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PSICOMETRIA

Psicometria

A Psicometria é um campo científico da Psicologia, que busca construir e aplicar instrumentos para
mensuração de constructos e variáveis de ordem psicológica, aliada à métodos de análise estatística,
principalmente a partir do refinamento matemático da análise fatorial, da modelagem de equações es-
truturais e da Teoria de Resposta ao Item, além de outras técnicas multivariadas, pelas quais são
possíveis mensurar e analisar a estrutura de constructos psicológicos, ou mais precisamente proces-
sos mentais (Pasquali, 2009).

Um dos grandes desafios durante a história da Psicologia, além da definição de seus objetos de pes-
quisa, foi a forma como mensurar fenômenos psicológicos, emocionais ou cognitivos. Por exemplo,
além de se questionar o que é inteligência, perguntava-se como ela era estruturada e de que forma
poderíamos medi-la. Assim, no começo do século XX, foram criados circunstâncias e instrumentos
para mensurar esses constructos. Em consonância com o exemplo, um autor clássico da Psicometria
foi Charles Spearman, mais conhecido pelo método de correlação que herdou seu nome. Ele esque-
matizou um modelo de inteligência baseado em um fator geral que explicaria correlações altas entre
diversos testes de inteligência em que um indivíduo era submetido.

Dentro da Psicometria o teste tem sido a principal forma para se ter acesso à constructos psicológicos
como a inteligência, a personalidade, ou mesmo os valores de um indivíduo. Tais testes buscam ex-
plicar o comportamento de um indivíduo, em consonância com teorias psicológicas, quando este se
posiciona de tal maneira em relação à determinados itens. Assim, é a partir do score de um teste que
se obtém características do perfil psicológico de um determinado sujeito. Um exemplo muito comum
são os testes utilizados para se conduzir automóveis ou portar arma de fogo. Tais testes buscam tra-
çar um panorama sobre diversos funcionamentos cognitivos, psicológicos e emocionais do sujeito
como a atenção e a agressividade.

Atualmente a Psicometria possui um arcabouço de atividades em diversos ambientes e institui-


ções(Cohen, Swerdlik, & Sturman, 2014):

No Contexto Educacional, há uma ampla literatura de testes para identificação de necessidades es-
peciais e diagnósticos em geral. Também, a Psicometria tem sido utilizada como uma ferramenta
para padronização da avaliação de desempenho e aprendizagem. Um exemplo é o Exame Nacional
do Ensino Médio(ENEM), que trabalha com um sistema de correção derivado de um modelo estatís-
tico conceitualmente fundamentado na Psicometria, chamado de Teoria de Resposta ao Item, que
busca discriminar a aptidão de um indivíduo em relação à dificuldade de um item.

Ambientes Clínicos, a Psicometria tem atuado para o desenvolvimento de testes que avaliam proble-
mas de ordem comportamental, desajustamento e reabilitação. Há também indicadores psicométricos
que expõe a eficácia de um determinado tratamento, a identificação do funcionamento cognitivo, psi-
cológico e adaptativo de um sujeito, além de medidas que buscam ter acesso ao estresse, fatores de
risco ou mesmo a satisfação com a vida de um sujeito.

A psicometria também tem se dedicado ao desenvolvimento de medidas para fins de Orientação, em


diversos contextos como nas escolas, nas prisões e em instituições diversas. Indicadores nestes am-
bientes podem abarcar medidas de produtividade, habilidades sociais, personalidade, interesses, ati-
tudes e valores. Pode-se orientar um determinado empregado, por exemplo, para uma carreira que
esteja de acordo com o seu perfil analisado.

Em Ambientes Empresariais e Militares, a testagem psicológica possibilita a tomada de decisão em


relação à direcionamentos na carreira de um indivíduo, além de medidas para seleção, aptidão e ne-
cessidade de treinamento. A psicometria também está interesse na construção de perfis adequados
para determinados cargos ou funções, onde busca-se delinear quais são as características restritivas
e preditoras para o melhor desempenho em seu exercício.

No Marketing, a Psicometria pode prever a receptividade do público à um determinado produto e di-


agnosticar as características de programas ou campanhas em função da sua eficácia na transmissão
de mensagens eficácias à seu público.

