto. Kiba e Tamaki estavam
segurando a conversa por si mesmos.

Shino estava silenciosamente acariciando a cabeça de Akamaru, que


também não estava participando da conversa.

Akamaru parecia estar chateado com alguma coisa, mas quando Shino o
acariciava, o cão parecia se sentir melhor, olhando para Shino com seus
olhos enrugando. Shino nunca teria imaginado que apesar de ser um usuário de
insetos ele acabaria gastando tanto tempo com um cão e aprendendo a
ler seu coração.

"-Então, Eu vou guiá-los."

"Ah, você sabe onde ele está? Ficaríamos muito gratos."

Parecia que a conversa de Kiba e Tamaki tinha terminado. Ela iria guiá-los.

"É fácil se perder nesta cidade", Tamaki disse com um sorriso irônico enquanto ela
e Kiba caminhavam lado a lado à
frente. Shino e Akamaru seguiam silenciosamente.

-------------------------------

Eles caminharam por um caminho muito complexo. Shino pensou que eles
estavam indo para fora, mas eles estavam dentro de um edifício de novo. Então
ele pensou que eles estariam fora, mas desta vez eles se dirigiram para um
beco que tinha mais prédios com aparência semelhante.

"Então, este apicultor," Kiba perguntou: "Que tipo de homem ele é?"

"Hmm," Tamaki disse, "Bem, eu nunca vi seu rosto, então..."

"O que você quer dizer...?"


"Eu nunca o conheci, mas eu sei onde ele está."

"O que há com isso?"

Shino continuou andando enquanto ele observava a atmosfera


harmoniosa entre Kiba e Tamaki que andavam um pouco à frente.

Ele estava muito agradecido por ela estar os guiando. Se eles não
tivessem perguntado para um moradormostrar como percorrer estas
ruas complexas da cidade, então, mesmo com o nariz de Kiba e os insetos de
Shino, eles teriam passado tempos difíceis encontrando seu alvo. E desde há um
tempo atrás, tudo que eles encontravam eram gatos, e nem um único ser humano.

Eles estiveram no topo de paredes em ruínas, nas fendas de escombros, dentro de


lojas com janelas quebradas. Ele podia sentir os olhos dos gatos sobre
eles em cada possível esconderijo.

Quando você olhava para os gatos, eles estavam ou deitados ou lambendo suas
patas, mas eles certamente nunca deixavam Shino ou os outros de fora de sua
vista.

Enquanto observava esses arredores, Shino teve uma sensação repentina.

Esta cidade abandonada, e os gatos que viviam aqui, sob o sol... Quase sentia
como se um dia, todos os outros seres humanos subitamente desapareceram da
face da Terra.

Aqui, as pessoas eram os forasteiros.

Se não fosse por Tamaki e o gato ninja Momo, eles provavelmente


estariam cercados por agora.

Falando de Momo, o gato estava andando ao lado de Tamaki com um olhar


ácido em seu rosto. Parecia que não estava satisfeito com a forma
como Tamaki e Kiba estavam conversando alegremente entre si.

Kiba estava fazendo movimentos grandes e exagerados com as mãos e


braços enquanto falava, e riso estava fluindo de Tamaki.

Shino ficou quieto, como sempre fazia.

Akamaru estava esquivando-se dos olhares resolutos dos gatos enquanto andava.

Dessa forma, os três eventualmente chegaram até a periferia da cidade.

Quando eles chegaram a esse ponto, o número de prédios em ruínas alinhados


lado a lado havia diminuído de forma constante até que nem
mesmo uma casa restasse. Em vez disso, o que eles viram foi- bem, em
vez disso, um espesso nevoeiro descera. Seu campo de visão foi prejudicado.

Esta não era uma questão trivial, Shino pensou consigo mesmo, e reuniu
sua concentração. Ele focou em observar cuidadosamente seus arredores.
À frente dele, Kiba e Tamaki continuavam a conversa frívola. Mesmo que logo eles
estariam chegando, algo estava diferente sobre o humor de Shino e o humor entre
os dois na frente dele.

Tamaki estava continuando, sem se preocupar com a neblina.

"Eh? Pensando nisso, não nos conhecemos antes disso


em Konoha? Eu recentemente me mudei para lá. Embora eu ainda volte
aqui muito frequentemente para visitar minha família. Mas sim, é isso, antes
disso, minha avó estava completamente nua quando um grupo de gatos- ah, aqui
estamos nós."

Tamaki de repente parou.

Enquanto se perguntava o que diabos sua avó tinha feito, Shino parou também.

Você poderia vagamente ver um bosque de bambu no nevoeiro à frente deles.

"Este bosque de bambu... deve ser o lugar certo." Disse Tamaki.

Essas eram umas palavras ambíguas de alguém que disse que iria guiá-los.

"O que você quer dizer com 'deve ser'?" Perguntou Kiba.

"Bem, em poucas palavras, ninguém nunca o conheceu."

"Então como é que você sabe que este é o lugar onde ele mora?"

"Por favor, dê uma olhada nisso", Tamaki mostrou um par de monumentos de


pedra que estavam erguidos à frente do bosque de bambu.

Vendo a corda apodrecida que estava enrolada em torno dos monumentos de


pedra, Shino murmurou: "Divindades Guardiãs dos Viajantes".

"Está correto." Tamaki disse, "As pessoas vêm aqui e colocam uma oferta, coisas
como vegetais e similares, perto da estátua. Quando eles voltarem no dia seguinte,
as ofertas terão desaparecido, e um pequeno recipiente de mel ou vinho de mel
estará em seu lugar. E então, nós chamamos a pessoa que deixa o mel, seja lá
quem for, o "apicultor '."

"Por que ninguém tentou ir vê-lo...?" Perguntou Kiba, parecendo


incrivelmente surpreendido. "Normalmente, você não iria ficar curioso sobre que
tipo de cara que ele é?"

Bem, isso certamente é o que você pensaria. 'Normalmente'.

Mas, aqui era Soraku.

A possibilidade de que quem vive aqui não seja alguém íntegro era de 200% por
cento. Enquanto essa pessoa fizesse o seu negócio corretamente sob a
vigilância dos gatos, então ninguém se importaria se eles fossem viajantes
ou fugitivos.

"Como você pode dizer pelo Divindades Guardiãs dos Viajantes, estas
são terras sagradas. Mas as pessoas que vivem em Soraku não se dão o
trabalho de olhar em volta. Nós não temos nenhum negócio aqui depois de
tudo." Tamaki disse com uma risada.

O fato de que o apicultor estava vivendo em terras sagradas não parecia ser
um transtorno.

Como esperado, o povo de Soraku tem uma maneira única de pensar que é um
pouco diferente da dos outros.

"Mas nós, na verdade, temos negócios aqui, sabe..." Kiba disse,"Nós não
podemos apenas sentar desnorteados por quem sabe quantos dias enquanto
esperamos as nossas oferendas serem trocadas por vinho de mel."

"De qualquer forma, vocês idiotas não serão capazes de encontrá-lo, miau. Mesmo
os gatos se perdem nesse bosque de bambu, miau." Momo deu uma
risada sádica.

Ele pensou que o gato tinha finalmente decidido dizer algo que vale a pena apenas
para algo como aquilo sair da sua boca.

Mas Kiba não estava perturbado.

