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FISIOLOGIA II

Resumo de Brenda Campos Rozin


Fisiologia Respiratória
Neurofisiologia Sensitiva
Neurofisiologia Motora

“O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia”


- Robert Collier
FISIOLOGIA II – Brenda Campos Rozin (67) 98415 - 7366

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SISTEMA RESPIRATÓRIO (Cap. 38)


Objetivos:
✓ Aporte de O2 aos tecidos;
✓ Eliminação de CO2 (resíduo metabólico)
Acontecimentos:
1. Ventilação Pulmonar
2. Difusão O2 e CO2 entre alvéolos e sangue
3. Transporte de O2 e CO2 em sangue e líquidos corporais para
células
4. Regulação da ventilação

1. Ventilação Pulmonar
Mecânica da ventilação pulmonar
Músculos expandem os pulmões de duas maneiras:
✓ VERTICAL: para cima e para baixo do diafragma (expansão e
retração da Caixa Torácica) 80%
Músculo: Diafragma
✓ ANTEROPOSTERIOR: elevação e descenso das costelas
(aumenta e diminui diâmetro do tórax) 20%
Músculos: Intercostais externos (inspiração) e intercostais internos (expiração)
Macete: Externos → Inspira / Internos → Expira
(E → I) (I → E)
• Trabalho Respiratório:
Em uma situação de respiração natural:
- Inspiração (entrada de ar) é um movimento ATIVO, gasta energia
- Expiração (saída de ar) é um movimento PASSIVO, ocorre por retrocesso das fibras
elásticas do Pulmão
Em uma situação de exercício físico:
- Expiração passa de Passivo para Ativo, pois ocorre expiração forçada com gasto de
energia.

• Frequência Respiratória (FR): depende da necessidade de O2


Exemplo: Taquipneia (+ FR) / Bradipneia (-FR)

“Principal músculo respiratório: DIAFRAGMA”

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• Componentes da Ventilação:
✓ MECÂNICO → Músculos (Abertura da Caixa Torácica)
Inspiração: Intercostais Externos, Esternocleidomastoideo, Serrato Anterior,
Escalenos.
Expiração: Intercostais Internos, Reto Abdominal (no exercício físico é o
principal músculo expiratório)
✓ PRESSÓRICO → Pressão Alveolar e Pressão Pleural (Expansão Pulmonar).
• Período Diafragmático:
- Inspiração: Diafragma baixo, contraído e distendido para aumentar o diâmetro
pulmonar.
- Expiração: Diafragma alto, relaxado e em ascenso para diminuir o diâmetro
pulmonar.

• PLEURA
Existem a Pleura Parietal e a Pleura Visceral dos Pulmões, entre elas há um
espaço pleural que é preenchido com líquido pleural que evita o atrito entre as duas
pleuras. Há linfáticos que drenam constantemente esse líquido, renovando-o, isso faz
com que exista a Pressão Pleural, sempre NEGATIVA, representa a aspiração ou
sucção que tem por função manter os pulmões abertos mesmo no estado de repouso,
pois tem tendência a retração (estrutura elástica / “bexiga”). OBS.: Essa Pressão nunca
se torna positiva.

Valores da Pressão Pleural:


✓ Repouso (com volume de ar corrente): –5 cm de H2O
✓ Inspiração: –7,5 cm de H2O
✓ Expiração: –3,5 cm de H2O

• ALVÉOLOS
Pressão Alveolar é a pressão de ar no interior dos alvéolos pulmonares que em
repouso se iguala a pressão atmosférica (1 atm). Esses processos ocorrem de acordo
com a Lei de Boyle-Mariotte, que simplificando significa que o ar entra
constantemente.

Valores da Pressão Alveolar:


✓ Repouso: 0 cm de H2O
✓ Inspiração: –1 cm de H2O
✓ Expiração: +1 cm de H2O

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• PRESSÃO TRANSPULMONAR
Mede a intensidade das fibras elásticas, conhecido como Pressão de Retrocesso
Elástico.

Diferença entre Pressão Alveolar e Pressão Pleural:


Pressão Transpulmonar = Pressão Alveolar – Pressão Pleural
PTP = PA – PP
Exemplo:
Se pegarmos os valores de repouso da Pressão Alveolar e Pressão Pleural,
colocando na fórmula vamos obter...
PTP = 0 – (– 5) = + 5
Isso significa que as Fibras Elásticas do Pulmão precisam ter um valor inverso
para boa funcionalidade, e este valor representa a PTP.

• DISTENSIBILIDADE PULMONAR
Também chamado de Complacência Pulmonar, mede o grau de flexibilidade
pulmonar, grau de expansão pulmonar por unidade de incremento de Pressão
Transpulmonar, que corresponde a 200ml de ar / cm de H2O. O pulmão pode ser
comparado como uma “esponja de ar” e há patologias que modificam o estado natural
dessa distensibilidade, prejudicando assim todo processo respiratório. Ex.: Derrame
Pleural (acúmulo de líquido na pleura), Pneumonia, Câncer Pulmonar, Fibrose
Cística.
• Fatores de Distensibilidade Pulmonar
✓ Retrocesso Elástico
✓ Tensão Superficial do líquido alveolar

• AGENTE TENSOATIVO
Naturalmente em repouso nossos alvéolos continuam abertos, porém a
tendência deles é colapsar, pois além do retrocesso elástico que é vencido pelos
músculos no processo de ventilação, há também a tensão superficial do líquido
alveolar (H2O). A atração química das moléculas de água em contato com o ar, faz
com que elas queiram evaporar, isso que faria ocorrer o colapso. Entretanto, há o
chamado Agente Tensoativo ou Líquido Surfactante (produzido por Neumócitos tipo
II), que tem por função justamente, diminuir essa tensão superficial.
Principal componente do Líquido Surfactante:
✓ TIDIL (Dipalmitoilfosfatidilcolina) que é um fosfolipídio.
Outros componentes: Fosfolipídios, proteínas e íons (Calcio)
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• CAIXA TORÁCICA
Limita o espaço disponível aos pulmões, se acredita que o trabalho dos
Pulmões tenha que ser o dobro por causa da Caixa Torácica, porém por conter
músculos, estes auxiliam no processo respiratório.
• Energia requerida para respirar: De toda energia corporal é utilizado 3 a 5% de
energia para a respiração (inspiração). Já em exercício físico isso pode aumentar para
50x mais energia requerida.

VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES


Se usa o princípio de Espirometria, registro do movimento de volume de ar
que entra e sai dos pulmões. Se divide em 4 volumes e 4 capacidades, sendo que o
estudo das capacidades é mais importante para a medicina.

❖ VOLUMES
1) Volume Corrente (VC): ar que entra e sai em repouso. (500ml)
2) Volume de Reserva Inspiratória (VRI): máximo adicional na inspiração, além do
volume corrente. (3000ml)
3) Volume de Reserva Expiratório (VRE): máximo adicional na expiração forçada,
além do volume corrente. (1100ml)
4) Volume de Residual (VR): ar que sempre fica nos pulmões e se renova com o
tempo. (1200ml)
❖ CAPACIDADES
1) Capacidade Inspiratória (CI): VC + VRI, ou seja, quantidade que uma pessoa
inspira, considerando o repouso mais máximo que insufla na inspiração. (3500ml)
2) Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR, ou seja, quantidade de ar que
fica nos pulmões em uma expiração natural em repouso. (2300ml)
3) Capacidade Vital (CV): VRI + VC + VRE, ou seja, quantidade máxima de ar que
pode expirar, depois de uma inspiração máxima, considerando também o repouso.
(4600ml)
4) Capacidade Pulmonar Total (CPT): CV + VR, ou seja, máxima expansão pulmonar
com máximo esforço possível. (5800ml)

• VOLUME MINUTO RESPIRATÓRIO (VMR)


Considerando o Volume Corrente (500ml) e sabendo que temos em estado
normal uma FR (Frequência Respiratória) de 12 a 16x/min, chegamos a esse valor:
500ml x 12x/min = 6000ml/min = 6L/min

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OBS: A FR pode chegar ao mínimo de 2 a 4x/min, o que daria 1,5L/min de


Volume Minuto Respiratório (em condições patológicas, por exemplo). E pode
também chegar ao máximo de 40 a 50x/min, resultando em 200L/min (em condições
de exercício físico, por exemplo).

• VENTILAÇÃO ALVEOLAR
A taxa de ar novo que chega nos alvéolos representa a Ventilação Alveolar, é
dependente do conceito de Espaço Morto.

• ESPAÇO MORTO
Representa locais onde o ar não sofre intercambio gasoso, ou seja, não são
regiões funcionais. São as Vias Condutoras de Ar (Fossas Nasais, Faringe, Laringe,
Traqueia, Brônquios, Bronquíolos).
Espaço Morto se divide:
✓ Anatômico
✓ Fisiológico
Obs.: Em uma pessoa saudável Espaço Morto Anatômico = Espaço Morto
Fisiológico. Já em uma patologia, como por exemplo Pneumonia, são espaços mortos
diferentes, pois além do anatômico que são as vias condutoras de ar, existe a obstrução
de um ou mais alvéolos, o que torna aquele alvéolo não funcional.

Valor Normal do Espaço Morto: 150 ml de ar

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Temos um Volume Corrente de 500 ml, porém espaço morto de 150ml de ar que
não é utilizado no intercambio gasoso, portanto:
500 ml – 150 ml = 350 ml que corresponde a Ventilação Alveolar
Se considerarmos FR de 12x/min ... significa que:
350 ml x 12 = 4200 ml/min ou 4,2L/min (VENTILAÇÃO ALVEOLAR)

VMR ≠ VA
Volume Minuto Respiratório (VMR) = 6L/ min
É a quantidade de ar que entra pelas vias respiratórias por min.
Ventilação Alveolar (VA) = 4,2L/min
É a quantidade que realmente chega nos Alvéolos para sofrer Hematose

FUNÇÕES DAS VIAS RESPIRATÓRIAS


✓ Conduzir o ar
✓ Umidificar
- Incorporar vapor d’água para facilitar ingresso a membrana respiratória /
evitar ressecamento / glândulas produzem muco, ex. células caliciformes
✓ Esquentar
- Os vasos sanguíneos ao redor fornecem esse calor
✓ Limpar
- Ocorre filtração de ar através de cílios

CONTROLE NERVOSO LOCAL


✓ SNA (Sistema Nervoso Autônomo)
- Simpático: Broncodilatação
- Parassimpático: Bronconstricção

Em situações de Fuga/ Estresse precisamos de boa quantidade de ar, ou seja, o


Pulmão dilata para conseguir acomodar mais ar, broncodilatação. Esse processo é
regulado por Noradrenalina e Adrenalina. Já a bronconstricção é regulado pela
Acetilcolina.
Observe que o trabalho dos Pulmões é o inverso se comparado aos vasos
sanguíneos que fazem vasoconstricção pelo Simpático e vasodilatação pelo
Parassimpático.
✓ Humoral
- Fatores Secretores Locais: Histamina (Bronconstricção)
Em reações alérgicas, por exemplo, hipersensibilidade

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• REFLEXO DE TOSSE
Existem Pontos de Gatilho localizados ao longo da Árvore Bronquial
(principalmente na Laringe e Carina Traqueal) para reflexos de defesa. Esses pontos são
inervados e reconhecem substâncias estranhas, assim enviam informações para o Bulbo
Raquidiano, através do N. Vago para iniciar o reflexo de tosse. A Tosse pode chegar até a
120 - 160 Km/h.
Como funciona o Reflexo de Tosse?
Ocorre uma inspiração forçada de 2,5L de ar → Fecha cordas vocais e epiglote →
Segura o ar por uns instantes → Expiração brusca com contração dos M. Retos
Abdominais.
• REFLEXO DE ESPIRRO
Mecanismo muito semelhante ao da Tosse, porém os estímulos chegam ao
Bulbo Raquidiano através do N. Trigêmeo (V). Neste caso a úvula descende passando
rápida quantidade de ar.

Objetivos de Proteção dos reflexos de:


✓ Tosse → Vias Aéreas Inferiores
✓ Espirro → Vias Aéreas Superiores

CIRCULAÇÃO PULMONAR (Cap. 39)


Conjunto de Vasos Sanguíneos que tem relação com os Pulmões
Componente Funcional: Artérias Pulmonares
Componente Nutrício: Artérias Bronquiais

Vasos Pulmonares têm GRANDE DISTENSIBILIDADE


Artérias Pulmonares = Veias Sistêmicas (carregam sangue desoxigenado)

Circulação Pulmonar:
✓ Baixo Fluxo e Alta Pressão: Artérias Bronquiais (recebem sangue da
Aorta por isso alta pressão, mas apenas utilizam para nutrir o parênquima
pulmonar por isso baixo fluxo)

✓ Alto Fluxo e Baixa Pressão: Artérias Pulmonares (alto fluxo, pois é


equivalente ao que chega no Coração Direito e baixa pressão, pois envia
sangue para uma circulação mais curta, a circulação pulmonar)

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Pressões no Sistema Pulmonar:


• P.S.V.D. (Pressão Sistólica Ventrículo Direito) = 25 mmHg
• P.D.V.D. (Pressão Diastólica Ventrículo Direito) = 0 a 1 mmHg
• P.S.A.P. (Pressão Sistólica Artéria Pulmonar) = 25 mmHg
• P.D.A.P. (Pressão Diastólica Artéria Pulmonar) = 8 mmHg

O sangue chega através das Veias Cavas enchendo o coração direito, durante a
diástole, até o enchimento completo do ventrículo direito. Quando começa a
contração, para vencer a resistência da válvula pulmonar, esse sangue pressiona as
paredes intraventriculares (P.S.V.D.). Na contração sangue é impulsionado para a
Artéria Pulmonar, ventrículo direito se esvazia (P.D.V.D.) e logo volta a se encher.
Na Artéria Pulmonar, aquele sangue impulsionado gera a mesma pressão que
tinha no ventrículo direito (P.S.A.P.). Pela grande distensibilidade dessa artéria sangue
é transmitido lentamente e ainda está sendo distribuído, quando coração está se
enchendo novamente (P.D.A.P.).
• P.A.P.M. (Pressão Arterial Pulmonar Média) = 15 mmHg
É dependente do tempo e o coração demora mais em diástole (enchimento), por
isso esse valor é mais próximo a Pressão Diastólica Artéria Pulmonar.

