Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RELATÓRIO DE PESQUISA
Paulo Afonso – BA
mar./2021
Carlos Iago da Silva Teixeira
Gisele Bezerra Barros Leite
João Vitor dos Santos Lima
Letícia Maria Bezerra Pequeno
Maycon Varjão Francisco
RELATÓRIO DE PESQUISA
Paulo Afonso – BA
mar./2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
Uma das perguntas mais abordadas sobre o tema é o parentesco que existe
entre a hermenêutica e a interpretação. Visando repassar o conhecimento e
especificar melhor as qualidades, diferenças e igualdade diante das duas,
são mencionados pontos que mostram que existe uma real diferença entre elas.
A Escola Exegese adotava as leis escritas como a sua fonte do Direito. Ela
contava com métodos de intepretação entre direito natural e humano; o poder absoluto
do legislador, e entre outras. A sua forma de interpretação influenciou diversas
pessoas da sua época e trouxe ensinamentos para os dias atuais.
4
Já a Escola Analítica, defendia que só existia apenas leis positivas e para seus
adeptos não importava a relação entre ética e valores diante das normas legais.
Wilhelm Dilthey (1633-1911) tinha o seu currículo muito completo, era filosofo
hermenêutico, historiador, sociólogo, psicólogo e pedagogo. A corrente de raciocínio
foi realizada através da divergência de opinião entre ele e Friedrich. Friedrich
acreditava na teoria da interpretação e explicação, já Wilhelm defendia que a
interpretação era uma verdadeira arte sua característica dependia de muitas coisas,
como: conhecimento, significados, experiencias, assim também se subdividiam em
ciências naturais e ciências humanas. Sobre seu ponto de vista. Wilhelm, disse:
Segundo Gadamer, o/a interprete está inserido num contexto histórico e cultural
e interpreta com seus “preconceitos”. Significa que, são projetados no texto e depois
modificados e revisados à luz daquilo que emerge à medida que o leitor se aprofunda
no texto. Essa visão pode ser considerada uma elaboração sobre o modelo do círculo
hermenêutico. Gadamer considerou que os preconceitos são produtivos e um meio
de alcançar a compreensão: “Trabalhar essa pré-projeção, que é constantemente
revisada nos termos do que emerge à medida que ele [o leitor] penetra no significado,
é ir compreendendo o que está lá” (Gadamer 1996, pág. 267, apud Hermenêutica,
2016, sp)
hermenêutica não se resume apenas a ela, pois ela se utiliza de métodos, por
exemplo, o método lógico, que busca entender uma norma além da gramática de suas
palavras, ou o método sistemático, que une várias normas e busca uma linha de
raciocino única, ademais as técnicas e estratégias para buscar compreender ou
fundamentar uma tese.
Art 4°: O juiz que se recusar a julgar sob o pretexto do silêncio, da obscuridade ou da
insuficiência da lei, poderá ser processado como culpável de justiça denegada;
2. A segunda fase iniciou logo após a primeira, nela ocorreu o período áureo da escola
da exegese, nessa época foi publicada as principais obras dessa corrente
Hermenêutica.
10
A lei é tudo, de tal modo que a função do jurista não consiste a senão em extrair
para aprende-lhes o significado, ordens as conclusões parciais, e afinal, atingir
grandes sistematizações.
direito positivo, como o direito, judiciário, científico, etc, ou seja, das fontes formais do
direito atualmente aceitas no ordenamento, somente a lei era admitida como fonte do
direito.
Para a escola analítica, o direito tinha como objeto principal somente as leis
positivas e a escola não considerava os valores e o conteúdo ético das normas legais.
Segundo Austin:
“O direito existe independentemente de ser justo ou injusto, isto é, sua validade deve
ser aferida sobre o aspecto conceitual e não a partir dos fundamentos morais. Uma lei
existente, é uma lei que existe, independente de ser boa ou má.”
Para John Austin , os problemas que fazem parte do direito estão em três
campos , os quais são : A jurisprudência geral oi filosofia do direito positivo , que trata
da exposição dos princípios gerais comuns aos diversos sistemas Jurídicos positivos,
a jurisprudência particular , que cuida do estudo das leis vigentes num determinado
país, a ciência da legislação , situada nós domínios da ética , que abrange os
princípios que o legislador deve ter em conta para elaborar as leis justas e adequadas
.
13
Dessa maneira, temos como a única fonte do direito os costumes, que eram
aceitos pelos órgãos julgadores, no caso nos tribunais.
Nascido em fevereiro de 1779 Friedrch Von Savigny era um dos mais influentes
e respeitados juristas do século XIX.
A Alemanha estava em uma era legalmente primitiva, quando a lei ainda estava
em processo de formação. Em uma época de declínio cultural, a codificação jurídica
que refletia o pensamento da época poderia ser prejudicial à medida que consolidava
ainda mais uma cultura já decadente.
Nesse contexto, o que era válido para a Inglaterra não necessariamente deveria ser
para os alemães.
15
Savigny acredita que a lei é um organismo vivo que mudará de acordo com as
mudanças sociais e históricas (ou seja, "as pessoas mudam a lei").
Após a luta entre Saboni e Thibault (vencida por Thibault), surgiu a chamada
escola da evolução histórica, que retém muitas características da escola histórica,
como a baseada no uso de leis de criação e costumes e visões contra as tradições
populares. os evolucionistas históricos não propuseram uma solução.
