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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SOCIAL DA BAHIA

Joana Barbosa Viana

Resenha acerca do livro : O Caso dos Denunciantes Invejosos

Valença-Ba
Março/2023
Joana Barbosa Viana

Análise do Livro : O Caso dos Denunciantes Invejosos

Atividade, do curso Bacharelado em


Direito da Faculdade de Educação
Social da Bahia, orientado pelo
professor: Rodrigo Silveira.

VALENÇA-BA
Março/2023
O livro “O caso dos denunciantes invejosos” do filósofo brasileiro Lon L. Fuller,
é uma obra clássica da filosofia jurídica que apresenta um estudo teórico e hipotético
de como o direito pode funcionar em situações de exceção, como as que ocorrem
em regimes totalitários e autoritários.
A narrativa apresentada no livro é composta por uma série de casos
hipotéticos, nos quais um grupo de cidadãos denuncia outras pessoas por motivos
de inveja, em um contexto de transição política. Os casos são analisados por
diversos juristas, ou no caso, os deputados, que expõem suas visões sobre o
funcionamento do Direito e da justiça em situações extremas.
Após uma grave crise econômica dominar o país, mudando a vida das
pessoas completamente, surge uma figura que prometia mudar o cenário da crise
enfrentada pela população, se tratava do chefe de um partido político denominado
“Camisas-purpuras” fazendo uma ligação com a realidade e ilustrando os “Camisas-
marrons” que foi uma organização nazista.
Os camisas-purpuras conseguiram se apossar do poder político, entretanto
sua forma de governo era extremamente totalitária, onde criavam apenas leis
voltadas para o seu próprio benefício, além disto, não respeitavam a constituição
vigente no país. .
Com isso surge o ministro da justiça com a nobre missão de decidir o que é
mais justo e para isso, conta com o auxílio de cinco deputados e suas respectivas
opiniões.
Embora o livro tenha sido escrito na década de 1960, sua mensagem continua
relevante até hoje. A obra de Fuller nos lembra a importância de se manter vigilantes
contra abusos de poder e de se garantir a proteção dos direitos fundamentais em
todas as circunstâncias.
Primeiro deputado:
O primeiro deputado defende a ideia de esquecer ou que os denunciantes não
deveriam ser punidos, visto que naquele momento a lei era vigente e era de fato o
regime e tais fatos e atrocidades cometidas naquele contexto eram lícitos.

Segundo deputado:
O segundo deputado também concorda com a opinião do primeiro, afirmando que
com a ascensão dos Camisas-purpuras ao poder o Estado de Direito foi invalidado,
não sabendo diferenciar a legalidade ou ilegalidade dos atos cometidos.

Terceiro deputado:
O terceiro deputado parte do pressuposto de que os casos deveriam ser analisados
individualmente e muito bem revisados. Defendia que se um fosse punido, todos
deveriam ser, até mesmo o próprio governo.

Quarto deputado:
O quarto deputado defende a ideia da criação de uma lei especial para o tratamento
do caso dos denunciantes invejosos.

Quinto deputado:
O quinto deputado discorda da opinião do quarto deputado pois acredita que com a
criação de novas leis, estariam de certa forma compactuando com as ideias do
antigo partido político Camisas-purpuras, bem como com suas atrocidades. Sugere
também que seja aplicada a lei dos homens evitando o envolvimento do governo.
Pessoalmete, acredito que a opinião do terceiro deputado seria a mais
acertada, visto que, não ignora os atos de nenhum dos “lados da moeda” leva em
consideração até mesmo as irregularidades cometidas pelo próprio governo e caso
estivessem errados, também seriam passiveis de punição. Um exemplo de fato
histórico que se assemelha a história do livro foi a lei da anistia, que ocorreu em
1979, onde todos que cometeram crimes eleitorais ou políticos teriam seu perdão
legal.

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