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Prof.

Wagner Santos

EEAr 2023.1

PERÍODOS COMPOSTOS

AULA 11

Relações dentro do período composto

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www.estrategiamilitares.com.br

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Sumário
APRESENTAÇÃO 3

1 O PERÍODO E SUA CONSTRUÇÃO 3

2 PERÍODOS COMPOSTOS POR SUBORDINAÇÃO 7

2.1 Orações subordinadas substantivas 8

2.2 Orações subordinadas adjetivas 18

2.3 Orações subordinadas adverbiais 24

3 PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO 34

3.1 Orações coordenadas assindéticas 35

3.2 Orações coordenadas sindéticas 36

4 PERÍODOS COMPOSTOS MISTOS 37

5 EXERCÍCIOS 39
Lista 01 – Exercícios sem resolução 39
Lista 01 – Gabarito 49
Lista 01 – Exercícios resolvidos 50
Lista 02 – Exercícios sem resolução 68
Lista 02 – Gabarito 74
Lista 02 – Exercícios resolvidos 74
Lista 03 – Exercícios sem resolução 85
Lista 03 – Gabarito 97
Lista 03 – Exercícios resolvidos 97

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 116

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Apresentação
Fala, Bolas de fogo!
Estamos juntos para mais uma aula. E não é uma aula qualquer, mas uma das mais
importantes sobre um dos assuntos que comumente vocês apresentam muitas dúvidas: os
períodos compostos, tanto por coordenação quanto por subordinação.
É uma aula bastante cheia de conceitos e de possíveis dúvidas. Por isso, vamos com
calma, apresentando cada uma das classificações da melhor forma possível. Inclusive, para a
aula de vocês, por não terem nenhum gramático indicado, vamos trabalhar com as
particularidades apresentadas por todos os gramáticos, sem medo de sermos felizes!
Nesta aula, temos os seguintes conteúdos a serem analisados:

✓ Conceituação de períodos.
✓ Classificação das orações subordinadas.
✓ Classificação das orações coordenadas.
✓ Classificação dos períodos mistos (menos cobrados, mas importantes para o
restante do conteúdo).

Como vocês já estão acostumados, teremos muitos exercícios nessa aula, inclusive
durante a teoria, no nosso material também como estão acostumados. A recomendação é a
de que vocês os façam com calma, exatamente para identificar as possíveis dúvidas e
podermos dirimi-las posteriormente. Combinado?
Estando bom para ambas as partes, bora que só bora, Bolas de Fogo!

1 O período e sua construção


Para podermos iniciar a nossa aula de hoje, uma delicinha pesada, precisamos
relembrar as classificações de oração e de período. São essenciais para que nós possamos
caminhar com nossa aula.

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Pelos exemplos acima, podemos depreender que o conceito de oração é que

Tendo em vista o conceito de oração, podemos partir para o de período. Vejamos:

Assim, compreendemos que o período é um enunciado que contém ao menos uma


oração, com sentido completo e início e fim gramatical. Ou seja, é um enunciado com letra
maiúscula para iniciar e ponto forte para finalizar. Além disso, precisa, necessariamente, ter
ao menos um verbo no período. Os períodos simples são os que apresentam somente uma
oração e os compostos, ao menos duas.
Aqui, vamos nos debruçar sobre o período composto. Esses períodos são classificados
e analisados a partir de uma relação sintática importantíssima: coordenação e subordinação.
Volto a reforçar a ideia de que temos uma relação sintática determinando essa relação de
classificação, não é simplesmente a ideia de que temos possibilidade de “escrever as orações
sozinhas”. Isso é muito “perigoso”, Bolas de Fogo.
É comum que tenhamos uma relação de cobrança com relação somente à classificação
em período simples e composto, ainda que menos comum do que as classificações de
orações em específico, mas é muito bom que você domine o conteúdo de forma completa.

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Organiza o Natal
(Carlos Drummond de Andrade)

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente
embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de
Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo
desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal,
abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à
noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon —
sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos,
plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino,
e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a
máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com
o sagui ou com o vestido de baile. E o suprarrealismo, justificado espiritualmente, será uma
chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos
irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais
cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará
correspondência gentil, de preferência postais de Chagal, em que noivos e burrinhos circulam
na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do
entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar
a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o
Advento.

(Questão Inédita/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale, a seguir, a alternativa em que há um período simples.
a) “Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente
embora, o resto é Natal.”
b) “É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano
vulgarmente dito.”
c) “Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite,
de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem
cortinas.”
d) “E o suprarrealismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.”
e) “O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagal, em
que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores (...)”

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque esse é um período claramente composto, dado
que apresenta as seguintes orações: “alguém observou”, “que cada vez mais o ano se compõe
de meses” e “imperfeitamente embora, o resto é Natal”. Ou seja, temos três orações nesse
período, fazendo com que seja classificado como composto.

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A alternativa B está incorreta, porque o período em questão é composto, dado que


temos as seguintes orações: “É possível”, “que, com o tempo, essa divisão se inverta” e “10
meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito”. É um período composto por três orações
nesse caso.
A alternativa C está incorreta, porque o período em questão é classificado como
composto, dado que temos as seguintes orações: “Então nos amaremos” e “Nos desejaremos
felicidades ininterruptamente, de manhã (...) cortinas”. Como temos duas orações, devemos
entender que temos um período composto.
A alternativa D está correta, porque, nesse enunciado, apresenta-se somente uma
oração, representada pelo verbo “será”. Dessa forma classifica-se como um período simples.
Reafirmamos a ideia de que a classificação dos períodos é feita a partir da quantidade de
orações em um enunciado.
A alternativa E está incorreta, porque, nesse enunciado, temos três orações: “O correio
só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagal”, “em que noivos e
burrinhos circulam na atmosfera” e “pastando flores”. Temos, então, a construção de um
período composto.
Gabarito: D

(Questão Inédita/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale, a seguir, a alternativa em que há indicação incorreta com relação à quantidade de
orações encontradas no trecho.
a) “E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do
homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações
enfadonhas ou malignas.” – 5 orações
b) “Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite,
de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem
cortinas.” – 2 orações
c) “Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos,
isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma.” – 2 orações
d) “O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagal, em
que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o
borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso.” – 4 orações
e) “A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho
cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.” – 4 orações

Comentários:
A alternativa A está correta, porque, nesse caso, temos somente 4 orações, dado que
temos 4 verbos nessas orações. Os verbos são: parece, imaginar, converta, abolindo. Cuidado
com o “era” em “abolindo-se a era civil”, dado que essa é uma construção de substantivo e
não de verbo.
A alternativa B está incorreta, porque, nesse caso, temos somente duas orações, dado
que somente os verbos “amaremos” e “desejaremos” constroem orações no contexto.

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A alternativa C está incorreta, porque, nesse caso, temos o pega dessa questão, dado
que o verbo em “isto é” não é computado como oração, dado que temos uma construção de
locução adverbial com valor explicativo.
A alternativa D está incorreta, porque, nesse caso, temos quatro orações, conforme
indicado. Essas são representadas pelos verbos: transportará, circula, pastando, estará. Ou
seja, quatro verbos perfazem 4 orações.
A alternativa E está incorreta, porque, nesse caso, temos somente 4 verbos, perfazendo
4 orações. Em “prefira tomar”, temos uma construção de locução verbal. Cuidado para não
confundir com dois verbos e, automaticamente, duas orações.
Gabarito: A

2 Períodos compostos por subordinação


Começaremos nossa análise por meio dos períodos compostos por subordinação. Para
iniciarmos, é necessário que entendamos como essa relação se constrói dentro de um
período. Vamos lá.

Para que tenhamos subordinação, é necessário que uma oração esteja desempenhando
função sintática com relação a outra. A oração que desempenha a função é chamada de
oração subordinada e a oração que recebe essa função é chamada de oração principal.

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Como vimos, os períodos compostos por subordinação contém oração principal e


oração subordinada. A oração principal é aquela que recebe a função sintática, enquanto a
subordinada se relaciona com ela sintaticamente. Há três tipos de oração subordinada, cada
uma assumindo funções ligadas a uma classe gramatical diferente: substantivas, adjetivas e
adverbiais.
Vejamos mais alguns exemplos.

Imploro que desistas.

Orações que compõe o período:


- “Imploro” = Oração principal
- “que desistas” = Oração subordinada substantiva

A oração “que desistas” tem função de objeto direto.

Essa é a verdade que ninguém conta.

Orações que compõe o período:


- “Essa é a verdade” = Oração principal
- “que ninguém conta” = Oração subordinada adjetiva

A oração “que ninguém conta” tem função de adjunto adnominal.

Não comprou nada porque estava sem dinheiro.

Orações que compõe o período:


- “Não comprou nada” = Oração principal
- “porque estava sem dinheiro” = Oração subordinada adverbial

A oração “porque estava sem dinheiro” tem função de adverbio de causa.

2.1 Orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas substantivas equivalem a substantivos. Exercem, em relação


à oração principal, funções típicas de substantivos: sujeito, predicativo (somente do sujeito),
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto.
Costumam ser iniciadas por conjunções integrantes (“que” e “se”), mas também
podem se iniciar por pronome indefinidos (quem, qual, quanto, que) e advérbios nas
interrogações diretas (como, onde, porque, quão). Não se preocupem que veremos
exemplos típicos de cada um dos tipos e com os conectivos indicados. Vejamos o resuminho.

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Um teste muito utilizado para a classificação das orações substantivas é a troca da oração
inteira pelo pronome isso, que seria analisado no lugar da oração. É um teste funcional,
mas que precisa ser entendido como somente um teste mesmo.

Eles sabiam que não poderíamos mais esperar pelo fim do dia.

Eles sabiam isso.

No caso acima, percebe-se a possibilidade de troca da oração pelo pronome. Ao


analisarmos o período com o pronome, percebemos que temos a relação de o isso
funcionar como objeto direto do verbo “sabiam”. Logo, a oração é uma objetiva direta.

Tendo esse “resuminho” em mente, passemos para as classificações.

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As subjetivas são “chatinhas” para a construção de significados e classificação, porque,


em nossa cabeça, os sujeitos são sempre elementos que praticam ou sofrem ação. Por isso,
temos dificuldade em reconhecer a oração como o sujeito de alguns verbos. É normal, mas
fixe-se nos casos apresentados acima, por serem os mais utilizados para esse tipo de questão.

Notem que, no terceiro exemplo, temos o elemento adverbial quando funcionando


como uma conjunção integrante. É o contexto que nos mostra essa relação. Fique sempre
atento ao contexto e tudo se resolverá!

Uma confusão comum ocorre entre as subjetivas e as objetivas diretas, quando não
temos voz passiva. É importante que vocês sempre reparem nessa relação. Vejamos.

Sabe-se que todos os envolvidos serão ouvidos durante o julgamento.


(A oração em negrito funciona como sujeito da forma verbal “sabe-se”, que constrói a
oração principal, por estar na voz passiva.)
Sabemos que todos os envolvidos serão ouvidos durante o julgamento.
(A oração em negrito funciona como objeto direto da forma verbal “sabemos”, que
constrói a oração principal, por estar na voz ativa.)

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É comum que tenhamos construção dessas orações (as objetivas indiretas) sem que se
tenha a presença da preposição. É uma marca de oralidade muito forte no português e
chamamos de apagamento da preposição. Fiquem atentos principalmente para esses
casos em regência.

Eles precisam que todos nós estejamos prontos para a prova.

No caso acima, temos o apagamento da preposição de, regida pelo verbo “precisar”,
encontrado na oração principal. Consideramos a subordinada como uma objetiva
indireta da mesma forma, dada a transitividade do verbo.

Reforço, mais uma vez, que o teste com o pronome isso é bastante interessante. No
caso das orações com valor de objeto indireto e com valor de complemento nominal, essa
substituição deverá levar em consideração a preposição, formando um disso. Essa contração
será essencial para o seu teste funcionar a contento.

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É comum que tenhamos construção dessas orações (as completivas nominais) sem que se
tenha a presença da preposição. É uma marca de oralidade muito forte no português e
chamamos de apagamento da preposição.

Elas tinham medo que não estivessem preparadas para o TAF.

No caso acima, temos o apagamento da preposição de, regida pelo nome “medo”,
encontrado na oração principal. Consideramos a subordinada como uma completiva
nominal da mesma forma, dada a necessidade do nome.

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Uma confusão comum ocorre entre as subjetivas e as predicativas, dado que podemos
ter a fórmula Verbo de Ligação e Predicativo do Sujeito na oração principal, gerando uma
subjetiva; e podemos ter a fórmula Sujeito e Verbo de Ligação, gerando uma predicativa.
Vejamos.

