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Objectivos de Aprendizagem
No final da aula, os estudantes devem ser capazes de:
Identificar os principais sistemas de medidas de materiais líquidos, sólidos e gasosos (2)
Estrutura da Aula
1 Introdução à Aula
2 Medida de temperatura
3 Medição de pressão
5 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), Exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue: (a ser preenchido pelo professor)
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BLOCO 1: INTRODUÇÃO À AULA
Unidades Relativas
As unidades relativas são usadas normalmente na prática médica, assim como na vida de cada
dia. O sistema de medição da temperatura usado de rotina na maioria dos países do mundo,
incluindo Moçambique é o sistema Celsius (°C) ou centígrado, utiliza os pontos de fusão e
ebulição da água.
O grau «0» corresponde ao ponto de fusão do gelo: quer dizer a temperatura em que uma
mistura de gelo e água se encontra em equilíbrio (com ar saturado a 1 atm). É definido
também ponto triplo da água, o ponto em que se encontra a água ao mesmo tempo no estado
sólido, líquido e gasoso.
O grau 100 corresponde à temperatura em que a água está no ponto de ebulição, quer dizer, a
temperatura em que uma mistura de água e vapor de água sem ar (em equilíbrio a 1 atm de
pressão) está no ponto de ebulição. O intervalo de temperatura que existe entre estes dois
pontos fica dividido em 100 partes iguais, que se chamam graus centígrados (°C).
Exercícios: a febre tifóide, uma doença infecciosa, pode provocar temperatura axilar de
104°F.
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A quantos graus °F corresponde a temperatura rectal normal (37°C)? = T = 37 x 1,8 + 32 =
98.6°F
Unidades Absolutas
Desde que vivemos imersos no ar atmosférico, com uma pressão de 1 atm, é mais fácil medir
a pressão relativa à pressão atmosférica. Por exemplo, a pressão num pneu de bicicleta é 5,1
atm.
Existem vários lugares no corpo onde as pressões são mais baixas do que a atmosférica, e que
têm portanto pressão negativa em relação ao ambiente. Neste caso, considera-se a pressão
atmosférica = 0. Quando inspiramos a pressão nos pulmões deve ser um pouco menor que a
pressão atmosférica senão o ar não fluiria para dentro do corpo. Quando uma pessoa bebe
através de um canudo, a pressão na sua boca deve ser negativa.
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BLOCO 4: MEDIDAS DE PRESSÃO EM MEDICINA
O método mais comum de indicar a pressão em medicina é pela altura de uma coluna de
mercúrio (Hg). Por exemplo, um pico de pressão sanguínea (sistólica) lida como 120 mm Hg
indica que uma coluna de mercúrio desta altura tem uma pressão na sua base igual a pressão
sanguínea do paciente. A pressão atmosférica é cerca de ou 760 mm Hg.
O coração actua como uma bomba, produzindo pressão bastante alta ( 100 a 140 mm Hg)
para forçar o sangue através das artérias. O sangue venoso que retorna está a uma pressão
mais baixa e, de facto, precisa de um sistema de válvulas para impedir a recaída para baixo
do sangue sob acção da pressão atmosférica. O fracasso neste sistema de retorno das pernas
resulta nas veias varicosas.
PRESSÃO DO OLHO
Os fluidos claros no globo ocular (o humor aquoso e vítreo) que transmitem a luz para a
retina (a parte do olho sensível à luz), estão sob pressão e mantém o globo ocular com uma
forma e tamanho fixos. As dimensões do olho são críticas para uma boa visão – uma variação
de somente 0.1 mm no seu diâmetro tem um efeito significativo na claridade da visão. Se
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você pressiona o seu próprio olho com seu dedo você notará a resistência do olho devido a
pressão interna. A pressão no olho normal varia de 12 a 23 mm Hg.
O fluido na parte da frente do olho, o humor aquoso, é praticamente água. O olho produz
continuamente humor aquoso e um sistema de drenagem permite o excesso escapar. Se um
bloqueio parcial deste sistema de drenagem ocorre, a pressão cresce e a pressão aumentada
pode restringir o suprimento sanguíneo para a retina e isto afecta a visão. Esta condição,
chamada glaucoma, produz uma visão de túnel nos casos moderados e cegueira nos casos
severos.
PRESSÃO NO ESQUELETO
As maiores pressões no corpo são encontradas nas juntas dos ossos de sustentação do peso.
Quando todo o peso está numa perna, tal como quando andamos, a pressão na articulação do
joelho pode ser mais que 10 atm. Se não fosse por uma área relativamente grande das
articulações, a pressão seria mesmo maior. Desde que a pressão é a força por unidade de
superfície, para uma dada força a pressão é reduzida quanto mais a superfície é aumentada.
Lado que
agarra
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PRESSÃO NA BEXIGA URINÁRIA
Doentes com patologias do sistema cardíaco ou respiratório que determinam uma falta de
oxigénio nos tecidos são tratados normalmente com oxigénio-terapia. É frequente ver bombas
de oxigénios nos hospitais em que o gás é veiculado para as narinas do doente através de um
sistema humidificado. As bombas de oxigénio dispõem de um manómetro que permite dosear
a quantidade de oxigénio administrado. O manómetro mede litros de oxigénio por minuto e a
dose normalmente varia entre 2 a 4 l/min, conforme a gravidade.
O corpo normalmente vive numa atmosfera que tem cerca de um quinto de oxigénio e quatro
quintos de nitrogénio. Em algumas situações médicas é benéfico aumentar a proporção de
oxigénio a fim de prover mais oxigénio para os tecidos. Botijas de oxigénio são
frequentemente usadas para este propósito. Para aumentar bastante a quantidade de oxigénio,
os engenheiros médicos construíram câmaras especiais de oxigénio de alta pressão
(hiperbárica). Algumas são grandes o suficiente para um doente.
Tratamento da gangrena gasosa. Gangrena gasosa é uma doença que matava mais da metade
de suas vítimas. Única solução era a amputação do membro atingido. Como o bacilo que
causa a gangrena gasosa não pode sobreviver na presença do oxigénio, quase todos os
doentes de gangrena gasosa tratados com oxigénio hiperbárico são curados sem a necessidade
de amputação.
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Tratamento do envenenamento por monóxido de carbono. Num envenenamento por
monóxido de carbono os glóbulos vermelhos não podem carregar oxigénio para os tecidos
porque o monóxido de carbono se fixa à hemoglobina nos lugares normalmente usados pelo
oxigénio. A presença de poucas moléculas de monóxido de carbono num glóbulo vermelho
reduz grandemente a habilidade da célula transportar o oxigénio. Normalmente a quantidade
de oxigénio dissolvida no sangue é cerca de 2% daquela levada pelos glóbulos vermelhos.
Com a terapia do oxigénio hiperbárico, a pressão parcial do oxigénio no sangue pode ser
aumentada por um factor de 15, permitindo bastante oxigénio ser dissolvido para preencher
as necessidades do corpo. Muitas vítimas do envenenamento por monóxido de carbono são
salvas com esta técnica.
BLOCO 5: PONTOS-CHAVE