• Pressão Capilar Pulmonar = 7 mmHg


O sangue retorna ao Coração através das Veias Pulmonares, chegando no átrio
esquerdo gerando: Pressão de Enclavamiento Pulmonar = 5 mmHg (Pressão de
Cunha)
Insuficiência Cardíaca Esquerda: Ocorre uma falha no coração esquerdo que
não envia sangue para Aorta completamente, esse sangue se acumula no ventrículo
esquerdo que passa ao átrio esquerdo fazendo o caminho inverso do natural. Causa
arritmias auriculares, RX com átrio radiopaco, sinal de Silhueta Cardíaca. Pode chegar
a voltar ainda pelas Veias Pulmonares, extravasando líquido que gera Edema
Pulmonar.

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VOLUME DE SANGUE NOS PULMÕES


Volume Sanguíneo Pulmonar = 450 ml (9% do Gasto Cardíaco)
Esse valor pode ser utilizado em situações de emergências como reserva de sangue
Capilares Pulmonares = 70 ml
Para relembrar: Gasto Cardíaco = 4 a 5 L de sangue
Exercício Físico...
A lei de Frank Starling se aplica também ao coração direito, ou seja, quanto
mais sangue chega mais sangue sai sendo distribuído nesse caso na circulação
pulmonar. Sendo assim, o Fluxo Sanguíneo Pulmonar (FSP) é dependente do Gasto
Cardíaco. Em condição de Exercício Físico, aumenta o retorno venoso pela contração
muscular, que aumenta o gasto cardíaco e aumenta também a circulação pulmonar.
REDISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR
Se temos um Alvéolo sendo obstruído dentro dele a Pressão do Ar diminui,
diminuindo assim o oxigênio disponível que também diminui o FS, então ocorre um
efeito local capilar perialveolar: vasoconstricção (efeito contrário aos capilares
sistêmicos que fazem vasodilatação). Em um Alvéolo mal ventilado então ocorre a
vasoconstricção desse capilar perialveolar, assim o sangue é levado até um Alvéolo
que esteja melhor ventilado.
Fluxo Sanguíneo Pulmonar e sua distribuição
Inspiração: Aumenta FSP
Expiração: Diminui FSP
• Ciclo Respiratório está conectado ao Ciclo Cardíaco!
• Na inspiração Pressão pleural negativa succiona aumentando retorno venoso que
aumenta quantidade de sangue a ser enviado para circulação pulmonar para ser
oxigenado.
• Na expiração ocorre a retração pulmonar, fecha vasos pulmonares, reduz FSP.
Pode ser forte a ponto de causar o efeito da expiração forçada: Veias Jugulares
dilatadas (caso de grito ou canto). Isso é um efeito de regurgitação fisiológica,
sangue faz caminho contrário em pequenas quantidades.
ZONAS DE FLUXO SANGUÍNEO DE WEST
A longitude pulmonar é de 30cm e o FSP não chega com a mesma intensidade
e pressão em todas regiões pulmonares. West estudou e dividiu as regiões pulmonares
em duas:
1) Acima do Nível do Coração (Região de MENOR pressão e menos
facilidade)
2) Abaixo do Nível do Coração (Região de MAIOR pressão e mais facilidade)
Considerando que a pressão sanguínea sofre também efeito
gravitacional!

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Resistência gerada pelo efeito gravitacional:


• ÁPICE: 15 mmHg
• BASE: 8 mmHg
• Diferença de Pressão: 15 + 8 = 23 mmHg

Valores apenas a termos de conhecimento...


SÍSTOLE
PSAP – Resistência do Ápice = 25 mmHg – 15 mmHg = 10 mmHg
PSAP + Resistência da Base = 25 mmHg + 8 mmHg = 33mmHg
DIÁSTOLE
PDAP – Resistência do Ápice = 8 – 15 (Sangue NÃO sobe)
PDAP + Resistência da Base = 8 + 8 = 16 mmHg

Conclusão Importante
FSP Ápice = INTERMITENTE (Zona 2)
FSP Base = CONTÍNUO (Zona 3)

ZONAS DE WEST
1) Zona 1: Não existe fisiologicamente, apenas patologicamente.
Representa a ausência de FS. (Ex.: Câncer, Tromboembolismo
Pulmonar, etc.)
2) Zona 2: Representa o FS Intermitente do Ápice
3) Zona 3: Representa o FS Contínuo da Base

OBS.: Exercício Físico → aumenta retorno venoso → aumenta FSP. Ocorre um


Mecanismo de Adaptação: Aumenta Nº de Capilares Abertos para acomodar maior
quantidade de sangue que está chegando, isso torna a Zona 2 → Zona 3.

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Exercício Físico → Diminui Resistência Vascular Pulmonar (vasos sofrem


vasodilatação) → Mecanismo importante para evitar Edema Pulmonar. Sangue poderia se
acumular mais na Base e na A. Pulmonar, por consequência aumenta a Pressão
Hidrostática e o líquido extravasa causando Edema.

CAPILARES PULMONARES
Extremo Arterial: Filtração (Sangue desoxigenado)
Extremo Venoso: Reabsorção (Sangue oxigenado)

• Para relembrar: Pressão Capilar Circulação Sistêmica = 17 mmHg


• Pressão Capilar Pulmonar = 7 mmHg
• Coração direito é mais fraco que o esquerdo!
• Filtrado pelo capilar pulmonar: 1 mmHg

Fatores de Mecanismo de Segurança


Filtração é baixa para evitar umedecer os alvéolos
a) Baixa Pressão Capilar
b) Filtração Linfática (+ I MPORTANTE)
c) Sistema de Evaporação

Edema Pulmonar: Líquido dentro dos Alvéolos


- Agudo: Encharcamento rápido
- Crônico: Encharcamento lento
*fases dependem dos fatores de segurança mencionados acima*
Derrame Pleural: Líquido que extravasa ao espaço pleural.

HEMATOSE – Intercambio Gasoso (Cap. 40)

Processo de Difusão Simples, movimentação de partículas que obedece a lei


do gradiente de concentração (+ concentrado → - concentrado). Acontece em duplo
sentido, entra O2 sai CO2, o que gera a movimentação ao azar é a energia cinética de
cada gás em questão. Porém algumas moléculas fazem o sentido oposto ao gradiente.
Movimento Central: Dentro dos Alvéolos → Capilares perialveolares
ATMOSFERA: É a nossa fonte de ar. A atmosfera é composta por uma mescla
de gases que se chocam constantemente.
Pressão Atmosférica (Patm) = 1 atm = 0 cm de H20 = 760 mmHg (nível do mar)
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Gases que compõem a atmosfera:


✓ Nitrogênio (N2) = 79% (600mmHg)
✓ Oxigênio (O2) = 21% (160mmHg)
✓ Outros gases = aprox. 3%
Pressão Total = Soma das Pressões Parciais dos Gases (PO2 + PN2 + PCO2 + PHe ...)

FATORES QUE INFLUENCIAM A HEMATOSE


1) Pressão
2) Coeficiente de Solubilidade
3) Concentração
Afinidade que o gás tem com o meio líquido faz ele ser mais solúvel
Quando as partículas são atraídas, dissolvem-se mais sem produzir um
excesso de pressão. Ao contrário, se são repelidas, desenvolvem pressões
excessivas com menos partículas dissolvidas.
Pparcial sanguínea Baixa → Maior Coeficiente de Solubilidade
Pparcial sanguínea Alta → Menor Coeficiente de Solubilidade

PRESSÃO DE VAPOR D’ÁGUA


Água que umidifica o ar no Alvéolos tem efeito duplo:
✓ Evita rigidez alveolar
✓ Amortece pressões

Água na forma de Vapor ocupa espaço entre os gases e reduz a Pparcial dos outros
gases.
PH20 = 47 mmHg (37ºC)

FATORES QUE AFETAM A TAXA DE DIFUSÃO DE UM GÁS EM LÍQUIDO


a) Solubilidade do gás no líquido
b) Área transversal do líquido
c) Espessura da membrana em questão
d) Peso molecular do gás
e) Temperatura do líquido

Relações:
▪ Quanto Maior a Solubilidade → Maior Nº de moléculas difundidas
▪ Quanto Maior a Área transversal do líquido → Maior a Solubilidade
▪ Quanto Maior a distância para recorrer o gás → Menor a Difusão
▪ Quanto Maior a temperatura → Maior a Energia Cinética → Maior a Difusão
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APLICAÇÃO FISIOLÓGICA
Diferença do Ar Alveolar para o Ar Atmosférico:
✓ AR ALVEOLAR: Úmido, Quente, Puro e Filtrado
✓ AR ATMOSFÉRICO: Seco, Frio, Impuro
Ar Alveolar tem menor concentração de O2 e maior de CO2 se
comparado ao Ar Atmosférico. O O2 está sendo constantemente absorvido e CO2
sempre eliminado.

COMPOSIÇÃO AR ALVEOLAR E AR ATMOSFÉRICO


Não possuem as mesmas concentrações!

1) Ar alveolar é substituído parcialmente por ar atm em cada respiração


2) O2 é absorvido continuamente do Ar alveolar
3) CO2 difunde constantemente do sangue para alvéolos
4) Ar seco que penetra nas vias respiratórias se umidifica e se esquenta antes de
alcançar os alvéolos

TAXA DE RENOVAÇÃO ALVEOLAR


Cada respiração = 350 ml de ar novo
Capacidade Residual Funcional = 2300 ml

Importância da Taxa de Renovação Lenta do Ar Alveolar: evita variações


repentinas da concentração de gases no sangue (mantém PO2 adequada e bom PH
sanguíneo). São 16 processos de respiração até se renovar o ar por completo.

O2 – Concentração e Pressão Parcial nos Alvéolos


O corpo busca sempre a homeostasia

Fatores que intervém na PO2:


- T.A Taxa de Absorção (quantidade de ar que passa para os
capilares)
- V.A Ventilação Alveolar (movimentação de massas de ar)

Valores Repouso:
✓ PO2 ALVEOLAR = 104 mmHg
✓ TA = 250 ml de O2 /min
✓ VA = 4,2 L/ min

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Valores Exercício Físico:


✓ PO2 ALVEOLAR = 104 mmHg (mantém)
✓ TA = 1000 ml de O2 /min
✓ VA = Aumentada (+ FR)

CO2 – Concentração e Pressão Parcial nos Alvéolos


Fatores que intervém na PCO2:
- T.A Taxa de Eliminação
- V.A Ventilação Alveolar

Valores Repouso:
✓ PCO2 ALVEOLAR = 40 mmHg
✓ TA = 200 ml de CO2 /min
✓ VA = 4,2 L/ min
Valores Exercício Físico:
✓ PCO2 ALVEOLAR = 40 mmHg (mantém)
✓ TA = 800 ml de CO2 /min
✓ VA = Aumentada (+ FR)

INTERCAMBIO GASOSO

ALVEOLAR
PO2 = 104 mmHg
PCO2 = 40 mmHg
(Base da Gasometria)
Difusão por Gradiente:
O2
PO2 alveolar → PO2 capilar
104 mmHg → 40 mmHg
CO2
PCO2 capilar → PCO2 alveolar
45 mmHg → 40 mmHg

AR EXPIRADO
✓ 1º Porção: Ar do espaço morto, umidificado
✓ 2º Porção: Ar alveolar + Ar Espaço Morto
✓ 3º Porção: Ar alveolar somente
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MEMBRANA RESPIRATÓRIA
Membrana Pulmonar local da hematose
Componentes “Capas”:
1) Líquido alveolar (surfactante)
2) Epitélio Alveolar
3) Membrana Basal Epitelial Alveolar
4) Espaço intersticial (muito pequena)
5) Membrana Basal Capilar
6) Endotélio Capilar

FATORES QUE AFETAM A TAXA DE DIFUSÃO


ATRAVÉS DA MEMBRANA

a) Espessura da Membrana (Edema, Fibrose → diminui taxa)


b) Área de Superfície da Membrana (Extirpação Pulmonar, Enfisema)

RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO PULMONAR

Para cada cm do pulmão acima do coração perde-se 1cm/H2O pressão


hidrostática, por isso há regiões no pulmão que:
1. Quase nunca são perfundidas por sangue;
2. Aonde o sangue chega apenas durante a sístole;
3. Outras aonde o sangue chega durante a sístole e a diástole.