O certo é que todos os envolvidos sejam ouvidos durante o julgamento.


(A oração em negrito funciona como predicativo do sujeito “O certo”, que constrói a
oração principal.)
É certo que todos os envolvidos serão ouvidos durante o julgamento.
(A oração em negrito funciona como sujeito da forma verbal “é”, que constrói a oração
principal, acompanhado do predicativo “certo”. O artigo diante do adjetivo é essencial
para essa diferenciação, Bolas.)

Chegamos ao fim das classificações das substantivas, Bolas de Fogo. Agora é hora de
treinarmos um pouco essas classificações. Bora que só bora!

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Em qual alternativa há função sintática oracional com a mesma classificação da destacada em
“o DNA é o manual de instruções de cada ser vivo.”
a) É certo que teremos muitos alunos aprovados no próximo certame.

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b) Os alunos, que serão aprovados certamente, devem nos visitar na firma.


c) Basta que cheguemos ao cursinho para que estudemos muito.
d) O certo é que teremos muitos alunos aprovados no próximo certame.
e) Sabe-se que todos os alunos terão um desempenho fenomenal na prova.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a oração subordinada existente nesse trecho é
classificada como subjetiva e não como predicativa, para que tenha a mesma classificação do
termo destacado no enunciado.
A alternativa B está incorreta, porque a oração subordinada existente nesse trecho é
classificada como uma adjetiva explicativa, não podendo ser classificada como predicativo do
sujeito, como o termo destacado.
A alternativa C está incorreta, porque há duas orações subordinadas nesse trecho, uma
subjetiva e a outra adverbial com valor de finalidade. Não temos, portanto, nenhuma oração
que desempenhe o papel sintático de predicativo do sujeito.
A alternativa D está correta, porque a oração subordinada substantiva encontrada nesse
trecho é classificada como predicativa, como modificadora do sujeito. Essa é a mesma
classificação do termo destacado no enunciado da questão.
A alternativa E está incorreta, porque a oração subordinada existente nesse trecho é
classificada como objetiva direta e não como predicativa, para que tenha a mesma
classificação do termo destacado no enunciado.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que o elemento “que” é diferente dos demais.
a) “Em 1872, apareceu o árbitro. Até então, os jogadores eram seus próprios juízes, e eles
mesmos sancionavam as faltas que cometiam.”
b) “Mas em 1871 nasceu o arqueiro, única exceção desse tabu, que podia defender a meta
com o corpo inteiro.”
c) “Ao fim de tantos séculos de rejeição oficial, as ilhas britânicas acabaram aceitando que
havia uma bola em seu destino.”
d) “Na sua forma moderna, o futebol provém de um acordo de cavalheiros que doze clubes
ingleses selaram no outono de 1863 (...)”
e) “(...) um século e meio depois, ainda há jogadores que confundem a bola com o crânio do
rival, por sua forma parecida.”

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o elemento “que”, nesse contexto, introduz uma
oração de valor adjetivo que se refere à palavra “as faltas”, substituída pelo pronome relativo.

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A alternativa B está incorreta, porque o elemento “que”, nesse contexto, introduz uma
oração de valor adjetivo que se refere à palavra “o arqueiro”, substituída pelo pronome
relativo.
A alternativa C está correta, porque o elemento “que”, nesse caso, comporta-se como
uma conjunção integrante, uma vez que introduz uma oração subordinada de valor
substantivo. Nos demais, como vimos, temos pronomes relativos que servem como elementos
de coesão.
A alternativa D está incorreta, porque o elemento “que”, nesse contexto, introduz uma
oração de valor adjetivo que se refere à expressão “um acordo de cavalheiros”, substituída
pelo pronome relativo.
A alternativa E está incorreta, porque o elemento “que”, nesse contexto, introduz uma
oração de valor adjetivo que se refere à palavra “jogadores”, substituída pelo pronome
relativo.
Gabarito: C

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que o elemento destacado tem valor de pronome relativo.
a) A recuperação das vendas começou só no segundo semestre de 2020, o que deixou o setor
editorial esperançoso de que a tendência de crescimento possa se prolongar.
b) A redução da receita pode estar ligada à mudança na forma de consumir livros, já que as
obras digitais, que costumam ser mais baratas, ganharam mais espaço durante a pandemia.
c) O levantamento de dezembro da Nielsen Bookscan para o SNEL (Sindicato Nacional dos
Editores de Livros) mostra que o Brasil teve um tímido crescimento na venda de livros em 2020.
d) Foram 41,91 milhões de livros vendidos em 2020, um aumento de 0,87% em comparação
com 2019, ano em que 41,54 milhões de exemplares foram comercializados.
e) Fechamento de livrarias, lojas físicas trancadas durante meses e dificuldades dos varejistas
em se adaptar ao comércio virtual alimentaram a previsão de que o mercado de livros teria
uma queda de vendas em 2020, mas não foi o que aconteceu.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o elemento em destaque funciona como uma
conjunção integrante, dado que introduz uma oração subordinada substantiva. Perceba que
não temos valor de retomada de termo, mas de complementação nominal.
A alternativa B está incorreta, porque o elemento em destaque é parte de uma locução
conjuntiva, em que se apresenta a ideia de explicação. Dessa forma, temos uma conjunção e
não um pronome relativo.
A alternativa C está correta, porque o elemento em destaque funciona como uma
conjunção integrante, dado que introduz uma oração subordinada substantiva. Perceba que
não temos valor de retomada de termo, mas de uma complementação verbal, com a oração
funcionando como um objeto direto.

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A alternativa D está correta, porque o elemento em destaque retoma a palavra “ano”


dentro de uma oração subordinada adjetiva, sendo, portanto, classificado como um pronome
relativo. Não se esqueça jamais de que o pronome relativo introduz uma oração subordinada
adjetiva e retoma, substituindo, o termo anterior.
A alternativa E está incorreta, porque o elemento em destaque funciona como uma
conjunção integrante, dado que introduz uma oração subordinada substantiva. Perceba que
não temos valor de retomada de termo, mas de complementação nominal.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que o termo destacado desempenha a mesma função sintática da
oração subordinada encontrada no trecho “Parecia que não era com ele.”
a) Havia muita gente interessada na compra daquele apartamento.
b) Eles finalmente assistiram ao novo filme da DC, uma obra-prima.
c) Os cachorros do professor costumavam participar da aula o tempo todo.
d) O Ismael, professor do Estratégia Militares, é nosso 01.
e) O reencontro entre os pais e os filhos foi adiado pelo isolamento social.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o termo em destaque é classificado como um
objeto direto. Essa função não está em relação de igualdade com a oração do enunciado, que
apresenta classificação de sujeito.
A alternativa B está correta, porque o termo em destaque é classificado como um objeto
indireto. Essa função não está em relação de igualdade com a oração do enunciado, que
apresenta classificação de sujeito.
A alternativa C está incorreta, porque o termo em destaque é classificado como um
adjunto adnominal. Essa função não está em relação de igualdade com a oração do
enunciado, que apresenta classificação de sujeito.
A alternativa D está incorreta, porque o termo em destaque é classificado como um
aposto do núcleo do sujeito (é importante entender que ele faz parte do sujeito, mas não é O
sujeito). Essa função não está em relação de igualdade com a oração do enunciado, que
apresenta classificação de sujeito.
A alternativa E está incorreta, porque o termo em destaque é classificado como um
complemento nominal. Essa função não está em relação de igualdade com a oração do
enunciado, que apresenta classificação de sujeito.
Gabarito: B

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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


O elemento “onde”, encontrado em “o mundo inteiro sabe onde ele se encontra, com absoluta
precisão, até em números e graus, latitude e longitude”, é classificado, morfologicamente,
como
a) pronome relativo.
b) conjunção integrante.
c) pronome interrogativo.
d) adjunto adverbial.
e) conjunção subordinativa.

Comentários:
Nesse trecho, temos um uso pouco comum do elemento “onde”. Normalmente, esse
elemento é usado como um pronome relativo ou um pronome interrogativo. Contudo, dessa
forma, o que temos é uma conjunção integrante, dado que introduz uma oração subordinada
substantiva classificada como objetiva direta. Perceba que esse tipo de oração precisa ser
introduzido, quando desenvolvida, por uma conjunção integrante. Essa é uma pegadinha!
Gabarito: B

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos) Assinale, a seguir, a alternativa em


que há oração subordinada que desempenha a mesma função da desempenhada pelo treco
em destaque.

As Górgonas eram criações ocidentais e não orientais.

a) É tão bom ficar em casa durante os nossos momentos de descanso.


b) O certo é que todos tenham noção das dificuldades que enfrentamos.
c) É certo que muitos alunos estão ansiosos pelo momento da prova.
d) Os alunos, que papiraram durante o ano, foram premiados com a aprovação.
e) Sabe-se que todos os meninos envolvidos na prova serão aprovados.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a oração “ficar em casa durante os nossos
momentos de descanso” é classificada como uma substantiva com valor de sujeito, dado que
se apresentam, na oração principal, verbo de ligação e predicativo do sujeito. O que falta, a
essa oração, é o sujeito.
A alternativa B está correta, porque a oração “que todos tenham noção das
dificuldades” é classificada como uma oração subordinada substantiva predicativa. Nesse
caso, como “criações ocidentais” é um predicativo do sujeito no trecho do texto, temos essa
como a resposta à questão.

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A alternativa C está incorreta, porque a oração “que muitos alunos estão ansiosos pelo
momento da prova” é classificada como uma substantiva com valor de sujeito, dado que se
apresentam, na oração principal, verbo de ligação e predicativo do sujeito. O que falta, a essa
oração, é o sujeito.
A alternativa D está incorreta, porque a oração “que papiraram durante o ano” é
classificada como uma adjetiva de leitura explicativa, não sendo, ela, um predicativo do
sujeito. Também não é classificada como um aposto, dada a sua natureza adjetiva.
A alternativa E está incorreta, porque a oração subordinada existente nesse trecho
desempenha a função sintática de sujeito da oração principal, dado que temos, nela,
construção de voz passiva.
Gabarito: B

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que há uma oração subordinada com valor de sujeito na construção.
a) Parece que não haverá problemas para a aplicação da prova em São Paulo.
b) Dizem, por aí, que não poderemos sair durante um tempo na pandemia.
c) O certo é que todos estão muito preocupados com os problemas da cidade.
d) É o professor que fará a correção da prova ao vivo, no domingo que vem.

Comentários:
A alternativa A está correta, porque a oração subordinada “que não haverá problemas
para a aplicação da prova em São Paulo” é o sujeito do verbo “parecer”, que sempre pega os
desavisados que conversam com o verbo e imaginam que ele será VTD. Contudo, ele é
intransitivo e precisa de um sujeito.
A alternativa B está incorreta, porque a oração “que não podermos sair durante um
tempo na pandemia” é classificada como objeto direto do verbo “dizem’.
A alternativa C está incorreta, porque a oração “que todos estão muito preocupados
com os problemas da cidade” é classificada como uma predicativa do verbo “ser”.
A alternativa D está incorreta, porque a construção em questão não apresenta nenhuma
oração subordinada, dado que a construção “é... que”, encontrada no trecho, é uma partícula
expletiva e não desempenha função sintática no período.
Gabarito: A

2.2 Orações subordinadas adjetivas

As orações subordinadas adjetivas equivalem a adjetivos. Exercem em relação à


oração principal a função de adjunto adnominal de algum substantivo ou pronome da oração
principal (contudo, essa visão é contestada por muitos gramáticos, dado que as explicativas
ocorrem entre vírgulas obrigatórias, como veremos, e, em português, não temos essa função
separada por vírgulas).

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Elas podem ser de dois tipos: restritivas e explicativas, relação semântica que deve ser
entendida a partir das relações semânticas entre a subordinada e o nome modificado. Quando
há uma construção que se sustenta sobre a noção de determinação, separação do conjunto
maior, é uma restritiva. Quando, porém, é somente um comentário sobre o nome em questão,
é classificada como explicativa. Aprofundaremos essa leitura agora, Bolas!

Restritivas
As orações subordinadas adjetivas restritivas são aquelas que apresentam um processo
de leitura de restrição, particularização do termo ao qual se referem. É interessante pensar da
seguinte forma:

A noção matemática de conjunto auxilia muito nessa percepção, dado que temos um
conjunto maior, representado pelo nome e um conjunto restrito, de elementos específicos,
representado pela oração. Pense sempre dessa forma.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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No exemplo acima, há um “peguinha”, dado que o elemento o não pertence à oração


subordinada, mas somente pertence à oração principal. Atente-se a isso.

