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Neurociencia – psicanálise – bioenergética – constelação familiar

Amamentação e os efeitos no cérebro a longo prazo

Um novo estudo norte-americano revela que o leite materno é capaz de incrementar em


até 30% o desenvolvimento cerebral dos bebês em apenas três meses. Os benefícios
aparecem, sobretudo, associados às áreas responsáveis pela linguagem, função
emocional e cognição, dizem os cientistas.
Os investigadores da Brown University, nos EUA, utilizaram equipamentos de ressonância
magnética adequados para bebês (silenciosos e que funcionam durante o sono) para
analisar o crescimento do cérebro de uma amostra de crianças com menos de quatro
anos de idade.A análise mostrou que, aos dois anos, os bebés que tinham sido
alimentados exclusivamente através da amamentação durante, pelo menos, três meses,
apresentavam um maior desenvolvimento em áreas fundamentais do cérebro em
comparação com as crianças alimentadas com fórmula de leite ou com uma combinação
de fórmula e leite materno.

Estudos comprovaram que os indivíduos que haviam sido amamentados por mais tempo
se saíram melhor em testes de QI quando jovens adultos. Esse resultado pode vir tanto
do valor nutricional do leite (rico em ácidos graxos saturados de cadeia longa, que
contribuem para a agilidade do cérebro em seu desenvolvimento nos dois primeiros anos
de vida) quanto do vínculo e dos estímulos que recebe da interação com a mãe ao ser
amamentado. Além do QI, estes participantes também apresentaram maior nível de
escolaridade e de renda.
Sabemos também que a amamentação contribui para o menor risco de obesidade na vida
adulta. A duração do aleitamento materno está associada a um maior índice de massa
magra e menor gordura visceral.
DOENÇAS
Um estudo australiano acompanhou por 21 anos um grupo também de 3,5 mil bebês
desde o início da década de 80. Concluiu-se que o aleitamento por um período mínimo de
4 meses já pode ajudar como substancial efeito protetor contra a diabetes na fase adulta.
A amamentação pode contribuir para evitar o surgimento não apenas do diabetes tipo 1
na infância como também do tipo 2 (decorrente, na vida adulta, do consumo excessivo de
açúcar).

Amamentação: importância segundo a Psicanálise

Para a psicanálise, a importância da amamentação deve-se ao fato de ter uma dupla


função. Uma função nutritiva, de oferecer os nutrientes ao bebê. E uma função ligada à
sexualidade, que é o prazer que a criança tem na sucção oral. Como isso funciona?
Vamos ver!
Além desse duplo aspecto, há também o simbolismo da proteção. O bebê sente-se
acolhido pela mãe, uma condição de proteção que mais se aproxima da ultraproteção
uterina.

A importância da amamentação está além da necessidade nutricional do bebê

Conforme Freud (2006), a fixação do bebê em sugar, vai além da satisfação nutritiva, pois
significa a busca de obter prazer. Essa fixação deve ser denominada de sexual. A
finalidade é o objeto de um instinto: a pulsão.

Esse objeto da pulsão pode ser o próprio corpo, e pode ser alterado quantas vezes for
pertinente no decorrer das alterações que o instinto sofre na sua vida. Vale destacar que
essa modificação exerce papel extremamente significativo.

Bioenergética

Sentimento de abandono em excesso ou falta

CONSTELACÃO FAMILIAR

Segundo a teoria da extero-gestação, do pediatra americano Harvey Karp, nos três


primeiros meses de vida o bebê humano é como um marsupial: precisa continuar sendo
gestado fora do útero, o mais perto possível da corpo da mãe.

O LEITE E O GANHA-PÃO

Uma licença maternidade de quatro meses, como praticado na maioria dos casos no


Brasil, chega a ser uma violência psicológica tanto para mães como para bebês.
É daí que vem a primeira grande separação emocional da díade, quando a mulher se vê
obrigada a buscar uma babá, creche ou o colo de algum outro parente disposto para
cuidar do seu filho enquanto ela cuida do ganha-pão.
Isso traz amplas repercussões para toda a vida da criança, segundo a visão sistêmica.
Para o bebê humano, a mãe significa o sustento, a vida (lembra de onde vem nosso
primeiro sustento como mamífero?).
É com ela que a criança aprende a linguagem do amor, do servir. Tudo o que nos separa
do amor incondicional à nossa mãe, aparecerá como obstáculo entre nós e os demais.
Ou seja, se houver movimento afetivo interrompido em direção à mãe na infância, haverá
também em relação ao sustento (dinheiro), ao trabalho e ao sucesso na vida adulta.
A questão é delicada. A verdade é que a esmagadora maioria das mães não têm o
privilégio de poder parar de trabalhar fora para simplesmente ser mãe, quando assim
desejam.
Enquanto a sociedade não caminha para ter políticas públicas que permitam ampliar a
licença maternidade, as mães podem adotar pelo menos seis atitudes para fortalecer os
laços de vínculo com seus filhos:

AMAMENTE EM LIVRE DEMANDA


Não espere seu bebê chorar, sempre ofereça aos primeiros sinais de fome (movimentos
de abrir a boca e buscar o peito girando a cabeça, quando chupa os dedos as ou
mãozinhas, e ao emitir sons de “maaaaa”). E lembre, livre demanda significa deixar de
lado relógio e horários.

ACONCHEGO

Enquanto realizar a amamentação (no peito ou mamadeira), mantenha seu filho pertinho
do seu corpo. Se a temperatura estiver agradável, deixe ele só de fraldas, em contato
pele a pele com você. Olhe nos seu olhos, converse ou cante para ele.

ATENÇÃO PLENA

No tempo que puder estar interagindo com o seu filho, não importa se são 15 minutos ou
3 horas seguidas, que seja um tempo de qualidade.
Ou seja, esteja 100% presente e disponível afetivamente para ele. Evite se perder em
pensamentos de preocupação com o futuro e remoendo problemas do passado ou se
distraindo com coisas ao redor, como TV, ou celular. Etc.

CONVERSA

Quando precisar sair para trabalhar ou se ausentar, converse com seu filho e explique o
que você vai fazer, quanto tempo vai ficar fora, por que precisa fazer isso e como está se
sentindo.
Ainda que o bebê não entenda a linguagem verbal, ele é mais do que dotado a
compreender a linguagem emocional e não-verbal.

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