"Somos shinobi. Nós não vamos nos perder." Ele dirigiu as palavras para Momo, e
depois se virou para ir aos bosques de bambu envoltos pela névoa.

---------------------------------

Depois de se despedir de Tamaki e Momo, o grupo começou a caminhar pelo


bosque de bambu nebuloso.

Shino virou a cabeça e olhou para trás. O resto da cidade já estava fora de vista na
neblina. Então, isso é o que Momo quis dizer com se perder. Se este era o estado dos
alimentos, não é de se admirar que Tamaki e Momo e as outras
pessoas de Soraku nunca tinha vindo aqui.

De qualquer maneira, uma vez que eles estavam procurando por alguém cujo
rosto era desconhecido, seria uma tarefa impossível de realizar, se você não
tivesse shinobi com altos sentidos de percepção como Kiba e Shino. Este não era um
lugar para não-shinobi como Tamaki estarem.

Mas, dito isto, era possível que este não era um lugar para shinobi estarem também.
Essas estátuas de Divindades Guardiãs dos Viajantes foram colocadas como um
marcador para separar o mundo que os seres humanos viviam do mundo que os
deuses viviam. Em outras palavras, eles estavam agora caminhando em
território que não pertencia aos seres humanos, mas deuses.

Eles já não eram capazes de ver bem nesta névoa, mas Shino sentia com se ela
tivesse ficado ainda mais densa.

"Tudo bem... este deve ser um bom lugar para o primeiro." Disse Kiba, e jogou
uma kunai em uma próxima vara de bambu.

Ele estava fazendo isso para colocar um marcador perto da entrada do bosque de
bambu. Ele faria isso de novo depois de terem se aprofundado um pouco
mais. Eles repetiriam isso por um tempo enquanto continuavam. Dessa forma, eles
seriam capazes de encontrar sua saída quando forem embora, sem se
preoucupar muito com isso.

"Primeiro vamos encontrá-lo com o meu nariz, em seguida, quando conseguirmos


fazer isso, você vai chamar
seus insetos e... achoo!" Kiba espirrou repentinamente. Ele fungou, e então
disse, "Heh, talvez aquela garota esteja falando de mim...³"

"...Você se apaixonou por ela?" Shino francamente perguntou.

"HÃ?! Não, seu idiota! Não há absolutamente nada assim!"

Kiba ficou incrivelmente nervoso. Ele estava gritando suas negações utilizando
uma voz muito mais alta que a de costume.

"Eu estava ... interrompendo o seu romance...?"

"Eu estou dizendo que você está errado!"

"Hinata vai se casar em breve... Kiba, quando você se casar eu vou


acabar finalmente ficando sozinho. Quando você se casar, deixe Akamaru para mim. A
razão é que ele é o único que me entende sem palavras..."

"Com licença? Eu não tenho idéia do que você está dizendo! O que quer dizer com
você vai ficar sozinho?!"

Já que Kiba estava ladrando, agitado, Akamaru olhou para o dono e latiu também.

"Woof!"

"Mas que- Akamaru?! Por que você está dizendo coisas assim, também?! E deixe
meu cavanhaque fora disso!"

Mesmo que Akamaru só tenha dado um latido, parecia que ele tinha transmitido uma
longa seqüência de palavras. Kiba estava reclamando de volta, seu rosto ficando
vermelho até os ouvidos.

Seu rosto estava vermelho por causa da raiva ou da


vergonha? Shino silenciosamente pensou. Muito provavelmente ambos.

Kiba de repente deu um grito exasperado. "Arggh, isso basta! Vamos


apenas continuar sem se meter em conversas estúpidas como essa!"

Ele virou as costas para os dois, pisoteando na frente.

"Sério... o cheiro forte de bambu faz com que encontrar as coisas seja difícil, ugh!"

Parecia que ele estava muito mais irritado agora do que ele estava um tempo atrás.

Mas, Shino ficou satisfeito ao vê-lo, porque Kiba era muito mais fácil de entender
quando ele estava assim. É claro que, enquanto ele podia
estar satisfeito agora, isto era apenas "agora".

Quando ele conheceu Kiba, houve muitas vezes em que ele tinha ficado irritado
com sua personalidade que era o oposto completo da de Shino.
Durante o recreio na Academia, Shino deixava seus insetos fazerem caminhadas no
topo de sua mesa, enquanto Kiba corria em torno dos corredores e playgrounds com
outros colegas, gritando em voz alta. Em sala de aula, Shino silenciosamente ouvia o
professor, enquanto Kiba estaria ou dormindo ou fazendo uma confusão.

Para resumir, Kiba só perdia para Naruto quando se tratava de... esqueça "perdia",
afinal, o menino em questão nunca tinha sido o tipo que se
contenta com segundo lugar... Kiba estava no nível de Naruto quando se tratava
de causar um tumulto. Ele tinha sido uma criança completamente problemática.

Naquela época, Shino queria se juntar a um time que tivesse qualquer pessoa,
mas ele.

Mas agora, Shino ia em missões com essa mesma criança problema.

Quando estar ao lado de Kiba se tornou algo completamente natural?

A vida era realmente impossível de se entender.

Por alguma razão, Shino não parava de pensar dos velhos tempos enquanto andava.

Seu campo de visão ainda estava prejudicado pela neblina. O cenário nunca parecia
mudar, sempre o mesmo. Aglomerados de bambu com névoa densa pairando entre
eles. Shino achava que seus arredores agora pareciam uma pintura.

"Espere um minuto. Isso é estranho..." Kiba de repente resmungou em voz


baixa. "Este não é o cheiro de bambu... O que é isso, este fraco cheiro doce...?"

Kiba olhou ao redor, seu nariz se contorcendo.

Claro, Shino não conseguia cheirar tudo o que Kiba podia. Era um cheiro fraco.

No entanto, Shino notou imediatamente uma coisa muito estranha bem na frente
de seus olhos.

"Kiba... Olhe para isso..."


Na frente de onde Shino estava apontando, havia uma vara de bambu... com
uma kunai saindo dela.

Era a kunai que Kiba tinha jogado como um marcador perto da periferia da cidade por
onde haviam entrado.

Muito tempo tinha passado desde que eles haviam colocado esse marcador, e
eles continuaram caminhando unicamente para a
frente. Eles não deveriam estar vendo o marcador.

"É um genjutsu...?"

Enquanto se sentia apreensivo, Shino mudou o fluxo de chakra dentro de seu corpo,
fazendo os insetos dentro dele desconfortáveis. Ele mudou seu chakra pelo bem de
quebrar o genjutsu.

No entanto, absolutamente nada mudou.

Normalmente, a kunai deveria estar uma longa distância atrás deles. Mas ela
ainda estava na frente deles.

"Droga, não conseguimos sair dele... O que é isso?" Kiba baixou a voz,
olhando acentuadamente em torno de seus arredores, "Técnica do Afeto Manhoso da
Mente?"

"É uma sensação semelhante à Ilusão Demoníaca: Técnica do Arredor Falso também,
mas... não é nenhum dos dois..."

Eles eram uma dupla que tinha sido criada sob Kurenai, a melhor usuária
de genjutsu em Konoha. Para ser honesto, eles estavam confiantes de que seu
conhecimento em genjutsu era maior do que o dos outros ninjas. Claro, isso
incluía quebrá-los também.