Explicativas
As orações subordinadas adjetivas explicativas são, essencialmente, orações que
apresentam comentários com relação ao termo retomado pelo pronome relativo ou uma
generalização. Nesse caso, entende-se que a totalidade do elemento está envolvida na leitura,
sem a necessidade de uma noção restritiva. Vale ressaltar, ainda, que essas orações são
obrigatoriamente separadas por vírgulas.

No caso acima, temos uma relação de comentário entre a oração subordinada e o nome
a que se refere. Veremos, em seguida, uma relação de generalização, também muito comum
nesses casos.

Com relação ao exemplo acima, é importante que prestemos muita atenção na hora da
escrita de textos. Um texto pode ter seus argumentos alterados por uma construção que
deveria ser restritiva e se constrói como explicativa. Por isso, cuidado com a relação do que se
escreve com o que se quer dizer.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


No trecho “Mas a origem, até prova expressa e convincente em contrário, é essa que tomei a
liberdade de expor...”, a oração subordinada introduzida pelo “que” apresenta classificação
de
a) subordinada substantiva subjetiva.
b) subordinada substantiva apositiva.
c) subordinada adjetiva explicativa.
d) subordinada adjetiva restritiva.
e) subordinada adverbial causal.

Comentários:
Nesse caso, temos uma análise que precisa levar em consideração o termo “a origem”,
colocada anteriormente ao termo isolado por vírgulas. Esse termo desempenha a função
sintática de sujeito simples do verbo de ligação “é”. O “essa”, nesse caso, apresenta a leitura
de predicativo do sujeito e a oração, “que tomei a liberdade de expor”, modifica, restringindo,
o pronome demonstrativo “essa”. A classificação, então, é a de subordinada adjetiva restritiva,
bastante comum em construções no português. Não se assuste: a oração subordinada adjetiva
pode, sem problema algum, modificar um pronome, dado que temos um valor claro de nome
nessa construção.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Prof. Wagner Santos) Assinale, a seguir, a alternativa em que o


elemento “que” deve ser classificado como um pronome relativo.
a) “(...) (‘fiquei doente’, caso em que a acusação se refere à ausência de resposta a um pedido
de ajuda) (...)”
b) “Algumas pessoas parecem verdadeiros mestres na arte de fazer com que os outros se
sintam culpados.”
c) “(...) O problema desse tipo de conduta é que quase sempre ela impede possibilidades de
diálogo e reflexão (...)”
d) “(...) (‘você tem consciência do que me fez?’) (...)”

Comentários:
A alternativa A está correta, porque o elemento “que”, nesse trecho do texto, é
classificado como um pronome relativo, dado que introduz uma oração subordinada adjetiva,
que modifica a palavra “que”. Essa adjetiva é classificada como uma restritiva.
A alternativa B está incorreta, porque o elemento “que”, nesse trecho do texto,
apresenta-se como uma conjunção integrante e não como um pronome relativo. Essa
classificação é justificada pelo fato de introduzir uma oração subordinada substantiva com
classificação de objetiva direta.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa C está incorreta, porque o elemento “que”, nesse trecho do texto,


apresenta-se como uma conjunção integrante e não como um pronome relativo. Essa
classificação é justificada pelo fato de introduzir uma oração subordinada substantiva com
classificação de predicativa.
A alternativa D está incorreta, porque o elemento “que”, nesse trecho do texto,
apresenta-se como uma conjunção integrante e não como um pronome relativo. Essa
classificação é justificada pelo fato de introduzir uma oração subordinada substantiva com
classificação de completiva nominal.
Gabarito: A

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que o elemento “que”, destacado, apresenta a mesma classificação
da encontrada em: “O certo é que os índios tupinambás resistiam à aprendizagem promovida
pelos jesuítas”.
a) Já catequizar os nativos, era como domar uma murta, um arbusto de porte médio e
maleável, que aceitava logo a poda, tomava imediatamente a forma que se queria, mas, ao
primeiro descuido, voltava ao desenho original.
b) Ficou conhecido pelo seu “Fragmento do sermão do Espírito Santo” (1657), em que, ao
invés de louvar o sucesso da colonização, o religioso reconhece o oposto
c) O jesuíta António Vieira (1608-1697), que chegou no Brasil em 1614, veio à América
portuguesa num momento em que a Igreja Católica passava por sérias crises na Europa.
d) Há quem diga que por aqui vivia uma Babel de idiomas que misturavam o tupi com o
português, as várias línguas indígenas com as muitas europeias aqui desembarcadas.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o elemento em destaque nesse trecho apresenta
a classificação de pronome relativo e não de conjunção integrante, como no enunciado da
questão. Essa diferença sempre deve levar em consideração o tipo de oração que está sendo
introduzida pelo “que”. No caso das conjunções integrantes, temos a relação clara de uma
subordinada substantiva, enquanto o pronome relativo introduz as subordinadas adjetivas.
A alternativa B está incorreta, porque o elemento em destaque nesse trecho apresenta
a classificação de pronome relativo e não de conjunção integrante, como no enunciado da
questão.
A alternativa C está incorreta, porque o elemento em destaque nesse trecho apresenta
a classificação de pronome relativo e não de conjunção integrante, como no enunciado da
questão.
A alternativa D está correta, porque o elemento em destaque é, assim como o
apresentado no enunciado, uma conjunção integrante. Perceba que essa relação é bastante
clara pela introdução de uma oração subordinada substantiva.
Gabarito: D

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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


No trecho a seguir, as orações em destaque devem ser classificadas de que maneira?

Os filmes de super-herói, ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada
indústria, realizam uma outra façanha, que provavelmente sem eles não ocorreria: a
formação de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para
o homem moderno.

a) Oração coordenada sindética adversativa; oração subordinada substantiva apositiva.


b) Oração subordinada adverbial concessiva; oração subordinada adjetiva explicativa.
c) Oração subordinada adverbial causal; oração subordinadas adverbial consecutiva.
d) Oração subordinada adjetiva explicativa; oração subordinada adjetiva restritiva.

Comentários:
As orações destacadas são classificadas da seguinte forma:
ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada indústria: nesse caso, temos
uma construção oracional que deve ser classificada como uma oração subordinada adverbial
de valor concessivo. Temos uma oposição leve para a oração.
que provavelmente sem eles não ocorreria: nesse caso, a oração é classificada como uma
oração subordinada adjetiva de valor explicativo. Ela modifica a expressão “uma outra
façanha”.
Gabarito: B

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale, a seguir, a alternativa em que há um pronome relativo.
a) O quê da questão apareceu de uma forma inesperada por parte daqueles que estavam
estudando.
b) O meu cansaço é tanto que não consigo manter meus olhos abertos por mais de dez
segundos.
c) Eu sempre pedi a ele que não fizesse isso, que eu fico muito chateado e perco a motivação.
d) Eles buscavam soluções para os problemas da humanidade, o que atrapalhava em sua
objetividade.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque o elemento “que” está sendo substantivado pelo
artigo “o”, fazendo como que, nesse caso, tenha valor de substantivo e não de pronome
relativo.

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A alternativa B está incorreta, porque o elemento “que” é uma conjunção subordinativa


de valor consecutivo. Esse elemento, em soma com o “tanto”, apresenta-se como uma
construção de conjunção com valor de consequência.
A alternativa C está incorreta, porque nenhum dos elementos “que” desempenha a
função clara de pronome relativo. O primeiro é uma conjunção integrante, que introduz uma
oração subordinada substantiva, enquanto o segundo é menos usual, como conjunção
coordenativa explicativa.
A alternativa D está correta, porque o elemento “que”, nesse caso, apresenta-se como
um pronome relativo, dado que substitui o pronome demonstrativo “o”, que tem valor de
“aquilo” nessa construção.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos) Assinale a alternativa em que os


elementos em destaque no trecho que segue são classificados corretamente.

Quando o foguete alcançar cerca de 75 km de altitude, a cápsula que transporta os


tripulantes vai se separar do seu lançador.

a) conjunção integrante e partícula apassivadora.


b) conjunção subordinativa e pronome reflexivo.
c) pronome relativo e partícula apassivadora.
d) conjunção integrante e índice de indeterminação do sujeito.

Comentários:
Os dois elementos encontrados no trecho em destaque na questão devem ser
classificados da seguinte forma:
Que: é classificado como um pronome relativo, dado que introduz uma oração de valor
adjetivo. Nesse caso, a oração modifica a palavra “cápsula”, com valor restritivo. Os pronomes
relativos modificam, como sabemos, nomes anteriores a si.
Se: é classificado como uma partícula apassivadora, dado que temos a leitura de que “a
cápsula será separada do seu lançador”, tendo o termo “a cápsula” o papel de sujeito da
oração na passiva.
Gabarito: C

2.3 Orações subordinadas adverbiais

As orações subordinadas adverbiais equivalem a advérbios. Exercem em relação à


oração principal a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Elas
apresentam, então, circunstâncias com relação ao verbo da oração principal, sendo
classificadas por meio dessas relações semânticas.

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Esse tipo de oração, quando desenvolvido, é introduzido por conjunções


subordinativas que auxiliam na construção de sentidos e de classificação com relação à
oração. Essas conjunções são pistas importantíssimas para a classificação, contudo é
necessário que tenhamos atenção à leitura dessas orações. Isso é importante, porque, como
vimos na aula anterior, os conectivos podem apresentar leituras distintas dentro dos contextos
em que aparece.
Antes de adentrarmos nas classificações dessas orações, é importante que tenhamos a
noção das posições possíveis para as orações adverbiais que, como representam adjuntos
adverbiais, podem se posicionar de forma distinta dentro do período. Vejamos.

Tendo essa relação de posição clara em nossa cabeça, podemos passar, agora, para a
análise dessas orações, que apresentam 9 classificações diferentes.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Como já apresentei a vocês, a ideia é a de que tenhamos uma relação bastante próxima
entre os conectivos e as classificações. Recomendo que, no caso de dúvidas, vocês deem uma
olhadinha na aula anterior. Lá, esmiuçamos muito esses conectivos e preferimos não repetir
aqui a ideia, porque teríamos uma relação de repetição desnecessária.
Eu sempre recomendo que não exista decoreba desse tipo de conectivo, contudo, é
sempre interessante que vocês tenham um “na manga” como aquele mais próximo da
significação. Por exemplo, com relação à conformidade, é interessante que vocês entendam
que o “conforme” é a conjunção subordinativa que mais gera orações com essa leitura. A troca
pode ser interessante para alcançar o conhecimento dessas classificações.
No caso das consecutivas, é importante que vocês notem que, como ocorre com as
adverbiais causais, sempre temos uma relação de causa e consequência, mudando conforme
o ponto em que a oração subordinada ocorra: se a causa estiver na subordinada, é causal;
se a consequência estiver na subordinada, temos consecutiva.

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Há, depois dessas classificações, algumas considerações importantes para o


melhor desempenho durante a resolução de questões. Vamos a elas:

1) A conjunção como, analisada na aula anterior, pode apresentar leituras


“concorrentes” importantes para a nossa compreensão.

Como combinamos antes da aula, vamos sair mais cedo hoje. (Conformidade)
Eles estudaram como os gladiadores se preparam. (Comparação)
Como estávamos atrasados, não passamos na sala do diretor. (Causal)

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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2) Na oralidade, temos tido o uso da locução conjuntiva na medida em que como


concorrente de à medida em que. Cuidado, dado que a primeira é causal e a
segunda, proporcional.

À medida que nos aproximávamos das férias, aumentava a ansiedade. (Proporcional)


Na medida em que estávamos preparados, podemos fazer a prova. (Causal)

Atenção: Não existe, para a norma culta, as locuções conjuntivas “à medida em que” e
“na medida que”.

3) A locução conjuntiva desde que pode ser utilizada como temporal ou condicional. No
primeiro caso, o verbo precisa estar no modo indicativo. No segundo, a relação verbal
deverá estar no subjuntivo.

