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DOMÍNIOS

Leitura/Ed.
Literária: Ano letivo:
Teste de Avaliação Sumativa de Português 8º ano
_________________ 2022/23
Nome:_________________________________________________
Escrita: 1ºSemestre
Nº______ Ano/Turma: _____
_________________ novembro
Professora: Cristina Milheiro Oliveira
Gramática:
Encarregado de Educação:
________________________________ _______________

GRUPO I – TEXTO A

Lê o texto. Se necessário, consulta o vocabulário.

Os cães percebem mesmo aquilo que lhes dizemos

Um estudo realizado com uma máquina de ressonância magnética 1 comprova que os cães
processam vocabulário de forma semelhante aos humanos.

A capacidade de aprender um vocabulário não é exclusiva dos humanos, conclui um estudo,


segundo o qual os cães percebem aquilo que lhes dizemos e a forma como o dizemos. Se já tinha
essa sensação, a de que o seu cão o entendia perfeitamente, então aqui está a ciência a
comprová-lo.
Segundo um novo estudo a publicar na revista Science, os cães são mais parecidos com os
8 humanos do que se julgava, uma vez que usam a mesma região do cérebro para processar
vocabulário. E fazem-no tanto para perceber o que lhe dizem como para entender como o dizem.

10 Ou seja, independentemente da entoação que utilize quando fala com o seu cão, ele irá perceber
a mensagem, sendo que compreenderá melhor quando esta é transmitida com o tom de voz
adequado.
Os autores deste estudo, da Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste, Hungria, realizaram
testes em 13 cães de diferentes raças numa máquina de ressonância magnética para perceber
como reagiam àquilo que se lhes dizia. E concluíram que os animais reconheceram cada uma das
16 palavras como algo distinto e que o fizeram de uma forma muito semelhante aos humanos.
Os investigadores confrontaram os animais com palavras simpáticas ditas com um tom
neutro e com um tom agradável; ou com palavras neutras ditas com entoação alegre... E
19 verificaram a reação das ondas cerebrais dos cães perante as mais variadas combinações.
Resultado: perceberam que os cães distinguem as palavras usando o hemisfério 2 esquerdo do
cérebro e distinguem as diferentes entoações usando o hemisfério direito. “Os cães são animais
extraordinários e ainda há muito para descobrir”, afirmou um dos especialistas.

In Diário de Notícias, 30 de agosto de 2016

VOCABULÁRIO
1. ressonância magnética: técnica de diagnóstico por imagens, isenta de radiações.
2. hemisfério: cada uma das metades do cérebro.

Responde às perguntas que se seguem, de acordo com as orientações dadas.

1. As afirmações apresentadas de A. a E. referem-se a informações do texto.


Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas informações surgem no
texto.

A. O processamento do vocabulário é feito pela mesma área cerebral quer pelos humanos,
quer pelos cães.
B. Cada uma das metades do cérebro dos cães é responsável pela distinção de diferentes
palavras e de diferentes entoações.
C. Os testes realizados mostram que os cães reagem de forma diferente a palavras distintas.
D. A perceção da mensagem humana por parte dos cães não depende exclusivamente da
entoação.
E. A aprendizagem de vocabulário é uma capacidade que não está limitada ao ser humano.

2. Para responderes a cada item (2.1. a 2.3.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1. A utilização da palavra “mesmo” no título do texto reforça a ideia de que


A. os resultados do estudo realizado foram redundantes.
B. os resultados do estudo realizado foram inesperados.
C. os resultados do estudo realizado foram expectáveis.
D. os resultados do estudo realizado foram provisórios.
2.2. A palavra que permite substituir “processar”, sem alterar o sentido da expressão “usam a
mesma região do cérebro para processar vocabulário” (linha 8), é
A. transformar.
B. assimilar.
C. acontecer.
D. verificar.

2.3. A expressão “Ou seja” (linha 10) exprime um carácter de


A. finalidade.
B. conclusão.
C. retoma.
D. explicação.

3. Escolhe a alínea correta.

3.1 Na linha 19, os dois pontos (“Resultado:”…) são usados para

A. introduzir uma síntese.


B. introduzir uma enumeração.
C. introduzir um exemplo.
D. introduzir o discurso direto.

4. Indica a que se refere o pronome “o” em “o fizeram de uma forma muito semelhante aos
humanos” (linha 16).

5. Indica o número das funções sintáticas das expressões sublinhadas.

FUNÇÕES SINTÁTICAS

(A) Os cães gostam de companhia. 1. Complemento direto


(B) Os cães são animais extraordinários. 2. Complemento indireto
(C) Ao longo dos anos os especialistas estudam o 3. Complemento oblíquo
cérebro do cão. 4. Predicativo do sujeito
(D) Os investigadores confrontaram os animais com 5. Modificador do nome restritivo
palavras simpáticas. 6. Modificador do nome apositivo
(E) Os autores deste estudo realizaram testes. 7. Modificador do grupo verbal
GRUPO I – TEXTO B

Qual é, afinal, o lugar do cão?