Mas, eles nunca tinham ouvido falar de um genjutsu como este. Para começar, se
fosse um genjutsu, então ele deveria ter sido cancelado por agora. O que significa que
era algo diferente de, mas semelhante a um genjutsu que seria... o que seria isso?

"Nós não temos escolha, hein." Kiba disse, "Por enquanto, que tal continuarmos com
Amakaru e eu usando a técnica da Presa Giratória de Presa?"

KIba encontrou uma solução muito simples. Ao invés de seguir um caminho já definido
enquanto desviavam dos bambus, eles só iriam ignorar isso e andar em linha reta.

Shino selenciosamente balançou a cabeça.

"Certo, então vamos, Akamaru!" Kiba olhou ao seu redor. "…Akamaru?"

Kiba começou a incansavelmente virar sua cabeça para direita e esquerda. Shino
procurou em seus arredores também, apertando um pouco os olhos para olhar através
da neblina que os cercava.

Mas não importa o quanto eles procuravam, mesmo estando bem perto deles apenas
um momento atrás, Akamaru estava em lugar nenhum. Akamaru desapareceu sem
qualquer barulho ou rastro.

"Isso não pode estar certo...Akamaru! Ei, Akamaru! O qu-O que é isso?! O cheiro do
Akamaru se foi!"

Kiba perdeu completamente a cabeça. Ele pulou pela neblina, ainda gritando.

"ONDE VOCÊ ESTÁ, AKAMARU?! ME RESPONDA! AKAMARU!"

"Espere, Kiba! Acalme-se!"

Shino correu atrás de Kiba, que estava em pânico. Enquanto Kiba corria, chamando
Akamaru, a neblina ficou mais densa em volta de sua imagem. Ele deveria estar bem
próximo dali, mas Shino não conseguia dizer graças ao nevoeiro.

Shino correu, e correu, mas ele não conseguia alcançar Kiba. E logo, Kiba
desapareceu de sua visão, também.
"Shino...esse cheiro está realmente forte." A voz de Kiba flutuava até ele do meio da
neblina. "Você deve entender o que isso é também. É cheiro de mel...esse cheiro
doce...sem duvida é...!"

"Kiba...!"

Nesse momento, um número incontável de Kikaichuu apareceu em volta de Shino.

Ele balançou ambos os braços, Kikaichuu saindo de dentro de seu corpo em todas as
direções. Alguns voaram para o céu, outros encheram seus arredores, e seus
Kikaichuu pareciam fazer um amontoado quase tão denso quanto a névoa.

Mas todos os Kikaichuu que haviam sido lançado não se comportaram da maneira que
Shino esperava.

Eles imediatamente voltaram para ele, reportando que não conseguiram achar nada.

Ele tentou uma segunda vez, uma terceira, mas não importa quantas vezes ele os
liberava, acontecia a mesma coisa

Os Kikaichuu iam através das fendas entre os bambus que haviam nascido onde ele
estava, mas eles sempre voltavam sem achar nada.

Observar os insetos voarem confusamente cobriu Shino de suor frio.

Seus Kikaichuu respodiam a chakra. Para eles não estarem achando nada significava
que Kiba, quem estava aqui há apenas um momento, realmente e totalmente
desapareceu. Não era que ele apenas não conseguia vê-lo na névoa densa.

Isso é impossível...

Shino freneticamente tentou pensar. Ele relembrou as últimas coisas que Kiba disse.
Ele falou sobre um cheiro doce ficar mais forte, e disse que era o cheiro de mel. Ele
disse que Shino deveria ser capaz de saber o que era também, o que significava que
era muito forte.
Mas, não importava o quanto Shino se esforçava, ele não conseguia nem um pouco
sentir o cheiro de mel doce.

De qualquer modo, conforme ele aguçava seus sentidos e se concentrava, seus


esforços davam frutos de outra maneira. Cercado pelo zumbido de seus insetos que
voltaram, Shino ficou ciente de outro, diferente zumbido nos fundos.

Ele repentinamente olhou para cima, e viu várias figuras voando na névoa. Elas eram
enormes comparadas aos seus Kikaichuu

Com as cores preta e amarela.

Vespas. E elas estavam voando na direção dele em linha reta, mirando direto em
Shino.

Ele imediatamente usou seu insetos para defender si mesmo e cortar as vespas. Seu
enxame de Kikaichuu tomou a forma de uma espada preta, voando livremente através
do ar.

Quando o fizeram, os corpos das vespas subitamente começaram a derreter e virar


um líquido viscoso. E esse líquido começou a envolver os Kikaichuu que estavam
atacando.

"O que é isso?! Essa técnica...!"

Conforme o líquido envolvia seus Kikaichu, grandes gotas de um líquido grosso caíram
ao redor de Shino também.

Mel...?

O cheiro doce dele misturado com a neblina, assim como Kiba disse. Pela primeira vez
desde que entraram, Shino conseguiu finalmente sentir o cheiro também. Em fato, o
cheiro estava costantemente ficando mais forte.
As vespas se arrumaram para atacar Shino mais uma vez. Ele usou seus insetos para
se defender de novo.

O bambu está no caminho...

Se ele apenas tivesse mais um tempo, ele poderia esmagar o bambu em segundos.

As vespas atacaram, habilidosamente voando dentro e fora do bambu e o usando


como escudo ao mesmo tempo.

Foi no momento em que Shino deu sua atenção a elas que aconteceu.

Perto do pé de Shino, o mel que caiu no chão começou a tomar a


forma de vespas de novo.

Agora eu consegui...! Shino pensou enquanto as re-formadas vespas voaram direto


até ele pelo nível do chão.

O ferrão da vespa impiedosamente furou atrás do pescoço de Shino.

Seu corpo balançava terrivelmente.

Esse não era um ferrão normal de vespa. O veneno da vespa foi especialmente
preparado para ser forte o suficiente para acabar com dois shinobi de uma vez.

A manipulação de vespas dele, e seus especializados ferrões tóxicos, todo eles


apontavam para um usuário de insetos bem habilidoso. Um usuário de vespas e
abelhas. As pessoas de Soraku chamaram essa pessoa de apicultor.

Quando Shino se convenceu que conhecia a verdade sobre o inimigo que não
conseguiam ver, ele desmaiou naquele lugar.

--------------------------------
Depois de um tempo, o apicultor apareceu do meio da névoa sem qualquer som.

Passo a passo, eles lentamente se aproximaram de Shino.

Era uma visão bem estranha.

Você não conseguia ver seus rostos, porque estavam cobertos por uma máscara da
anbu com a forma de uma abelha. E não era só o rosto que você não conseguia ver.
Tudo do apicultor, a não ser o rosto mascarado estava coberto por um enxame de
abelhas.4

Não, ao invés disso, seria mais fácil para você imaginar se fosse dito que era quase
como o corpo inteiro do apicultor era feito de abelhas.

Esse era o apicultor de Soraku, cujo rosto ninguém viu.

Eles lentamente deram um passo para frente.

"Clã Aburame de Konoha..." Eles murmuraram, enquanto olhavam para o caído Shino.
Suas vozes eram baixas, mas claras. Soava como um jovem garoto, mas ao mesmo
tempo, como um frágil jovem homem. Também soava como uma calma mulher. Era
uma misteriosa, andrógena voz.