Desde que fomos indicados, não paramos de nos preocupar. (Temporal)


Desde que façamos a lição, poderemos sair mais cedo. (Condicional)

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que a análise semântica indicada está incorreta.
a) “(...) a Nasa teve de depender dos russos para chegar ao espaço nos últimos anos.”
(Finalidade)
b) “O voo – o primeiro com astronautas da NASA nos Estados Unidos desde que o ônibus
espacial foi aposentado (...)” (Tempo)
c) “Até mesmo seu fundador apontava para uma probabilidade na qual poucos apostadores
colocariam dinheiro: 1 para 10.” (Restrição)
d) “Mas, se a missão da SpaceX falhar, será um revés trágico.” (Concessão)

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma
oração subordinada adverbial com valor de finalidade. É uma oração reduzida de infinitivo,
com relação à forma. A dependência da NASA aos russos se explica pela finalidade marcada
no texto.
A alternativa B está incorreta, porque a ideia denotada pela oração em destaque é
claramente a noção de tempo. Essa noção indica o momento em que a NASA voltará a enviar
astronautas a partir de solo americano.
A alternativa C está incorreta, porque a leitura dessa oração subordinada adjetiva é a
de restringir a palavra “probabilidade”, indicando que se trata de uma probabilidade
específica, ainda que com valor de lugar, trazido pelo pronome relativo.
A alternativa D está correta, porque a leitura da oração em destaque é claramente a de
condição, de uma hipótese, não de uma oposição, como a apresentada nas construções
concessivas. Nesse caso, então, a indicação de leitura mostra-se incorreta.
Gabarito: D

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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Os elementos “que” encontrados a seguir devem ser classificados, respectivamente, como:

(...) a partir do solo americano e alimentar as críticas que diziam que a agência espacial
jamais deveria ter terceirizado ao setor privado uma missão tão sagrada.

a) Partícula expletiva e conjunção coordenativa.


b) Pronome relativo e conjunção integrante.
c) Conjunção subordinativa e conjunção coordenativa.
d) Conjunção integrante e pronome relativo.

Comentários:
O primeiro que, como substitui a expressão “as críticas”, introduz uma oração
subordinada adjetiva, de valor restritivo, inclusive. Para desempenhar essa função de
introdução de oração adjetiva, é classificado morfologicamente como um pronome relativo,
elemento de valor anafórico. O segundo “que”, por sua vez, apresenta-se como uma
conjunção integrante, uma vez que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva
direta, relacionada diretamente ao verbo “diziam”, que não tem sujeito indeterminado, mas o
sujeito é o próprio “que” da oração subordinada adjetiva.
Gabarito: B

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


No trecho a seguir, há uso eficiente do vocábulo “que”. As aparições desse pronome devem
ser classificadas quanto à morfologia, respectivamente, como o encontrado em qual
alternativa?

O grande paradoxo desse contexto atual é que iniciamos a década vivendo uma das
maiores pandemias da contemporaneidade, que desafia nossa própria estrutura social,
econômica e política, e vamos terminá-la, em 2030, tendo que cumprir os ODS (Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável). (2°§)

a) Conjunção integrante, conjunção integrante e pronome relativo.


b) Pronome relativo, pronome relativo e preposição.
c) Conjunção integrante, pronome relativo e conjunção integrante.
d) Conjunção integrante, pronome relativo e preposição.
e) Conjunção subordinativa, conjunção integrante e conjunção subordinativa.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Comentários:
No trecho em questão, aparecem três vocábulos “que”, sem que tenhamos a repetição
de classificação de nenhum deles. Eles deverão ser classificados da seguinte forma, quanto à
morfologia:
1) O grande paradoxo desse contexto atual é que: esse “que” é classificado como uma
conjunção integrante, uma vez que temos claramente uma relação de introdução de uma
oração subordinada substantiva predicativa. É interessante notar que, nesse caso, temos a
ligação entre a sintaxe e a morfologia, dado que a classificação da oração te auxiliará na
resolução da classificação morfológica.
2) Da contemporaneidade, que desafia nossa própria estrutura social, econômica e política:
nesse caso, temos a classificação morfológica em pronome relativo, dado que o elemento
“que” introduz uma oração subordinada adjetiva desenvolvida. Mais uma vez, a classificação
sintática auxilia na classificação morfológica.
3) Tendo que cumprir os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável): por fim, a última
aparição do “que” apresenta uma classificação de preposição, dado que liga dois elementos
em uma locução verbal. Perceba que esse elemento tem o mesmo valor de um “de”, inclusive
considerado por muitos mais correto.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


No trecho “Em nosso uso cotidiano da língua, elas são tão presentes que nem sequer
percebemos”, a segunda oração apresenta leitura de
a) explicação.
b) causa.
c) concessão.
d) consequência.
e) finalidade.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a leitura da oração é a de consequência. Como a
oração principal apresenta leitura de causa, a subordinada, com o uso do conectivo “tão...
que”, típico das consecutivas. Não há possibilidade de leitura de explicação nesse caso.
A alternativa B está incorreta, porque a leitura da oração é a de consequência. Como
sempre que temos uma consequência temos que ter uma causa, é interessante notar que a
posição é importante, dado que a primeira apresenta a causa, enquanto a segunda apresenta
a consequência.
A alternativa C está incorreta, porque a leitura da oração é a de consequência. Como a
oração principal apresenta leitura de causa, a subordinada, com o uso do conectivo “tão...
que”, típico das consecutivas. Não há possibilidade de leitura de concessão nesse caso, dado
que essa leitura é considerada uma oposição.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa D está correta, porque a oração subordinada é classificada claramente


como uma consequência da primeira oração, que apresenta leitura de causa. A ideia é a de
que as metáforas são muito presentes em nosso cotidiano e, por isso, não conseguimos
perceber sua existência em muitos momentos.
A alternativa E está incorreta, porque a leitura da oração é a de consequência. Como a
oração principal apresenta leitura de causa, a subordinada, com o uso do conectivo “tão...
que”, típico das consecutivas. Não há possibilidade de leitura de finalidade nesse caso.
Gabarito: D

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Em “No entanto, quando o problema era exposto como um vírus infectando a cidade, a
opção era a de adotar medidas para erradicar a desigualdade e melhorar a educação”, os
elementos conectivos encontrados são classificados como
a) adversidade, tempo, comparação e finalidade.
b) concessão, condição, conformidade e finalidade.
c) adversidade, tempo, conformidade e adição.
d) concessão, proporção, comparação e consequência.
e) adversidade, tempo, causa e finalidade.

Comentários:
Os conectivos, no trecho apresentado, são classificados semanticamente como:
1) No entanto: apresenta uma leitura de oposição com relação à informação anterior. É uma
conjunção adversativa utilizada como contraposição.
2) Quando: apresenta leitura de tempo, sendo classificada como uma conjunção subordinativa
de valor adverbial.
3) Como: por apresentar uma comparação entre o problema e o vírus, podemos entender que
essa conjunção terá valor comparativo. O “como” apresenta muitas possibilidades de
classificação. Fique atento.
4) Para: ainda que seja uma preposição, nesse caso, por introduzir uma adverbial reduzida de
infinitivo, apresenta a leitura de finalidade.
Gabarito: A

(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos) No trecho “Passei minha


adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em
algum lugar para o qual eu não tinha convite”, as duas orações em destaque devem ser
classificadas, respectivamente, como
a) substantiva objetiva direta e adverbial causal.
b) substantiva completiva nominal e adjetiva restritiva.
c) substantiva apositiva e adverbial final.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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d) substantiva apositiva e adjetiva explicativa.


e) substantiva completiva nominal e adjetiva restritiva.

Comentários:
As duas orações em destaque no trecho devem ser classificadas da seguinte forma:
A de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar: é uma oração
subordinada substantiva completiva nominal. Essa classificação é justificada pela existência de
um pronome demonstrativo “a”, com valor de “aquela”, que retoma a ideia de sensação. Como
a palavra é abstrata, aceita ser completada por uma oração sem problemas. Cuidado para não
pensar que os dois pontos são determinadores de uma apositiva.
Para a qual eu não tinha convite: é uma oração subordinada adjetiva restritiva, dado que
modifica a ideia apresentada pela palavra “lugar”. Perceba que a autora quer apresentar a
noção de que é um lugar específico, para o qual não tinha convite.
Gabarito: E

(Estratégia Militares/2021 – Prof. Wagner Santos) No trecho “Ainda é preciso testar se o


mesmo efeito ocorre com vacinas de outros laboratórios.”, identificam-se
a) duas orações principais e duas subordinadas.
b) uma oração principal e duas subordinadas.
c) duas orações principais e uma subordinada.
d) uma oração principal e uma subordinada.

Comentários:
As orações encontradas no trecho devem ser classificadas da seguinte forma:
“Ainda é preciso”: oração principal da representada, no caso, comente pelo verbo “testar”,
que funcionará como seu sujeito.
“testar”: oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Essa oração
desempenha a função sintática de sujeito da oração principal “Ainda é preciso”. Não se
confunda com o vocábulo “preciso”, dado que é um adjetivo nesse caso. Como esse verbo
será complementado pela oração seguinte, é classificada, também, como uma oração
principal.
“se o mesmo efeito ocorre com vacinas de outros laboratórios”: oração subordinada
substantiva objetiva direta. Nesse caso, a oração complementa o sentido do verbo transitivo
direto “testar”, dado que ela apresenta a complementação do verbo em questão.
Gabarito: A

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(Estratégia Militares/2021 – Prof. Wagner Santos) A oração subordinada adverbial


encontrada em “A fim de avaliar se as vacinas contra a COVID-19 eram eficientes e seguras
para essas pessoas, os pesquisadores da FM-USP acompanharam 910 pacientes adultos” deve
ser classificada de que maneira?
a) Causal
b) Concessiva
c) Final
e) Consecutiva

Comentários:
A oração “A fim de avaliar” é classificada como uma oração subordinada adverbial final
reduzida de infinitivo, dado que apresenta a construção de uma finalidade para sua oração
principal, que aparece posposta a ela. No caso, temos como OP a construção “os
pesquisadores da FM-USP acompanharam 910 pacientes adultos”. Cuidado, nesse caso, com
a oração subordinada substantiva “se as vacinas contra a COVID-19 eram eficientes e seguras
para essas pessoas”, que funciona como objeto direto do verbo “avaliar”.
Gabarito: C

(Estratégia Militares/2021 – Prof. Wagner Santos) No trecho “Safara-se porque nem se


lembrava do verbo que pretendia usar”, as duas orações subordinadas encontradas são
classificadas, respectivamente, como
a) coordenada explicativa e adjetiva restritiva.
b) adverbial causal e adverbial consecutiva.
c) coordenada explicativa e adjetiva explicativa.
d) adverbial causal e adjetiva restritiva.

Comentários:
Nesse caso, as duas orações encontradas são as seguintes:
“porque nem se lembrava do verbo”: oração subordinada adverbial causal. Entende-se que
ela apresenta o motivo pelo qual o deputado, no contexto, se safa do imbróglio de
concordância.
“que pretendia usar”: oração subordinada adjetiva restritiva, dado que temos a construção de
uma oração que modifica o nome “verbo”, por meio de uma construção introduzida por
pronome relativo. É uma adjetiva restritiva, dado que particulariza o nome “verbo”.
Gabarito: D

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que há oração de mesmo valor da destacada em “Como reconhecia
o ministro da Saúde em 2011, ‘as desigualdades constatadas se traduzem, de um lado, por
uma exposição desigual ao risco (...)”
a) Conforme nos informaram no condomínio, vimos a destruição causada pela chuva.
b) Como nos preparamos bem, alcançamos a nota máxima na prova.
c) Eles eram estudiosos como os alunos deveriam realmente ser.
d) Para tentarmos encontrar uma solução, será necessário muito empenho.

Comentários:
A alternativa A está correta, porque o “como” encontrado na oração destacada está com
valor de conformidade e não de comparação ou causa. Dessa forma, em “conforme nos
informaram no condomínio”, temos uma conformativa.
A alternativa B está incorreta, porque nesse caso há uma relação de causa estabelecida
com o “como”. Na frase em destaque, o valor do como é conformativo e não causal.
A alternativa C está incorreta, porque nesse caso há uma relação de comparação
estabelecida com o “como”. Na frase em destaque, o valor do como é conformativo e não
comparativo.
A alternativa D está incorreta, porque a oração adverbial presente nesse enunciado é
classificada como uma final e não como uma conformativa, como a destacada na questão.
Gabarito: A

3 Períodos compostos por coordenação


Tendo passado pelos períodos compostos por subordinação, podemos analisar a sua
contraparte: os períodos compostos por coordenação. Para que o entendamos, é necessário
que mantenhamos o mesmo critério apresentado anteriormente: o sintático. Assim, para que
tenhamos orações coordenadas, é necessário que as orações não estabeleçam nenhuma
relação sintática, ou seja, nenhuma delas desempenhará função com relação à outra.
É corriqueiro que pensemos que as orações coordenadas poderiam ser construídas de
forma separada, mas esse é um critério perigoso, dado que, em muitos casos, não
conseguimos entender plenamente a relação sem a outra. Cuidado com esse critério
meramente semântico dos significados. Use-o, no final das contas, como um teste para a
sua construção de classificação.
Via de regra, temos duas classificações iniciais para essas orações, ainda sem entrarmos
na relação dos significados, também muito importante para todos vocês na hora de
resolvermos as questões. Vejamos.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A partir da divisão apresentada, podemos entender que as conjunções influenciam não


somente na classificação semântica das orações, mas também na própria classificação. Notem
que, nos dois últimos exemplos, temos uma assindética e uma sindética, fato muito comum
nessas relações de classificação.