3 Tipos de Relação Ventilação-Perfusão:


1) Ventilação/perfusão ideal é 1 ou seja V=P
2) V/P no pulmão todo é cerca de 0,8
3) Ventilação é maior na base pulmonar e vai decrescendo em direção ao ápice

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CONSEQUÊNCIAS DA RELAÇÃO VENTILAÇÃO-PERFUSÃO


Desequilíbrios nessa taxa geram hipoxemia, que é a insuficiência de oxigênio
no sangue. Esse quadro tem uma série de consequências e pode desencadear lesões
graves nos tecidos e mesmo risco de morte. O cérebro é um dos órgãos mais afetados
pela hipoxemia – suas células podem morrer em cerca de cinco minutos pela falta de
oxigênio.
Assim, é necessário que haja um equilíbrio entre a capacidade de ventilação e
a perfusão sanguínea, processos indispensáveis para que as trocas gasosas ocorram de
forma adequada, garantindo o funcionamento de todos os órgãos do corpo e a
manutenção da vida.

TRANSPORTE DE O2 e CO2: Sangue e Líquido Corporais (Cap. 41)


O oxigênio (O2) é transportado nos capilares quase totalmente em combinação
com a hemoglobina.
O2 no Sangue Arterial
✓ 98% de sangue é oxigenado (sofre hematose)
✓ 2% de sangue não é oxigenado (sangue da circulação brônquica)
Sangue oxigenado das A. bronquiais que vai nutrir os Pulmões, fica
desoxigenado (sangue venoso) voltando pelas Veias Pulmonares.
Então há uma mistura de sangue oxigenado com sangue desoxigenado que é
chamado SHUNT FISIOLÓGICO (Curto Circuito Fisiológico/ Mescla fisiológica/
Fluxo sanguíneo de derivação)
• PO2 (Valor real mandado para circulação sistêmica) = 95 mmHg
(98% de 104 mmHg)
DIFUSÃO DE O2 DOS CAPILARES PERIFÉRICOS AO LÍQUIDO TISSULAR
• PO2 Capilar Arterial = 95 mmHg
• PO2 Interstício = 40 mmHg
• PO2 Intracelular = 23 mmHg

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❖ Região de Menor Concentração de O2 no organismo = CÉLULA


❖ Trajeto do O2: Capilar Arteriolar → Interstício → Intracelular
❖ Interstício sempre está em Equilíbrio com o extremo venoso
• PO2 Extremo Venoso = 40 mmHg = PO2 Interstício
• PO2 Tissular, equilíbrio entre:
✓ Taxa de Transporte de O2 nos tecidos
✓ Taxa de Consumo de O2 nos tecidos (metabolismo)
Taxa de Transporte é proporcional a PO2 no tecido:
▪ Quanto maior FS, maior PO2 tissular
Taxa de Consumo (metabolismo) é inversamente proporcional a PO2 nos
tecidos:
▪ Quanto maior o Consumo, menor PO2 tissular
Ex.: Hemoglobinopatias → Reduz transporte de O2 nos tecidos → falta O2 → Cianose

DIFUSÃO DE CO2 DOS CAPILARES PERIFÉRICOS AO LÍQUIDO TISSULAR


• PCO2 Interstício = 45 mmHg = PCO2 Extremo Venoso
• PCO2 Intracelular = 46 mmHg
❖ Região de Maior Concentração de CO2 no organismo = CÉLULA
Trajeto do CO2: faz caminho inverso!
Intracelular → Interstício → Capilares → Capilares Pulmonares → Alvéolos
Efeito do Metabolismo Tissular e FS sobre PO2 intersticial, é o inverso do O2!
▪ Quanto maior metabolismo, menor PO2 e maior PCO2
▪ Quanto maior transporte, maior PO2 e menor PCO2
TRANSPORTE PELA HEMOGLOBINA = 97% de O2
Curva de Saturação da Hemoglobina, em estados:
✓ Oxihemoglobina (afinidade maior por O2)
✓ Desoxihemoglobina (afinidade maior por CO2)
União da Hemoglobina (Hgb) com O2 é dependente da Pressão
(alta pressão se forma oxihemoglobina)
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Formação da Oxihemoglobina:
• PO2 sangue arterial = 95 mmHg → Sat. O2 = 97%
• PO2 sangue venoso = 40 mmHg → Sat. O2 = 75%
Aplicação Prática: Gasometria (mede quantidade de gases no sangue)
Apenas para conhecer: VOLUMES POR 100
100 ml de O2 ----------- 15g de Hgb
1,34 ml de O2----------- 1g de Hgb
X = 20,1 ml de O2 em 100 ml de Sangue
97% (Sangue Arterial) = aprox. 19 ml de O2
75% (Sangue Venoso) = aprox. 14 ml de O2 → 19 ml – 14 ml = 5 ml

Conclusão Importante...
COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO = 5 ml de O2/ 100 ml de Sangue (25%)
Esse Coeficiente de Utilização sobe para 75 – 85% em caso de Exercício Físico

EFEITO AMORTECEDOR – Hemoglobina sobre PO2 tissular


Função de reduzir os impactos das variações de PO2
Variação de PO2 depende da Patm (modificação de altitude)
A nível do mar, Patm é maior...
Quanto maior a altitude, menor Patm e menor PO2
Isso dificulta a Hematose, pessoas sentem falta de ar entre outros sintomas.
Modificações Adaptativas:
1) Secreção de Eritropoetina
2) Estimula Medula Óssea a produzir mais Eritrócitos
3) Aumenta nível de Hemoglobina
4) Aumenta capitação de O2

FATORES QUE DESLOCAM CURVA DE SATURAÇÃO DE O2-HGB


Alterando a afinidade de Hgb com O2
✓ Desloca para DIREITA = Reduz afinidade (Desapego)
✓ Desloca para ESQUERDA = Aumenta afinidade (casamento)

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Fatores que fazem deslocar:


1) Concentração de H+: Se aumenta H+, meio fica ácido (corrosivo), isso
separa Hgb do O2, desloca para DIREITA.
2) Concentração de CO2: Se aumenta CO2, reage com H2O do meio e forma
H2CO3 (ácido carbônico), formando meio ácido, portanto desloca para
DIREITA.
3) Temperatura (ºC): + calor, aumenta choque de partículas, separa Hgb do
O2, desloca para DIREITA.
4) 2,3 BPG (bifosfoglicerato): Substância existente entre Hgb-O2 (naturalmente
existe para união Hgb-O2 não se tornar irreversível), reduz afinidade entre
eles, ou seja, desloca para DIREITA.
*Hipoxemia, diminui O2, aumenta 2,3 BPG assim desloca para direita*
OBS.: Deslocamento para ESQUERDA acontece com esses
mesmos fatores, porém em situações inversas!

Alterações no Exercício Físico... Desloca para DIREITA, pois:


▪ Aumenta Metabolismo → Diminui PO2 → Aumenta PCO2
▪ Aumenta Temperatura
▪ Aumenta Formação de Ácidos (respiração anaeróbica)
Hgb-O2 chega nos tecidos → Condição de Exercício Físico → Reduz afinidade
Hgb-O2 → solta O2 nos tecidos (desloca para direita)

➢ Como a Hemoglobina sabe em que tecido liberar O2?


- Através da Curva de Dissociação e condições locais teciduais

✓ Fatores que levam ao deslocamento à Direita = EFEITO BOHR


✓ Fatores que levam ao deslocamento à Esquerda = EFEITO HALDANE
TRASPORTE de CO2 – 3 Formas
1) CO2 em estado dissolvido
2) CO2 em forma de Bicarbonato (PRINCIPAL)
3) CO2 com Hgb e proteínas
CO2 em forma Bicarbonato:
CO2 e Hemácia = CO2 + H2O → H2CO3 → Enzima anidrase carbônica → H+ +
HCO3–
• H+ se une a Hgb
• HCO3– (bicarbonato) vai para o plasma

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HEMOGLOBINA – Característica Tampão


Íon H+ não pode ficar solto no plasma, isso tornaria o meio ácido, por
isso a hemoglobina recolhe o H+ do plasma. Já o HCO3– é liberado
tranquilamente ao plasma para transportar CO2.
Obs.: Os rins são os principais reguladores do Equilíbrio Ácido-Base,
pois são capazes de regular níveis de concentração de H+ e HCO3–.

✓ 70% de CO2 é transportado por Bicarbonato (HCO3–)


✓ 23% de CO2 é transportado unido a Hemoglobina
✓ 7% de CO2 é transportado dissolvido no plasma

REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO (Cap. 42)


O SNC (Sistema Nervoso Central) ajusta a taxa de ventilação de acordo
com a demando do organismo, objetivando a homeostasia, por isso PO2 e PCO2
pouco se alteram, inclusive durante o exercício físico.
Controle Respiratório:
✓ VOLUNTÁRIO – Córtex Cerebral
✓ INVOLUNTÁRIO – Tronco Encefálico (Bulbo e Protuberância)

CENTRO RESPIRATÓRIO
• CENTRAL • PERIFÉRICO
✓ Córtex Cerebral ✓ Quimiorreceptores
✓ Tronco Encefálico: ✓ Reflexo de Hering-Breuer
Bulbo e Protuberância

BULBO RAQUÍDEO – Principal Regulador da Respiração


Grupos Neuronais bilaterais que fazem o controle respiratório
✓ GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL
Porção dorsal (posterior) do Bulbo, estimula inspiração (PRINCIPAL)
FUNÇÃO: Gerar o ritmo e padrão respiratório
✓ GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL
Parte anterior do Bulbo, estimula inspiração ou expiração dependendo do
neurônio (AUXILIAR)
FUNÇÃO: Auxiliar na inspiração, mas principalmente na expiração.
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PROTUBERÂNCIA
✓ CENTRO NEUMOTÁXICO
Dorsalmente na parte superior da Protuberância
✓ CENTRO APNEUSTICO
Dorsalmente na parte inferior da Protuberância

COMO FUNCIONA O ESTÍMULO?


No Grupo Dorsal há a saída de um neurônio eferente motor (Nervo Frénico)
que vai para o Diafragma. Chegam duas fibras sensitivas aferentes que notificam as
condições respiratórias (Nervo Vago e Nervo Glossofaríngeo), esses nervos notificam
o bem estar das vias respiratórias e do tubo digestivo.
COMO OCORRE A RESPIRAÇÃO NORMAL?
Sinal de Rampa Respiratória (modo operante do Grupo Dorsal)
Grupo Dorsal envia sinais a baixa frequência para Nervo Frénico gerando contrações do
Diafragma → Sinal é enviado continuamente para manter contração progressiva do
Diafragma.
Se sinal de rampa é cortado, Diafragma retorna por retrocesso elástico do parênquima
pulmonar.

TEMPOS RESPIRATÓRIOS
✓ Inspiração: 2 segundos
✓ Expiração: 3 segundos
✓ Tempo de Respiração: 5 segundos
Se 1 min = 60 s e 60/5 = 12 = FR (Frequência Respiratória), já
mencionada neste resumo.

PONTO LIMÍTROFE OU SINAL INIBITÓRIO DA RAMPA RESPIRATÓRIA


É dependente do estímulo ou não do N. frénico.
Se altera Ponto Limítrofe modifica a FR.

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VANTAGENS DO CONTROLE DA RAMPA RESPIRATÓRIA

1. Controle do ritmo de incremento de sinal:


Durante a respiração ativa a rampa ascende rápido e enche os
pulmões!
2. Controle do ponto limítrofe:
Quando a rampa cessa rápido (Controla FR)!

• CENTRO NEUMOTÁXICO (Parte superior da Protuberância)


Ação que desloca o ponto limítrofe, atua sobre o G. Dorsal, não deixa ocorrer o envio
de sinal ao N. frénico, diminuindo o ponto limítrofe, sendo assim inativa a rampa
respiratória e a fase de enchimento do ciclo pulmonar.

Reduz tempo de inspiração e expiração → AUMENTA FR


Situação que ocorre durante o Exercício Físico (inspiração pode durar apenas 0,5
segundos).
✓ Sinal Neumotáxico Forte: 30 a 40 respirações/min
✓ Sinal Neumotáxico Fraco: 3 a 5 respirações/min

• CENTRO APNEUSTICO (Parte inferior da Protuberância)


Ação totalmente inversa ao Centro Neumotáxico (Apneia = Pausa Respiratória).
Aumenta tempo de inspiração e expiração → REDUZ FR
Situação que ocorre durante o Sono!

• GRUPO VENTRAL (Auxiliar)


Aumenta as capacidades respiratórias. Está inativado a maior parte do tempo.
Somente é ativado em casos de exercício físico muito intenso, quando estimula músculos
auxiliares da expiração (principalmente M. Reto Abdominal).

GRUPOS RESPIRATÓRIOS ATIVADOS

Durante Exercício Físico:


✓ G. Dorsal Durante o Sono:
✓ G. Ventral ✓ Centro Apneustico
✓ Centro Neumotáxico

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MECANISMOS PERIFÉRICOS DE REGULAÇÃO RESPIRATÓRIA


• REFLEXO DE HERING-BREUER
Mecanismo de Defesa das vias respiratórias ao longo da Árvore
Bronquial, as paredes musculares por meio do N. Vago notifica o Bulbo a
respeito das condições das vias respiratórias.
Quando tem Hiper insuflação o reflexo atua, como defesa desse grande
volume de entrada de ar (Volume Corrente > 1,5L)
N. Vago → Bulbo → Ativa Reflexo Hering-Breuer → Mecanismo de Defesa →
Reduz FR → Evita Hiper insuflação

• QUIMIORRECEPTORES
Controle Químico da Respiração, são células especializadas que captam níveis de 3
substâncias: O2, CO2 e H+ (informa situação fisiológica da respiração).
✓ Quimiorreceptores Centrais: BULBO (CO2 e H+)
✓ Quimiorreceptores Periféricos: ARCO AÓRTICO e SENO CAROTÍDEO (O2)
*Finalidade da Respiração é manter os níveis de O2, CO2 e H+ equilibrados (homeostasia)*

❖ QUIMIORRECEPTORES CENTRAIS (Bulbo)


Bulbo é a Zona Quimiossensível, que fica ao lado do G. Ventral. Tem um efeito
indireto do CO2 e principal do H+.
✓ H+ não chega na Zona Quimiossensível, pois não atravessa BHE (barreira
hematoencefálica)
✓ CO2 consegue atravessar BHE, formando indiretamente H+, pois reage com
água formando Ácido Carbônico (H2CO3), que pela enzima anidrase
carbônica separa H+ e HCO3–

EFEITO DE ADAPTAÇÃO: Variação de CO2


Por exemplo, na crise respiratória → taquipneia (elimina + O2/ acumula CO2) ou
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Organismo é sensível as oscilações de
PCO2 e ocorre um efeito de adaptação para responder aos níveis de CO2 aumentados,
principalmente com:
✓ Atuação dos Rins: Aumenta PCO2 → Aumenta FR (taquipneia) → Como está
aumentado o H2CO3 (meio ácido) → Acidose Respiratória → organismo busca
ajuda nos Rins → Elimina maior concentração de H+

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❖ QUIMIORRECEPTORES PERIFÉRICOS (Aórticos e Carotídeos)


Mecanismo de Ativação destes quimiorreceptores ocorrem quando respondem
melhor as baixas concentrações de O2.
PO2 = 60 a 70 mmHg (Para lembrar: PO2 normal em sangue arterial é 95 mmHg)
São formados por células glomosas, que são específicas e esféricas. Possuem
uma partícula que é um sensor de O2, quando baixa a PO2 se ativam, fazendo inativar
os Canais de Potássio (K+). Como o Potássio não consegue sair, se acumula dentro da
célula, tornando-a positiva e isso gera uma despolarização. Isso faz enviar um impulso
elétrico aferente ascendente por meio dos nervos sensitivos (N. Vago e N.
Glossofaríngeo), que chega ao Bulbo, notificando as baixas concentrações de PO2 e
isso faz AUMENTAR FR.
✓ Quimiorreceptores Periféricos Aórticos → N. Vago
✓ Quimiorreceptores Periféricos Carotídeos → N. Glossofaríngeo

NEUROFISIOLOGIA (Cap. 46)


• ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
O Sistema Nervoso coloca seu organismo em contato com o meio externo,
compreende meio externo e protege o meio interno.
❖ Célula Funcional: NEURÔNIO
❖ Partes do Neurônio
✓ Soma ou Corpo Neuronal (Organelas intracelulares)
✓ Axônio (propaga sinal)
✓ Dendritos (recebe sinal)

❖ SINAPSE: Propagação de Impulsos Nervosos (Comunicação


Neuronal), pode ser:
✓ Sinapse Química: Comunicação Unidirecional e Anterógrada
✓ Sinapse Elétrica: Comunicação Multidirecional e Retrógrada

❖ SISTEMA NERVOSO
✓ Sensitivo (Vias Aferentes)
✓ Motor (Vias Eferentes)

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RECEPTORES SENSORIAIS
Podem ser auditivos, visuais, táteis ou outras classes. Porção Somática que
transmite informação sensitiva se encontra em toda superfície corporal e alguns meios
internos.
MODULAÇÃO SENSORIAL
Também chamada de “Sensibilidade Diferencial”. Cada classe de receptor
sensorial está modulada para um determinado estímulo (ex.: pressão, calor, frio...).
❖ ÁREAS SENSITIVAS
1) Medula Espinhal
2) Substância Reticular do Bulbo, Protuberância e Mesencéfalo
3) Cerebelo
4) Tálamo
5) Áreas somestésicas do Córtex Cerebral

NÍVEL DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO


SEGUNDO ÁREAS SENSITIVAS
❖ 3 Pontos:
a) INFERIOR/ MEDULAR → Complexidade Baixa (1)
b) SUBCORTICAL → Complexidade Intermédia (2,3,4)
c) CÓRTEX CEREBRAL → Complexidade Alta/ Específica (5)
Obs.: O número entre parênteses representa a Área Sensitiva correspondente.
❖ Ações:
a) Inferior/ Medular: Reflexos, tonicidade muscular, movimentos do tubo digestivo etc.
b) Subcortical: Atividades subconscientes, pontos instintivos (controle da FC, FR,
salivação), ações relacionadas a sobrevivência, etc.
c) Córtex Cerebral: Precisão, refinamento, armazenamento da memória, pensamento,
cognição, percepção de sensações etc.

• EIXO SOMATOSSENSORIAL: Coordenação do Bem Estar para meio interno


e externo. Conjunto de informação para determinado ato → Embaralhamento de
informações sensoriais (Coordenação da Informação).
Ex.: O ato de estar apoiado sobre uma superfície, seja ela qual for, traz várias
informações a serem compreendidas, o Eixo Somatossensorial é responsável por
isso.

• EIXO MOTOR: Enviadas por Nervos a cada região efetora.


Regiões para controle de sobrevivência, coordena:
✓ Contrações Musculares Esqueléticas
✓ Contrações Musculares Lisas das Vísceras
✓ Secreção de Glândulas Exócrinas e Endócrinas
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NEOCÓRTEX (Porção mais externa do Córtex) = Movimentos Finos

CARACTERÍSTICAS DE CANALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES


Maior parte das informações são estímulos sensitivos inúteis (99%) e são descartados
de acordo com o foco em questão (seleção de informações).

SINAPSE = Mecanismo que pode ser facilitado ou inibido

TEORIA HEBBIANA
Donald Hebb propôs a NEUROPLASTICIDADE (“Facilitação Neuronal”)
Quanto maior o nº de Sinapses → Mais fácil é a comunicação

Ex.: Via Motora → Coordenação Muscular (+ prática + coordenação neuromotora)


Via Sensitiva → Déjà vu, sensações, memórias (olfatórias, visuais, auditivas), bloqueios ou
inibições (estresse pós-traumático)

MEMÓRIA
Armazenamento da informação (ocorre em todo SN) é diferente de
pensamento que é um processo cognitivo atual. A memória é interpretada pelo
Hipocampo no Córtex e se divide em Memória de Curto e Longo Prazo, além de se
classificar também como Memória Declarativa (evocada, busca memorização) e Memória
Procedimento (inconsciente, involuntária).
TÉCNICAS DE MEMORIZAÇÃO
a) Repetição do conhecimento
b) Articulação do conhecimento
c) Constância ao longo dos dias
d) Tempo de assimilação do conteúdo

SINAPSE
❖ Sinapse Química: Secreta substância química (neurotransmissor) que atua nas
proteínas do receptor de membrana do outro Neurônio para excitá-lo, inibi-lo ou
modificar sua sensibilidade.
“Neurotransmissor é a Linguagem do SN”
❖ Sinapse Elétrica: Canais diretos que transmitem impulsos elétricos feitos pela união
intracelular laxa.
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE
• Soma (fornece energia através das mitocôndrias)
• Axônio (atua na transmissão)
• Dendritos (atua na captação do potencial de ação)

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TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS
Fazem a comunicação axo-dendrítica, são conhecidos também como “Botões Sinápticos” e
os neurotransmissores geram modificação de membrana que permite a entrada de íons que
gera o evento elétrico (10.000 a 200.000 terminais pré-sinápticos)
✓ Excitatórios
✓ Inibitórios

SINAL QUÍMICO → SINAL ELÉTRICO


Espaço fenda sináptica: Uniões Comunicantes (GAP)
MECANISMO DA SINAPSE
Para ser excitado ou inibido depende do neurotransmissor em questão
e dos receptores de membrana
✓ Excitação: quando neurônio se torna positivo
(provocam a despolarização da membrana pós-sinápticas)
✓ Inibição: quando neurônio se torna negativo
(promovem a hiperpolarização da membrana pós-sinápticas)

Neurotransmissores pode ser:


• NEUROEXCITADORES
• NEUROINIBIDORES

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BOTÃO SINÁPTICO, 2 Estruturas importantes:


✓ Vesículas (carregam os neurotransmissores)
✓ Mitocôndrias (fornece energia ATP para síntese de neurotransmissores)

Mecanismo de Liberação de Transmissores = CÁLCIO (Ca+2)


Mecanismo Cálcio dependente para realizar exocitose de neurotransmissores!
(Canais de entrada de Cálcio)

AÇÃO DA SUBSTÂNCIA NA MEMBRANA PÓS-SINÁPTICA


Mecanismos principais:
• Componente Ionóforo (Neurotransmissores encaixam com receptores
respectivos, libera íons)
• Ativador de Segundos Mensageiros (Biomolecular comum, libera
neurotransmissores que se encaixa e ativa proteínas intracelulares, gera
modificações estruturais no próximo neurônio)
*Ex.: Processo de memorização (lento) → Aplicação da Neuroplasticidade*

• EXCITAÇÃO ( + )
Ocorre a liberação de Neuroexcitador
➔ Entrada de íon Sódio (Na+)
➔ Evitar saída de íon Potássio (K+)
• INIBIÇÃO ( – )
Ocorre a liberação de Neuroinibidor
➔ Entrada de íon Cloro (Cl-)
➔ Aumenta fuga de íons Potássio (K+)

❖ NEUROTRANSMISSORES
NTS de ação rápida são produzidos nos
terminais pré-sinápticos, já NTS de ação lenta
são produzidos na soma neuronal,
neurohormônios (Hipofisários e Hipotalâmicos)
tem ação lenta. Função dos neurotransmissores,
de maneira resumida, é transportar a mensagem
química que é liberada pelos neurônios,
garantindo assim que a informação seja levada a
uma célula receptora.

Legenda: NTS (Neurotransmissor)

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Alguns exemplos de Neurotransmissores:


✓ Acetilcolina: estimula a propagação dos impulsos nervosos das células nervosas para células
motoras e músculos esqueléticos. Relacionada com o controle do tônus muscular, aprendizado
e performance sexual. Em grande quantidade no organismo.

✓ Endorfina: relaciona-se com sentimentos como euforia e êxtase. Atua também aliviando a
sensação de dor e reduzindo o estresse.

✓ Dopamina: A função está relacionada com o local que atua. Assim como a endorfina, essa
molécula também está relacionada com a euforia e, além disso, apresenta relação com a execução
de movimentos suaves e regulação das informações advindas das diferentes partes do cérebro.

✓ Serotonina: relaciona-se com estímulos dos batimentos cardíacos, regulação dos níveis de
humor e início do sono. Os medicamentos que tratam depressão buscam aumentar os níveis de
serotonina, portanto, podemos dizer que esse neurotransmissor é importante na luta contra esse
distúrbio mental.

✓ Ácido gama-aminobutírico (GABA): principal neurotransmissor inibitório do sistema


nervoso central, responsável pela sintonia fina e coordenação dos movimentos. Medicamentos
que aumentam a atuação deste neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central são
capazes de reduzir a ansiedade e produzir relaxamento muscular, prevenindo a hipertonia.

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ACETILCOLINA – Exemplo de Neurotransmissor e ação


Pode ser produzido central ou perifericamente na união neuromotora, atua:
✓ Córtex e Glânglios da Base: coordenação da contração muscular
✓ SNA (Parassimpático): Diminui FC e Diminui nº de contração do M. liso

NEUROPEPTÍDEOS
São compostos por três ou mais aminoácidos e são maiores que as pequenas
moléculas transmissoras. Existem neuropeptídeos muito diferentes. Eles incluem
as endorfinas e encefalinas, que inibem a dor; a substância P, que transporta os sinais
da dor; e o neuropeptídio Y, que estimula a fome e pode prevenir convulsões.

