O poema descreve como as pombas voam dos pombais pela manhã e retornam à tarde, mas os sonhos da adolescência não retornam aos corações como as pombas aos pombais. O poeta pede ao leitor para criar obras de arte pura e bela como um templo grego, sem mostrar o sofrimento do processo criativo. A beleza e verdade devem ser naturais e simples, sem artifício.
O poema descreve como as pombas voam dos pombais pela manhã e retornam à tarde, mas os sonhos da adolescência não retornam aos corações como as pombas aos pombais. O poeta pede ao leitor para criar obras de arte pura e bela como um templo grego, sem mostrar o sofrimento do processo criativo. A beleza e verdade devem ser naturais e simples, sem artifício.
O poema descreve como as pombas voam dos pombais pela manhã e retornam à tarde, mas os sonhos da adolescência não retornam aos corações como as pombas aos pombais. O poeta pede ao leitor para criar obras de arte pura e bela como um templo grego, sem mostrar o sofrimento do processo criativo. A beleza e verdade devem ser naturais e simples, sem artifício.
Vai-se a primeira pomba despertada... Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Do claustro, na paciência e no sossego, De pombas vão-se dos pombais, apenas Trabalha e teima, e lima, e sofre e sua!
Raia sanguínea e fresca a madrugada... Mas que na força se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua E à tarde, quando a rígida nortada Rica mas sóbria, como um templo grego Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Não se mostre na fábrica o suplício Ruflando as asas, sacudindo as penas, Do mestre. E natural, o efeito agrade Sem lembrar os andaimes do edifício: Voltam todas em bando e em revoada... Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, Também dos corações onde abotoam, É a força e a graça na simplicidade. Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais...