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GENERALIDADES
Em outros casos a concepção nunca se dá, embora o coito seja praticado em condições
favoráveis á fecundação. E existem casos de mulheres ficarem gravidas, sem intromissão
penial, conservando o hímen intacto. A impotência e a esterilidade podem existir num
individuo, simultânea ou isoladamente, sendo frequentemente uma a causa da outra. Para
o homem há ausência de impotência quando há ereção, introdução e ejaculação com
sensações voluptuosas, e para a mulher quando há excitação das partes pudendas,
recepção e sensações voluptuosas.
A esterilidade não é uma entidade mórbida especial, não constitui um estado particular
do organismo, mas é a resultante de um desvio funcional do aparelho genital, ou o sintoma
de uma afeção geral, ou local, provindo, pois, das condições mais variáveis.
A SUA TIPOLOGIA
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• É chamada secundaria ou adquirida, quando a mulher, tendo gravidado várias
vezes, perde em seguida a uma afeção local, a faculdade de conceber.
• O estado de esterilidade pode ser temporário ou permanente, conforme o
impedimento é de curta ou de indefinida duração.
• Os autores ingleses e alemães distinguem ainda uma variedade de esterilidade
adquirida, que consiste em a mulher não conceber mais que uma vez (only child
sterility).
ETIOLOGIA DA ESTERILIDADE
É pois difícil fazer uma boa classificação das diversas formas de esterilidade, segundo as
causas.
Da mesma maneira para a mulher Auvard agrupa as causas em três séries: causas
anatómicas, causas funcionais e causas gerais.
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• Designando por causas anatómicas as que indicam um vicio, congenital ou
adquirido, de conformação do sistema genital;
• Por causas funcionais, as que abrangem as anomalias da união sexual;
• Por causas gerais as que provém de um estado patológico fora do sistema genital.
Causas gerais: abrangendo doenças gerais, doenças locais, faltas de higiene, esfalfamento,
consanguinidade, idade, hereditariedade, etc.
Causas anatómicas:
Útero: O útero por suas alterações patológicas oferece uma quantidade de condições
etiológicas de esterilidade. A esterilidade é seguramente na grande maioria dos casos da
origem uterina.
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As trompas: As trompas, como órgãos de recetáculo e condutores do ovulo, e como
ponto de encontro deste com o espermatozoide, gozam de grande importância na
fecundação. Para que, pois, as trompas não sejam causa de esterilidade, é preciso que a
comunicação entre o ovário e o útero e a adaptação do pavilhão sobre o ovário, bem como
o estado da mucosa da trompa, sejam normais.
Ovários: Além dos deslocamentos, que em certos casos muito raros resultam de um vicio
de desenvolvimento, e nos quais o ovário conserva-se junto á coluna vertebral, as
deformações dos ovários consistem ou na sua ausência ou na sua atrofia. Não existe
observação bem nítida em que haja ausência dos dois ovários, mas a ausência de um deles
tem sido verificada na autopsia, porque no vivo torna-se impossível fazer este diagnostico
a não ser num caso de laparotomia.
Mas a importância é somente toda teórica, porque nenhum tratamento pode remediar este
vicio de conformação, e mesmo porque uma mulher pode conceber com um só ovário
contando que esteja são.
Ovulo: As doenças próprias do ovulo são desconhecidas, mas existem perturbações que
dependem da ovulação, mais ou menos diretamente, e são a amenorreia, a menorragia e
a dismenorreia. A amenorreia, como a etimologia o diz, significa supressão do corrimento
menstrual. Esta supressão pode ser parcial ou total, persistente ou temporária.
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Causas fisiológicas
Erros de coito: O coito, que normalmente se efetua pela intromissão do pénis na vagina,
pode realizar-se num dos dois canais vizinhos, seja na uretra, seja no reto. Sendo as
dimensões da uretra muito pequenas, é para admirar a introdução do pénis no seu interior;
mas existem observações que não permitem a dúvida.
Nestes casos, muito raros, o pénis não pode penetrar na vagina, em virtude de um
obstáculo, constituído por um hímen muito resistente, ou por uma outra deformação
vaginal. Não me refiro senão a erros involuntários e inconscientes.
Causas gerais:
Falta-nos agora falar das causas que não estão ligadas a um estado mórbido local. As
doenças gerais, que podem repercutir-se funestamente nas faculdades procriadoras, e
refiro-me somente ás crónicas, porque a influencia das agudas é passageira, são a sífilis,
a tuberculose, a obesidade, a albuminúria, a diabetes, o esfalfamento.
Quando um casal é considerado infértil, sempre haverá alternativas médicas para realizar
o sonho de serem pais. Uma mulher que não está ovulando por problemas hormonais, por
exemplo, pode realizar um tratamento para reverter a situação.
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COMO DIAGNOSTICAR O PROBLEMA
Qualquer casal que esteja com dificuldades para engravidar deve procurar um médico. O
primeiro passo será realizar exames para avaliar as condições dos sistemas reprodutores
do homem e da mulher.
Com base nos resultados, será possível saber se o caso é de infertilidade ou esterilidade.
É muito importante conhecer a diferença entre esses dois termos para vencer o medo de
não poder engravidar, buscar o tratamento adequado e evitar frustrações desnecessárias.
É importante lembrar também que a procura de um especialista deve ocorrer assim que
notada a dificuldade. Com o passar do tempo e o avanço da idade do casal, as coisas
podem se tornar mais graves.
O QUE FAZER
A esterilidade não permite isso. Trata-se de uma condição irreversível. Entretanto, ainda
é possível realizar o sonho de ter filhos a partir da doação de gametas ou cessão temporária
de útero. Nesse caso, a fertilização é realizada com sêmen ou óvulos doados por outras
pessoas, que devem ser anônimas, ou a transferência dos embriões será feita em outra
mulher, de preferência alguém da família.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
Belmiro Braga. CAUSAS DE ESTERILIDADE NA MULHER. PORT O TIP. DE
ALEXANDRE DA FONSECA VASCONCELOS 51, Rua de Sá Noronha
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