Você está na página 1de 1

CETOACIDOSE DIABÉTICA

Qual o motivo do paciente com cetoacidose diabética


apresentar hiperpotassemia?
A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda do Diabetes Mellitus
(DM) caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e
cetose, na vigência de deficiência profunda de insulina.
A CAD resulta da deficiência profunda de insulina e do excesso de hormônios
contrarreguladores (como glucagon, cortisol e catecolaminas) e, nessas
circunstâncias, tecidos sensíveis à insulina passam a metabolizar
principalmente gorduras ao invés de carboidratos. Associado a isso, a ação
anabólica da insulina reduzida, favorece processos catabólicos, como lipólise,
proteólise e glicogenólise. A consequência é o aumento da osmolaridade
plasmática, o que leva a um deslocamento de fluidos do espaço intra para o
extracelular, com desenvolvimento de desidratação celular.
Quando ocorrer hipercalemia, é devido o deslocamento de potássio do meio
intracelular para o extracelular devido à saída de água do interior das células
por hiperglicemia (efeito osmótico), acidose metabólica e proteólise. Além
disso, a insulinopenia diminui a entrada de íon potássio nas células,
provocando permanência destes no meio extracelular.

Como é o hálito destes pacientes?


Hálito cetônico. Hálito com cheiro de acetona, devido o aroma das cetonas que
escapam para o ar.

Referências

BARONE, Bianca et al. Cetoacidose Diabética em Adultos: Atualização de uma


Complicação Antiga. Arq Bras Endocrinol Metab, 51/9, 2007.

SOARES, Andressa Heimbecher. Cetoacidose diabética – Uma grave


emergência médica. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em:
<https://diabetes.org.br/cetoacidose-diabetica-uma-grave-emergencia-medica/
>.

Você também pode gostar