COMUNICAÇÃO NEURONAL – Fenômenos Elétricos


Célula Neuronal (Padrão)
• Potencial de repouso: - 65 mV (responsável íon K+)
• Alterado com ação neuroanal (excita ou inibe)
Tecido Neuronal + próximo 0 mV → torna tecido excitável
Despolarizar = -- → +

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DISTRIBUIÇÃO UNIFORME DO POTENCIAL ELÉTRICO DENTRO DO


SOMA
Solução eletrolítica de alta condutividade elétrica membrana se torna positiva e
líquido da soma distribui esse potencial (Princípio do TUDO ou NADA).
• POTENCIAL EXCITATÓRIO PÓS-SINÁPTICO (PEPS)
NTS Excitatório ( + )
- 65 mV → - 45 mV
Potencial de Ação: +20mV (oscilação)
Excitação é positiva
• POTENCIAL INIBITÓRIO PÓS-SINÁPTICO (PIPS)
NTS Inibitório ( - )
- 65 mV → - 70 mV
Potencial de Ação: - 5 mV (oscilação)
Inibição é negativa

• Evolução Temporal dos Potenciais Pós-Sinápticos


Tempo de Duração = 1 a 2 ms (milissegundos)

✓ Ponto de Maior Excitação Neuronal = Segmento Inicial Axonal

INIBIÇÃO PRÉ-SINÁPTICA
Vias sensitivas, NTS atuam sobre a própria membrana, inibindo-a.
Função: gerar nitidez sensorial.

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INTEGRAÇÃO DO PEPS E PIPS


Um neurônio pós-sináptico adiciona, ou integra, todas as entradas excitatórias e
inibitórias que ele recebe e "decide" se dispara um potencial de ação.

• SOMATÓRIO ESPACIAL: integração de potenciais pós-sinápticos que


ocorrem em locais diferentes e ao mesmo tempo. (+ Utilizado)

• SOMAÇÃO TEMPORAL: integração de potenciais pós-sinápticos que ocorrem


no mesmo lugar, mas em momentos ligeiramente diferentes.
Exemplo para Somação Espacial: Supondo que as sinapses excitatórias são feitas em
dois dendritos diferentes do mesmo neurônio pós-sináptico, nenhuma das sinapses pode
produzir um PEPS grande o suficiente para trazer o potencial de membrana ao limiar na
extremidade do axônio. Se ambos PEPSs abaixo do limite ocorreram ao mesmo tempo, se
somar, para trazer o potencial de membrana ao limiar. Outro exemplo, se um PIPS ocorre
juntamente com os dois PEPS, ele pode não deixar que o potencial de membrana alcance o
limiar e faz com que o neurônio não dispare um potencial de ação.

Exemplo para Somação Temporal: os potenciais pós-sinápticos não são instantâneos,


em vez disso, eles duram por um pouco mais antes de se dissiparem. Se um neurônio pré-
sináptico dispara rapidamente duas vezes seguidas, causando dois PEPS, o segundo PEPS
pode chegar antes do primeiro ter se dissipado, deixando o potencial de membrana acima do
limiar.

• SOMAÇÃO SIMULTÂNEA DE EXCITAÇÃO E INIBIÇÃO


Quando terminal pré-sináptico produz NTS excitador e outro terminal pré-sináptico produz
NTS inibidor, assim os efeitos se anulam parcialmente ou totalmente.

DENDRITOS
Aumenta Superfície de Captação para NTS e potencial de ação pode chegar até 100x.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA


• Fatiga da transmissão sináptica: quando sinapse é estimulada excessivamente, há
uma exaustão. Gera nº de descargas muito elevadas, logo diminui progressivamente
nos seguintes milissegundos. Ex.: Crise convulsiva (Hiper estimulação/ +
Acetilcolina / Esgotamento no nº de NTS)
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Efeito da Acidose e Alcalose sobre Sinapse


❖ HIPOXEMIA
Diminui O2 → Diminui ATP → Diminui Síntese de NTS → Reduz Sinapse
❖ ACIDOSE
Diminui O2 → Aumenta CO2 → Aumenta H2CO3 (Ácido Carbônico) → Meio
fica ácido → Reduz Sinapse
▪ Efeito em comum da Hipoxemia e da Acidose, reduzem sinapse, por exemplo no
Coma
❖ ALCALOSE
Alcalose Respiratória → Hiperventilação → Aumenta O2 → Diminui CO2 →
Aumenta ATP → Aumenta NTS → Aumenta Sinapse
▪ Aumenta Sinapse gera disparos, causa convulsões que pode ter lesão neuronal

• Estimulação por substâncias exógenas:


Aumenta Sinapse → Cafeína, cocaína, heroína (PSICOESTIMULANTES)
Reduz Sinapse → Fármacos benzodiazepínicos, ansiolíticos, canabis
(PSICODEPRESSIVAS)

NEUROFISIOLOFIA SENSITIVA
RECEPTORES SENSITIVOS (Cap. 47)
Circuitos Neuronais para processamento da informação
Impulsos Nervosos que chegam ao SNC, procedem de receptores sensitivos
que detectam estímulos de tato, pressão, som, luz, dor, frio, calor, entre outros.

Receptores Sensitivos, exemplos:


• Terminações Nervosas Livres
• Receptor de terminações bulbares
• Receptor tátil piloso
• Corpúsculo de Pacini
• Corpúsculo de Meissner
• Corpúsculo de Krause
• Órgão terminal de Ruffini
• Aparato tendinoso de Golgi
• Fuso muscular

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Classes de Receptores e estímulos sensitivos detectados


5 TIPOS Básicos:

✓ MECANORRECEPTORES: reconhecem estímulos de compressão ou estiramento


mecânico. São abundantes na pele (Ex.: Corpúsculo de Pacini, Terminações nervosas
livres, Corpúsculo de Meissner).

✓ TERMORRECEPTORES: reconhecem estímulos de mudanças de temperatura


(ºC), frio ou calor. (Ex.: Corpúsculo de Krause, Órgão terminal de Ruffini).

✓ NOCICEPTORES: reconhecem estímulos de dor, detectam lesões (físicas ou


químicas). Não possuem adaptação. (Ex.: Terminações nervosas livres).

✓ ELETROMAGNÉTICOS: reconhecem estímulos de luz sobre a retina.


(Ex.: Cones e Bastonetes → canais fotossensíveis).

✓ QUIMIORRECEPTORES: reconhecem estímulos de sabor na boca, odor no nariz,


quantidade de O2 no sangue arterial, osmolaridade dos líquidos corporais,
concentrações de CO2. (Ex.: Quimiorreceptores do Arco Aórtico e Seno Carotídeo).
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Sensibilidade Diferencial dos Receptores = MODULAÇÃO SENSORIAL


Cada receptor responde ao seu estímulo específico de acordo com sua
morfologia, ou seja, é praticamente insensível a outros estímulos.
PRINCÍPIO DA LINHA MARCADA
Receptor Sensorial → Fibras Nervosas Senfsitivas Aferentes → Medula
Espinhal → SNC (Córtex)
As sensações de pressão, frio, calor, etc... usam vias sensoriais em comum,
então como é possível distingui-las?
É possível, pois tem um ponto determinado para cada uma delas.
✓ Região no Córtex → ARÉA SOMATOSSENSITIVA envolvida com compreensão e
assimilação dos sentidos sensoriais.
✓ Princípio da linha marcada → cada via nervosa termina em um determinado ponto do
SNC e a classe de sensação que se percebe está determinado a esse ponto que as fibras se
dirigem.

TRANSDUÇÃO DE SINAIS – Receptores Sensitivos


SNC compreende a linguagem “elétrica” dos diferentes potenciais de ação. Essa
transdução é a conversão do estímulo ao potencial elétrico para ser compreendido pelo
SNC (Potencial Receptor).

Receptor Sensitivo – O que estimula?


Deformação da membrana → Abre canais catiônicos (Na/ Sódio) →
Mecanorreceptores → Aplicação da Substância Química → Quimiorreceptores →
Modificação da Temperatura → Canais termosensíveis → Radiação eletromagnética →
Potencial Receptor → Excitação do Receptor Sensitivo.

ACOPLAMENTO RECEPTOR → FIBRA


Quando Receptor é excitado automaticamente gera potencial de ação que é
transmitido para fibra nervosa que está acoplada para chegar ao SNC. Existem diferentes
tipos de fibras acopladas.
Relação dependente da intensidade:
Quanto maior Potencial de Ação → Maior Nº de disparos e frequência de
transmissão pelas fibras nervosas
OBS.: Há um limiar crítico a respeito dos níveis máximos de intensidade, por
exemplo, com o tempo se igualam. Ex.: Limiar da dor, até quanto é sentida?

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ADAPTAÇÃO AO ESTÍMULO
Exemplo: Corpúsculo de Pacini (receptor de pressão). Pequena área da fibra
terminal se deforma → aumenta permeabilidade da membrana → permite entrada
de íons Sódio → aumenta positividade dentro da fibra (potencial receptor) → circuito
local de corrente que se propaga ao longo da Fibra Nervosa.

Efeito Adaptação: Mecanismo de Sobrevivência


Redução ou parada da transmissão desses impulsos elétricos em direção ao SNC.
• Receptores Sensitivos vão parando de transmitir estímulos. Porque?
Adaptação faz parte do mecanismo periférico do início do processo de
canalização do Sistema Nervoso (SN)? Sim, verdadeiro. É o mecanismo
do SN sensitivo para descartar informações sensoriais inúteis ou
dispensáveis.

Isso se chama CANALIZAÇÃO SENSORIAL, pois para de enviar sinais, ou


envia apenas os mais importantes. Isso está relacionado com estímulo dependência.

RECEPTORES DE TRANSIÇÃO
Classificação segundo mecanismo de adaptação:
1) Adaptação Rápida: Mecanorreceptores, superfícies externas (receptores
pilosos, corpúsculo de Pacini)
2) Adaptação Lenta (parcial ou inexistente): leva semanas ou meses, ou não
possui adaptação. Se encontram em pontos onde a comunicação com
SNC deve ser constante. Ex.: Articulação, Fuso Muscular para ter noção
de propriocepção (saber a orientação e direção dos membros do
organismo), nociceptores (tatuagem – ocorre redução do limiar da dor).
• Geneticamente mulheres são consideradas mais fortes que os homens, elas têm
uma capacidade suporte de dor MAIOR que os homens (Ex.: Parto)
• É provável que alguns Receptores Sensitivos Não Mecânicos como
quimiorreceptores ou nociceptores, nunca se adaptem.

MECANISMO DE ADAPTAÇÃO DE PACINI


Acontece por:
a) Redistribuição do Líquido Viscoelástico
b) Acomodação

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Como ocorre:
a) No interior do corpúsculo de Pacini existe um líquido viscoelástico (gel), que
quando é deformado ele se redistribui evitando que canais de Sódio sejam
distendidos que ocorre uma entrada ainda maior de íons Na+.
b) Na Fibra Nervosa, inativa progressivamente a sua permeabilidade aos íons
Na+. Fechando canais de Sódio, pois quer parar de enviar estímulos ao SNC
(reduzir níveis de comunicação).

Receptores de Adaptação Lenta → TÓNICOS


Receptores de Adaptação Rápida → FÁSICOS
RECEPTORES TÓNICOS → Não param de transmitir sinais. Mantém o SNC
informado sobre meio externo e interno. Ex.: Fuso muscular e Aparato Tendinoso
de Golgi (orientam posição - supinação, pronação, rotação - dos membros e tronco =
Propriocepção), Aparelho Vestibulococlear (noção de equilíbrio e movimentos).
RECEPTORES FÁSICOS → Receptores de Transição, adaptam rapidamente em
questão de segundos param a enviar estímulos ao SNC, por conta de sua
reformulação. São estímulo dependente, alteração com mudanças mínimas.
CORPÚSCULO DE PACINI: Mecanorreceptor de adaptação + rápida do
organismo (1 a 2 segundos/ até 0,5 s)
Outros:
• Receptor do folículo piloso: muito rápido.
• Fuso Muscular e Receptores da cápsula articular: bem lentos.
• Receptores de Transição: identificação de mudanças rápidas e bruscas (função
preditiva do organismo – “prever que algo vai acontecer”)
• Aparelho vestibulococlear: receptor excita antes mesmo do próprio estímulo
(autoexcitáveis), por exemplo, alguém te empurra você sabe onde se orientar
espacialmente e colocar os pés um atrás do outro para ter equilíbrio.

FIBRA NERVOSA
Transmite distintas classes de impulsos. Tipos que se seguem:
✓ Fibra Nervosa TIPO A: Maiores em longitude, diâmetro e de maior velocidade de
transmissão. Chegam a 120 m/s, são mielinizadas (alfa, beta, delta e gama)
✓ Fibra Nervosa TIPO C: Menores em longitude, diâmetro e de menor velocidade
de transmissão. Transmitem a 0,5 m/s, são amielinizadas, porém + Frequentes.

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Priorização Sensorial
• Vitais
• Não vitais: Termorrecepções → sensações de frio ou calor (inespecíficas),
alteração climática é externa e afeta todo seu organismo não só um ponto, por
isso é difusa. Assim como na coceira ou prurido (inespecíficos)

Sensações:
• INESPECÍFICAS: Fibras nervosas tipo C
• ESPECÍFICAS: Fibras nervosas tipo A

Graduação de Intensidade SNC Sensitiva


❖ Somação Espacial → adição de impulsos elétricos
❖ Somação Temporal → despolarização por frequência de disparos

+ ESTÍMULOS → + FIBRAS (Graduar as sensações)


Intensidades se transmitem por meio do nº crescente de Fibras paralelas ou
enviando mais potenciais de ação ao longo de uma fibra (somação espacial ou
temporal).