"Exatamente." Shino respondeu de trás do apicultor.

O Shino que desmaiou no chão se espalhou. Era um kage bunshin de insetos feito de
milhares deles.

"E pensar que você me enganou... o apicultor disse, "Você é alguém raro..."

O apicultor não tinha qualquer emoção particular em sua voz enquanto olhava ao
redor.

Os insetos que fingiram ser Shino se juntaram ao resto de seus Kikaichuu, e em quase
tempo nenhum, o apicultor estava coberto pelos insetos de Shino.
As abelhas no menino do apicultor zumbiram e se esbarravam em agitação, sentindo
que seu dono estava em perigo.

"Mas, por que..." O apicultor se perguntou, "O veneno..."

O apicultor estava falando sobre como Shino deveria ter sido picado pelas vespas e
ficado sob o efeito do veneno.

A verdade era que Shino de fato foi picado. Ele se deixou ser picado, porque sabia
que seu inimigo nunca iria se mostrar se ele não estivesse "derrotado".

E foi por isso que se deixou ser picado pelo ferrão venenoso. Ele tinha confiança e fé
em si mesmo o suficiente para fazê-lo.

"Eu estava envenenado." Shino confirmou. "Mas isso não era um problema. A razão é
que essa quantidade de veneno não vai me matar."

Graças aos insetos dentro de seu corpo, venenos de até certo nível poderiam ser
neutralizados.

Shino em particular estudou os pequenos, venenosos insetos Rinkaichuu usados pelo


membro já morto de seu clã, Aburame Torune, e então criou seus próprios insetos
para resistir a veneno graças a aquela pesquisa.

Por isso que para Shino era possível neutralizar venenos fortes em meros momentos.
Você poderia dizer que era algo que ele herdou de Torune, que foi criado ao seu lado
quando era jovem, e foi como um irmão para ele.

"Bem, eu fui bem e verdadeiramente derrotado...Essa foi minha perda." O apicultor


disse, percebendo que não poderia retaliar. Eles não lutaram, "Você está atrás da
minha vida, eu suponho. Bem, estou contente por ser morto por um usuário de insetos
de tamanha habilidade..."
"Não, estou atrás de...vinho de mel..." Shino falou no tenso silêncio. "Eu gostaria
de...mais ou menos duas garrafas..."

Talvez fosse por Kiba não estar por perto, mas o silêncio parecia muito silencioso.

"Você viria para minha casa...?" O apicultor perguntou,virando sua cabeça mascarada.

--------------------------------

Acabou que o apicultor era originalmente um shinobi de Iwagakure, que se acomodou


aqui para viver pacificamente enquanto simultaneamente temia que seus
perseguidores o achariam.

Em suma, acharam que Shino era um dos perseguidores do apicultor, e foi por isso
que o apicultor o atacou.

"Kiba e Akamaru..." Shino disse, "Um humano adorante de cães e seu amado
cachorro, eles estavam aqui, mas, o que aconteceu com eles...?"

"Não se preocupe, eles estão seguros. Eles estão apenas vagando na névoa." O
apicultor respondeu. Eles estavam conversando enquanto se dirigiam para a casa do
apicultor.

"Mais cedo, porquê você me fez de alvo...?"

"Porque se você não atacar primeiro contra um usuário de insetos, você estará em
problema depois."

"Vejo."

Eles continuaram a silenciosamente conversar daquela maneira. Shino pensou que na


verdade ela estavam tendo uma conversa
vívida.
Shino conhecia o clã de usuários de inseto de Iwagakure. Era um clã de
principalmente usuários de abelha, que agora estava destruído. O apicultor era um
descendente daquele clã.

"Aqui está..."

O apicultor parou, e Shino podia ver uma pequena casa aparecer na névoa densa da
frente deles. Era uma casa simples com telhado de palha. O jardim era provavelmente
a área de criação das abelhas. Tinha um cesto feito de bambu perto dele.

A casa de palha discretamente existia no bambuzal envolto com névoa.

A atmosfera sentia como um desses refúgios de ninjas que você ouvia em histórias.
Na verdade, um nukenin5 estava de fato vivendo secretamente aqui, então um refúgio
ninja era exatamente o que era isso.

Enquanto Shino esteve olhando para a casa, o apicultor trouxe vinho de mel.
Enquanto ele o passava para Shino, o brilhante líquido âmbar balançava gentilmente
dentro do recipiente.

"Obrigado. Quanto...?

"Eu não preciso de dinheiro." O apicultor calmamente respondeu, "Não seria útil para
mim mesmo se aceitasse, então..."

Parecia como se eles sempre estiveram vivendo nesse lugar sozinhos. Eles pareciam
ter adotado um estilo de vida que era completamente independente, sem qualquer
necessidade de dinheiro.

Shino soltou outro curto "Vejo..." e colocou o vinho de mel no saco que o apicultor deu,
"O que me lembra, eu ficaria muito grato se você pudesse me ensinar o caminho para
a saída. A neblina está realmente densa..."

"Não há um."

O apicultor deu esse tipo de resposta sem hesitar.


"O que voce quer dizer?"

Não há um caminho de volta...isso é o que quero dizer." O apicultor sentou no topo de


um pedregulho próximo, olhando intensamente para Shino com os olhos por trás da
máscara. "Esse bosque de bambu é um pouco parecido com uma barreira kekkai.
Uma vez que entrar, nunca conseguirá sair. Você continuará se perdendo na névoa
interminável. Esse é o tipo de jutsu este aqui é..."

"Você não consegue desfazer o jutsu?" Shino perguntou.

"Me desculpe, mas ele não pode ser desfeito. É um jutsu que eu amarrei em mim
mesmo..." O apicultor não parecia muito arrependido sobre isso. Sua voz era sem
emoção, como sempre foi. Você poderia dizer que era calma, mas era mais como se
fosse completamente vazia.

"Por exemplo, mesmo se você me matasse, o jutsu não seria desfeito..." O apicultor
continuou, olhando para o céu. "Essa névoa foi originalmente feita com ingredientes
únicos que fazem humanos ficarem confusos e perderem seus caminhos. Eu usei só
um pouco da essência da neblina para criar o jutsu..."

Shino olhou para a névoa brumosa. E pensar que ela tinha um tipo de ingrediente...
Era isso realmente possível? Bem, ele não podia dizer que era impossível.

Ele não conseguia sentir nenhuma hostilidade por parte do apicultor, nem das abelhas
que se acumulavam perto deles.

Não parecia que o apicultor estava mentindo.

E Shino lembrou da misteriosa história que ouviu de seu pai, Shibi.

Kumogakure era aparentemente a dona de uma misteriosa cachoeira. Era gigante, seu
pai dise, caindo ferozmente e
emitindo enormes ondas de gotas d'água Aparentemente se você a encarasse, seu eu
interior, seu eu verdadeiro seria refletido.
Naquele tempo foi difícil de acreditar, mas havia de fato tal lugar no mundo. Nesse
caso, não era tão estranho se uma neblina que fazia humanos perderem seu caminho
existisse. Não era um genjutsu, mas o nevoeiro que era o culpado por tudo.

Shino caminhou em direção aos arredores da casa do apicultor.

Uma neblina interminável, e um interminável bambu, bambu, bambu...

O cenário invariável continuou sem um fim.

