20 | Sudoeste Baiano
Mirante
Linício de
Almeida Guareju
Jacaraci Presidente
Jânio Quadros
Conteúba
Mortugaba
Cordeiros
A
formação cultural do Território de Identi-
dade do Sudoeste Baiano está relacionada
à sua configuração histórica e ao processo
de ocupação. Desde a época de sua formação, o terri-
tório sofre grande influência da região norte do estado
de Minas Gerais, com intensas relações com a cidade de
Montes Claros, chegando até a capital, Belo Horizonte.
Essa articulação conduz à implementação de atividades
comuns, nos âmbitos da pecuária e da mineração, que
passam a conduzir a formação espacial, social e econô-
mica da região. A pecuária bovina é, especialmente, fator
marcante no aspecto sociocultural, constituindo elemen-
to de integração regional (SEI, 2012b).
A região possui 24 municípios ocupando uma
área aproximada de 27.275,6 km², (IBGE, 2011), de acor-
do com dados do IBGE (2010) a população registrava
696.592 habitantes correspondendo a aproximadamente
4,8% do território estadual. (BAHIA, 2012). O município
de Vitória da Conquista, na região, é o terceiro maior em
número de habitantes do estado da Bahia.
A presença da herança quilombola é forte na re-
gião. De acordo com a Secretaria de Promoção da Igual-
dade Racial (BAHIA, 2013b), há 45 comunidades quilom-
bolas certificadas no TI, a maioria deles concentrados no
município de Vitória da Conquista. É nesse município que
estão instalados núcleos que buscam defender, difundir e
organizar ações voltadas à promoção da dignidade de po-
pulações afrodescendentes, como o Movimento Cultural
Consciência Negra, o Conselho Territorial de Comunida-
des Remanescentes de Quilombos, o Núcleo de Educação
Quilombola, o Núcleo de Promoção da Igualdade Racial
– este último com ações como a Comissão da Juventude
Municípios | 24
Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales,
Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga,
Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tre-
medal, Vitória da Conquista.
Caetanos
Aracatu
Bom Jesus
da Serra
Porções
Caraíbas Anagé
Maetinga
Planalto
Barra
Vitória da Conquista do Choça
Piripá Tremendal
Belo
Campo
Cândido
Sales Ribeirão
do Lago
Encruzilhada
Quilombola e a Casa do Estudante Quilombola –, dentre
outros (SEI, 2012b).
Três pontos de cultura estão em execução das suas
atividades: “Resgate Cultural - Valorização Dinamização
e Resistência da Cultura Afro-Brasileira”, em Poções; o
“Ponto de Cultura Construarte - Pelos Caminhos da Cultu-
ra” e o “PEV Cineclube”, ambos em Vitória da Conquista.
O território do Sudoeste Baiano tem um imóvel
tombado como patrimônio cultural, a Casa da Zaza, O
imóvel resguarda feição e características arquitetônicas
do final do século XIX (IPAC). Um patrimônio arqueológi-
co foi identificado no município de Licínio de Almeida um
sítio, classificado pelo Projeto Bahia Arqueológica como
pré-colonial e de arte rupestre, denominado Pedra Are-
nosa (SEI, 2011). Dois municípios contam com Unidades
de Conservação: Vitória da Conquista, com o Parque Mu-
nicipal Serra do Periperi, e Barra do Choça, com a RPPN
Rio do Monos (BRASIL, 2014).
Vinte e quatro projetos de Assentamento de Re-
forma Agrária estão presentes no TI (Tabela 1), perfazen-
do um total de 35.485,7 ha de área e atendendo a 1.600
famílias.
Em 2018, o Centro de Cultura Camilo de Jesus
Lima, espaço cultural administrado pela Secretária de
Cultura, que fica localizado em Vitória da Conquista, foi
entregue a população. O espaço possui 311 poltronas,
uma concha acústica e três salas multiuso, além de um
foyeur, que serve como galeria para receber exposições,
instalações e outras atividades artísticas. Foram investi-
dos R$ 1,5 milhão na requalificação do equipamento cul-
tural.