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Psicologia
Salvador - BA
Maio/2011
1
Salvador - BA
Maio/2011
2
3
4
À
Narcóticos Anônimos, que no dizer de seus membros,
“Pode não ser as portas do céu, mas certamente a saída do inferno”.
5
AGRADECIMENTO
RESUMO
ABSTRACT
In this paper, we described the coping strategies used for abstinence of drugs, in
situations that cause stress and are related to the desire to use drugs in Narcotics
Anonymous members in Salvador, Bahia. It's used as instruments the exploratory
cross-sectional study focused on drug users in recovery, who were interviewed from
random choices in the places of their meetings. Two instruments were used for data
collection, a questionnaire with sociodemographic data and the Inventory of Coping
Strategies of Folkman and Lazarus. The answers, with the original scale of 0 to 3,
were quantified for each of the eight factors described by Folkman and Lazarus, were
represented on a scale of 0 to 100. It is concluded, after analyzing the data, that the
maintenance of abstinence to drugs as a result of the process of recovery in
Narcotics Anonymous, coupled with changes in the environment of coexistence,
integration into networks of healthy interpersonal relationships is of paramount
importance to ensure a considerable period of abstinence. Can be characterized as a
sort of gateway to a life in society facing the challenges with a different look and
bearing of appropriate repertoire of coping.
LISTA DE FIGURAS
15
Figura 01 – Fluxo dos principais crimes organizados transnacionais.
20
Figura 02 – Comparação por faixa etária de uso de drogas
21
Figura 03 – Comparação segundo a classe sócio-econômica
25
Figura 04 – Modelo Cognitivo
26
Figura 05 – Modelo Cognitivo detalhado
27
Figura 06 – Relação entre crenças
34
Figura 07 – Tempo livre de drogas (em anos) em Narcóticos Anônimos
9
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
16
Gráfico 01 – Comparação entre os levantamentos de 2001 e 2005,
segundo o uso na vida de drogas no Brasil
17
Gráfico 02 – Comparação entre os levantamentos de 2001 e 2005,
segundo o uso na vida de drogas na Região Nordeste
34
Gráfico 03 – Áreas da vida com melhoria em Narcóticos Anônimos
42
Gráfico 04 – Distribuição da idade Cronológica dos pesquisados
43
Gráfico 05 – Prática religiosa dos pesquisados
44
Gráfico 06 – Distribuição do tempo de abstinência
44
Gráfico 07 – Correlação entre tempo de abstinência e idade cronológica
45
Gráfico 08 – Quantidade de sujeitos que usaram as estratégias de
enfrentamento
46
Gráfico 09 – Uso das estratégias de enfrentamento nas diferentes faixas de
abstinência
Gráfico 10 – Autocontrole vs. Abstinência 52
Gráfico 11 – Aceitação de responsabilidade vs. Abstinência 53
Gráfico 12 – Reavaliação positiva vs. Abstinência 54
11
ABREVIATURAS E SIGLAS
NA Narcóticos Anônimos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
2 CENÁRIO MUNDIAL 15
3 CENÁRIO NACIONAL 16
4 DEPENDÊNCIA QUÍMICA 22
5 MODELO COGNITIVO 25
6 ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO (COPING) 29
7 NARCÓTICOS ANÔNIMOS 32
8 METODOLOGIA 38
8.1 delineamento 38
8.2 participantes 38
8.3 o instrumento 38
8.4 procedimentos 39
8.5 plano de Análise 39
9 RESULTADOS 42
9.1 Características da amostra 42
9.2 Análise e discussão de resultados 44
9.2.1 Confronto X Abstinência 48
9.2.2 Afastamento x Abstinência 49
9.2.3 Suporte Social x Abstinência 49
9.2.4 Fuga-esquiva x Abstinência 50
9.2.5 Resolução de problemas x Abstinência 50
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 55
REFERÊNCIAS 57
1 INTRODUÇÃO
2 CENÁRIO MUNDIAL
Figura 01 - Fluxo dos principais crimes organizados transnacionais. (UNODC, 2010b, p. 02).
3 CENÁRIO NACIONAL
Gráfico 01. Comparação entre os levantamentos de 2001 e 2005, segundo o uso na vida de
drogas, exceto álcool e tabaco, dos entrevistados das 108 cidades com mais de 200 mil
habitantes do Brasil (GALDURÓZ e cols., 2006, p. 315).
Gráfico 02. Comparação entre os levantamentos de 2001 e 2005, segundo o uso na vida de
drogas, exceto álcool e tabaco, dos entrevistados das cidades com mais de 200 mil
habitantes da Região Nordeste (GALDURÓZ e cols., 2006, p 344).