Como um exprimento, Shino andou em linha reta, seus insetos voando em sua volta.
Ele logo se encontrou chegando na casa do apicultor mais uma vez.

Ele tentou de novo, andando mais cuidadosamente, só para voltar a ver o


apicultor ainda sentado calmamente em sua pedra.

Graças à composição da neblina, até meus insetos se perdem, é isso?

Seus insetos não podiam ajudá-lo. Não havia saída. Ele não conseguia achar Kiba e
Akamaru. Ele estava realmente em uma situação apertada.

Mas Shino mesmo assim continuou investigando seus arredores.

"Eu me perdi no meu caminho da vida e encontrei-me aqui..."


Disse o apicultor, "Mas, isso não quer dizer que este é um mau caminho de vida. Em
vez disso, eu queria viver assim. Aqui, não há nada, mas o presente. Não há passado
nem futuro. Só o agora. Eu estou vivendo no presente. Você não acha que isso é mais
do que suficiente...?"

As palavras do apicultor eram calmas, lentas, e mesmo enquanto ele continuava a


partilhar os seus pensamentos. "Eu estive sempre correndo. Correndo de lutas, e do
caminho de um shinobi. Desde o início, eu nunca pensei que a vida shinobi combinava
comigo. Mas eu nasci e cresci em um clã de usuários de insetos. Eu não tinha outra
escolha a não ser viver como um shinobi... É por isso que eu joguei tudo fora, e
fugi para este lugar. Se eu não tenho outro caminho para viver, mas o de
um shinobi, então tudo o que tenho a fazer é continuar ficando perdido..."

As palavras fluindo lentamente do apicultor despareciam na névoa branca pura.

Shino silenciosamente escutava tudo.

"Todas as pessoas estão perdidas." O apicultor disse, "Não só eu. Sejam shinobi ou
mercantes, homens ou mulheres, todos. E isso inclui você. Você está perdido também.
Por isso que você está vagando, confuso, pela névoa assim." Ele destacou.

"Você está dizendo que eu estou...perdido...?"

Quando a boca de Shino ficou tão seca? Shino engoliu, e prendeu a respiração.

E, por alguma razão, memórias de Hinata e Kurenai apareceram em sua mente.

Lembrou-se do tempo que ele passou treinando com Hinata.

Lembrou-se dos dias de missões que ele tinha feito sob a supervisão de Kurenai.

Ele tinha finalmente tinha feito um amigo em Hinata. Kurenai tinha o entendido mesmo
que ele fosse quieto.

Mas...

Hinata iria se casar em breve. Mesmo agora, ela estava ocupada preparando a
cerimônia de casamento.

Kurenai estava ocupada criando seu filho.

As duas delas já haviam começado seus próprios caminhos. E Shino silenciosamente


observava a visão das costas delas.

Eles nunca seriam capazes de voltar para como o Time Oito costumava ser. Nunca
mais.
Shino tentou continuar calmo, mas começou a ficar ofegante. O nevoeiro estava
enchendo seus pulmões.

Foi isso o que ele quis dizer sobre eu estar perdido...?

Hinata e Kurenai, e todos, eles estavam em direção aos seus próprios caminhos, mas
Shino era o único que restava no início, onde começou. Esse era o sentimento em
qual caiu.

Ele não estava indo para lugar nenhum, e não havia se fixado em lugar nenhum. Ele
sentia como se fosse o oscilante nevoeiro, sempre sendo a única coisa deixada para
trás.

Eram esses sentimentos uma mentira criada pela neblina...? Não, não era.

Ele sempre, sempre se sentia assim.

Antes de virem para este lugar, e antes disso também. Ele sempre esteve se sentindo
perdido...

E, um pensamento lhe veio à cabeça. De algum pequeno canto de seu coração. Ele
nunca havia percebido por si mesmo, mas ele pensou...

Eu quero voltar para esses dias.

Ele queria voltar, só uma vez, para esses dias onde todo mundo ficava junto como
Time Oito.

"Você nem percebeu...que se sentia perdido, não é...?" O apicultor disse, olhando para
Shino.

Shino estava paralisado. Ele não conseguia dar nem um único passo para frente. Não
importa o quanto ele tentasse se mover para frente, ele não seria capaz de alcançar a
saída de qualquer modo, então para que se preocupar? Ele não conseguia nem
mesmo ver alguma coisa na frente dele dele mesmo, graças ao nevoeiro.
"Você não precisa continuar se empurrando para frente." O apicultor disse. "Você pode
apenas abandonar tudo, e viver aqui, e vai estar tudo bem..."

A névoa, junto com as palavras gentis do apicultor perfurararam Shino.

Isso talvez seja o melhor. Shino pensou.

Se ele não conseguia ir para frente, e se nada estivesse para frente mesmo que ele
fosse, então ele só queria ficar aqui e viver seus dias sem mudar nada. Isso poderia
muito bem virar sua felicidade.

O apicultor estendeu a mão. As abelhas que cercavam seu braço afastaram-se para
revelar uma mão branca cor de leite.

"Se você quiser," o apicultor disse, "Então você poderia ficar aqui comigo."

Shino olhava para a mão oferecida.

E então, de repente...

"É a Última Missão do Time Oito! Vamos, pessoal!"

Ele de repente lembrou das palavras de Kiba. Este grito de guerra ressoava na mente
de Shino.

"Isso mesmo, esta é...a última missão do Time Oito!

Nesse instante, sentia como se a escuridão ao redor do campo de visão de Shino


desapareceu completamente. Sua mente atordoada ficou clara.

Por uma razão ou outra, a névoa em seus arredores foi embora.

"Eu não posso apenas parar em um lugar como este. Eu tenho que me apressar e
voltar para a vila. A razão é que eu tenho absolutamente que comparecer a um
casamento de um precioso amigo...!"
Debaixo de seus óculos de sol, os olhos de Shino estavam resolutos enquanto
olhava firmemente para frente.

Naquele momento, ele subitamente notou uma vara de bambu nas proximidades
com uma kunai presa nela.

Era sem dúvida a kunai que kiba jogou no bambu perto da cidade. Ele não havia a
notado até agora. E o fato de ela estar significa que...

Shino virou a cabeça, e com certeza, conseguia enxergar a entrada para o bosque de
bambu na frente dele. Ele conhecia até mesmo ver ligeiramente a pedra Divindades
Guardiãs dos Viajantes. Era definitivamente o lugar pelo qual Shino e os outros
entraram.

"A entrada...não a saída está aqui..." Ele disse para o apicultor, apontando.

"...? Eu não vejo nada...não há nada, mas neblina..." O apicultor inclinou a cabeça
para um lado.

O tom de voz dele soou como se ele genuinamente não conseguisse ver a saída.

E Shino finalmente entendeu a situação. Era uma coisa bem simples.

A névoa fazia os humanos perderem seus caminhos. O jutsu usava a névoa. As


pessoas perdem os caminhos de suas vidas dentro da neblina. Aqui, não havia
passado ou futuro. Era por isso que não havia nada a não ser um eterno "presente"
dentro dela. Era assim.

Mas, isso era somente no caso de você estar fugindo do seu passado e jogou seu
futuro fora.

Assim como o apicultor disse, não importa quanto alguém treina como shinobi, não
importa quantos anos alguém vive, qualquer pessoa que vivia vida tinha momentos
que se sentia perdida. Mas para esses que não desistiam e continuam indo em frente
e acreditando no futuro, essa névoa não tinha poder algum.