A psicometria tem ganhado cada vez mais espaço em outros contextos como nas Mídias Sociais,
onde a enorme quantidade de dados disponíveis garantem à analistas de diversas áreas tomarem

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melhores decisões com base em medidas psicológicas como as de personalidade ou de orientação


moral.

Porém, é em Ambientes Acadêmicos ou de Pesquisas que geralmente um determinado teste ou me-


dida psicométrica é criado, principalmente com base em procedimentos científicos, que garantem a
busca de evidências de validade e fidedignidade.

Propriedade do Ar Úmido

Ar Úmido

O ar úmido é uma mistura binária de ar seco com vapor de água. A quantidade de água no ar úmido
varia de zero (ar seco) até um máximo que depende da temperatura e da pressão. A última condição
é denominada de saturação e corresponde a um estado de equilíbrio entre o ar úmido e a água em
estado condensado (líquido ou sólido). O peso molecular da água é 18,0 1534.

A composição percentual em volume (ou molar) do ar seco é: nitrogênio 78,084; oxigênio 20,9476;
argônio 0,934; dióxido de carbono 0,0314; neônio 0,001818 hélio 0,000524; metano 0,0002; dióxido
de enxofre O a 0,0001; hidrogênio 0,00005 e componentes em menores quantidades tais como krip-
tônio, xenônio e ozônio 0,0002. O peso molecular médio do ar seco é 28,9645
(ASHRAE)

Temperatura de Bulbo Seco (TBS)

É a temperatura do ar medida por um termômetro comum, sem condensação na superfície do bulbo e


não exposto à radiação.

Temperatura de Bulbo Úmido (TBU)

É a temperatura mais baixa que pode ser alcançada apenas pela evaporação da água. É um tipo de
medida de temperatura que reflete as propriedades físicas de um sistema constituído pela evapora-
ção da água no ar.

A evaporação consome calor para acontecer, ocasionando refriamento, pois, como as moléculas de
maior energia escapam (evaporam) e as que ficam têm menor energia cinética média, a temperatura
do líquido diminui. Este fenômeno também é chamado de resfriamento evaporativo. Ao contrário da
temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo úmido é uma indicação da quantidade de umi-
dade no ar. Quanto menor a umidade relativa do ar, maior o resfriamento.

A temperatura de bulbo úmido é medida por um termômetro de bulbo úmido. O termômetro de bulbo
úmido tem o bulbo coberto por uma malha porosa (geralmente de algodão), que fica mergulhada num
recipiente contendo água destilada. Esta malha fica constantemente úmida devido ao efeito de capila-
ridade. A evaporação da água contida na malha envolvente retira calor do bulbo, fazendo com que o
termômetro de bulbo úmido indique uma temperatura mais baixa do que a do ar ambiente (medida
por um termômetro de bulbo seco). Essa evaporação, e consequentemente a redução na temperatura
de bulbo úmido, é tanto maior quanto mais seco está o ar atmosférico e é nula quando a atmosfera
está saturada de vapor de água (umidade relativa do ar igual a 100%).

Temperatura de Ponto de Orvalho

É a temperatura em que o ar úmido se torna saturado, ou seja, quando vapor d´água começa a con-
densar-se devido a um processo de resfriamento. É o ponto no qual a quantidade de vapor de água
atinge o seu máximo a uma determinada temperatura. Associado com a umidade relativa, o ponto de
orvalho coincide com a temperatura quando a umidade relativa estiver em 100%. Nestas condições, a
queda da temperatura provocará a formação de condensado (chuva, neve, orvalho, geada ou nevo-
eiro). Se o ponto de orvalho estiver menor do que 0°C, então é denominado ponto de congelamento.

Umidade Absoluta

É a quantidade absoluta (real) de água contida numa porção de ar. A unidade de medida mais co-
mum é gramas de água por quilograma de ar seco (g/m³). Se toda a água contida em determinada

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porção(volume) de ar for condensada em um recipiente, este poderá ser pesado para quantificar a
umidade absoluta (água) que estava contida naquela porção de ar.

Umidade Relativa

É a quantidade de vapor de água na atmosfera. Fisicamente, a umidade relativa é definida como a


razão da quantidade de vapor de água presente numa porção da atmosfera (pressão parcial de va-
por) com a quantidade máxima de vapor de água que a atmosfera pode suportar a uma determinada
temperatura (pressão de vapor). A umidade relativa é um importante variável (medida) usada na pre-
visão do tempo e indica a possibilidade de precipitação (chuva, neve, granizo, entre outros), orva-
lho(condensação) ou nevoeiro.