3.1 Orações coordenadas assindéticas

As orações coordenadas assindéticas são separadas por pausas. No texto escrito, essas
pausas são marcadas por vírgula, ponto e vírgula ou dois pontos.

O sol saiu, o dia estava bonito.


As orações não são ligadas por conjunção, mas por vírgula.

Cinco pessoas foram a favor da mudança; duas foram contra.


As orações não são ligadas por conjunção, mas por ponto e vírgula.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Toquei seu rosto: estava frio.


As orações não são ligadas por conjunção, mas por dois pontos.

3.2 Orações coordenadas sindéticas

As orações coordenadas sindéticas recebem o nome das conjunções que aparecem


no período. Lembre-se da classificação dos conectivos e observe como formam orações com
o mesmo nome da leitura das conjunções. Cuidado, contudo, para o caso de conjunções que
variam de significação. É o mesmo caso que sempre digo: guie-se pelos significados
contextuais.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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4 Períodos compostos mistos


Os períodos mistos também são chamados de períodos compostos por coordenação
e subordinação. Corriqueiramente, são construídos de duas formas, como apresentaremos a
seguir.

Apresentei, acima, a primeira relação de período misto com a qual vocês podem se
deparar. Há, inicialmente, duas orações coordenadas. Contudo, com relação a um elemento
encontrado na segunda oração, temos uma construção subordinada, que restringe o nome “o
presente” a um elemento específico. Essas relações são corriqueiras em nossos textos e
podem ser cobradas de vocês exatamente por isso. Atente-se sempre às relações existentes
dentro dos períodos.
Passamos, então, para o segundo caso. Prestem atenção a ele durante a leitura de seus
textos.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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(Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


No trecho “É mais fácil para nós entender que a depressão é uma espécie de buraco negro e
que o DNA é o manual de instruções de cada ser vivo”, há, com relação às orações,
a) uma oração principal, uma oração subordinada e duas coordenadas.
b) uma oração principal, duas orações subordinadas e uma coordenada.
c) duas orações principais e quatro orações subordinadas
d) duas orações principais, três orações subordinadas e duas coordenadas.
e) uma oração principal e quatro orações subordinadas.

Comentários:
A classificação das orações encontradas no texto é:
1) “é mais fácil para nós”: oração principal da oração “entender”, uma reduzida com valor de
sujeito.
2) “entender”: oração subordinada substantiva com função de sujeito. É uma reduzida que
serve de sujeito para a oração “É mais fácil para nós”.
3) “que a depressão é uma espécie de buraco negro e que o DNA é o manual de instruções
de cada ser vivo”: essas duas orações, na realidade, são subordinadas à oração “entender”,
funcionando, ambas, como orações subordinadas substantivas objetivas diretas, contudo, é
interessante notar que temos uma relação de coordenação entre elas.
Esse período, então, deve ser entendido como um período misto, em que as duas
últimas orações desempenham função sintática igual com relação ao mesmo verbo. Por isso,
podem ser consideradas coordenadas entre si, dado que apresentam o mesmo valor quando
subordinadas.
Gabarito: D

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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5 Exercícios
Antes de começar os exercícios, alguns avisos:
➢ Os exercícios estarão separados em três grupos, como vocês perceberão: questões
relacionadas a escolas militares variadas, com possibilidade de apresentação de
algumas questões inéditas; questões relacionadas às escolas de oficialato; e, por fim,
questões inéditas e de concursos, como ITA e IME, que apresentam um grau mais
amplo de dificuldade.
➢ Recomendo que os exercícios sejam feitos na ordem em que aparecem, dado que
tentamos montar a lista de exercícios por grau de complexidade de resolução das
questões. Por isso, temos algumas delas que apresentarão textos mais longos, dada a
complexidade da questão. Bora que só bora?

Lista 01 – Exercícios sem resolução


1. (Fuzileiro Naval/2018)
Por que as listras da pasta de dente não se misturam dentro do tubo?
(Leonardo Menezes, Rio de Janeiro, RJ)

Primeiro porque os ingredientes de cores diferentes ficam armazenados em


compartimentos separados. Segundo, porque as listras só aparecem perto da boca do tubo.
A bisnaga inteira é preenchida por creme dental comum, de cor branca. Nas laterais
superiores do tubo, encontramos o gel colorido que dá forma às listras. O segredo é que o
gel e o creme seguem por “estradas” exclusivas até bem perto da saída. A parte branca sobe
por um duto que tem pouco mais de meio centímetro de diâmetro, a mesma dimensão da
pasta que chega até a escova. O gel, por sua vez, flui por quatro buraquinhos de 1 milímetro
que desembocam no duto principal. Lá dentro, as pequenas saídas de gel interceptam o fluxo
de pasta branca e as listras coloridas começam a se espalhar pelo creme. Como isso acontece
a apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem quase intactos. Eles só vão se juntar
dentro da boca, na hora em que a gente escova os dentes.
(Mundo Estranho, n. 26)

Observe o trecho presente no texto 4 ”O segredo é que o gel e o creme seguem por
”estradas“ exclusivas até bem perto da saída.“ e marque a alternativa que classifica a oração
em destaque:
A) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
B) Oração subordinada substantiva subjetiva.
C) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
D) Oração subordinada substantiva predicativa.
E) Oração subordinada substantiva apositiva.

2. (Fuzileiro Naval/2015)
Observe o trecho:

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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“(...) desde que não fosse muito caro, pois eram pessoas de modestos recursos." – linhas 6-
7.

Assinale a opção em que a conjunção poderia substituir o vocábulo em destaque SEM


modificar o sentido da frase.
A) Portanto.
B) Nem.
C) Porque.
D) Logo.
E) Entretanto.

3. (EAM/2012)
Assinale a opção em que as orações mantem entre si o mesmo valor semântico que se
apresenta em "Era uma coisa banal, porque chamou de operaçãozinha".
A) Não usou diminutivos, mas tentou convencê-lo.
B) Traga logo o feijãozinho, que eu estou morrendo de fome.
C) O italiano diz "mezzoretto", e o brasileiro diz "meia horinha".
D) Queria disfarçar o entusiasmo, portanto pediu uma cervejinha.
E) Pediu uma comidinha, mas também queria uma cervejinha gelada.

4. (EAM/2012)
Qual opção apresenta um período cujas orações estabelecem entre si uma relação de causa
e consequência, evidenciada pelo uso do conectivo?
A) A dona de casa trata o feijãozinho como um mingau de todos os dias.
B) Nada desperta em nós sentimentos tão bons quanto uma boa comidinha.
C) Aquela é uma situação tão banal que dispensa a presença do paciente.
D) As coisas afáveis se deixam diminuir, sem perder seu valioso sentido.
E) Certas palavras, que são ameaçadoras, precisam ser desarmadas .

5. (Col. Naval/2019)
Assinale a opção que apresenta apenas um período composto por coordenação.
A) "Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha
um amigo na hora". (6°§)
B) "Quando eu fizer aniversário, acho que vou convidá-la pra festa" (1°§)
C) "A diferença — a favor do cachorro — é que este está realmente por perto, todos os dias, e
é sensível aos nossos estados de ânimo, tornando-se íntimo a seu modo." (7°§)

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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D) "Farejamos uns aos outros, ofertamos um like e, de imediato, ganhamos um amigo que não
sabe nada de profundo sobre nós, e provavelmente nunca saberá." (7°§)
E) "Postei no Instagram a foto de um cartaz de cinema e uma leitora deixou um comentário no
Direct." (2°§)

6. (Col. Naval/2018)
Analise os enunciados abaixo e assinale a opção correta.
I- “Se os reformadores da natureza, como Américo Pisca - Pisca, já caíram no ridículo, os
reformadores da língua ainda gozam de muito prestígio.” (§2º)
II- “Se o nosso reformador da língua baixasse por lá, - tentaria convencer os japoneses de que
o verbo “preceder o seu objeto é muito mais lógico.” (§4º)

a) Os enunciados evidenciam um desvio do padrão normativo da Língua portuguesa, por


apresentar o início de um período por meio da conjunção.
b) Não há paralelismo sintático entre os enunciados.
c) O enunciado I configura um período composto coordenado e o enunciado II configura um
período composto por subordinação.
d) Os dois enunciados configuram períodos compostos por subordinação, cujas orações
subordinadas têm a mesma função.
e) Os dois enunciados configuram períodos compostos por coordenação, cujas orações
coordenadas têm a mesma função.

7. (Col. Naval/2017)
No contexto, o termo destacado em "[...] trocarem de papéis e até mesmo de falarem ao
mesmo tempo, configurando, pois, características próprias da modalidade oral." (5º §)
expressa a ideia de
a) explicação.
b) concessão.
c) conclusão.
d) reiteração.
e) causa.

8. (Col. Naval/2016)
Em qual opção o termo destacado tem a mesma classificação morfológica que "[...] é
preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais[...]." (1°§)?
A) "Aquele que não sabe e quer saber[...]." (2°§)
B) "Nem que este outro seja, [...]." (3°§)
C) "Perguntas que nos ajudam a dialogar[...]." (3°§)

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D) "[...]há quem tenha descoberto esse prazer[...]." (4 °§)


E) "[...] impotente e, contudo, muito prepotente, [...]." (2° §)

9. (Col. Naval/2016)
Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período "A
primeira gosta dos livros, a segunda os detesta. " (2°§).
A) A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
B) A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
C) A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
D) A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
E) A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.

10. (Col. Naval/2015)


Assinale a opção na qual o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva.
a) "A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da
profissão está em alta." (7º§)
b) "Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a
duras penas, a sua distribuição [...].” (8º§)
c) "Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão
se tornando disponíveis [...].” (6º§)
d) "[...] há que se conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita, também,
o aumento [...]." (8º§)
e) "Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja
convencida [...]."(5º§)

11. (Col. Naval/2014)


Assinale a opção em que está expressa a ideia de consequência.
A) "E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de
que sejam portadoras de síndromes [...]."(7 °§)
B) "Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para
irmos direto ao ponto." (5°§)
C) "Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que
gostam." (9°§)
D) "O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto [...] e organizá-lo para que seja
favorável a tal exigência." (11°§)
E) "São tantos os estímulos e tanta a pressão [...] que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas
ao mesmo tempo [...]." (1°§)

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12. (Col. Naval/2009)


Assinale a opção em que a correspondência entre o conectivo e seu emprego sintático-
semântico está correta.
A) "Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet..." (3° §) - consequência
B) "Se a escola é o espaço preferencial para a construção..." (6° §) - causa
C) "Justamente porque facilitam a comunicação e permitem..." (6° §) - finalidade
D) "Por que não criar um blog de uma turma, do qual..." (6° §) - explicação
E) "E os jovens sabem disso, porque conhecem..." (7° §) - causa

13. (Col. Naval/2009)


Em "Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts" (5° §), a oração
destacada
A) explica a relação internauta/blog.
B) particulariza o termo ao qual se refere.
C) expressa a finalidade da visita a um blog.
D) opõe-se àquilo que foi mencionado na oração anterior.
E) acrescenta uma informação suplementar a um termo já definido.

14. (ESA/2017)
Marque a alternativa em que há uma relação de causa e consequência entre as orações.
a) A criança era tão determinada como seus pais o foram em seus tempos de escola.
b) Haverá vacinação no próximo mês como foi anunciado pelo Ministério da Saúde.
c) Como motorista conseguiu sobreviver àquele grave acidente?
d) Não só faltou a muitas aulas, como deixou de fazer as provas na data prevista.
e) Como estava dispensado pelo médico, permaneceu o resto do dia em casa.

15. (ESA/2016)
Em todas as alternativas, há Orações Subordinadas Adverbiais, exceto:
A) Estude bastante, porque amanhã haverá uma prova.
B) Estudou tanto que teve um ótimo desempenho na prova.
C) Você terá um excelente desempenho desde que estude.
D) Os alunos realizaram a prova assim que chegaram na escola.
E) Não compareceu à aula ontem porque viajou.