Se você firmemente, constantemente construísse esperança e confiança em si mesmo


no seu coração enquanto caminha para frente, então mesmo se você de fato for pego
na névoa densa, você eventualmente acharia o caminho para a saída.

Shino deu um sorriso irônico. Ele não podia deixar de pensar que, de certo modo, a
neblina era bem parecida com a vida.
"Vejo...Então você viu a estrada e a Divindades Guardiãs dos Viajantes..." o apicultor
inclinou a cabeça.

Ele silenciosamente murmurou, "Então é melhor você ir rapidamente. Antes de você


perder o caminho de novo..."

Como de costume, o tom do apicultor era vazia e sem emoção.

Mas, algo sobre ele parecia solitário enquanto sentava na grande rocha. Ou talvez
Shino estivesse pensando demais.

Não, não era isso.

A névoa envolveu eles, os bambuzais intermináveis, a pequena casa sem pessoas, as


abelhas que cercavan o apicultor, a máscara da ambu que ele vestia e escondia seu
rosto com, cada uma dessas coisas eram como outra barreira para o apicultor. Shino
entendeu isto muito bem.

A razão de ele entender era que Shino se escondia também, em seu casaco longo e
capuz.

Este é um escudo para me proteger. Não fisicamente, mas emocionalmente.

Shino entendia tanto esse tipo de sentimento que doía.

Era por isso que ele hesitava sobre ele dever ou não passar dos limites da barreira de
uma pessoa.
As pessoas se perdem até por coisas como essa. Mas...

Se ele só deixasse o apicultor para trás na névoa densa, ele não seria um shinobi. O
apicultor era um shinobi companheiro que também havia nascido num clã de usuários
de insetos. Se Shino se contesse por pensar que estava ultrapassando seus limites ou
se intrometendo nos negócios de outra pessoa, e só virasse suas costas para ela e
fosse embora, então ele sabia que iria definitivamente se arrepender.

Em momentos assim, ao invés de lamentar o que você não tentou, era melhor você
testar sua sorte e ver. A razão era que...

"Você disse que está vivendo no presente." Shino disse, "Mas eu não posso deixar de
imaginar se essa não é a escolha errada."

...a razão era que era isso o que Naruto faria.

"Uma pessoa pode mesmo viver no presente quando está fugindo de tudo?" Shino
perguntou. "Alguém que é costantemente arrastado por seu passado e incapaz de ver
o futuro, está ele realmente vivendo no presente? Hoje vai estar algum dia no
passado, e uma pessoa que vive eternalmente nesse presente nunca será capaz de
ver seu futuro, não é? Pelo menos, é isso o que penso..."

Shino balançou o saco em suas costas cheio de vinho de mel que o apicultor deu. Até
agora, ele nunca havia se ressentido por ser mau com palavras.

Quando ele estava perdido na neblina, ele realmente havia pensado que seria capaz
de viver dia por dia à toa.

"Você é realmente uma jóia..." o apicultor finalmente falou depois de ouvir a palestra
se Shino. "Realmente inesperado. Eu pensei que você fosse um homem realmente
quieto, mas acabou que você pode não mostrar em suas palavras ou expressões
faciais, mas você é muito entusiasmado por dentro...Eu sinto como se tivesse tido uma
palestra de um professor ansioso."
O apicultor estava falando calmamente. Seu tom era monótono como sempre foi, e
graças à sua máscara, Shino não conseguia ver o olhar em seu rosto.

De qualquer modo, ele sentia como se o apicultor estava definitivamente sorrindo


ironicamente.

"Um professor, huh...Eu nunca realmente pensei sobre isso, mas meu parceiro é uma
criança problemática depois de tudo..." Shino respondeu, os rostos de seus
companheiros vindo à mente, "Vários dos meu companheiros eram crianças
problemáticas. Um reclamão constante, um grande comilão e um jovem
travesso...Quem se comportava adequadamente era sempre eu. Mesmo assim, cada
um desses colegas de classe agora viraram adultos esplêndidos. Eles viviam
ansiosamente o presente sem fugir, e é por isso que eles conseguiram chegar nesse
futuro..."

Shino parou, e fez um gesto em direção ao saco de vinho de mel que ele carregava.
"Obrigado por isso. Eu vou ir embora agora."

"O que você vai fazer sobre aquela criança amante de cachorros...?" O apicultor
perguntou de trás dele, "E se, diferente de você, ele não conseguir sair...?"

Shino não precisou nem pensar para responder aquela pergunta.

"Aquele é muito mais honesto do que eu." Shino disse, "Ele não vai perder seu
caminho."

Cheio de convicção, Shino virou em direção à saída e começou a andar.

--------------------------------

Quando Shino saiu da névoa, o amplo céu azul o saudou. Ele colocou as mãos nos
bolsos do casaco, e esperou na frente da pedra Divindades Guardiãs dos Viajantes.

Uma fila de formigas estava marchando perto do seu pé, e ele as observava para
passar o tempo.
Depois de um tempo, ele ouviu uma voz do meio do bambuzal.

"Yahoo! Nós finalmente achamos a saída, Akamaru!"

A voz foi imediatamente seguida por um latido com som bem familiar.

Kiba pulou de dentro do bosque de bambu, coberto de lama.

"Você está atrasado..." Disse Shino, quando um Kiba coberto de lama saltou. "Kiba."

"O QU-" Kiba pulou para trás com surpresa quando viu Shino subitamente em pé ao
lado dele, "Eu sei que é você pelo cheiro, mas você podia pelo menos dar um aviso
antes de aparecer de repente!"

Kiba pegou uma toalha de mão para limpar a lama em seu rosto, resmungando sobre
como o aparecimento abrupto de Shino tinha quase lhe dado um ataque cardíaco.

"Parece que você passou por alguma dificuldades..." Shino notou.

"Eu não! Tudo estava bem!"

Kiba era alguém que gostava de agir de modo durão. Ele era fácil de entender.

Ele deve ter se perdido também, à sua própria maneira. Assim como Shino, Kiba
provavelmente encarou suas preocupações e ansiedades para o futuro, também,
naquele bosque de bambu que parecia um genjutsu. Mas, Kiba mesmo assim chegou
aqui.

Sobre o que raios Kiba estava preocupado? Para que tipo de futuro ele estava indo em
direção...?

Shino ficou um pouco curioso, então quis incitar para achar respostas.

"Você vai se confessar para aquela mulher...?"


O rosto de Kiba ficou escarlate com a pergunta repentina. "O qu-? O que é isso?!
Porque até mesmo você está me incomodando sobre Tamaki?!"

"Hmmm...'até mesmo eu', hein...?

Kiba era realmente um homem muito fácil de se entender. Mas, esse era um de seus
pontos positivos.

"Ouça, você está totalmente errado! Você sabe, Shino, você realmente
não entende... É provavelmente porque você não é super popular. Ouça, um
homem não pode ser muito ganancioso."

Kiba estava tentando parecer legal tanto quanto possível, mas seu rosto ainda
estava vermelho.

"Então, o que um homem deve fazer...?"