Para a maioria das raças, incluindo muitos dos “rafeiros”, o seu lugar é em casa, connosco. Os
cães também sentem frio, medo e necessidade de estar perto. Poder-me-ão dizer que
sobrevivem na rua, é verdade. A isso respondo que um sem-abrigo também sobrevive na rua.
No entanto, “sobrevive” é a palavra chave. Sobrevive sim, mas sem condições dignas e sem
conforto.

Um dia, quando comprarmos uma vivenda, podes ter um cão”. Foi a frase que mais ouvi ao
longo da minha infância e que me fez sonhar com essa possibilidade, pois, dentro de portas, não
havia lugar para um ser peludo, por mais fofo que pudesse ser. Esse dia acabou por nunca chegar,
mas essa infelicidade acabou por me fazer refletir sobre a afirmação dos meus pais e estudar um
pouco mais o assunto. Tanto, que acabei a estudar para ser veterinário.
Não se sabe ainda exatamente, nem com certeza, quando e de que forma se iniciou esta ligação
que nos fez ficar tão próximos e até dependentes. O que terá começado enquanto dependência
unilateral, dos ancestrais dos cães face ao ser humano, transformou-se paulatinamente numa
dependência mútua, tenha sido por guarda, companhia, caça ou inclusivamente entretenimento.
Provavelmente, a primeira terá dado o mote para uma simbiose gradual, que nos leva a
denominarmos, hoje, o cão enquanto melhor amigo do ser humano.
Neste trajeto e à nossa tradição, moldámos uma espécie à imagem das nossas necessidades.
Assim, aquele que outrora foi lobo (ou algo muito próximo do que designamos enquanto lobo),
deu origem a uma ramificação, uma subespécie, “o canis lupus familiaris”, vulgo cão.
Naturalmente, nos primórdios, o seu lugar seria satélite, oportunista das nossas sobras de
alimento. Mais tarde, terá sido importante no alerta relativo a predadores e intrusos, sendo
oportunamente incluído enquanto apoio da tribo. Para tal, ajudou ser um animal gregário, com
forte sentido de comunidade, na qual cada um ocupa a sua posição numa hierarquia bem definida.
Daqui até à sua inclusão e diversificação de funções, foi um “ápice”. Afirmou-se como elemento
fidedigno de caça, fiel à família, protetor e obediente. Um de nós.
A evolução costuma estar associada à capacidade de adaptação do ser ao meio. Aqueles cujas
características mais se adequam ao ambiente observado, prosperam e reproduzem-se. No
entanto, no caso do cão há uma nuance, na qual a sua evolução mais recente se dá também pela
seleção artificial, por nós determinada.
Desta feita, várias características foram progressivamente selecionadas, pelos mais diversos
motivos e tendo em conta o que nos convinha a cada momento. Independentemente das
motivações, certo é que o cão começou a fazer parte do nosso lar, das nossas casas. Pela altura
em que isso aconteceu, muitas seriam ainda cabanas e muitos cães terão ajudado a aquecer
famílias inteiras nas alturas de maior frio. Não era infrequente os animais dormirem lado a lado
com as pessoas, inclusivamente os animais de produção. No caso em concreto e dada a crescente
proximidade, uma seleção mais minuciosa levou a que tenhamos hoje a numerosa paleta de raças
existente, algumas por enorme egoísmo da nossa parte…
Voltamos agora ao título deste texto e convido-vos a debruçarmo-nos mais atentamente na
minha pergunta. Afinal, qual é o lugar do cão? Obviamente não posso dar uma resposta global,
dado as óbvias diferenças entre raças. Não obstante, posso afirmar que para a maioria das
mesmas, incluindo muitos dos “rafeiros”, o seu lugar é em casa, connosco. Os cães também
sentem frio, medo e necessidade de estar perto. Poder-me-ão dizer que sobrevivem na rua, é
verdade. A isso respondo que um sem-abrigo também sobrevive na rua. No entanto, “sobrevive” é
a palavra chave. Sobrevive sim, mas sem condições dignas e sem conforto.
Para a maioria dos cães, o seu lugar não é na rua e acima de tudo, o seu lugar não é o
abandono. Ao longo de vários milénios transformámos um lobo num cão, esquecendo-nos por
vezes que ele não torna novamente a lobo, pelo menos, do dia para a noite, nem tão pouco o
passa a ser nos momentos em que nos dá mais jeito.
Por isso, quando decidimos ter um cão devemos lembrar-nos que ele também sente. Não
apenas frio, calor ou fome, mas também alegria, ansiedade e medo. Resta-me dizer que aquele
que sente medo, também sente amor. 
O lugar do vosso cão é convosco, assim tenham amor para retribuir.