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16. (ESA/2013)
Em “Todos os soldados viram, durante o combate, que os inimigos foram derrotados”, pode-
se classificar a oração que foi sublinhada como oração subordinada substantiva
A) completiva nominal.
B) predicativa.
C) objetiva indireta.
D) objetiva direta.
E) apositiva.

17. (ESA/2013)
No período: “Espero que ele venha a São Paulo.”, a oração em destaque classifica-se
sintaticamente como
A) subordinada substantiva objetiva direta.
B) subordinada substantiva objetiva indireta.
C) subordinada substantiva subjetiva.
D) subordinada adjetiva restritiva.
E) subordinada adjetiva explicativa.

18. (ESA/2012)
Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho e o trem se afastando
vagaroso com vagarosas e o trem arquejando é preciso partir
paradas é preciso chegar
em cada estaçãozinha pobre é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta
para comprar vida é urgente!
pastéis ...no entanto
pés-de-moleque eu gostava era mesmo de partir...
sonhos e - até hoje - quando acaso embarco
- principalmente sonhos! para alguma parte
porque as moças da cidade vinham olhar o trem acomodo-me no meu lugar
passar; fecho os olhos e sonho:
elas suspirando maravilhosas viagens viajar, viajar
e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando mas para parte nenhuma...
sempre...Nisto, viajar indefinidamente...
o apito da locomotiva como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia
Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)

“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o time”.

No trecho, a segunda oração é, na gramática normativa, uma oração:


A) subordinada substantiva.
B) coordenada assindética.

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C) subordinada adjetiva.
D) coordenada sindética
E) subordinada adverbial.

19. (ESA/2009)
No período “Não esqueçam que só nós temos Um canal aberto para lá (...) e que pode ser
vital, se nada der certo.” a oração destacada é:
A) subordinada adverbial consecutiva
B) subordinada adverbial concessiva
C) subordinada adverbial causal
D) subordinada adverbial condicional
E) subordinada adverbial comparativa

20. (ESA/2007)
Em “E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo”, os dois pontos foram empregados para:
A) introduzir uma citação.
B) anunciar a fala da personagem no discurso direto.
C) introduzir uma oração apositiva.
D) introduzir uma oração objetiva direta.
E) introduzir uma enumeração

21. (EEAR/2020/2)
Em qual alternativa a oração em destaque é subordinada adjetiva reduzida?
a) Ele é nossa principal testemunha, pois foi a primeira pessoa a entrar no local do crime.
b) Entrando repentinamente no recinto, ele foi o primeiro a presenciar a cena do crime.
c) Sendo o primeiro a entrar no recinto, ele é nossa principal testemunha.
d) Ao entrar no recinto, ele presenciou primeiramente a cena do crime.

22. (EEAR/2020/2)
Se transformarmos os períodos simples em períodos compostos, em qual alternativa haverá
uma oração coordenada sindética adversativa?
a) “Tenha paciência. Deus está contigo”.
b) “Eu quis dizer. Você não quis escutar”.
c) “Não me venham com conclusões. A única conclusão é morrer”.
d) “O mundo é um moinho. Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos”.

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23. (EEAR/2020/2)
Leia:

“O taverneiro declarou que nada podia saber ao certo. Tinha certeza de que lhe invadiram
a propriedade.”

No texto acima, as orações substantivas em destaque são, respectivamente,


a) subjetiva e predicativa.
b) objetiva direta e objetiva indireta.
c) objetiva direta e completiva nominal
d) objetiva indireta e completiva nominal.

24. (EEAR/2020.2)
Em qual alternativa há uma oração subordinada adverbial final?
a) Os professores, quando decidiram fazer um trabalho de reforço com os alunos, tinham a
intenção de obter um resultado melhor no Exame Nacional, em relação ao ano anterior.
b) O trabalho de reforço daqueles professores foi tão importante que o resultado no Exame
Nacional, em relação ao ano anterior, foi bem melhor.
c) Como os professores fizeram um trabalho de reforço com os alunos, o resultado no Exame
Nacional, em relação ao ano anterior, foi bem melhor.
d) Para que o resultado do Exame Nacional fosse melhor em relação ao ano anterior, os
professores fizeram um trabalho de reforço com os alunos.

25. (EEAR/2019.2)
Leia as frases e responda ao que se pede.

1 – As esculturas expostas nesta galeria são de um artista desconhecido.


2 – Os políticos, que estão engajados no processo eleitoral, só pensam na vitória.
3 – O supermercado do centro foi o primeiro a expor o novo produto em suas prateleiras.
4 – O jogador de Futebol Rogério Ceni, desafiando o tempo, jogou até os 42 anos de idade
em alto nível.

Em qual alternativa há oração subordinada adjetiva explicativa?


a) 1 e 4.
b) 1 e 3.
c) 2 e 3.

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d) 2 e 4.

26. (EEAR/2019.2)
Leia:

“Doutor Urbino era demasiado sério para achar que ela dissesse isso com segundas
intenções. Pelo contrário: perguntou a si mesmo, confuso, se tantas facilidades juntas não
seriam uma armadilha de Deus.”

As orações subordinadas em destaque são, respectivamente,


a) substantiva objetiva direta e substantiva objetiva direta.
b) substantiva objetiva direta e adverbial condicional.
c) substantiva subjetiva e substantiva objetiva direta.
d) adjetiva restritiva e adverbial condicional.

27. (EEAR/2019.2)
Leia os períodos e depois assinale a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
orações adverbiais em destaque.

1 – A filha é traiçoeira como o pai.


2 – O Chefe de Estado agiu como manda o regulamento.
3 – Como era esperado, ele negou a participação no sequestro.
4 – Como não estava bem fisicamente, não participou da maratona.

a) Causal, comparativa, causal, comparativa.


b) Comparativa, conformativa, causal, causal.
c) Comparativa, conformativa, conformativa, causal.
d) Conformativa, causal, comparativa, conformativa.

28. (EEAR/2018.2)
Há, no texto abaixo, uma oração reduzida em destaque. Leia-a com atenção e, a seguir,
assinale a alternativa que traz sua correspondente classificação sintática.

...o foco narrativo mostra a sua verdadeira força na medida em que é capaz de configurar o
nível de consciência de um homem que, tendo conquistado a duras penas um lugar ao sol,
absorveu na sua longa jornada toda a agressividade latente de um sistema de competição.
(Alfredo Bosi)

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a) oração subordinada adverbial consecutiva


b) oração subordinada adjetiva explicativa
c) oração subordinada adjetiva restritiva
d) oração subordinada adverbial causal

29. (EEAR/2017.2)
Leia:

I. Todos os brasileiros que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira devem gastar longas
horas de estudo e dedicação.
II. Todos os brasileiros, que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira, devem gastar longas
horas de estudo e dedicação.

Marque a alternativa correta.


a) A frase I possibilita a conclusão de que todos os brasileiros, indiscriminadamente, desejam
ingressar na Força Aérea Brasileira.
b) As frases I e II estão em desconformidade com as normas gramaticais vigentes em relação
às Orações Subordinadas Adjetivas.
c) A frase I, por conter Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, não apresenta vírgulas. Esse
fato está em conformidade com as normas gramaticais vigentes.
d) A frase II, por conter Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, apresenta vírgulas. Esse fato
está em conformidade com as normas gramaticais vigentes.

30. (EEAR/2017.2)
Marque a opção que apresenta explicação correta quanto ao sentido da oração subordinada.
a) Descrevi os meninos da festa de São João como os observei. (comparação)
b) Por mais que clamasse por ajuda, ninguém me ajudou. (concessão)
c) Se soubesse a verdade, não agiria assim. (consequência)
d) A situação é tal qual você mencionou. (condição)

Lista 01 – Gabarito

1. D 5. E 9. A
2. C 6. D 10. B
3. B 7. C 11. E
4. C 8. E 12. B

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13. B 19. D 25. D


14. E 20. C 26. A
15. A 21. A 27. C
16. D 22. B 28. D
17. A 23. C 29. C
18. D 24. D 30. B

Lista 01 – Exercícios resolvidos


1. (Fuzileiro Naval/2018)
Por que as listras da pasta de dente não se misturam dentro do tubo?
(Leonardo Menezes, Rio de Janeiro, RJ)

Primeiro porque os ingredientes de cores diferentes ficam armazenados em


compartimentos separados. Segundo, porque as listras só aparecem perto da boca do tubo.
A bisnaga inteira é preenchida por creme dental comum, de cor branca. Nas laterais
superiores do tubo, encontramos o gel colorido que dá forma às listras. O segredo é que o
gel e o creme seguem por “estradas” exclusivas até bem perto da saída. A parte branca sobe
por um duto que tem pouco mais de meio centímetro de diâmetro, a mesma dimensão da
pasta que chega até a escova. O gel, por sua vez, flui por quatro buraquinhos de 1 milímetro
que desembocam no duto principal. Lá dentro, as pequenas saídas de gel interceptam o fluxo
de pasta branca e as listras coloridas começam a se espalhar pelo creme. Como isso acontece
a apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem quase intactos. Eles só vão se juntar
dentro da boca, na hora em que a gente escova os dentes.
(Mundo Estranho, n. 26)

Observe o trecho presente no texto 4 ”O segredo é que o gel e o creme seguem por
”estradas“ exclusivas até bem perto da saída.“ e marque a alternativa que classifica a oração
em destaque:
A) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
B) Oração subordinada substantiva subjetiva.
C) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
D) Oração subordinada substantiva predicativa.
E) Oração subordinada substantiva apositiva.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois o verbo de ligação exige predicativo do sujeito, não
objeto direto.
Alternativa B está incorreta, pois o sujeito aqui é “o segredo”.
Alternativa C está incorreta, pois a oração não complemente nenhum termo nominal.

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Alternativa D está correta, pois a oração assume a função de predicativo do sujeito. A


construção conta com um sujeito, “o segredo” e um verbo de ligação, “é”. Logo, a oração tem
função de predicativo do sujeito.
Alternativa E está incorreta, pois o verbo de ligação exige predicativo do sujeito, não
aposto.
Gabarito: D
2. (Fuzileiro Naval/2015)
Observe o trecho:
“(...) desde que não fosse muito caro, pois eram pessoas de modestos recursos." – linhas 6-
7.

Assinale a opção em que a conjunção poderia substituir o vocábulo em destaque SEM


modificar o sentido da frase.
A) Portanto.
B) Nem.
C) Porque.
D) Logo.
E) Entretanto.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois essa conjunção traria um aspecto conclusivo ao
período, que não se encontra no original.
Alternativa B está incorreta, pois essa conjunção traria um aspecto aditivo ao período,
que não se encontra no original.
Alternativa C está correta, pois a frase em destaque no enunciado é explicativa. Logo, é
preciso substituir o “pois” por outra conjunção de valor explicativo. A que melhor se encaixa é
“porque”.
Alternativa D está incorreta, pois essa conjunção traria um aspecto conclusivo ao
período, que não se encontra no original.
Alternativa E está incorreta, pois essa conjunção traria um aspecto adversativo ao
período, que não se encontra no original.
Gabarito: C
3. (EAM/2012)
Assinale a opção em que as orações mantem entre si o mesmo valor semântico que se
apresenta em "Era uma coisa banal, porque chamou de operaçãozinha".
A) Não usou diminutivos, mas tentou convencê-lo.
B) Traga logo o feijãozinho, que eu estou morrendo de fome.
C) O italiano diz "mezzoretto", e o brasileiro diz "meia horinha".

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D) Queria disfarçar o entusiasmo, portanto pediu uma cervejinha.


E) Pediu uma comidinha, mas também queria uma cervejinha gelada.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois o conectivo “mas” traz uma noção adversativa ao
período, que não está no trecho em destaque no enunciado.
Alternativa B está correta, pois assim como no período em destaque no enunciado, a
oração “que eu estou morrendo de fome” também tem valor explicativo.
Alternativa C está incorreta, pois o conectivo “e” traz uma noção aditiva ao período, que
não está no trecho em destaque no enunciado.
Alternativa D está incorreta, pois o conectivo “portanto” traz uma noção conclusiva ao
período, que não está no trecho em destaque no enunciado.
Alternativa E está incorreta, pois o conectivo “mas” traz uma noção adversativa ao
período, que não está no trecho em destaque no enunciado.
Gabarito: B
4. (EAM/2012)
Qual opção apresenta um período cujas orações estabelecem entre si uma relação de causa
e consequência, evidenciada pelo uso do conectivo?
A) A dona de casa trata o feijãozinho como um mingau de todos os dias.
B) Nada desperta em nós sentimentos tão bons quanto uma boa comidinha.
C) Aquela é uma situação tão banal que dispensa a presença do paciente.
D) As coisas afáveis se deixam diminuir, sem perder seu valioso sentido.
E) Certas palavras, que são ameaçadoras, precisam ser desarmadas .