1 Padrão binge drinking é definido pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism – NIAAA, como o
consumo de cinco ou mais doses alcoólicas por homens ou de quatro ou mais doses por mulheres dentro do
período de duas horas (ANDRADE, DUARTE, OLIVEIRA, 2010, p. 01).
19
Esta mesma pesquisa revelou que 43% dos universitários tinham como
motivação do uso “simplesmente porque gostavam ou porque lhes possibilitava
esquecer os problemas da vida” (ANDRADE, DUARTE e OLIVEIRA, 2010, p. 01).
Mas a este aparente desejo de esquecimento vem associado uma série de
comportamentos de risco trazendo sempre desdobramentos negativos (Tabela 03).
4 DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Por outro lado, o uso de substâncias psicoativas (SPA), na maioria dos casos,
faz parte de algumas formas de ritualização, muitas delas específicas para algumas
tipos destas substâncias, como afirmou Martine Segalen (2002).
Acerca dos rituais usados para afirmar a permanência de algumas práticas
nas sociedades contemporâneas, a autora afirmou o seguinte:
Velho (1998) constatou que se faz uso de droga como forma de interação
social, em que a iniciação no uso da substância se dá através de atividades grupais.
Buscando caracterizar as questões que envolvem a dependência química a
Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA)
propôs o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) para profissionais da área da saúde
mental. Neste documento está a lista de diferentes categorias de transtornos
mentais e critérios para diagnosticá-los. O manual é de uso difundido ao redor do
mundo por clínicos, pesquisadores, companhias de seguro, indústria farmacêutica,
parlamentos políticos, etc. (DSM-IV, 2011a)
De acordo com o DSM-IV antes de se caracterizar a dependência química,
existe um estágio anterior de comprometimento chamado de ABUSO DE
SUBSTÂNCIAS. Os critérios para defini-lo incluem (DSM-IV, 2011b):
Um padrão mal-adaptativo de uso de substância levando ao
prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por um
(ou mais) dos seguintes aspectos, ocorrendo dentro de um período
de 12 meses:
24
5 MODELO COGNITIVO
7 NARCÓTICOS ANÔNIMOS
Narcóticos Anônimos com 13.500 membros de várias partes do mundo (tabela 06)
permitem traçar um mapa das características do público que freqüenta grupos de
Narcóticos Anônimos como o sexo, idade, etnia, ocupação e tempo de abstinência
(NARCOTICS ANONYMOUS, 2010, p. 02).
Figura 07 – Tempo livre de drogas (em anos) dos frequentadores dos grupos de Narcóticos
Anônimos. Fonte: Narcotics Anonymous (2010, p. 02)
Gráfico 03 – Áreas da vida com melhoria dos frequentadores dos grupos de Narcóticos
Anônimos. Fonte: NARCOTICS ANONYMOUS (2010, p. 02)
35
Alem destes aspectos, existe um estímulo para que ocorram alterações nos
processos cotidianos como a mudança de comportamento e hábitos, melhorar as
atitudes em relação à vida e a mudança do meio ambiente, sejam pessoas e lugares
que outrora era frequentado pelo sujeito.
Neste aspecto, Kaplan, Sadock e Grebb (2006, p. 412) reconheceram a
importância de Narcóticos Anônimos e o recomendaram, por considerarem que o
compartilhamento de métodos de “efetivos de manejo” contribuem para o
tratamento.
Na visão antropológica de Marcel Mauss, citado por Lanna (2000), o
elementar das sociedades, em todos os tempos históricos, é o “intercâmbio e a
36
8 METODOLOGIA
8.1 DELINEAMENTO
8.2 PARTICIPANTES
9.3 OS INSTRUMENTOS
“fatores”, sugeridos pela análise fatorial, cada um avaliando a extensão com que um
sujeito utiliza estratégias de coping.
8.4 PROCEDIMENTOS
(Eq. 1)
Legenda:
u0 = Quantidade de respostas zero 0 – não utiliza) – peso 1;
u1 = Quantidade de respostas um 1 – (usa um pouco) – peso 2;
u2 = Quantidade de respostas dois 2 – (usa bastante) – peso 3;
u3 = Quantidade de respostas três 3 – (utiliza em grande quantidade) – peso 4;
Q = Quantidade de questões por fator;
9 RESULTADOS
A idade mínima de início de uso foi de seis anos e a máxima foi de trinta
anos. A média de idade para inicio de uso nas drogas foi de 15,2 ± 4,2 anos.
Para a quantificação do tempo de abstinência, optou-se por dividir em faixas,
na quais foram classificados os pesquisados. A maior quantidade de abstinentes
está na faixa de 5 a 10 anos (27,3%), seguidos por 10 a 15 anos (18,2%), 3 a 6
meses (15,2%), 2 a 5 anos e até um mês (12,1%), 6 meses a 1 ano (9,1%) e 1 a 2
anos e acima de 15 anos (3 %) conforme Tabela 10.
