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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
SÃO INSTRUMENTOS QUE O ORDENAMENTO JURÍDICO
CONFERE À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA QUE ESTA
ATUE PARA PRESERVAR INTERESSES COLETIVOS.
AGE, PREFERENCIALMENTE, DE FORMA PREVENTIVA,
ATRAVÉS DE ORDENS, PROIBIÇÕES...

Leticia Batista
leticiasbatista@gmail.com
015.482.311-26

APENAS OS PODERES ESTABELECIDOS POR LEI PODEM


SER USADOS. CASO ULTRAPASSE OS LIMITES DEFINIDOS,
HAVERÁ ABUSO DE PODER E DESVIO DE FINALIDADE,
SUJEITOS À SANÇÃO ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
CASO ULTRAPASSE OS LIMITES DEFINIDOS, HAVERÁ
ABUSO DE PODER E DESVIO DE FINALIDADE, NESSES
CASOS, HAVERÁ UM CONTROLE, QUE PODE SER FEITO:

PELA
PELA PELO
PELO

ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIO
anulando seus anulando os
anulando os atos
atos
próprios atos administrativos
administrativos
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA

ABUSO
ABUSO DE
DE PODER
PODER
A expressão abuso de poder faz referência, no campo da
administração pública, ao comportamento irregular intrusivo
ou omissivo de autoridade, que ordena arbitrariamente, ou
executa, medida que ignora a observância das formalidades
legais. Temos ainda expressões similares, como por exemplo, o
abuso de poder econômico, onde uma corporação dotada de
vasto recurso financeiro faz valer sobre um governo ou
coletividade os seus interesses.
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
Se, no exercício desses poderes o administrador não
buscar o interesse público, haverá ABUSO DE PODER:
- na modalidade EXCESSO DE PODER caso ultrapasse os
limites de suas atribuições (vício de competência);
- na modalidade DESVIO DE PODER caso o agente vise
finalidade diversa que deve perseguir (vício de finalidade).

EXCESSO
EXCESSO DESVIO
DESVIO
DE PODER
DE PODER Leticia Batista
DE PODER
DE PODER
ultrapassaos
ultrapassa
ultrapassa oslimites
os limites
limites visafinalidade
visa
visa finalidadediversa
finalidade diversa
diversa
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deatribuição.
de
de atribuição.
atribuição. VÍCIODE
VÍCIO
VÍCIO DEFINALIDADE
DE FINALIDADE
FINALIDADE
VÍCIODE
VÍCIO
VÍCIO DECOMPETÊNCIA
DE COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
Para o exercício de suas funções, o agente público dispõe
de um poder regulado pela lei. O agente público SÓ PODE FAZER
AQUILO QUE A LEI DETERMINA E O QUE A LEI NÃO PROÍBE.
Em outras palavras, não pode atuar de forma contrária à lei
(contra legem), além da lei (ultra legem), mas exclusivamente
de acordo com a lei (secundum legem). O uso de poder é uma
prerrogativa do agente público, e ao mesmo tempo em que o
agente obtém a prerrogativa de "fazer" ele atrai o "dever"
de atuar, o denominado poder-dever.

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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA
Há 4 espécies de poderes da Administração Pública:
Poder normativo (ou regulamentar)
Poder hierárquico
Poder disciplinar
Poder de polícia
Além desses poderes, alguns juristas também falam em:
Poder vinculado
Poder discricionário
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Porém, alguns doutrinadores não
entendem que sejam poderes, pois
não existe um poder que seja todo
vinculado ou todo discricionário.
Para estes doutrinadores, o que
existem são atos administrativos
vinculados e discricionários
praticados com base nos poderes.
Hely Lopes Meirelles trata do poder
discricionário (liberdade de escolha)
e vinculado (sem liberdade de
escolha, vinculado a lei) como
poderes, mas Celso Antonio
Bandeira de Mello entende que é
exercício de competência.
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
VAMOS
VAMOS ENTENDER
ENTENDER
CADA
CADA UM
UM DOS
DOS CONCEITOS:
CONCEITOS:

V VINCULADO
D DISCRICIONÁRIO Leticia Batista
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N
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NORMATIVO
H HIERÁRQUICO
D DISCIPLINAR

P de POLÍCIA
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
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PÚBLICA

PODER
PODER VINCULADO
VINCULADO
Trata-se do DEVER da Administração DE OBEDECER
A LEI em uma situação concreta em que ela só possui
esta opção - a Administração fica inteiramente
presa ao enunciado da lei. O único comportamento
possível é o que a lei determina. O administrador
NÃO TEM LIBERDADE DE ATUAÇÃO, apenas deve
seguir o que a lei prescreve.
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NA
LEI

Parte da doutrina entende que não é um poder,


mas sim a mera observância dos ditames legais.
Entendem que é um tipo de ato administrativo.
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA

PODER
PODER DISCRICIONÁRIO
DISCRICIONÁRIO
Para os que defendem ser poder, é este exercido em
situação em que é possível juízo de conveniência e
oportunidade. HÁ MAIS DE UM COMPORTAMENTO POSSÍVEL.
A escolha do ato se dá com base em juízo de valor,
OBSERVANDO A CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.
O administrador tem certa liberdade de atuação, mas
dentro da lei. Também é exercido diante de conceitos
jurídicos indeterminados dados pela lei.
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TEM OPÇÃO.
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TEM ESCOLHA.
DESDE QUE
DE ACORDO
LHA
COM A LEI ES CO
RO
DENT
I
Deve-se ressaltar que DA LE

discricionariedade difere
de arbitrariedade, já que
esta última refere-se à
atuação fora dos limites
da lei, sendo cabível, então,
a apreciação judicial.
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA