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois aqui há uma noção comparativa, não de causa e
consequência.
Alternativa B está incorreta, pois aqui há uma noção comparativa, não de causa e
consequência.
Alternativa C está correta, pois o conectivo “tão... que” aqui traz noção de causa e
consequência: a consequência da banalidade da situação é que a presença do paciente seja
dispensada.
Alternativa D está incorreta, pois aqui há uma noção concessiva, não de causa e
consequência.
Alternativa E está incorreta, pois aqui há uma explicação para que palavras são essas,
não uma relação de causa e consequência.
Gabarito: C

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5. (Col. Naval/2019)
Assinale a opção que apresenta apenas um período composto por coordenação.
A) "Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha
um amigo na hora". (6°§)
B) "Quando eu fizer aniversário, acho que vou convidá-la pra festa" (1°§)
C) "A diferença — a favor do cachorro — é que este está realmente por perto, todos os dias, e
é sensível aos nossos estados de ânimo, tornando-se íntimo a seu modo." (7°§)
D) "Farejamos uns aos outros, ofertamos um like e, de imediato, ganhamos um amigo que não
sabe nada de profundo sobre nós, e provavelmente nunca saberá." (7°§)
E) "Postei no Instagram a foto de um cartaz de cinema e uma leitora deixou um comentário no
Direct." (2°§)

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois a oração “se você der atenção e o levar pra casa” tem
valor condicional.
Alternativa B está incorreta, pois a oração “Quando eu fizer aniversário” tem valor
temporal.
Alternativa C está incorreta, pois a oração “que este está realmente por perto” tem valor
predicativo.
Alternativa D está incorreta, pois a oração “que não sabe nada de profundo sobre nós”
tem valor adjetivo.
Alternativa E está correta, pois aqui as orações são coordenadas, unidas por um
conectivo com valor aditivo “e”.
Gabarito: E
6. (Col. Naval/2018)
Analise os enunciados abaixo e assinale a opção correta.
I- “Se os reformadores da natureza, como Américo Pisca - Pisca, já caíram no ridículo, os
reformadores da língua ainda gozam de muito prestígio.” (§2º)
II- “Se o nosso reformador da língua baixasse por lá, - tentaria convencer os japoneses de que
o verbo “preceder o seu objeto é muito mais lógico.” (§4º)

a) Os enunciados evidenciam um desvio do padrão normativo da Língua portuguesa, por


apresentar o início de um período por meio da conjunção.
b) Não há paralelismo sintático entre os enunciados.
c) O enunciado I configura um período composto coordenado e o enunciado II configura um
período composto por subordinação.
d) Os dois enunciados configuram períodos compostos por subordinação, cujas orações
subordinadas têm a mesma função.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


53
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e) Os dois enunciados configuram períodos compostos por coordenação, cujas orações


coordenadas têm a mesma função.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois não há incorreção gramatical em redigir um período
na ordem indireta.
Alternativa B está incorreta, pois as orações apresentam paralelismo sintático, já que
apresentam sequências de estruturas sintáticas semelhantes.
Alternativa C está incorreta, pois ambos os períodos são compostos por orações
subordinadas.
Alternativa D está correta, pois ambas as orações subordinadas, “Se os reformadores
da natureza, como Américo Pisca - Pisca, já caíram no ridículo” e “Se o nosso reformador da
língua baixasse por lá” têm valor condicional, ou seja, são orações subordinadas adverbiais
condicionais.
Alternativa E está incorreta, pois ambos os períodos são compostos por orações
subordinadas.
Gabarito: D
7. (Col. Naval/2017)
No contexto, o termo destacado em "[...] trocarem de papéis e até mesmo de falarem ao
mesmo tempo, configurando, pois, características próprias da modalidade oral." (5º §)
expressa a ideia de
a) explicação.
b) concessão.
c) conclusão.
d) reiteração.
e) causa.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois o termo “pois” não tem aqui valor explicativo. Lembre-
se que quando esse conectivo vem posposto ao verbo ele tem valor conclusivo. Quando ele
está anteposto é que seu valor é explicativo.
Alternativa B está incorreta, pois não há aqui valor concessivo. Não se pode reescrever
o período, por exemplo, substituindo por um embora.
Alternativa C está correta, pois o termo “pois” entre vírgulas e posposto ao verbo tem
valor conclusivo, podendo ser substituído por um “portanto”, por exemplo: "[...] trocarem de
papéis e até mesmo de falarem ao mesmo tempo, configurando, portanto, características
próprias da modalidade oral."
Alternativa D está incorreta, pois não há aqui valor de reiterar uma informação.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa E está incorreta, pois não há aqui noção de causa: “características próprias
da modalidade oral” não é a causa do restante da oração.
Gabarito: C
8. (Col. Naval/2016)
Em qual opção o termo destacado tem a mesma classificação morfológica que "[...] é
preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais[...]." (1°§)?
A) "Aquele que não sabe e quer saber[...]." (2°§)
B) "Nem que este outro seja, [...]." (3°§)
C) "Perguntas que nos ajudam a dialogar[...]." (3°§)
D) "[...]há quem tenha descoberto esse prazer[...]." (4 °§)
E) "[...] impotente e, contudo, muito prepotente, [...]." (2° §)

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois “que” aqui é um pronome relativo.
Alternativa B está incorreta, pois “este” aqui é pronome demonstrativo.
Alternativa C está incorreta, pois “que” aqui é um pronome relativo.
Alternativa D está incorreta, pois “quem” aqui é pronome indefinido.
Alternativa E está correta, pois assim como o “que” do enunciado, “contudo” é uma
conjunção.
Gabarito: E
9. (Col. Naval/2016)
Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período "A
primeira gosta dos livros, a segunda os detesta. " (2°§).
A) A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
B) A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
C) A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
D) A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
E) A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.

Comentários:
Alternativa A está correta, pois assim como no enunciado, aqui há uma relação aditiva,
enumerando informações para compor o poema.
Alternativa B está incorreta, pois aqui há uma noção conclusiva que não existe no
período original.
Alternativa C está incorreta, pois aqui há uma noção explicativa que não existe no
período original.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa D está incorreta, pois aqui há uma noção temporal que não existe no
período original.
Alternativa E está incorreta, pois aqui há uma noção conclusiva que não existe no
período original.
Gabarito: A
10. (Col. Naval/2015)
Assinale a opção na qual o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva.
a) "A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da
profissão está em alta." (7º§)
b) "Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a
duras penas, a sua distribuição [...].” (8º§)
c) "Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão
se tornando disponíveis [...].” (6º§)
d) "[...] há que se conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita, também,
o aumento [...]." (8º§)
e) "Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja
convencida [...]."(5º§)

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois a oração “que elevam suas habilidades para o bom
exercício da profissão” é adjetiva restritiva.
Alternativa B está correta, pois aqui a oração “que o Brasil é um dos países emergentes”
assume função de objeto direto de “Muitos reconhecem”.
Alternativa C está incorreta, pois a oração “aquela que pode ser conseguida nos muitos
cursos é adjetiva restritiva.
Alternativa D está incorreta, pois “há que” é uma locução verbal, logo, o “que”
isoladamente não pode ser analisado.
Alternativa E está incorreta, pois “para que” tem noção de finalidade, não de
substantivo.
Gabarito: B
11. (Col. Naval/2014)
Assinale a opção em que está expressa a ideia de consequência.
A) "E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de
que sejam portadoras de síndromes [...]."(7 °§)
B) "Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para
irmos direto ao ponto." (5°§)
C) "Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que
gostam." (9°§)

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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D) "O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto [...] e organizá-lo para que seja
favorável a tal exigência." (11°§)
E) "São tantos os estímulos e tanta a pressão [...] que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas
ao mesmo tempo [...]." (1°§)

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois há noção temporal em “quando elas não conseguem”,
não de consequência.
Alternativa B está incorreta, pois “apenas para irmos direto ao ponto” tem valor de
finalidade.
Alternativa C está incorreta, pois aqui há noção adversativa, não consecutiva.
Alternativa D está incorreta, pois em “para que seja favorável a tal exigência” há valor
de finalidade.
Alternativa E está correta, pois a oração “que aprendemos a ver” te valor consecutivo.
Aprender a ver é uma consequência dos estímulos e da pressão.
Gabarito: E
12. (Col. Naval/2009)
Assinale a opção em que a correspondência entre o conectivo e seu emprego sintático-
semântico está correta.
A) "Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet..." (3° §) - consequência
B) "Se a escola é o espaço preferencial para a construção..." (6° §) - causa
C) "Justamente porque facilitam a comunicação e permitem..." (6° §) - finalidade
D) "Por que não criar um blog de uma turma, do qual..." (6° §) - explicação
E) "E os jovens sabem disso, porque conhecem..." (7° §) - causa

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois o “que” aqui é partícula expletiva, servindo de realce.
Alternativa B está correta, pois o contexto todo dessa oração é “Se a escola é o espaço
preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para
a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo”. Nesse contexto, o
“se” tem valor causal, podendo ser substituído por um “já que”: “Já que a escola é o espaço
preferencial para a construção do conhecimento (...)”. Esse caso ocorre especificamente no
início de frases.
Alternativa C está incorreta, pois aqui há uma noção explicativa, não de finalidade.
Alternativa D está incorreta, pois aqui “Por que” é um termo interrogativo, não tendo
valor de explicação.
Alternativa E está incorreta, pois aqui há uma noção de explicação, não de causa.
Gabarito: B

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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13. (Col. Naval/2009)


Em "Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts" (5° §), a oração
destacada
A) explica a relação internauta/blog.
B) particulariza o termo ao qual se refere.
C) expressa a finalidade da visita a um blog.
D) opõe-se àquilo que foi mencionado na oração anterior.
E) acrescenta uma informação suplementar a um termo já definido.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois a oração aqui não é explicativa, mas restritiva, o que se
comprova pela ausência de vírgulas.
Alternativa B está correta, pois “que visitam um blog” é uma oração adjetiva restritiva,
particularizando o termo “os internautas” a que ele se refere.
Alternativa C está incorreta, pois aqui há uma atribuição de característica para
“internautas”, não uma finalidade para sua ação.
Alternativa D está incorreta, pois não há aqui noção adversativa, mas restritiva.
Alternativa E está incorreta, pois a definição vem justamente dessa oração adjetiva.
Gabarito: B
14. (ESA/2017)
Marque a alternativa em que há uma relação de causa e consequência entre as orações.
a) A criança era tão determinada como seus pais o foram em seus tempos de escola.
b) Haverá vacinação no próximo mês como foi anunciado pelo Ministério da Saúde.
c) Como motorista conseguiu sobreviver àquele grave acidente?
d) Não só faltou a muitas aulas, como deixou de fazer as provas na data prevista.
e) Como estava dispensado pelo médico, permaneceu o resto do dia em casa.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois há aqui uma noção comparativa, não de causa e
consequência.
Alternativa B está incorreta, pois há aqui uma noção de conformidade, não de causa e
consequência.
Alternativa C está incorreta, pois há aqui uma construção interrogativa, não uma noção
de causa e consequência.
Alternativa D está incorreta, pois há aqui uma noção aditiva, não de causa e
consequência.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa E está correta, pois há aqui uma noção de causa (por causa da dispensa dada
pelo médico) e de consequência (consequentemente pode permanecer o resto do dia em
casa).
Gabarito: E
15. (ESA/2016)
Em todas as alternativas, há Orações Subordinadas Adverbiais, exceto:
A) Estude bastante, porque amanhã haverá uma prova.
B) Estudou tanto que teve um ótimo desempenho na prova.
C) Você terá um excelente desempenho desde que estude.
D) Os alunos realizaram a prova assim que chegaram na escola.
E) Não compareceu à aula ontem porque viajou.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois aqui há uma construção coordenada explicativa, não
subordinada adverbial.
Alternativa B está correta, pois aqui há uma noção consecutiva, portanto, subordinada
adverbial.
Alternativa C está correta, pois aqui há uma noção condicional, portanto, subordinada
adverbial.
Alternativa D está correta, pois aqui há uma noção temporal, portanto, subordinada
adverbial.
Alternativa E está correta, pois aqui há uma noção causal, portanto, subordinada
adverbial.
Gabarito: A
16. (ESA/2013)
Em “Todos os soldados viram, durante o combate, que os inimigos foram derrotados”, pode-
se classificar a oração que foi sublinhada como oração subordinada substantiva
A) completiva nominal.
B) predicativa.
C) objetiva indireta.
D) objetiva direta.
E) apositiva.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois a oração aqui complementa o sentido de um verbo,
não de um termo nominal.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa B está incorreta, pois há aqui nenhum verbo de ligação que justifique a
existência de um predicativo do sujeito.
Alternativa C está incorreta, pois não há aqui nenhuma preposição antes da oração que
indique que essa oração poderia ser um objeto indireto.
Alternativa D está correta, pois “que os inimigos foram derrotados” corresponde ao
objeto direto da oração, explicitando o que foi que os soldados viram: Todos os soldados
viram isso (que os inimigos foram derrotados).
Alternativa E está incorreta, pois a oração não tem a função de adicionar informações a
um termo anteriormente citado.
Gabarito: D
17. (ESA/2013)
No período: “Espero que ele venha a São Paulo.”, a oração em destaque classifica-se
sintaticamente como
A) subordinada substantiva objetiva direta.
B) subordinada substantiva objetiva indireta.
C) subordinada substantiva subjetiva.
D) subordinada adjetiva restritiva.
E) subordinada adjetiva explicativa.