Umidade Específica

É a relação entre a massa de vapor d´água e a massa do ar úmido.

Pressão de Vapor

O vapor d´água, como os gases que compõem a atmosfera, exerce pressão em todas as direções,
pressão esta que depende da concentração de vapor. A quantidade de vapor que pode existir em de-
terminada atmosfera é limitada para cada valor de temperatura. Temperaturas mais elevadas permi-
tem a existência de maior quantidade de vapor comparado a um ambiente com temperaturas mais
baixas. quando o ar contém o máximo de vapor d´água permissível para determinada temperatura,
diz-se que o ar encontra-se saturado e a pressão de vapor nessa circunstância é dita máxima ou de
saturação. Se a quantidade de vapor não é suficiente para saturar o ar, sua pressão é chamada de
pressão parcial de vapor.

Razão de Mistura

É definida como a razão de massa de vapor d´água e a massa de ar seco em um dado volume da
mistura (Ar Seco + Vapor d´Água). É expressa em kg de vapor/kg de ar seco.

Grau de Saturação

É a relação entre a razão de mistura atual e a razão de mistura do ar em condição de saturação, à


mesma temperatura e pressão.

Densidade do ar

A densidade do ar, é expressa pela a massa de ar por unidade de volume da atmosfera. A densidade
do ar é um importante variável na dinâmica da atmosfera, o aquecimento e resfriamento do ar alteram
a sua densidade isso provoca o deslocamento do ar com a formação de brisas marítimas, ventos e a
própria circulação atmosférica. A densidade do ar, assim como a pressão do ar, diminui com o au-
mento da altitude. Também sofre alterações com a variação da temperatura, umidade ou composição
do ar seco. A ISA (Atmosfera Padrão Internacional), considera que ao nível do mar e a 15 °C o ar tem
uma densidade de cerca de 1,225 kg/m³.

O ar úmido é menos denso do que o ar seco. Uma molécula de água (M ≈ 18 u) é menos massivo do
que uma molécula de nitrogênio (M ≈ 28 u) ou uma molécula de oxigênio (M ≈ 32 u). Cerca de 78%
do ar seco são compostos de nitrogênio (N2) e 21% são de oxigênio (O2) e 1% restante de outros ga-
ses. Para qualquer gás, a uma dada temperatura e Pressão, o número de moléculas presente em um
volume particular é constante (lei dos gases ideais). Então, quando moléculas de água (H2O) são in-
troduzidas naquele respectivo volume de ar seco, o número de moléculas de ar no volume deve dimi-
nuir igualmente, se a temperatura e a pressão permanecer constante.

Se ocorrer apenas a adição de moléculas de água no recipiente contendo o ar seco, a pressão, a


temperatura e o número total de moléculas irão aumentar. Caso contrário, haverá a substituição de
moléculas mais massivas (moléculas de ar) por outras menos massivas (moléculas de água) e, por-
tanto, a densidade diminui.

Volume específico

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É definido como o volume por unidade de massa de ar seco e expresso em [m³/Kg]. É a relação in-
versa da densidade do ar.
Entalpia (h)

A Entalpia do ar úmido é a energia contida por unidade de massa de ar seco, para temperaturas su-
periores a uma determinada temperatura de referencia (0 ºC). É expressa em kcal/kg de ar seco ou
kJ/kg de ar seco. Somente a diferença de entalpia representa interesse prático, como por exemplo:
Qual a quantidade de energia necessária para aquecer ou resfriar determinada massa de ar?

Determinação da Estabilidade

Foi ressaltado que se o ar sobe ele se resfriará e eventualmente produzirá nuvens. Por que o ar sobe
em algumas ocasiões mas não em outras? Por que o tamanho das nuvens e a quantidade de precipi-
tação variam tanto? As respostas estão relacionadas à estabilidade do ar. O ar estável resiste a des-
locamentos verticais.