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CIRCUITOS e AGRUPAÇÕES NEURONAIS


SNC e SNP possuem grupos neuronais que estão organizados cada um para
cumprir uma função para compreender alguma informação.
Comunicação Neuronal: Retransmissão de Sinais → Área estimulada por cada
fibra se denomina campo estimulador.
Corpúsculo de Pacini → Fibra Nervosa acoplada (1º ordem) → Sinapse com outro
neurônio ou grupo de neurônios (2º ordem) / região subcortical → Sinapse com outro
neurônio (3º ordem) que está a nível cortical → neurônio nível cortical (4º ordem)

CAMPO DE AÇÃO NEURONAL (Área Estimuladora)


Regiões + excitáveis:
a. Área Central (Zona de descarga)
b. Área Periférica (Zona facilitada)

TIPOS DE ESTÍMULOS
✓ Estímulo Supraliminar (Excitador)
✓ Estímulo Subliminar (Facilitador) → não é suficiente para
produzir potencial de ação, mas facilita o processo.

Qual é o ponto onde temos maior estimulação? Zona Central de Descarga

Inibição Neuronal: mesmo princípio que excitação, com zona de descarga e zona
facilitadora, a única diferença é o neurotransmissor em questão.

MODOS DE MECANISMOS DE ATUAÇÃO DO SN

Ocorrem nas vias sensitivas ou motoras:


1. Convergência (processo oposto da divergência) – vários receptores sensitivos
orientam para um grupo neuronal no Córtex (Área Somatosensitiva). Múltiplos
pontos de receptores sensitivos espalhados pelo organismo são transportados
para uma área em comum.
Ex.: Convergência de Múltiplas vias: Medula Espinhal (ME) local onde vias
sensitivas aferentes e vias motoras eferentes fazem interconexão desses processos
(sensitivo e motor).

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2. Divergência (afeta vários pontos)


2.1. Amplificação – muito utilizada pelas vias motoras, ocorre quando uma
célula (neurônio) realiza excitação ou inibição de várias células ou
agrupações (neurônios ou células alvo)
VIAS MOTORAS = célula piramidal gigante de BETZ (sozinha excita
+ de 10.000 fibras ou fascículos musculares.
2.2. Múltiplas vias – estímulo sensorial, precisa chegar na região subcortical,
sinal é transmitido para diferentes pontos. VIAS SENSITIVAS.

Circuito Neuronal de Sinais Eferentes Excitadores e Inibidores


❖ Circuito de Inibição Recíproca: 2 tipos de estímulos originados no mesmo ponto. Ex.:
Músculos (antagonismo muscular) → contração em pares antagônicos.

❖ Prolongação de um sinal por agrupação neuronal o PÓS-DESCARGA: vias sensitivas


ou motoras são comunicações rápidas (induções agudas) de 1 a 2 m/s, ás vezes o sinal
precisa durar + tempo = mecanismo de potencialização dos sinais de aumento do
tempo de comunicação entre neurônios (pós-descarga).

Tipos de PÓS-DESCARGA
a) Sináptica: Atua sobre a sinapse, neurotransmissor utilizado é de ação lenta
(tempo de produção é um problema, por isso nem sempre é utilizado)
b) Oscilatório: Circuito de Reverberação = + usado! Comunicação entre neurônio
A → B. Muitas vezes neurônio B pode se autoexcitar uma vez excitado ele pode
retroalimentar + positivamente.
Tipos de Circuito de Reverberação

• Circuito Simples
• Circuito Complexo

Alguns neurônios emitem sinais eferentes, mesmo sem sinais excitadores aferentes:
✓ Descarga Neuronal Intrínseca ou Contínua: Dispara espontaneamente (marca
passo natural – Nódulo Sinusal) característica de autoexcitabilidade de maneira rítmica e
contínua. Tecidos autoexcitáveis (Grupo Dorsal → descargas rítmicas do N. frénico para
contração do Diafragma na Respiração.

✓ Sinal de Reverberação Contínua: circuitos que não se fatigam facilmente

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Instabilidade e estabilidade dos circuitos neuronais


Erros possíveis: convulsão/ epilepsia. O cérebro está cheio de sinais de
reverberação sem controle, sinais que não transmitem nenhuma informação, mas
consome os circuitos do cérebro impedindo a transmissão de sinais informativos.

Como pode impedir que ocorra convulsões e epilepsia?


a) Por Circuitos Neuronais Inibitórios
b) Por fatiga da sinapse

SENSAÇÕES SOMÁTICAS
Organização geral, sensações de Tato e Posição (Cap. 48)

Sensações Somáticas (Eixo Somatossensorial): São as sensações primordiais de


sobrevivência (somático vem de “soma” que significa ‘corpo’), portanto são sensações
que informam o estado geral do corpo (meio externo e interno).
Ex.: Tato, pressão, vibração (meio externo) e propriocepção (meio interno).
OBS.: Não se incluem sentidos especiais (visão, audição, olfato).

Classificação:
1. Sensações Somáticas Mecanorreceptoras (deslocamento mecânico)
• Tato, Pressão e Vibração
2. Sensações Somáticas Termorreceptoras (contato com meio externo frio/ calor)
3. Sensações Dolorosas (ativadas quando há dano celular ou lesões em qualquer
tecido)

Classificação Alternativa:
a) Sensações Externorreceptoras: percebidas na superfície do corpo em relação
com meio externo. (Tato, pressão)
b) Sensações Propioceptoras: noção de propriocepção – detecção da posição
dos membros e corpo → Fusos Musculares e Aparato Tendinoso de Golgi
c) Sensações Viscerais: percebidas nas vísceras
d) Sensações Profundas: originam nos tecidos profundos – fáscias, músculos e
ossos (pressão, dor, vibração) → Receptores sensitivos: Periósteo, cápsulas
articulares

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DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DE SENSAÇÕES TÁTEIS


• Tato – Contato (sensação leve) → Pele e tecido celular
subcutâneo
• Pressão – Compressão (sensação + intensa) → Deformação de
tecidos + profundos
• Vibração – Frequência (oscilação) → Ondas sonoras
(frequência + ritmo = vibração

RECEPTORES SENSITIVOS
Tato e Pressão → 6 receptores diferentes:
✓ Terminações Nervosas Livres → Forma de “árvore”, é abundante abaixo da pele,
alguns pontos + abundantes (membros e córnea). Percebe dor na pele e na córnea
percebe tato e pressão.

✓ Corpúsculo de Pacini → Pressão e tato em menores frequência.

✓ Corpúsculo de Meissner → Variações de Tato e Pressão rápidos, é o maior e melhor


receptor de tato e pressão, possui nitidez sensorial. Distribuídos abaixo da pele,
abundantes na ponta dos dedos e lábios.
➔ Capacidade de discriminação em 2 pontos: região menos abundante a
sensibilidade e discriminação é menor, pois depende da quantidade de
receptores. Ex.: Tatuagem – várias agulhas que disparam produzindo o
desenho ao mesmo tempo, porém a pessoa não consegue discriminar e
acredita que é uma agulha apenas por causa da proximidade delas.

✓ Discos de Merkel → continuam informando ao SN as sensações de Tato e Pressão


feita pelo Corpúsculo de Meissner. Da ao organismo a capacidade de percepção das
texturas. Não são muito precisos, é composto por fibra nervosa única, ficam os dois
receptores aglomerados abaixo da pele.
Discos de Merkel + Corpúsculo de Meissner = CÚPULA DE IGGO

✓ Receptores Base dos Folículos Pilosos → percebem tato, pressão nos pelos, posição
dos pelos.

✓ Terminal de Ruffini → relacionado a tato e pressão, sensações mecanorreceptoras


com capacidade termorreceptiva (CALOR) nas cápsulas articulares e também
propriocepção. OBS: Terminal de Ruffini não é um termorreceptor.

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COMO SE TRANSMITEM OS SINAIS


Priorização Sensorial
Receptores + precisos: sensações “vitais”, são transmitidos em maior velocidade
(Corpúsculo de Meissner, Cúpula de Iggo, Receptores Base dos Folículos Pilosos,
Corpúsculo de Pacini, Terminal de Ruffini) transmitem impulsos por Fibras tipo A (veloc. 30
a 70 m/s).
Receptores Táteis de Terminações Nervosas Livres, transmitem por fibras pequenas
tipo A (veloc. 5 a 30 m/s).
• Sensações Inespecíficas (dor difusa, formigamento, coceira, prurido, calor, frio)
• Sensações Específicas (tato, pressão, vibração)

❖ SENSAÇÕES DE VIBRAÇÃO
Corpúsculo de Pacini transmitem sensações vibratórias de ALTA frequência (30 a 800
ciclos/s) Corpúsculo de Meissner transmitem sensações vibratórias de BAIXA frequência (80
ciclos/s

❖ TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES


Transmitem sensações de: tato, pressão, dor, prurido, coceira. Usam Fibras do tipo C (lentas).
Coceira e Prurido → Função Fisiológica: “Coceira” – lesão de raspado (aranhar),
afastar objeto lesivo da pele (apenas ocorre na pele).
Vias Sensoriais que transmitem Sinais
de Sensibilidade Somática Ao SNC

 VIA DORSAL-LEMNISCO INTERNO (1)


 VIA ANTEROLATERAL (ESPINHO-TALÂMICA) (2)
Possuem diferenças Anatômicas e Fisiológicas:
(1) + Precisa, + Veloz, passagem de Fibras Nervosas Grandes mielinizadas de Alta
Velocidade.
(Macete → essa via é o “Sedex”)
(2) – Precisa e + Lenta.
(Macete → essa via é o “Pac”)
Diferenças Anatômicas – Trajetos e Pontos de Cruzamento de Fibras Nervosas:
 Via Dorsal-lemnisco Interno: Sobe por Via Dorsal e cruza a nível do Bulbo.
 Via Anterolateral (Espinho-talâmica): Sobe por Via Anterolateral e cruza na
entrada da Medula Espinhal.

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Via Dorsal é melhor do que a Via Anterolateral?


Via Anterolateral tem ampla modulação de espectros sensoriais, há passagem da
sensação mais grosseiras (frio, calor, dor, tato grosseiro, formigamento, prurido,
coceira) que são sensações inespecíficas. E a Via Dorsal-lemnisco interno possui alta
nitidez sensorial, graduação de intensidade, mudanças bruscas de pressão, vibração.
Ou seja, cada uma tem sua função importante ao organismo, mas atuam de forma
simultânea.
VIA DORSAL-LEMNISCO INTERNO
Trajeto: Informação chega através das raízes dorsais pelos Nervos Espinhais → Na
entrada subdivide em rama interna medial , que se orienta a colunas dorsais e sobe ao
Encéfalo e rama lateral responsável pelas informações de arco-reflexo → Faz sinapse na
substância gris da medula espinhal e forma dois tratos espinhos cerebrais (via de
comunicação direta com Cerebelo) → sensação de perca de equilíbrio onde precisa de uma
resposta rápida.

• Via Anterolateral utiliza Fibras tipo A mielinizadas, porém de menores velocidades.


• Na Via Dorsal a rama interna medial das raízes dorsais dos N. espinhais sobem ao
Encéfalo sem interrupção nenhuma até chegar a nível do Bulbo inferior, onde ocorre
a sinapse do neurônio de 1º ordem com de 2º ordem que cruza.
• Em que influencia esse cruzamento da Via Dorsal-lemnisco interno? As sensações do
hemicorpo esquerdo vão ao Córtex direito e vice-versa. Ou seja, o hemisfério cerebral
direito controla seu hemicorpo esquerdo e o hemisfério cerebral esquerdo controla
seu hemicorpo direito.
• Quando o ponto de cruzamento está a nível do Bulbo, a via se chama Via Lemnisco
Interno ou Medial que vai em direção ao tálamo (complexo ventrobasal talâmico) →
Ponto de retransmissão (sinapse do 2º ao 3º neurônio de 3º ordem para assim chegar
ao Córtex Sensitivo ou Eixo Somatossensorial.

Preservação da Orientação Espacial = Sensação que permite diferenciar


estímulo que acontece no membro inferior e superior, tanto na via de transmissão
como na projeção do Córtex (fibras aferentes e eferentes). Fibras não se misturam...

✓ Fibras do Membro Inferior: + medial/ interna → no Córtex fica + próxima a fissura central.
✓ Fibras do Membro Superior: + lateral/ externa → no Córtex fica + próxima a fissura lateral.

Obs.: A via anterolateral não tem boa preservação da orientação espacial.

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• As vias terminam a nível do Córtex (Neocórtex): dividido em 50 áreas distintas


chamadas ÁREAS DE BRODMANN com relação a diferenças estruturais e
histológicas. Cada área tem uma função no córtex.
✓ Áreas 1,2 e 3: próximo a fissura central, são áreas somatossensoriais (Sensitivas
Primárias)
✓ Áreas 5 e 7A: também do córtex sensitivo. (Área Sensorial Secundária)

ÁREA SENSIBILIDADE SOMÁTICA I e II


Área I = + notável, “primordial”, essencial. Corresponde a captação e percepção
dos estímulos sensoriais (leitura/ interpretação)
Área II = projeção da I, essa área é responsável pelo processamento de informações
sensoriais + complexas, há uma coordenação entre área I e II.

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Orientação Espacial procedente de distintas


partes do corpo na Área Somática I

Homúnculo de Penfield
Algumas áreas do corpo são
representadas por grandes áreas no córtex
somático — a área dos lábios é a maior de
todas, seguida pela da face e do polegar —
enquanto o tronco e a parte inferior do
corpo são representados por áreas
relativamente pequenas.