Gráfico 07 – Correlação entre tempo de abstinência (em meses) e idade cronológica (em
anos) dos pesquisados.
45
100,00
90,00
Soma dos individuos que usaram (2) e usaram muito (3)
80,00
70,00
62,12 62,17
60,00 57,58
53,03
%
50,00 45,65
40,00 34,85
32,32
29,70
30,00
20,00
10,00
0,00
confronto afastamento autocontrole suporte social aceita fuga-esquiva resolução de reavaliação
responsabilidade problemas positiva
100,0
90,0
80,0
>5anos
1 a 5 (%)
70,0 <1 (%)
Peercentagem
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
confronto afastamento autocontrole suporte social aceita fuga-esquiva resolução de reavaliação
responsabilidade problemas positiva
Gráfico 09 – Uso das estratégias de enfrentamento nas diferentes faixas de abstinência dos membros de NA em Salvador, Bahia
47
- Autocontrole,
- Aceitação de responsabilidade e
- Reavaliação positiva.
Os demais fatores, mesmo evidenciando utilização elevada por parte dos
membros de NA, apresentam coeficientes de correlação com a abstinência muito
pequenos.
(NARCÓTICOS ANÔNIMOS, 1993). Isso explica a menor média de uso inicial desta
estratégia (31,07%) entre os sujeitos pesquisados o que é uma coisa boa, porem o
coeficiente de correlação do fator Confronto com a abstinência é baixo (0,09),
implicando que este fraco relacionamento entre os dois representa também pouca
alteração positiva a medida que os membros de NA vão aumentando seus tempos
limpos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BECK, J. S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre. Artmed, 1997, 350
p.
CAPRA, F. Vivendo Redes. Em: Duarte, F.; Quandt, C.; Souza, Q. O Tempo Das
Redes. São Paulo. Perspectiva. 2008, 256 p.
DUARTE, F. e FREI, K.. Redes Urbanas. Em: Duarte, F.; Quandt, C.; Souza, Q. O
Tempo Das Redes. São Paulo. Perspectiva. 2008, 256 p.
______. Ed. 5. Texto Básico. Chatsworth, NAWS. Califórnia, USA. 1993. 117 p.
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232005000300027&lng=en&nrm=iso. Acessado em 22 jul 2010 às 21h30.
UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime). Relatório Mundial Sobre
Drogas WDR 2009. Referências ao Brasil. Escritório das Nações Unidas Sobre
Drogas e Crime. 2009. Disponível em
http://www.unodc.org/pdf/brazil/WDR2009/WDR_2009_Referencias_ao_Brasil.pdf.
Acessado em 02 mar 2010 às 15h12.
UNODCCP (United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention). Global
illicit drug trends 2001. Vienna: UNODCCP, 2001. Disponível from: URL:
63
http://www.undcp.org/adhoc/report_2001-06-26_1/report_2001-06-26_1.pdf.
APÊNDICE A
A. Proposta
B. A participação é voluntária
C. Procedimentos
D. Riscos e desconfortos
A participação nesta pesquisa, não trará nenhum risco aos envolvidos. Caso não se
sinta à vontade, a qualquer momento poderão comunicar ao pesquisador a decisão
de não mais participar, assim como poderão pedir mais informações sobre o estudo
sempre que acharem necessário.
E. Confidencialidade
F. Custos e Benefícios
NA não terá nenhum gasto para participar deste estudo, apenas o tempo que é
dedicado a atender os pesquisadores. Também não haverá benefícios diretos para
os participantes desta pesquisa. Porém, assumimos o compromisso de realizar uma
apresentação sobre o tema pesquisado, em data e horário a ser acertado, quando
da conclusão desta pesquisa.
G. Consentimento
Declaro que este documento me foi explicado e todas as minhas duvidas foram
esclarecidas.
Data ....../................./...........
.....................................................................
Assinatura do(a) participante (a)
.....................................................................
Assinatura do pesquisador.
66
Idade atual
Sexo
Escolaridade
Estado civil
Fonte de renda
Etnia
Idade de início de uso __________anos
Ultimo dia de consumo de drogas
Idade em NA ____a,_____m
Tempo de abstinência ____a,_____m,____d
No. reuniões semanais em NA
psiquiatria
12 passos
No. de
outros
internações
67
ANEXO B
70
4) Cada grupo deve ser autônomo, exceto em assuntos que afetem outros
grupos ou NA como um todo.
10) Narcóticos Anônimos não tem opinião sobre questões alheias; portanto o
nome de NA nunca deverá aparecer em controvérsias públicas.