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Disciplina SEMINÁRIO PREPARATÓRIO INICIAL N° da Aula 32

Desenvolvimento das habilidades básicas de


Tópico Tipo Teórica
matemática

Conteúdos Operações matemáticas 5 Duração 2h

Objectivos de Aprendizagem
No final da aula, os estudantes devem ser capazes de:
Identificar os principais sistemas de medidas de materiais líquidos, sólidos e gasosos (2)

Estrutura da Aula

Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração

1 Introdução à Aula

2 Medida de temperatura

3 Medição de pressão

4 Medidas de pressão em medicina

5 Pontos-chave

Equipamentos e meios audiovisuais necessários:


• Flip charts, marcadores,
• Quadro preto e giz
• Máquinas calculadoras

Trabalhos para casa (TPC), Exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue: (a ser preenchido pelo professor)

Avaliação – incluir valor em percentagem (a ser preenchido pelo professor)

Bibliografia (Referências usadas para o desenvolvimento do conteúdo)

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BLOCO 1: INTRODUÇÃO À AULA

1.1 Apresentação do tópico, conteúdos e objectivos de aprendizagem

1.2 Apresentação da estrutura da aula

1.3 Apresentação da bibliografia que o aluno deverá manejar para ampliar os


conhecimentos

BLOCO 2: DEFINIÇÃO DE MEDIDAS ABSOLUTAS E RELATIVAS DE


TEMPERATURA
Medidas de Temperatura

Existem unidades (escalas) de medição da temperatura relativas e unidades absolutas. As


escalas absolutas baseiam-se no nível mínimo que a temperatura pode atingir: o zero
absoluto. As relativas têm outras formas de se definir.

Unidades Relativas

As unidades relativas são usadas normalmente na prática médica, assim como na vida de cada
dia. O sistema de medição da temperatura usado de rotina na maioria dos países do mundo,
incluindo Moçambique é o sistema Celsius (°C) ou centígrado, utiliza os pontos de fusão e
ebulição da água.

O grau «0» corresponde ao ponto de fusão do gelo: quer dizer a temperatura em que uma
mistura de gelo e água se encontra em equilíbrio (com ar saturado a 1 atm). É definido
também ponto triplo da água, o ponto em que se encontra a água ao mesmo tempo no estado
sólido, líquido e gasoso.

O grau 100 corresponde à temperatura em que a água está no ponto de ebulição, quer dizer, a
temperatura em que uma mistura de água e vapor de água sem ar (em equilíbrio a 1 atm de
pressão) está no ponto de ebulição. O intervalo de temperatura que existe entre estes dois
pontos fica dividido em 100 partes iguais, que se chamam graus centígrados (°C).

O sistema Fahrenheit (°F) é baseado nos pontos de congelamento e evaporação do cloreto de


amónio. É uma unidade tipicamente usada nos países anglo-saxões. Pode acontecer que
encontre medições em °F na literatura médica anglo-saxónica. A fórmula de conversão para
obter a mesma medida em graus °C é:

°C = (°F - 32) / 1,8 e vice-versa: °F = °C × 1,8 + 32

Exercícios: a febre tifóide, uma doença infecciosa, pode provocar temperatura axilar de
104°F.

Quantos graus °C? Resposta: T = (104°F - 32) / 1,8 = 40°C

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A quantos graus °F corresponde a temperatura rectal normal (37°C)? = T = 37 x 1,8 + 32 =
98.6°F

Unidades Absolutas

Explicação e definição de Escalas absolutas e sistema Kelvin. As escalas absolutas não


dependem das propriedades das substâncias (água, cloreto de amónio) deste tipo e se
conhecem como escalas absolutas ou escalas de temperatura termodinâmicas.

Kelvin (K) O Kelvin é a unidade de medida do Sistema Internacional de Unidades (SI). A


temperatura «0» K é chamada zero absoluto e corresponde ao ponto onde as moléculas e
átomos possuem a menor quantidade possível de energia térmica. A magnitude do grau K é
estabelecida de forma que o ponto triplo da água (grau zero no sistema Celsius) seja 273,16
graus K.

Instrumentos de medição da temperatura

Um dos dispositivos mais utilizados para medir a temperatura é o termómetro de vidro.


Consiste em um tubo de vidro contendo mercúrio ou um outro líquido. A subida da
temperatura provoca a expansão do líquido, e a temperatura pode ser determinada medindo o
volume do líquido. Tais termómetros normalmente são calibrados e assim podem mostrar a
temperatura simplesmente observando o nível do líquido no termómetro.