PODER
PODER NORMATIVO
NORMATIVO
ou
ou REGULAMENTAR
REGULAMENTAR
Os atos normativos precisam de uma lei prévia. Logo, O PODER NORMATIVO
É DERIVADO DA LEI.A lei é o ato normativo originário, sendo assim,
não depende de uma lei antecedente para ser criada.
Através do poder normativo (ou regulamentar), a Administração,
atuando como Poder Executivo, expede atos normativos. O ato
normativo regulamentar não é originário, é DERIVADO. Seu objeto
é o conteúdo da lei, não podendo ir além dele, sendo esta o seu limite.
São atos normativos os regulamentos, as instruções, as portarias,
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as resoluções, os regimentos etc.
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R EGULAMENTOS
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INSTRUÇÕES
PORTARIAS MAS
REGU
INST
LAM
ENT
RUÇÕ OS
REGR ES
NOR
AS

R ESOLUÇÕES
R EGIMENTOS...
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
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PODER
PODER HIERÁRQUICO
HIERÁRQUICO
É utilizado pela Administração para que ela possa organizar, estruturar,
estabelecer RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ENTRE SEUS
ÓRGÃOS E SEUS SERVIDORES (distribuir competências internamente).
Importante ressaltar que a hierarquia só existe entre órgãos e seus agentes.
Na Administração Indireta, entre ente instituidor e pessoa jurídica instituída
não há hierarquia, não há relação de subordinação. Há relação de vinculação.
Não há hierarquia entre os Poderes do Estado - Legislativo, Executivo e
Judiciário - há distribuição de competências.
Entre as instâncias do Poder Judiciário também não há hierarquia, há os
princípios do duplo grau de jurisdição e do livre convencimento do juiz.
(EXCEÇÃO: SÚMULA VINCULANTE E ADIN/ADECon)
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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PODER
PODER DISCIPLINAR
DISCIPLINAR
O poder disciplinar serve para apurar infrações e aplicar sanções,
aos agentes públicos, aos contratados, e, segundo parte da
doutrina, aos particulares submetidos à disciplina da
Administração (ex: alunos de escolas públicas).
A partir da ideia de SUBORDINAÇÃO DENTRO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, o poder disciplinar visa impor
disciplina e forçar o seguimento das ordens.

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O poder disciplinar é discricionário (em geral) de forma limitada.


Outorga-se à Administração a possibilidade de avaliar, no
momento da aplicação da pena, qual será a sanção correta
(pela definição da infração), ASSEGURANDO O CONTRADITÓRIO
E A AMPLA DEFESA, e qual será a quantificação da sanção.
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PODERES
PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA

PODER
PODER DE
DE POLÍCIA
POLÍCIA
O poder de polícia objetiva condicionar/limitar/restringir/disciplinar
o exercício dos direitos e atividades de particulares para a
preservação do interesse público. Assim, visa GARANTIR O BEM
ESTAR COLETIVO, buscando assegurar que os direitos individuais
não sejam ameaçados. O poder de polícia é exercido para todos e
sobre todos, limitando de forma indistinta os direitos de todos os
administrados. Contudo, o poder de polícia não pode
retirar/estirpar/aniquilar o uso/gozo dos bens/direitos/atividades.

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Os limites do poder de polícia são os princípios da razoabilidade e


da proporcionalidade, mas também devem ser a base do poder de
polícia os princípios da legalidade e da supremacia do interesse
público. O poder de polícia refere-se à polícia administrativa
(que difere da polícia judiciária).
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PODERES
PODERES DA DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA
PODER
PODER DE
DE POLÍCIA
POLÍCIA
O poder de polícia está conceituado no artigo 78 do
Código Tributário Nacional, pois ele é fato gerado
por um tributo (a taxa). É custeado por taxa.

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Art. 78, CTN - Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança,
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos. Os limites do poder de polícia são os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, mas também devem ser
a base do poder de polícia os princípios da legalidade e da
supremacia do interesse público.
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PODERES DA
DA ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PÚBLICA

PODER
PODER DE
DE POLÍCIA
POLÍCIA -- CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS

D ISCRICIONARIEDADE
I MPERATIVIDADE
C OERCIBILIDADE
A UTOEXECUTORIEDADE
Leticia Batista

PODER
PODER DE
DE POLÍCIA
POLÍCIA -- DELEGAÇÃO
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DELEGAÇÃO 015.482.311-26

Pode ser delegado a uma pessoa jurídica de direito público.


Portanto, não pode ser delegado ao particular ou à pessoa
jurídica de direito privado, havendo apenas uma exceção:
podem ser delegados apenas dois atos (ato de fiscalizar
e o consentimento) à pessoa jurídica de direito privado.

PODER
PODER DE
DE POLÍCIA
POLÍCIA -- LIMITES
LIMITES
PEN é caneta em inglês.

P ROPORCIONALIDADE
E FICÁCIA
N ECESSIDADE

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