CÓRTEX SENSORIAL ➔ Comunicação entre hemisférios. Existem 6 capas neuronais:


Os neurônios de cada capa realizam funções distintas
1) Sinal sensorial de entrada (Capa IV) – Ponto de Start (ativação), de acordo com isso há
comunicação com demais capas, segundo necessidade;
2) Capas I e II recebem impulso difuso e inespecífico que pode facilitar a uma região
específica;
3) Neurônios da Capa III e II enviam axônios a outras partes relacionadas ao Córtex
Cerebral, incluindo lado oposto do Cérebro através do corpo caloso;
4) Neurônios das capas V e VI enviam axônios a partes profundas do Sistema Nervoso.
Capa V (+ larga) projeta para áreas mais afastadas como gânglios basais/ Tronco
Encefálico e Medula Espinhal para transmitir sinais de controle a essas áreas. Capa VI,
nº grande de axônios se estende até Tálamo, levando sinais de retroalimentação desde
Córtex até o Tálamo.

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O cérebro, que é considerado o núcleo de inteligência e aprendizagem do nosso


corpo, é a maior parte do encéfalo, compondo cerca de 80% da massa total dessa parte
do SNC.

• Cérebro atua em coordenação → Hemisfério Direito (HD) e Hemisfério Esquerdo


(HE)
✓ HD: Artístico, espontâneo, emocional, interpretação de imagens, habilidades
manuais não verbais, intuições, espaços em três dimensões e percepção de
músicas.
✓ HE: Lógico, analítico, racional, linguagem, realização de cálculos, algumas
memórias, resolução de problemas e fala
Cada pessoa tem seu hemisfério dominante!

Aplicação Prática!!!
➢ O que acontece se comprometer a área do Córtex Somatossensorial?
No caso de enfermidades, traumatismo, AVC, por exemplo, se afetar essa área pode
causar uma perda de sensibilidade, incapacidade de perceber sensações.
➢ Se comprometer área 5 e 7A de Brodmann?
Perde a capacidade de identificar sensações complexas (Amorfossíntese).
➢ Se retirasse toda área somatossensitiva I e II, perderíamos todas as sensações?
Não, pois existem outros pontos de associação das sensações. De acordo com a
Teoria Reptiliana → o Cérebro evoluiu progressivamente, porções mais internas são
relacionadas com funções primitivas (ex.: tálamo) tem capacidade de discriminar algumas
sensações mais grosseiras, como as sensações inespecíficas (tato grosseiro, dor, frio...).

Considerações Finais do Cap. 48...


• Na Via Dorsal-lemnisco Interno o mecanismo de divergência das fibras nervosas é
utilizado para graduar intensidades.
• Inibição Lateral Medular: neurônios laterais neuroinibidos quando ocorre transmissão
do impulso na Via Dorsal-lemnisco Interno, permite contraste e nitidez sensorial.
• Via Dorsal-lemnisco Interno é a única capaz de transmitir estímulos oscilantes e
vibratórios.
• Via Anterolateral a transmissão ocorre a uma velocidade de 8 a 40 m/s, é menos precisa,
não tem capacidade de transmitir vibração. Entretanto, sua vantagem está na ampla
modalidade sensorial de sensações inespecíficas como frio, calor, coceira, prurido.

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PROPRIOCEPÇÃO
Detecção da posição e orientação dos membros e do corpo,
é percebido por estes receptores sensitivos:
Fuso Muscular e Aparato Tendinoso de Golgi (raramente pelo Órgão Terminal de
Ruffini).
Existem 2 tipos de Propriocepção:
✓ Dinâmica
✓ Estática

SENSIBILIDADES SOMÁTICAS II
Sensações de Dor (Cap. 49)

Finalidade da Dor: É um mecanismo de defesa ou sobrevivência que aparece


perante uma lesão. “Dor é um aviso” que existe algo lesivo ao organismo.
Classificação da Dor:
✓ AGUDA: Dor precisa, localizada, início rápido e repentino, muitas
vezes indica processo + letal.
✓ CRÔNICA (Inespecífica, Sorda, Moléstia): início lento e gradual,
muitas vezes se deve a lesão crônica, prolongada ou contínua.
Obs.: Pode haver conversão, dor aguda pode virar crônica, e dor crônica pode virar aguda.

TEMPO → Dor Aguda é percebida depois de menos de 0,1s do estímulo ter


ocorrido. Já a Dor crônica é percebida depois de mais de 1s da presença do estímulo
lesivo em questão.

Receptor Sensorial que capta DOR ➔ Terminações Nervosas Livres


Esse receptor é abundante na pele, porém também presente em órgãos internos
(periósteo, superfícies articulares)

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São 3 estímulos percebidos:


✓ Mecânicos (ex.: Escaras)
✓ Térmicos (ex.: queimadura/ necrose por hipotermia)
✓ Químicos (ex.: mediadores químicos → Bradicinina – mediador inflamatório
que excita term. nervosas livres e gera a dor)

Tipo de Dor e estímulo percebido:


✓ Dor Aguda: mecânicos e térmicos
✓ Dor Crônica: mecânicos, térmicos e químicos

Classificação = Nociceptores (Term. Nervosas Livres) – Receptor Sensitivo da Dor


• Adaptação parcial ou inexistente: se adapta pouco ou nada, pode aumentar de
forma progressiva enquanto persiste o estímulo. Este incremento de
sensibilidade dos receptores da dor se chama HIPERALGESIA (aumento de
Dor).
Ex.: Quadros inflamatórios → Apendicite (possui muitos mediadores
químicos)

Temperatura Crítica → 45ºC → Lesões térmicas aparecem após esse limite de


temperatura (lesão tissular).
Obs.: Escamas de peixe sobre tecidos queimados há + proliferação celular (cicatriza).

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Causas de DOR são diversas:


• Traumas e lesões
• Injeção de tecidos inflamatórios, lesionados ou afetados em porção saudável.
• Dor com carácter químico (mediadores – bradicinina)
• Isquemia: pode gerar dor, pois acumula substâncias e lixos metabólicos que
compromete tecido saudável.
• Espasmos Muscular: depósito de Ácido Lático, que irrita tecido muscular,
gera contrações involuntárias, compromete vasos sanguíneos e causa dor.
• Entre muitas outras causas...

Dupla de Transmissão de Sinais de Dor ao SNC


• Via Paleoespinotalâmica (“via velha”): dor inespecífica
• Via Neoespinotalâmica (“via nova”): submodalidade da via
anterolateral

❖ DOR AGUDA → Rápida (Fibras TIPO A) → Via Neoespinotalâmica


❖ DOR CRÔNICA → Lenta (Fibras TIPO C) → Via Paleoespinotalâmica

DUPLAS VIAS
Dor Aguda: Fibra Nervosa entra pelas raízes dorsais → Sinapse lâmina I →
colunas anteriores e laterais do lado oposto.
SINAPSE DA DOR
Dor Aguda → Sinapse lâmina I
Dor Crônica → Sinapse lâmina II e III (feita na substância gelatinosa)

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➢ Porque o feixe neoespinotalâmico é mais rápido?


Por causa do neurotransmissor utilizado, da sinapse na lâmina I e por ser em
Fibras do Tipo A.

Terminações Das Fibras Que Transmitem A Dor: Região do Tálamo, núcleos


reticulares (Bulbo, Protuberância e Mesencéfalo), Tronco Encefálico.
“Dor é percebida em níveis inferiores” – Dor Instintiva

Esquema e Neurotransmissores envolvidos


✓ DOR AGUDA → Via Neoespinotalâmica (RÁPIDA) → NTS: Glutamato
✓ DOR CRÔNICA → Via Paleoespinotalâmica (LENTA) → NTS: Substância P
Legenda: NTS = Neurotransmissor

NEUROFISIOLOGIA MOTORA (Cap. 55)


Funções da Medula Espinhal e Organização do movimento e reflexos medulares

Função Integradora Medular


Medula Espinhal → primordial, processamento de informações.
Ex.: Caminhar → Começa com estímulos sensitivos que tem nas fibras
musculares por receptores específicos (fuso muscular e aparato tendinoso de Golgi) e
assim acontece a interpretação motora pela medula espinhal. Córtex atua apenas
como coordenador nesse caso.

• Respostas motoras que parecem simples não são tão simples e são enviadas ao
Córtex apenas como coordenação.
Organização Medular para funções motoras: movimentações
• Substância Gris → processamento das informações motoras e respostas
adequadas.
• Informação Sensitiva entra por raízes dorsais da Medula Espinhal (ME) pelos
N. espinhais, no local das colunas dorsais.

Quase todos sinais sensitivos ingressam através de raízes posteriores tomando 2 caminhos:
1) Termina em substância gris medular (reflexos locais)
2) Ascende a nível alto da medula espinhal, tronco e córtex

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TIPOS DE NEURÔNIOS DA MEDULA ESPINHAL


✓ Interneurônios: células locais (substância gris) → respostas adequadas
comunicação entre via sensitiva e via motora
✓ Motoneurônios Anteriores: saem das raízes ventrais (anteriores) em direção as
fibras musculares esqueléticas.
✓ Neurônios relê-sensoriais: por onde chegam as informações sensitivas

MOTONEURÔNIOS ANTERIORES (MNA)


a) Gama: porção ventral da fibra muscular no centro possui Fuso Muscular
b) Alfa: se direciona a periferia, buscando região dos tendões, possui Aparato
Tendinoso de Golgi.
• MNA Gama → função de gerar contração muscular (voluntário)
• MNA Alfa → função de manter tônus muscular esquelético.

➢ O que é tônus muscular esquelético?


Estado de semicontração (músculo em repouso) → disparos a baixa frequência
(MNA gama) gera esse tônus.

DIFERENÇAS
✓ MNA Gama: + grossos, + diâmetro, formam união neuromotora. Cerca de 3 a
centenas de fibras esqueléticas são excitadas.
✓ MNA Alfa: orientação ao Fuso Muscular, - diâmetro, forma tônus muscular.
Os motoneurônios são as de maior diâmetro,
porém as mais frequentes na substância gris são os interneurônios

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• Os interneurônios são extremamente excitáveis e mais abundantes, com função de


processar informação e gerar resposta adequada.
Ex.: Via corticoespinhal → ordens de processamento finos e refinados.

➢ Quais são as células neuronais mais frequentes na substância gris medular?


INTERNEURÔNIOS

Monossinapse → Via sensitiva realizando sinapse diretamente com a via


motora (sem interneurônio).
Ex.: Reflexo de Queimadura → retirada rápida da superfície quente, por
receptor de dor e calor (“bate e volta”), informação não precisa ser processada,
situação de arco reflexo.

Ordens Motoras: Córtex Motor → Sinal Eferente → interneurônio →


motoneurônio anterior (aperfeiçoamento)
A ordem motora não é uma ordem direta.
Células de Renshaw (“Interneurônios Especiais”) → Sistema inibidor = conjunto de
interneurônios importante para a precisão da contração muscular (atuam por inibição
lateral).
Inibição das ramas colaterais recorrentes que vão para outros músculos fazendo
seleção dos músculos que devem se contrair em determinado movimento preciso.
Ex.: Precisão das mãos de um médico em uma cirurgia.
✓ Sistema de Renshaw → utilizado no antagonismo muscular.
✓ Objetivo desse sistema → Potencializar efeito de precisão do movimento (evitando
contração involuntária de outros músculos que atrapalhe certo movimento).

Conexões Multisegmentárias Entre Distintos Níveis Medulares


• Fibras Proprioespinhais: atuação local de interconexão, contração de músculos distintos
ao mesmo tempo, movimentos simultâneos de extremidades superiores e inferiores.
Ex.: Caminhada de forma coordenada.

RECEPTORES SENSITIVOS MUSCULARES:


✓ Fuso Muscular
✓ Aparato Tendinoso de Golgi

➢ Qual é o ponto de partida da contração muscular?


Começa nas vias sensitivas para saber as condições dos músculos antes de
realizar movimento para que não seja exagerado.
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✓ RETROALIMENTAÇÃO SENSITIVA das condições musculares (Feedback) → por


meio de receptores específicos (Fusos Musculares e Aparato Tendinoso de Golgi)
✓ Funções desses receptores musculares:
a) Fuso Muscular: relacionado com comprimento (longitude) do músculo, indica se há
contração ou não. É mais presente na parte central do músculo (ventre).
b) Aparato Tendinoso de Golgi: identifica valores de tensão muscular (força realizada
pelos músculos sobre os tendões) e também a velocidade de mudança. É mais frequente
nos tendões, parte periférica do músculo.

