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Resumo:
Os objetivos das reflexões realizadas são: demonstrar que, a partir da importância que
a Semana de Arte Moderna representou para o Século XX no Brasil, ela gerou
desdobramentos, para além do eixo Rio - São Paulo, que determinaram a forma e o
cenário da arte brasileira; ponderar sobre como o movimento se estabeleceu em
Goiás, por meio do GEN (Grupo de Escritores Novos) que gestou obras e autores de
repercussão nacional e reflete, ainda hoje, na produção de autores goianos e
apresentar, especificamente, na obra do autor goiano Miguel Jorge, como as
características modernistas sugeridas pelos diversos manifestos estão presentes,
alcançando a intersemiose, em demonstração dos desdobramentos que a semana de
22 promoveu. O referencial teórico que embasa essas reflexões parte dos manifestos,
tanto os brasileiros, quanto os europeus, em sua íntegra, transcritos no livro de Teles -
Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro; de Bosi que apresenta reflexões sobre o
pré-modernismo que gestou a Semana de Arte Moderna, o próprio Modernismo, suas
tendências e consequências; de Cândido que faz reflexões sobre o Modernismo; de
Olival que faz a história e a análise do grupo GEN, responsável pelas ideias modernistas
em Goiás; de Peirce, Santaella e Volli que permitem a reflexão sobre a força que as
teorias da Semiótica, contemporâneas ao movimento, estabelecem um processo
posterior de intersemiose, promovendo interessantes desdobramentos das propostas
estabelecidas na Semana de Arte Moderna. Por meio da revisão bibliográfica,
pretende-se demonstrar como esse processo de modernização nasce, estabelece-se e
progride, interferindo na pós-modernidade da literatura. A Semana de Arte Moderna é
a representação da explosão reprimida de desejos sociais e políticos transformadores e
construtores da sociedade, não representados à época, na arte. É uma explosão de
liberdade “desvairada” e criadora, gênesis das novas reflexões que tomaram conta do
país.
VIII SIMELP E III SINTEL
Abstract: the extension of text is from 150 to 250 words, containing the objective,
main object, theoretical approach and the methodology for the analysis. If it is possible,
you have to present partial results.
The objectives of the reflections carried out are: to demonstrate that, based on the
importance that the Semana de Arte Moderna represented for the 20th century in Brazil,
it generated developments, beyond the Rio - São Paulo axis, which determined the form
and scenario of art Brazilian; to ponder how the movement was established in Goiás,
through the GEN (Grupo de Escritores Novos) that managed works and authors of
national repercussion and reflects, even today, in the production of Goiás authors and to
present, specifically, in the work of the Goiás author Miguel Jorge, as the modernist
characteristics suggested by the various manifestos are present, reaching the
intersemiosis, in demonstration of the unfolding that the week of 22 promoted. The
theoretical framework that underpins these reflections comes from the manifestos, both
Brazilian and European, in their entirety, transcribed in the book by Teles - European
Vanguarda e Modernismo Brasileiro; by Bosi, who presents reflections on the pre-
modernism that managed the Week of Modern Art, Modernism itself, its trends and
consequences; by Cândido who reflects on Modernism; de Olival, who makes the
history and analysis of the GEN group, responsible for modernist ideas in Goiás; by
Peirce, Santaella and Volli that allow a reflection on the strength that the theories of
Semiotics, contemporary to the movement, establish a subsequent process of
intersemiosis, promoting interesting unfoldings of the proposals established in the Week
of Modern Art. Through a bibliographic review, we intend to demonstrate how this
modernization process is born, establishes itself and progresses, interfering with the
post-modernity of literature. The Modern Art Week is the representation of the
repressed explosion of social and political desires that transform and build society, not
represented at the time, in art. It is an explosion of “crazy” and creative freedom, the
genesis of the new reflections that took over the country.
Introdução
O referencial teórico que embasa essas reflexões parte dos manifestos, tanto os
brasileiros, quanto os europeus, em sua íntegra, transcritos no livro de Teles -
Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro; de Bosi que apresenta reflexões sobre o
pré-modernismo que gestou a Semana de Arte Moderna, o próprio Modernismo, suas
tendências e consequências; de Cândido que faz reflexões sobre o Modernismo; de
Olival que faz a história e a análise do grupo GEN, responsável pelas ideias modernistas
em Goiás; de Peirce, Santaella e Volli que permitem a reflexão sobre a força que as
teorias da Semiótica, contemporâneas ao movimento, estabelece um processo posterior
de intersemiose promovendo interessantes desdobramentos das propostas estabelecidas
na Semana de Arte Moderna. A Semana de 22 rompeu com o paradigma do
perfeccionismo, dos poemas metrificados e com ritmo clássico, e pregava uma relativa
liberdade. “Começou-se a escrever sobre os populares, com forma livre” Em Goiás, o
movimento veio chegando lentamente, com conflitos.
1. Objetivos do Trabalho
VIII SIMELP E III SINTEL
3. Metodologia
por Deck que chama atenção com a última imagem de um carro sendo visualizado pelo
retrovisor, com os versos” teu mais novo nascimento: homem máquina. Teu parto do
século: tua farta cama” é um exemplo de expressão do futurismo.
Nos poemas é possível perceber a liberdade na criação de estrofes e versos,
numa clara demonstração modernista, mantendo recursos como as figuras de linguagem
e em certos momentos as rimas. No poema a Gravata, p 98, podemos perceber uma forte
crítica as regras clássicas de escrita em que os poetas eram “entalhados”
GRAVATA
Antes da corda: a gravata
Fustigando teu pescoço grosso
Tua sina de engasgado
Tua morfina
Teus lábios de enforcado
Que olhos espicaçadores
Te prescrevem em nobres rostos
Novos santos dias
Antes da corda
(sobre tufos de seda)
A gravata que te sufoca
Dura e fria
Na escada no elevador
Na porta na escrivaninha
(verde-amarelo-azul-martírio)
Furibundo trapo
Leve alheio recheio pesado
No trato da fala
Ciclos eleitorais
(escritoriais)
Do mais alto extremato
Sem estrelato
Antes da corda
(ou do garrote vil)
VIII SIMELP E III SINTEL
O nó da gravata
(pela elegância do teu povo)
Calca tua pele tuas veias
Fios de seda faca estilete lâmina
Devorando os hooooos,aiiiiiis e obrigados
(retardados)
Antes da corda
A gravata te enfeita
(bolores coloridos de três cores)
Nas pompas fúnebres sintéticas
(celestiais)
Fino pano feito para teu peito largo
Longa forma afrodisíaca
Abandonada
Sobre a poeira
Do dia
2. Imagens
VIII SIMELP E III SINTEL
CONCLUSÃO
A Semana de Arte Moderna é a representação da explosão reprimida de desejos
sociais e políticos transformadores e construtores da sociedade, não
representados à época na arte. É uma explosão de liberdade “desvairada” e
criadora, gênesis das novas reflexões que tomaram conta do país. Uma explosão
que se disseminou pelo país e transformou sua sociedade.
Referências