BLOCO 3: MEDIDAS DE PRESSÃO DE GASES E LÍQUIDOS


A Pressão é definida como a força por unidade de área num gás ou num líquido. A pressão
atmosférica é a força por unidade de superfície que é aplicada perpendicularmente pelo gás
circundante. É determinada pela força gravitacional planetária em combinação com a massa
total de uma coluna de ar acima da superfície. As unidades de pressão estão baseadas na
pressão da atmosfera padrão internacionalmente reconhecida (atm), equivalente a 760 mm de
uma coluna de mercúrio (Hg) posta no vácuo. Devido ao facto que o mercúrio é 13,6 vezes
mais denso do que a água, 760 mm de mercúrio correspondem a 1033 cm de água.

Desde que vivemos imersos no ar atmosférico, com uma pressão de 1 atm, é mais fácil medir
a pressão relativa à pressão atmosférica. Por exemplo, a pressão num pneu de bicicleta é 5,1
atm.

Existem vários lugares no corpo onde as pressões são mais baixas do que a atmosférica, e que
têm portanto pressão negativa em relação ao ambiente. Neste caso, considera-se a pressão
atmosférica = 0. Quando inspiramos a pressão nos pulmões deve ser um pouco menor que a
pressão atmosférica senão o ar não fluiria para dentro do corpo. Quando uma pessoa bebe
através de um canudo, a pressão na sua boca deve ser negativa.

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BLOCO 4: MEDIDAS DE PRESSÃO EM MEDICINA

Pressão no Sistema Circulatório

O método mais comum de indicar a pressão em medicina é pela altura de uma coluna de
mercúrio (Hg). Por exemplo, um pico de pressão sanguínea (sistólica) lida como 120 mm Hg
indica que uma coluna de mercúrio desta altura tem uma pressão na sua base igual a pressão
sanguínea do paciente. A pressão atmosférica é cerca de ou 760 mm Hg.

O coração actua como uma bomba, produzindo pressão bastante alta ( 100 a 140 mm Hg)
para forçar o sangue através das artérias. O sangue venoso que retorna está a uma pressão
mais baixa e, de facto, precisa de um sistema de válvulas para impedir a recaída para baixo
do sangue sob acção da pressão atmosférica. O fracasso neste sistema de retorno das pernas
resulta nas veias varicosas.

O instrumento clínico mais comum usado para medir pressão do sangue é o


esfigmomanómetro, que mede a pressão sanguínea. Dois tipos de pressão manométrica são
usados no esfigmomanómetro. No manómetro do tipo mercúrio a pressão é indicada pela
altura de uma coluna de mercúrio dentro de um tubo de vidro. No tipo aneróide a pressão
varia a forma de um recipiente flexível selado, que faz uma agulha mover-se num mostrador.

PRESSÃO DENTRO DO CRÂNIO

O cérebro contém aproximadamente 150


cm3 de fluido cerebrospinal (FCS) numa
série de aberturas interconectadas chamadas
ventrículos (figura). O fluido cerebrospinal
é gerado dentro do cérebro e flui através
dos ventrículos para o interior da coluna
espinhal e eventualmente para o interior do
sistema circulatório. Um dos ventrículos, o
aqueduto, é especialmente estreito. Se ao
nascer esta abertura estiver fechada por
qualquer razão, o FCS é preso no interior do
crânio e aumenta a pressão interna. O
aumento de pressão faz o crânio aumentar.
Esta séria condição, chamada hidrocefalia (literalmente, cabeça de água), é um problema
moderadamente comum na infância. A pressão do fluido cerebrospinal aumenta nas
meningites.

PRESSÃO DO OLHO

Os fluidos claros no globo ocular (o humor aquoso e vítreo) que transmitem a luz para a
retina (a parte do olho sensível à luz), estão sob pressão e mantém o globo ocular com uma
forma e tamanho fixos. As dimensões do olho são críticas para uma boa visão – uma variação
de somente 0.1 mm no seu diâmetro tem um efeito significativo na claridade da visão. Se

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você pressiona o seu próprio olho com seu dedo você notará a resistência do olho devido a
pressão interna. A pressão no olho normal varia de 12 a 23 mm Hg.

O fluido na parte da frente do olho, o humor aquoso, é praticamente água. O olho produz
continuamente humor aquoso e um sistema de drenagem permite o excesso escapar. Se um
bloqueio parcial deste sistema de drenagem ocorre, a pressão cresce e a pressão aumentada
pode restringir o suprimento sanguíneo para a retina e isto afecta a visão. Esta condição,
chamada glaucoma, produz uma visão de túnel nos casos moderados e cegueira nos casos
severos.

Os médicos antigamente estimavam a pressão dentro do olho manualmente, pressionando o


olho com seus dedos. Agora a pressão no olho é medida com instrumentos chamados
tonómetros, que medem a quantidade de indentação do bulbo ocular produzida por uma força
calibrada.