FUSO MUSCULAR → Porção ventral → indica longitude


AP. TENDINOSO DE GOLGI → Porção periférica → indica tensão ou mudança
Relação: Quanto + fibras musculares + força!
• Fuso Muscular → composta por fibras que não possuem miofilamentos contrácteis
(actina e miosina). Função + sensitiva, porém existe uma parte desse receptor que
contrai, pois está na periferia em contato com demais fibras.
• Formas de Excitação do Fuso Muscular:
✓ Alterações de comprimento
✓ Contração dos extremos das fibras intrafusais
• Em repouso (parado) → músculo está se contraindo de certa forma nunca está
estático absolutamente, pois o movimento é conseguinte (micromovimentação),
estado de repouso é relativo!
Fuso Muscular – Porção Central (2 tipos de terminações sensitivas):
a) Primária: + grossa e + veloz (Fibra Ia)
b) Secundária: + fina e – veloz (Fibra II)
Fuso Muscular – Porção Periférica → inervação motora (actina e miosina)
Divisão das Fibras Intrafusais
✓ Fibras de Bolsa Nuclear: 1 a 3 em cada fuso muscular. Grande número de bolsas
dilatadas (porção central) → Inervada por Fibra Ia
✓ Fibras de Cadeia Nuclear: diâmetro e longitude menores com núcleo alinhados ao
longo da zona receptora. → Inervada por Fibra Ia ou II

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Concepto de Propriocepção: orientação e posição de membros e do organismo.


• Estática: análise do repouso → Fibra Ia ou II
• Dinâmica: análise do movimento → Fibra Ia

➢ Quais são as Fibras que são excitadas e notificam a posição estática?


Fibras Ia e II → ESTÁTICA (Feedback) para medula espinhal,
alterações lentas e progressivas.
Resposta Dinâmica → transmissão por Fibra Ia para medula espinhal,
movimento, contração ativa.
Inervação Motora: MNA Gama, fibra intrafusal se subdivide em:
• Gama Dinâmica: forma de bolsas nucleares
• Gama Estática: forma em cadeia nucleares

TÔNUS MUSCULAR: mecanismo


• Estático (repouso/ semicontração)
• Dinâmico (contração muscular) → MNA Alfa → Tendões → contração
coordenada → MNA Gama → Mantém densidade muscular

➢ Sinais Atuam de Forma Simultânea entre MNA Alfa e MNA Gama?


Sim, pois quando tiver modificação de longitude o músculo poderia se contrair de
forma brusca (sacodida muscular) em vez de contração suave e coordenada, por isso
os sinais são simultâneos, para garantir a resposta adequada.
Aplicação Prática → Exame de Eletromiografia
• Movimento → Gama dinâmico apenas (MNA Gama)
• Repouso → Gama dinâmico e Gama Estático (MNA Gama e MNA Alfa)

REFLEXOS MEDULARES
➢ O que é um reflexo? São respostas automáticas coordenadas pela medula
espinhal (reflexos involuntários) relacionados à sobrevivência, considerado
reflexos primordiais. Arco Reflexo → retirada rápida, usa extensor cruzado
(músculo). Há comunicação entre vias sensitivas e vias motoras, ou até mesmo
glândulas, de forma automática.
Tipos de Reflexos Medulares:
✓ Reflexo de Estiramento Muscular (Miotático)
✓ Reflexo Dinâmico frente ao Estático
✓ Reflexo Flexor e de Retirada
✓ Reflexo Extensor Cruzado ...entre outros reflexos...
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1) Reflexo de Estiramento Muscular (Miotático)


Resposta em Circuito Neuronal Monossináptico. Situações de comprometimento muscular
onde há afastamento ou expulsão automática (reflexo provocado).
Ex.: Reflexo Patelar → excitação muscular → porção sensitiva → conexão automática com
motoneurônios (comunicação direta/ não utiliza interneurônios).
➢ Onde músculo é provocado para ocorrer esse reflexo miotático?
Na superfície ventral do músculo ou tendões → local onde ficam os
receptores sensitivos (Fuso Muscular e Aparato Tendinoso de Golgi).
IMPORTÂNCIA DO REFLEXO PATELAR
Há uma notificação para o Córtex, pessoas com tumores ou alterações na formação
reticular bulbar, podem ter Hiperexcitabilidade (reflexos exagerados). Também existem
outras doenças em que pode ocorrer Hipoexcitabilidade (reflexo falho).

2) Reflexo Dinâmico frente ao Estático


Reflexo de Estiramento Dinâmico sempre está seguido de um reflexo estático.
Há após o reflexo uma semicontração prolongada (músculo enrijecido).
Reflexo Estático → Objetiva a suavização e amortecimento do movimento, o
SN entende que não pode haver sacodida muscular intensa, por isso age sobre esse
mecanismo de proteção. Primeiro ocorre o reflexo dinâmico e após o estático.

3) Reflexo Flexor e de Retirada


+ Primitivo de todos! Mecanismo de proteção, causa afastamento do ponto
lesivo em questão. Receptores que causam esses estímulos podem ser vários, por exemplos,
os receptores térmicos, porém o mais comum e frequente são os Nociceptores.
➢ Como acontece esse reflexo?
Ao tocar uma superfície pontiaguda, há o reflexo de flexão (afastamento). Estímulo
doloroso vai ser transmitido pelas vias sensitivas → chega as colunas dorsais ou superiores
→ ocorre sinapse de tipo indireta (possui interneurônio) → acontece resposta em 3
passos:
a) Passo 1: Ativação de circuitos neuronais divergentes → ativar todos músculos
flexores e também os abdutores para afastar o máximo possível.
b) Passo 2: Circuito de Inibição recíproca → resposta inibitória aos músculos
extensores (antagonismo muscular).
c) Passo 3: Pós-descarga → prolongar o sinal para manter contração muscular de
afastamento.
• PADRÃO DE RETIRADA – Reflexo Flexor e de Retirada
Associação de movimento de flexão e abdução para afastar ao máximo

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4) Reflexo Extensor Cruzado


Ocorre aproximadamente de 0,2 a 0,5 segundos após o reflexo flexor e de retirada. É
quando a fibra nervosa do estímulo doloroso ao informar na medula espinhal atravessa a
comissura, projetando ao lado contralateral e gerando 2 sinapses.
Causa o inverso do lado afetado no reflexo flexor e de retirada, então vai ocorrer
inibição dos flexores e excitação dos extensores da outra perna ocorrendo uma rigidez
muscular para proteger da perda de equilíbrio.

FUNÇÃO MOTORA VOLUNTÁRIA


Atua em ativação simultânea entre Motoneurônios:
▪ MNA Alfa → Principal
▪ MNA Gama → apenas 31% (ativação do tônus muscular dinâmico e estático)
3 Áreas Encefálicas envolvidas:
✓ Centro Cortical Motor
✓ Formações Reticulares Bulbares → conjunto de neurônios facilitadores
que ajudam muito na contração muscular, ativando vias motoras (trato
corticoespinhais)
✓ Gânglios Basais → refinamento do movimento

3 Pontos Fundamentais para coordenação da função motora voluntária


Para acontecer a contração muscular:
a) Ação Cortical
b) Ação Subcortical
c) Ação Medular
• Importância do Sistema do Fuso Muscular
Estabilização e precisão nos movimentos finos.
• Importância do Sistema do Aparato Tendinoso de Golgi
Mecanismo de defesa, tipo de neuroinibidor e protetor sobrecarga excessiva informa
os tendões

➢ Como funciona o Sistema Aparato Tendinoso de Golgi?


Tendões são informados sensitivamente que há sobrecarga excessiva, ocorre uma
interconexão (atua interneurônio) fazendo neuroinibição do motoneurônio que gera um
relaxamento muscular.
Ou seja, a pessoa não consegue levantar o peso excessivo e o músculo trava
protegendo os tendões e ajuda também a distribuir a mesma força sobre as diferentes
fibras musculares para equilibrar o movimento. Ex.: Fatiga muscular.

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➢ O reflexo do Aparato Tendinoso de Golgi é direto ou indireto?


Indireto! Possui atuação de Interneurônios.

Diferenças entre Sistemas: possuem mecanismos semelhantes, porém...


✓ Fuso Muscular → informação específica sobre posição muscular
✓ Aparato Tendinoso de Golgi → informação específica sobre posição tendinosa

CONTROLE DA FUNÇÃO MOTORA (Cap. 56)


Córtex e Tronco Encefálico
Organização a nível superior em respeito das contrações musculares, há
coordenação entre regiões encefálicas (Córtex Motor) e regiões subcorticais (Tronco
Encefálico/ núcleos basais).

• Maior parte do Córtex Motor está relacionada a movimentos das mãos


(precisão/ refinamento)
• Córtex Motor está relacionado intimamente ao Córtex Sensitivo

Áreas Corticais relacionadas a contração motora voluntária


ÁREAS DE BRODMANN → 4, 6 e 8
✓ Área 4 → Córtex Motor Primário
✓ Área 6 → Córtex ou Área Pré-motora
✓ Área 8 → Área Motora Suplementária

• Observa-se que mais da metade do Córtex Motor Primário se ocupa dos


músculos da fala e controle das mãos.
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• Córtex Motor Primário (4): localizado em frente ao Surco Central (fissura de Rolando)

FORMAÇÃO DA IMAGEM MOTORA


Área Pré-motora (6): Fibras saem do Córtex Motor e se orientam em uma via ativando
motoneurônios que vão ativar músculos específicos. Ficam a 3 cm anterior ao Córtex Motor
Primário.

✓ Córtex Motor Primário (4) → refinamento da imagem motora.


✓ Área Pré-motora (6) → início dos movimentos (esboço)/ desenho rudimentar ou ideia
do movimento, que seria grosseiro se não ativasse outras vias.
✓ Área Motora Suplementária (8) → associada a Área Pré-motora, muito ativada nos
movimentos posicionais da cabeça e olhos.

• Neurônios Espelhos
Se encontram na Área Pré-motora e estão associados a capacidade de imitação motora, por
exemplo em habilidades manuais de destreza e prática. Durante tempo de amadurecimento
acontece isso, na infância, criança aprende a imitar.

• Interação Social: o aperfeiçoamento da linguagem ocorre pela Área Pré-motora, isso


significa que a convivência molda nossas ações e linguagem.

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Movimentos Específicos: Áreas corticais altamente especializadas


 ÁREA DE BROCA → formação das palavras (congruência e sentido da fala)
 ÁREA DE WERNICKE → compreensão da linguagem (idioma)

Aplicação Prática... Consequências do AVC


✓ Alterações na Área de Broca → Afasia de Broca → paciente consegue falar, mas não
tem sentido na fala
✓ Alterações na Área de Wernicke → Afasia de Wernicke → paciente não consegue
compreender linguagem
✓ Outra alteração → Apraxia motora → paciente não consegue realizar movimentos de
forma específica (perde motricidade fina)
✓ Encefalopatia de Wernicke → degeneração progressiva da Área de Wernicke em
pacientes alcoólatras crônicos.

❖ VIAS DE TRANSMISSÃO
Córtex Motor → inicia impulso através das Células Gigantes Piramidais de BETZ →
Principal: Via corticoespinhal (trato piramidal) → Alta velocidade e orientação espacial para
músculos → Via Dorsal-lemnisco interno
❖ VIA CORTICOESPINHAL (Trato Piramidal)
Fibras vem de diferentes partes do Córtex Motor:
✓ 30% vem do Córtex Motor Primário
✓ 30% vem da Área Pré-motora e Suplementária
✓ 40% vem da Área Somatossensitiva

Quem ativa Córtex Motor é o Córtex Somatossensitivo!!!


Não há ação motora sem saber as condições sensoriais antes do movimento
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❖ VIAS AUXILIARES
✓ Fascículos corticoespinhais laterais: axônios de Células Gigantes Piramidais
de Betz que voltam ao próprio Córtex Motor.
✓ Fascículos corticoespinhais ventrais: comunicação subcortical, envolve níveis
de equilíbrio, precisão, estabilização.

VIA PRINCIPAL AUXILIAR → Via corticorubrioespinhal


(Córtex Motor → Núcleos vermelhos → Medula Espinhal)

❖ VIAS ALTERNATIVAS
Sistema Extrapiramidal, trajeto acessório para formação do movimento.
✓ Casos de Hiperativação do Extrapiramidalismo → Tumores crescem em
regiões do Córtex Motor e organismo usa sistema extrapiramidal para
gerar movimentos involuntários, mas isso ocasiona tremores e alterações
do movimento (bradicinesia: redução ou lentidão do movimento)
Ex.: Parkinson

• Interação Colunar → Ativada pelo Feedback...


Córtex Motor funciona a partir de retroalimentação somática ou feedback sensorial
constante, significa que sempre está sendo enviados sinais sensitivos.
Respostas aos estímulos somáticos:
✓ Sinal Dinâmico: inicia processo de contração muscular (alta frequência para tirar
corpo da inércia)
✓ Sinal Estático: manter contração muscular (baixa frequência)

PAPEL DO TRONCO ENCEFÁLICO


Tronco Encefálico se subdivide em:
✓ Mesencéfalo
✓ Ponte/ Protuberância
✓ Bulbo Raquidiano

Funções do Tronco Encefálico = ações subconscientes


1) Controle da respiração
2) Controle do Sistema Cardiovascular
3) Controle das funções gastrointestinais
4) Controle do equilíbrio
5) Controle dos movimentos oculares

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➢ Quem age na formação da postura?


Há uma coordenação entre áreas motoras do córtex e tronco encefálico, por um
mecanismo de antagonismo excitador inibidor.
Trajeto: Ponte → núcleos reticulares pontinos (relaxamento da postura) → Bulbo →
núcleos reticulares bulbares (envia informações eferentes de tipo excitadoras) → ativa
motoneurônio → excita Músculos Paravertebrais → POSTURA

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