A escola histórica evolucionária surgiu logo após a escola histórica. Como seu
surgimento foi influenciado pela escola histórica, argumentou que os verdadeiros
direitos residem no uso e nos costumes, bem como nas tradições populares, não
devendo haver regulamentação. No entanto, outro é atribuído ao importante papel do
intérprete, que pode manter a legislação em dia de acordo com as exigências da
sociedade, e a escola defende que deve haver um conjunto de normas.
Após a luta entre Saboni e Thibault (vencida por Thibault), surgiu a chamada
escola da evolução histórica, que retém muitas características da escola histórica,
como a baseada no uso de leis de criação e costumes e visões contra as tradições
populares. os evolucionistas históricos não propuseram uma solução.
Por um curto desvio de tempo, pode-se perceber que o Estado centralizado não
sucumbiu à descentralização política da Idade Média até o século XV, o que está em
linha com a nascente estrutura capitalista, que não cumpre as leis locais e leis
protéticas. Sistema feudal.
18
A escola teleológica foi Fundada por Rudolf Von Ihering, de acordo com esta
lei, para refletir o espírito da lei, é necessário buscar o propósito do legislador na
edição de certas normas jurídicas. Tendo em conta a interpretação histórica, não será
19
Por isso dizer-se que o sentido da lei é construído mediante sua interpretação.
Essa lhe supre as deficiências de incompletude, conformando sua aparência por meio
da insígnia do legislador ideal, a semelhança de um quebra cabeça, em que somente
vai sendo possível captar melhor o desenho que ele contém pela insistência de
tentativas interpretativas a seu respeito
entre os métodos não existe hierarquia, é impossível decidir racionalmente qual deles
utilizar quando levam a resultados distintos.
Com base nestes aspectos, deve buscar a norma aplicável, e ver qual (ou
quais) das interpretações possíveis, extraídas do programa normativo abarcado por
aquela, melhor se adequam ao problema.
Métodos de Interpretação
Interpretação gramatical
Interpretação lógica
Lógica formal
No que diz respeito à lógica formal, alguns são os princípios que podem ser
utilizados para interpretar uma norma jurídica, dentre os quais:
23
(i) Princípio da identidade – segundo o qual “o que é, é, o que não é, não é”. Isto
significa que uma coisa é idêntica a si mesma e não ao seu contrário;
(ii) Princípio da contradição – formulado a contrario sensu do princípio anterior,
enuncia que “o contrário do que é verdadeiro é falso”; “a mesma coisa não pode ser e
não ser ao mesmo tempo”;
Lógica material
Quero dizer com isso que o procedimento lógico material vai além do texto que
se quer interpretar, investigando a ratio legis (razão que fundamenta e justifica o
preceito normativo), a vis legis (a virtude normativa do preceito), bem como
o occasio legis (particular circunstância do momento histórico que determinou a
criação do preceito) (COELHO, 1981).
Interpretação sistemática
Com isto, tem-se uma noção básica de como surgiu e do que se trata, mas para
melhor entendimento, segue uma explicação mais detalhada sobre as características
do método, nas palavras de Chinellato (2014):
[...] Por fim, uma outra peculiaridade deste método é que não existe uma
resposta mais ou menos correta que decorre do exercício de interpretação,
mas sim uma resposta que convence o maior número de interlocutores e,
assim, deve ser vista como a resposta mais adequada a uma determinada
situação. ”
Após essa análise feita acerca do tema, conclui-se que, neste método a
interpretação é realizada com o objetivo de resolver o problema, simples. A
interpretação é a base do exercício hermenêutico de solucionar o problema real. Em
virtude disso é que se afirma que este método é de viés prático. Assim, fecho com a
seguinte fala sobre o método:
Mas qual as semelhanças entre ambos os métodos? Como explica Rodrigo Eustáquio
Ferreira (2011):
“Esse método se assemelha ao tópico-problemático no ponto em que também
considera que o intérprete deve exercer uma atividade concretizadora
("reconstruir" o Direito no caso prático, a partir de um procedimento
argumentativo e racional, ao invés de procurar um sentido "inerente" à
norma). ”
Citando novamente Inocêncio, o autor explica que "seria difícil para este
método produzir resultados "razoavelmente consistentes [...], porque a pré-
compreensão do intérprete, enquanto tal, distorce desde logo não somente a
realidade, que ele deve captar através da norma, mas também o próprio sentido da
norma constitucional [...]". (COELHO apud FERREIRA, 2011)
Afirma também que "o juiz, ao interpretar, não pode fixar seu entendimento fora
da lei (no caso, a Constituição), porque ele também se sujeita a ela, em sua vida
privada e em seus julgamentos. " (PEREIRA apud FERREIRA, 2011)
E o autor conclui:
27
REFERÊNCIAS
DUARTE e MARQUES, pág. 3596. GRAU, Eros R, Grau. Ensaio e Discurso sobre
a INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO. Ed. 5ª, São Paulo, Malheiro,
2009. Acesso em: 15 de mar. De 2021.
GADAMER, 1996, pág. 267, apud Hermenêutica, 2016, sp, 2016. Disponivel em:
<file:///C:/Users/rojan/Downloads/29431-78073-3-PB.pdf> acesso em 07 de mar. de
2021.
<https://simoesstagliano.jusbrasil.com.br/artigos/335787147/hermeneutica-
conceitos-e-caracteristicas:> Acesso dia: 11 de mar. De 2021.