"Bem... o primeiro passo é, obviamente...uhh...você


sabe...aquela coisa." Kiba estava afobado, suor frio escorrendo pela testa, "Uhm- sim,
cartas! A troca de cartas parece ser o melhor lugar para começar, certo?"

"'Parece ser'...?"

"Não, definitivamente é! Caras Populares começam esse tipo de


coisa trocando cartas! Certo Akamaru?"

Kiba devia estar muito afobado, apelando para Akamaru para obter
ajuda. Akamaru desviou os olhos.

"De qualquer forma, o mais importante, nós temos que ir e achar aquele vinho de
mel." Kiba mudou de assunto. "O sol vai ir embora em breve!"

"Eu já consegui alguns." Shino disse, "Então vamos para casa..."

"Você está brincando, né?! Eu nem sequer consegui fazer alguma coisa!"
Shino deu ao abismado Kiba um olhar para trás antes de começar a caminhar de
volta. Akamaru olhou para Kiba, que congelou em estado de choque, deu um
latido, e bruscamente seguiu Shino.

"Esp- espere só um minuto!" Kiba os seguiu, cheio de reclamações, "Que ótimo,


primeiro Naruto, agora você, porque é quevocês sempre pegam as melhores partes?!
Eu tive um monte de trabalho dentro daquela névoa também, sabe!"

Parecia que o único que sabia pelo que Kiba passou na névoa era Akamaru. O
próprio Akamaru parecia estar mantendo os lábios selados, então ele provavelmente
não irira falar sobre isso.

Shino estava pensando naquilo enquanto caminhava, quando–

"Ei, Shino, olhe aquilo!" Kiba gritou.

Imaginando sobre o que ele estava gritando, Shino virou a cabeça para olhar para trás
e...

A névoa em torno do bosque de bambu estava indo embora.

Na visão completa, o bosque de bambu não era tão grande depois de tudo. Apenas de
tamanho normal, como qualquer outro bosque de bambu.

"Droga, o que é isso, por que é que está limpando só agora... Eu fiquei tão perdido lá
dentro..."

Kiba havia aparentemente esquecido sobre como ele havia blefado sobre tudo estar
bem dentro do bosque de bambu, reclamando abertamente agora. Então ele havia se
perdido de seu próprio jeito.

Mas, Kiba não sabia do verdadeiro significado da neblina.

O fato da neblina ter se erguido tão completamente significava...

"Eu vejo...então você resolveu as coisas..." Shino murmurou para si mesmo.


Nesse momento, Kiba olhou para o rosto de Shino. O que ele viu fez seus olhos se
arregalarem.

"Shino...isso é raro...você dificilmente sorri dessa maneira..."

"Hm? Do que você está falando, Kiba?"

"Hein?" Kiba começou a piscar. "Eu estou vendo coisas...? Isso é estranho..."

Shino virou as costas para ele e continuou andando. "Nós temos que nos apressar. A
razão é que Kurenai-sensei está esperando por nós."

A atmosfera sentia refrescante. O céu estava limpo, e a névoa se foi.

Kiba se apressou para alcançar Shino, e então apertou os olhos para ver o sol e dizer
quanto tempo passou baseado em seu ângulo.

"Gahh, eu realmente queria achar um presente de casamento antes de todo mundo."


Ele murmurou.

"Sério. Nós acabamos gastando tantas horas..."

"Mas então ei, nosso presente de casamento é definitivamente o melhor!"

"Obviamente. Eu, você, e Akamaru, todos nós alcançamos esse presente trabalhando
juntos, afinal.

Depois de um tempo, as velhas construções da cidade abandonada começaram a


entrar na visão novamente. Não haviam muitos gatos na área agora.

Como esperado, os gatos apareceram para ficar de olho neles. Eles provavelmente
decidiram que Shino e o resto não eram uma ameaça e foram embora.

Isso, ou eles o viram andando com Tamaki e Momo, e decidiram aprovar suas
presenças.
De algum modo, parecia que a própria cidade abandonada deu a eles sua aprovação.

Quando eles entraram na passagem complicada, Shino tirou um inseto.

Por precaução, ele disse para este inseto memorizar o complicado caminho de volta.

Kiba viu o inseto e imediatamente entendeu, soltando um assobio.

"Você é realmente sensível," Ele disse, "Obrigado."

"Se nós o seguirmos, chegaremos à saída logo."

Eles seguiram o inseto enquanto ele voava pelas estradas sem hesitar nenhuma vez.

"E com isso," Shino murmurou, "A Última Missão do Time Oito...está completa...!"

Por alguma razão, ele queria que ele mesmo dissesse essas palavras. Ele não queria
ouví-las de outra pessoa. Ele queria ouví-las saindo de sua própria boca.

É claro, se ele fizesse isso, o auto-proclamado líder do Time Oito -também conhecido
como Kiba- não ia deixar passar

"Por que é você quem está declarando isso? E sabe, a missão não vai estar terminada
até chegarmos na vila!

“É claro.” Shino obedientemente balançou a cabeça, continuando a pensar sobre o


que estava considerando mais cedo , "Vamos voltar para a aldeia, e nos certificar de
verificar o início do futuro de Naruto e Hinata com nossos próprios olhos."

“Hm? O que é isso? Você se tornou um verdadeiro poeta hoje."

“Me tornei?”

Eles continuaram falando enquanto caminhavam.


Shino lembrou do dia em que foi posto no mesmo time que Kiba.

“Não acho que serei capaz de me dar bem com você. A razão é que nós–”

Kiba não o deixou terminar aquela frase.

Naquela época, ele estava cheio de nada, a não ser ansiedade sobre o futuro. Todos
os dias, ele se sentia deprimido com isso.

Mas, olhe como as coisas acabaram.

Agora mesmo, Shino tinha um parceiro no qual confiava mais do que qualquer outra
pessoa caminhando ao seu lado.

Ele tinha um melhor amigo que escutava o que ele tinha a dizer.

Se ele fosse capaz de dizer ao seu eu passado sobre como as coisas iriam acabar,
que tipo de expressão seu eu passado iria fazer? Ele iria provavelmente pensar que o
futuro não era tão ruim assim, no final das contas.

Mas, havia uma coisa que Shino sabia claramente:

O presente não é tão ruim assim.

Mesmo se ele seguisse um caminho diferente no futuro, as memórias deste tempo não
desapareceriam.

E quando se tratava do que estava além de suas memórias, quando se tratava do


futuro que estava à frente desse contente presente, Shino não tinha nada a temer.
A razão era que...

Shino repentinamente se lembrou de algo, e virou-se para perguntar a Kiba.

“Dito isso, Kiba…você disse que estava sendo considerado um candidato, mas
quando exatamente vai acontecer sua cerimônia de inauguração Hokage?”
“Ca-cale a boca! Eu vou trabalhar duro para isso acontecer!!”

A razão era: esses laços.

Seus laços com seus companheiros eram para a vida toda.


-------------------

Traduzido por Ashley (blognarutoxtreme) - Do Inglês: Cacatua


Konoha Hiden - Epílogo
Por BabyVy
O Tempo Perfeito para um Casamento

O tempo estava bem limpo hoje.

Sob o olhar atento dos Hokages passados esculpidos na montanha, muitas pessoas
se juntavam no centro da aldeia.

Todos estavam em seus trajes formais, suas roupas um pouco mais adultas que o
normal.