Uma parcela de ar sofre forças de flutuação (empuxo) que a fazem deslocar-se verticalmente quando
surgem diferenças de densidade entre a parcela e o ar ambiente. Se o ar da parcela for mais quente
(e portanto, menos denso) que o ar ambiente, ela tende a subir. Se o ar da parcela for mais frio (mais
denso) que o ar ambiente ela tende a descer.

A estabilidade atmosférica é determinada comparando-se a variação de temperatura de uma parcela


de ar ascendente ou descendente com o perfil de temperatura do ar ambiente. Como já vimos, a taxa
de resfriamento de uma parcela de ar ascendente depende de estar saturada (taxa adiabática úmida
ou saturada) ou não saturada (taxa adiabática seca).

Numa camada de ar estável, uma parcela de ar ascendente torna-se mais fria que o ar ambiente ou
uma parcela de ar descendente torna-se mais quente que o ar ambiente. Tanto num caso como no
outro a parcela é forçada a retornar à sua altitude original. Numa camada de ar instável uma parcela
de ar ascendente torna-se mais quente que o ar ambiente e continua a subir e uma parcela de ar des-
cendente torna-se mais fria que o ar ambiente e continua a descer.

A estabilidade absoluta ocorre quando a taxa de variação da temperatura do ambiente é menor que a
taxa adiabática úmida ou saturada (G <Gs). A Fig. 5.10, que representa um exemplo dessa situação,
mostra que em 1000 m a temperatura do ar ambiente é 15° C e que a parcela ascendente se resfriou
a 10° C, sendo, portanto, mais densa que o ar ambiente.

Mesmo que ela fosse "empurrada" acima do nível de condensação por levantamento, ela permanece-
ria mais fria e densa que o ar ambiente e teria uma tendência a retornar à superfície.

Situação de estabilidade absoluta

A instabilidade absoluta ocorre quando a taxa de variação de temperatura do ambiente é maior que a
taxa adiabática seca (G >Gd). Conforme mostrado pela Fig. 5.11, a parcela de ar ascendente é sem-
pre mais quente que o ar ambiente e continuará a subir devido a sua flutuação.

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Situação de instabilidade absoluta

Embora a instabilidade absoluta possa ocorrer em dias muito quentes, esta condição é geralmente
confinada aos primeiros quilômetros da atmosfera. Um tipo mais comum de instabilidade atmosférica
é a instabilidade condicional. Esta condição ocorre quando ar úmido ambiente tem uma taxa de varia-
ção da temperatura entre as taxas adiabáticas seca e úmida. Na Fig. 5.12, que ilustra esta situação,
nota-se que a parcela de ar ascendente é mais fria que o ar ambiente nos primeiros 4000 m e, por-
tanto, é considerada estável.

Com a adição de calor latente acima do nível de condensação por levantamento, a parcela eventual-
mente se torna mais quente que o ar ambiente. Neste caso a parcela continuará a subir sem um for-
çamento externo a não ser sua flutuação e, portanto, é considerada instável. A palavra condicional é
usada porque a parcela de ar precisa ser mecanicamente forçada para cima, por exemplo por monta-
nhas, antes de se tornar instável e subir devido a sua própria flutuação.

Situação de instabilidade condicional

O perfil vertical de temperatura - e, portanto, a estabilidade atmosférica - varia significativamente de


estação para estação, de dia para dia e mesmo de hora para hora. Como exemplo, a Fig. 5.13 mostra
a mudança do perfil de temperatura entre 6h da manhã e o meio dia, num dia de primavera. Ao nas-
cer do sol o resfriamento radiativo noturno estabilizou o ar próximo à superfície, mas ao meio dia o sol
já aqueceu o solo. Condução e convecção transportam calor para a camada sobrejacente e por isso o
ar é instabilizado.

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situação ás 6 h da manhã; (b) situação ao meio-dia.

Uma complicação adicional é que a estabilidade pode mudar com a altitude. Por exemplo, na Fig.
5.14 uma camada de ar estável pode estar sobreposta a uma camada de ar instável.É evidente que a
estabilidade atmosférica influencia o tempo, pois afeta o movimento vertical do ar. Ar estável suprime
o movimento vertical e ar instável provoca movimento vertical, convecção, resfriamento por expansão
e desenvolvimento de nuvens. Além disso, a estabilidade também afeta a taxa de dispersão de polu-
entes.

Exemplo de camada estável (inversão de temperatura) entre camadas instáveis.

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