PRESSÃO NO ESQUELETO

As maiores pressões no corpo são encontradas nas juntas dos ossos de sustentação do peso.
Quando todo o peso está numa perna, tal como quando andamos, a pressão na articulação do
joelho pode ser mais que 10 atm. Se não fosse por uma área relativamente grande das
articulações, a pressão seria mesmo maior. Desde que a pressão é a força por unidade de
superfície, para uma dada força a pressão é reduzida quanto mais a superfície é aumentada.

Através do processo evolutivo da espécie humana, os ossos tem-se adaptado de maneira a


reduzir a pressão. Os ossos dos dedos são chatos ao invés de cilíndricos no lado de agarrar, e
a força é espalhada sobre uma superfície maior; isto reduz a pressão nos tecidos sobre os
ossos, como mostra a radiografia abaixo dos ossos
dos dedos da mão (falanges).

Lado que
agarra

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PRESSÃO NA BEXIGA URINÁRIA

Uma das mais notáveis pressões internas é a


pressão na bexiga devido ao acumulo de urina
(figura acima). A bexiga é uma saca, que num
adulto pode chegar a conter até 500 ml de
urina. A urina enche lentamente a bexiga,
aumentando a pressão. A pressão da urina
mede-se em cm de água (H2O). Quando se
alcança o volume máximo de enchimento da
bexiga, que corresponde a um volume urinário
de 500 ml e a uma pressão de ~ 30 cm H 2O,
ocorre o reflexo da micção e o indivíduo sente
a necessidade de esvaziar a bexiga.

A resultante contracção muscular bastante


grande nas paredes da bexiga produz uma
pressão momentânea de até 150 cm H2O.

A pressão da bexiga aumenta durante a tosse, esforços e permanecendo em pé. Durante a


gravidez, o peso do feto sobre a bexiga aumenta a pressão da bexiga e causa frequente
micção.

TERAPIA COM OXIGÉNIO

Doentes com patologias do sistema cardíaco ou respiratório que determinam uma falta de
oxigénio nos tecidos são tratados normalmente com oxigénio-terapia. É frequente ver bombas
de oxigénios nos hospitais em que o gás é veiculado para as narinas do doente através de um
sistema humidificado. As bombas de oxigénio dispõem de um manómetro que permite dosear
a quantidade de oxigénio administrado. O manómetro mede litros de oxigénio por minuto e a
dose normalmente varia entre 2 a 4 l/min, conforme a gravidade.

TERAPIA COM OXIGÊNIO HIPERBÁRICO

O corpo normalmente vive numa atmosfera que tem cerca de um quinto de oxigénio e quatro
quintos de nitrogénio. Em algumas situações médicas é benéfico aumentar a proporção de
oxigénio a fim de prover mais oxigénio para os tecidos. Botijas de oxigénio são
frequentemente usadas para este propósito. Para aumentar bastante a quantidade de oxigénio,
os engenheiros médicos construíram câmaras especiais de oxigénio de alta pressão
(hiperbárica). Algumas são grandes o suficiente para um doente.

Tratamento da gangrena gasosa. Gangrena gasosa é uma doença que matava mais da metade
de suas vítimas. Única solução era a amputação do membro atingido. Como o bacilo que
causa a gangrena gasosa não pode sobreviver na presença do oxigénio, quase todos os
doentes de gangrena gasosa tratados com oxigénio hiperbárico são curados sem a necessidade
de amputação.

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Tratamento do envenenamento por monóxido de carbono. Num envenenamento por
monóxido de carbono os glóbulos vermelhos não podem carregar oxigénio para os tecidos
porque o monóxido de carbono se fixa à hemoglobina nos lugares normalmente usados pelo
oxigénio. A presença de poucas moléculas de monóxido de carbono num glóbulo vermelho
reduz grandemente a habilidade da célula transportar o oxigénio. Normalmente a quantidade
de oxigénio dissolvida no sangue é cerca de 2% daquela levada pelos glóbulos vermelhos.
Com a terapia do oxigénio hiperbárico, a pressão parcial do oxigénio no sangue pode ser
aumentada por um factor de 15, permitindo bastante oxigénio ser dissolvido para preencher
as necessidades do corpo. Muitas vítimas do envenenamento por monóxido de carbono são
salvas com esta técnica.

BLOCO 5: PONTOS-CHAVE

 Medições da temperatura: sistemas Celsius, Farenheit e Kelvin


 Termómetro de vidro
 Medidas de pressão de gases e líquidos
 Exemplos de medidas de pressão em medicina
 Sistema cárdio-circulatório, crânio, olho, esqueleto, bexiga
 Terapias com oxigénio

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