Kakashi freneticamente corria ao redor enquanto cuidava de cada possível fator,


desde preparar o local até checar as medidas de segurança. Afinal, as pessoas que
iriam participar incluíam Gaara o Kazekage assim como todos os Kages das outras
aldeias, Killer Bee de Kumogakure, e mais.

Yamato estava se movendo por aí em um frenesi também, agindo sob a supervisão de


Kakashi, que estava distribuindo instruções enquanto recebia conselhos da hokage
anterior, Tsunade.

Kakashi pediu para Yamato alguns favores. Mas de algum jeito, antes de Yamato
perceber o que estava acontecendo, ele acabou sendo sobrecarregado com muitas
tarefas cansativas.

Kakashi disse "eu estarei contando com você" com um sorriso, apesar disso, então
Yamato não tinha ressentimentos.

Em vez disso, Yamato, cuja expressão facial era geralmente tão invariável junto
com seu caráter maduro, estava excessivamente em bom humor, realizando suas
tarefas com um sorriso satisfeito. Ele tinha aquele olhar em seu rosto,
porque Kakashi era um senpai¹ que Yamato respeitava do fundo do seu coração.

Lee e Gai apareceram com halteres, e deixaram todos ao seu redor em um grande
estado de choque.
Eles estão treinando mesmo em um dia como este... Todos pensavam, meio-
escandalizados. Ninguém sabia ainda que eles não tinham trazido os
halteres para treinar com eles.

Tenten estava agindo como se ela fosse a guardiã dos dois homens de sangue
quente, repreendendo-os sobre como se comportar ao fazer isto ou aquilo. Ela
estava resmungando reclamações como se ela tivesse sido sobrecarregada ao ter
que cuidar deles, mas no fundo de seu coração, ela estava se divertindo.

Shikamaru estava conversando com Temari sobre algo. Parecia ser uma complicada
discussão sobre trabalho, mas ambos rostos estavam brilhantes e alegres, e de vez
em quando, seus risos se misturavam juntos no ar. Eles estavam sorrindo
naturalmente, espontaneamente, e ver eles ficarem lado a lado não perecia nada fora
do lugar. Eles eram um casal bem-combinado.

Enquanto observava os dois, Chouji sorriu também.

Enquanto pensava que não queria perturbar o bom humor em que esses dois
estavam, ele também estava preocupado com uma outra coisa dentro de sua cabeça.
Chouji estava procurando por uma solução para seu dilema: como ele iria comer cada
um dos muitos pratos colocados no local.

Ele pensou que precisaria de um plano secreto, algo parecido com o que Shikamaru
iria inventar, mas não importa o quanto ele pensava e pensava, nenhuma estratégia
incrível vinha à cabeça. Chouji decidiu ficar com a ideia na qual ele só iria começar de
uma lado do banquete e ir todo o caminho até o outro. Depois de chegar a essa
conclusão, ele sorriu novamente.

Falando em bom humor, Ino e Sai estavam desse jeito também. Eles entraram no
lugar de mãos dadas. Mesmo enquanto todos em volta os provocavam, todos como
"As coisas estão esquentando!", os dois pareciam extremamente felizes.

Perto deles, Kiba esteve constantemente perguntando coisas para Kurenai já faz um
tempo.
Kiba irrompeu no lugar triunfantemente segurando o vinho de mel, se gabando de
como "nós trouxemos algo para Naruto da história do clã Senjuu". Mas, parecia que
verdadeiro conhencimento de Kiba sobre a história era vago, e agora estava
incomodando Kurenai com constantes perguntas sobre isso.

Parecia que Kurenai havia finalmente decidido dar a ele uma aula de história
improvisada. Kiba escutava atentamente enquanto ela falava, anotando as coisas em
um bloco de notas, provavelmente para ele poder usar as informações
adequadamente depois.

Por perto, Mirai estava toda arrumada e montando em cima de Akamaru, brincando.

Shino estava observando, se perguntando se ainda contava brincar de cavalinho se,


na verdade, você estava montando em um cachorro.

Então, enquanto observava Akamaru e Kiba, Shino se perguntava quando seria


melhor dar o vinho de mel para Naruto e Hinata. Era o trunfo deles, então talvez seria
melhor guardá-lo para o final. Ou, talvez devessem dá-lo primeiro.

Era algo para se preocupar. A razão era que...

Shino continuou se preocupando silenciosamente na sua cabeça sobre o assunto.

Um por um, o lugar estava se enchendo lentamente com mais e mais rostos familiares
e amigáveis.

O dono do Ichiraku Ramen veio, assim como sua filha Ayame, que era uma atração
para os convidados virem para a loja de ramen.

Iruka já estava sendo sobrecarregado com emoção a partir do momento em que


ele entrou.

O tempo estava bem limpo hoje.

Sakura olhava para o céu, sozinha.


Enquanto ela o fazia, pensava sobre um certo alguém que estava sob o mesmo céu,
continuando suas viagens mesmo agora. Só pensar naquilo fazia seu interior se sentir
brilhante e claro como o céu acima dela.

Ela tinha alguém para quem estava enviando seus sentimentos.

Só aquilo era o sufuciente para fazer ela se sentir feliz.


.
.
.

Era um belo dia, como se os próprios céus estivessem dando sua bênção.

E, é claro…
.
.
.

Os pensamentos de Hyuuga Hinata haviam vagueado para um lugar além do


céu novamente.

Neji nii-san...

Olhando para fora da janela da sala de espera, ela podia ver o céu azul livre de
quaisquer nuvens.

Irei me casar.

Ela sussurrou estas palavras dentro de seu coração, e virou-se para olhar para o
jovem homem em pé ao lado dela.

Olhando para o olhar intenso em seu rosto, seu coração começou a bater sem
querer. Mesmo que ela tenha sempre estado olhando para ele, apenas estar com ele
assim fazia sua pulsação aumentar como havia no dia em que ela o conheceu.
Os olhos resolutos de Naruto estavam observando o Monumento Hokage, os rostos
dos Hokages anteriores esculpidos na rocha.

Ou melhor, para ser mais exato, ele estava olhando para o rosto
esculpido de Namikaze Minato. Seu pai.

Só de olhar para ele enquanto fazia isso, Hinata se sentia tão cheia de emoção que
seu peito poderia estourar.

Ahh, ela pensou. Agora, neste segundo...

Estar de pé ao lado da pessoa que ela amava assim a fazia sentir-


se terrivelmente feliz. Ela estava tão feliz, que não conseguia nem mesmo ter
esperança de conseguir expressar com palavras.

Este momento é felicidade. Hinata pensou, simplesmente, honestamente.

Enquanto o fazia, talvez ele tenha percebido que ela estava olhando, porque
seus olhos se voltaram para encontrar os dela.

O rosto de Hinata ficou vermelho. Ela acabou se remexendo um pouco.

Ele lhe deu um sorriso envergonhado também. O olhar sério sobre o seu rosto se
transformou em um outro, inocente como o de um um jovem garoto. Ela
adorava cada uma de suas expressões faciais.

Seu pai, Hiashi, e sua irmã mais nova, Hanabi, entraram na sala de espera.

Estava quase na hora

Hinata pegou o braço de Naruto, e segurou firme.


.
.
Uzumaki Naruto e Hyuuga Hinata.

Sua cerimônia de casamento agora começa.

Você também pode gostar