Visão, A opinião do médico veterinário João Seabra Catela, 19.10.2021 às 10h50

1. Escreve na tua folha de teste a alínea correta, tendo em conta a informação do texto que
acabaste de ler.
1.1 O autor afirma que uma das razões que o levou a ser veterinário foi
(A) não ter comprado uma moradia quando era jovem.
(B) sonhar com a possibilidade de ter um cão na sua infância.
(C) pensar no que os pais disseram e dedicar-se ao estudo canino.
(D) poder ter cães dentro da sua própria casa.

2. Identifica o início da relação entre o cão e o Homem, segundo o autor. Exemplifica.

3. Associa a palavra sublinhada na coluna A ao processo de formação que lhe corresponde na


coluna B, registando o número à frente da letra.
Coluna A Coluna B

a. “Não era infrequente (…)”; “(…) uma subespécie (…)” 1. Derivação não afixal

b. “(…) um sem-abrigo também sobrevive (---)” 2. Derivação por prefixação

c. Ao anoitecer, os animais dormiam “lado a lado com as 3. Derivação por sufixação


pessoas.”

d. “Provavelmente, a primeira terá (…)” 4. Derivação por parassíntese


e. “(…) tenha sido por guarda (…)” 5. Composição por palavras

4. Refere quatro características que o autor atribui ao cão relacionadas com as suas qualidades e
funções, transcrevendo a frase que comprova a tua afirmação.

5. Reescreve a frase, substituindo a expressão sublinhada pelo respetivo pronome pessoal átono
(em adjacência verbal).
5.1 Poderão dizer ao veterinário que os animais sobrevivem na rua.
5.2 Enquanto não comprarmos uma vivenda, nunca poderemos ter um cão.
5.3 Os cães mostram amizade pelo ser humano.
6. Menciona a opinião do autor do texto sobre o lugar do cão na sociedade e extrai um exemplo
que sustente a tua resposta.

7. “Ao longo dos tempos, o lobo originaria o cão.”

7.1 Deteta a frase passiva correta que corresponde à frase ativa acima transcrita,
escrevendo o número do item e a letra que a identifica.
A. O cão era originado pelo lobo, ao longo dos tempos.
B. Ao longo dos tempos, o cão foi originado pelo lobo.
C. O lobo tinha sido originado pelo cão, ao longo dos tempos.
D. Ao longo dos tempos, o cão seria originado pelo lobo.

7.2 Faz corresponder o número da palavra destacada a negrito à letra que representa a sua
classe e subclasse:

CLASSE e SUBCLASSE de PALAVRAS

1. Ao A. determinante artigo definido


2. tempos B. determinante artigo indefinido
3. o C. nome comum
4. originaria D. nome comum coletivo
5. cão E. adjetivo qualificativo
F. preposição simples
G. preposição contraída
H. advérbio de modo
I. verbo transitivo direto
J. verbo transitivo indireto

8. Tendo em conta o texto, escolhe a alínea da opção correta.


8.1 Tal como um sem-abrigo, um cão abandonado sobrevive na rua
a) e não precisa de ninguém.
b) mas sem comodidade nem dignidade.
c) mas precisa de viver numa vivenda.
d) e necessita de estar perto de alimentos.

9. Identifica o recurso expressivo presente na frase “Não apenas frio, calor ou fome, mas também
alegria, ansiedade e medo.” e explica a ideia que o autor pretende acentuar.
10. “Quando decidimos ter um belo cão, devemos lembrar-nos que ele também sente.”

10.1 Classifica a oração sublinhada, escolhendo a alínea correta.

(A) Oração subordinada adverbial condicional.


(B) Oração subordinada adverbial causal.
(C) Oração subordinada adverbial concessiva.
(D) Oração subordinada adverbial temporal.
(E) Oração subordinada adverbial final.

10.2 Coloca o adjetivo “belo” no grau superlativo absoluto sintético.

11. Deteta a frase que contém uma forma verbal no pretérito imperfeito do indicativo e no
pretérito imperfeito do conjuntivo.
A. Os pais quiseram um cão quando tiveram uma vivenda.
B. Os pais queriam um cão se tivessem uma vivenda.
C. Os cães precisam da comida que os donos lhes dão.
D. Os cães precisaram da comida que os donos lhes deram.

GRUPO II

Escreve um texto de opinião/argumentativo subordinado ao tema:

“O abandono de cães e de outros animais domésticos. “

Entre outros aspetos que julgues pertinentes, o teu texto deve:

 estar devidamente estruturado;


 conter os respetivos exemplos;
 ter um mínimo de 150 e um máximo de 250 palavras.

BOM TRABALHO! 😊

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