Comentários:
Alternativa A está correta, pois “que ele venha a São Paulo” corresponde ao objeto
direto da oração, explicitando o que “eu espero”: Espero isso (que ele venha a São Paulo).
Alternativa B está incorreta, pois não há aqui nenhuma preposição antes da oração que
indique que essa oração poderia ser um objeto indireto.
Alternativa C está incorreta, pois o sujeito da oração é um sujeito oculto, compreendido
pela desinência verbal de “espero”.
Alternativa D está incorreta, pois a oração não tem o sentido de caracterizar nenhum
termo nominal.
Alternativa E está incorreta, pois, assim como em D, a oração não tem o sentido de
caracterizar nenhum termo nominal.
Gabarito: A
18. (ESA/2012)
Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho porque as moças da cidade vinham olhar o trem
vagaroso com vagarosas passar;
paradas elas suspirando maravilhosas viagens
em cada estaçãozinha pobre e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando
para comprar sempre...Nisto,
pastéis o apito da locomotiva
pés-de-moleque e o trem se afastando
sonhos e o trem arquejando é preciso partir
- principalmente sonhos! é preciso chegar

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta acomodo-me no meu lugar
vida é urgente! fecho os olhos e sonho:
...no entanto viajar, viajar
eu gostava era mesmo de partir... mas para parte nenhuma...
e - até hoje - quando acaso embarco viajar indefinidamente...
para alguma parte como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia
Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)

“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o time”.

No trecho, a segunda oração é, na gramática normativa, uma oração:


A) subordinada substantiva.
B) coordenada assindética.
C) subordinada adjetiva.
D) coordenada sindética
E) subordinada adverbial.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois as orações aqui são coordenadas, não subordinadas.
Alternativa B está incorreta, pois a presença do conectivo “mas” faz com que a oração
seja sindética, não assindética.
Alternativa C está incorreta, pois as orações aqui são coordenadas, não subordinadas.
Alternativa D está correta, pois as orações aqui são coordenadas, ligadas por um
conectivo. Logo, é uma oração coordenada sindética.
Alternativa E está incorreta, pois as orações aqui são coordenadas, não subordinadas.
Gabarito: D
19. (ESA/2009)
No período “Não esqueçam que só nós temos Um canal aberto para lá (...) e que pode ser
vital, se nada der certo.” a oração destacada é:
A) subordinada adverbial consecutiva
B) subordinada adverbial concessiva
C) subordinada adverbial causal
D) subordinada adverbial condicional
E) subordinada adverbial comparativa

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois não há aqui uma noção de consequência: nada dar
certo não é consequência de ter um canal aberto.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa B está incorreta, pois não há uma ideia concessiva em “se nada der certo”,
não podendo ser substituída por “embora” por exemplo.
Alternativa C está incorreta, pois “nada dar certo” não é a causa de ter um canal aberto.
Alternativa D está correta, pois a noção aqui é condicional: caso nada dê certo, na
condição de nada dar certo, ainda temos um canal aberto.
Alternativa E está incorreta, pois não há aqui uma comparação entre ter um canal aberto
e tudo dar certo.
Gabarito: D

20. (ESA/2007)
Em “E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história
em um só segundo”, os dois pontos foram empregados para:
A) introduzir uma citação.
B) anunciar a fala da personagem no discurso direto.
C) introduzir uma oração apositiva.
D) introduzir uma oração objetiva direta.
E) introduzir uma enumeração

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois aqui não há uma citação, mas uma continuidade do
que foi dito pela mesma pessoa.
Alternativa B está incorreta, pois aqui há a continuidade do que foi dito pela mesma
pessoa.
Alternativa C está correta, pois a oração “que eu inventei toda a minha história em um
só segundo” explica e aprofunda o significado do termo “verdade” que vem antes dos dois
pontos.
Alternativa D está incorreta, pois essa oração não complementa o sentido de nenhum
verbo.
Alternativa E está incorreta, pois não há aqui uma enumeração, mas uma explicação.
Gabarito: C

21. (EEAR/2020/2)
Em qual alternativa a oração em destaque é subordinada adjetiva reduzida?
a) Ele é nossa principal testemunha, pois foi a primeira pessoa a entrar no local do crime.
b) Entrando repentinamente no recinto, ele foi o primeiro a presenciar a cena do crime.
c) Sendo o primeiro a entrar no recinto, ele é nossa principal testemunha.
d) Ao entrar no recinto, ele presenciou primeiramente a cena do crime.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Comentários:
Alternativa A está correta, pois perceba que temos uma oração subordinada adjetiva
restritiva: “Ele é nossa principal testemunha, pois foi a primeira pessoa que entrou no local do
crime”.
Alternativa B está incorreta, pois temos uma oração subordinada adverbial reduzida.
Alternativa C está incorreta, pois temos uma oração subordinada adverbial causal
reduzida: Já que foi o primeiro a entrar no recinto, ele é nossa principal testemunha
Alternativa D está incorreta, pois temos uma oração subordinada adverbial temporal
reduzida: quando entrou no recinto, ele presenciou primeiramente a cena do crime.
Gabarito: A
22. (EEAR/2020/2)
Se transformarmos os períodos simples em períodos compostos, em qual alternativa haverá
uma oração coordenada sindética adversativa?
a) “Tenha paciência. Deus está contigo”.
b) “Eu quis dizer. Você não quis escutar”.
c) “Não me venham com conclusões. A única conclusão é morrer”.
d) “O mundo é um moinho. Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos”.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois para ser uma oração com característica adversativa,
precisa de ter ideias diferentes. Nessa alternativa isso não acontece.
Alternativa B está correta, pois podemos juntar as ideias e obter uma oração
coordenada sindética adversativa: eu quis dizer, mas você não quis escutar.
Alternativa C está incorreta, pois apresenta o mesmo erro da alternativa A.
Alternativa D está incorreta, pois apresenta o mesmo erro das alternativas A e C.
Gabarito: B
23. (EEAR/2020/2)
Leia:

“O taverneiro declarou que nada podia saber ao certo. Tinha certeza de que lhe invadiram
a propriedade.”

No texto acima, as orações substantivas em destaque são, respectivamente,


a) subjetiva e predicativa.
b) objetiva direta e objetiva indireta.
c) objetiva direta e completiva nominal
d) objetiva indireta e completiva nominal.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois as duas orações estão classificadas de forma errada, a
primeira é objetiva direta e a segunda é completiva nominal.
Alternativa B está incorreta, pois a segunda oração está classificada errada.
Alternativa C está correta, pois as frases estão classificadas corretamente. A primeira é
objeto direto, indicando o que o taverneiro declarou. A segunda, por sua vez, indica o
complemento do substantivo abstrato “certeza”, o que faz dela uma completiva nominal.
Alternativa D está incorreta, pois a primeira frase está classificada errada.
Gabarito: C
24. (EEAR/2020.2)
Em qual alternativa há uma oração subordinada adverbial final?
a) Os professores, quando decidiram fazer um trabalho de reforço com os alunos, tinham a
intenção de obter um resultado melhor no Exame Nacional, em relação ao ano anterior.
b) O trabalho de reforço daqueles professores foi tão importante que o resultado no Exame
Nacional, em relação ao ano anterior, foi bem melhor.
c) Como os professores fizeram um trabalho de reforço com os alunos, o resultado no Exame
Nacional, em relação ao ano anterior, foi bem melhor.
d) Para que o resultado do Exame Nacional fosse melhor em relação ao ano anterior, os
professores fizeram um trabalho de reforço com os alunos.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois há oração subordinada adverbial temporal “quando
decidiram fazer um trabalho de reforço com os alunos”.
Alternativa B está incorreta, pois temos uma subordinada adverbial consecutiva: “O
trabalho de reforço daqueles professores foi tão importante[causa] que o resultado no Exame
Nacional, em relação ao ano anterior, foi bem melhor [consequência do bom trabalho]”.
Alternativa C está incorreta, pois temos uma oração subordinada adverbial explicativa
(o “como” pode ser substituído pelo “já que”).
Alternativa D está correta, pois essa alternativa apresenta uma oração subordinada
adverbial final. O “para que” pode também ser substituído pelo “a fim de que”.
Gabarito: D
25. (EEAR/2019.2)
Leia as frases e responda ao que se pede.

1 – As esculturas expostas nesta galeria são de um artista desconhecido.


2 – Os políticos, que estão engajados no processo eleitoral, só pensam na vitória.
3 – O supermercado do centro foi o primeiro a expor o novo produto em suas prateleiras.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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4 – O jogador de Futebol Rogério Ceni, desafiando o tempo, jogou até os 42 anos de idade
em alto nível.

Em qual alternativa há oração subordinada adjetiva explicativa?


a) 1 e 4.
b) 1 e 3.
c) 2 e 3.
d) 2 e 4.

Comentários:
Alternativa A está incorreta, pois a frase 1 possui apenas oração principal.
Alternativa B está incorreta, pois nenhuma das duas frases (frase 1 e frase 3) possui uma
oração subordinada adjetiva explicativa.
Alternativa C está incorreta, pois a frase 3 não possui uma oração subordinada adjetiva
explicativa e sim uma oração subordinada substantiva completiva nominal completando
“primeiro”.
Alternativa D está correta, pois na frase 2 a oração: ‘que estão engajados no processo
eleitoral’ é uma oração subordinada adjetiva explicativa e na frase 4 a oração: ‘desafiando o
tempo’ é uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Gabarito: D
26. (EEAR/2019.2)
Leia:

“Doutor Urbino era demasiado sério para achar que ela dissesse isso com segundas
intenções. Pelo contrário: perguntou a si mesmo, confuso, se tantas facilidades juntas não
seriam uma armadilha de Deus.”

As orações subordinadas em destaque são, respectivamente,


a) substantiva objetiva direta e substantiva objetiva direta.
b) substantiva objetiva direta e adverbial condicional.
c) substantiva subjetiva e substantiva objetiva direta.
d) adjetiva restritiva e adverbial condicional.

Comentários:
1ª oração: é objeto direto do verbo achar (“achar isso”).
2ª oração: é objeto do verbo perguntou (“perguntou a si mesmo isso”).
Alternativa A está correta, pois as orações em negrito estão classificadas corretamente.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa B está incorreta, pois a segunda oração em negrito está classificada


incorretamente.
Alternativa C está incorreta, pois a primeira oração está classificada incorretamente.
Alternativa D está incorreta, pois as duas orações estão classificadas incorretamente.
Gabarito: A
27. (EEAR/2019.2)
Leia os períodos e depois assinale a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
orações adverbiais em destaque.

1 – A filha é traiçoeira como o pai.


2 – O Chefe de Estado agiu como manda o regulamento.
3 – Como era esperado, ele negou a participação no sequestro.
4 – Como não estava bem fisicamente, não participou da maratona.

a) Causal, comparativa, causal, comparativa.


b) Comparativa, conformativa, causal, causal.
c) Comparativa, conformativa, conformativa, causal.
d) Conformativa, causal, comparativa, conformativa.

Comentários:
Oração 1: adverbial comparativa, o que é indicado pelo ”como”.
Oração 2: adverbial conformativa (experimente trocar o “como” pelo “conforme”.)
Oração 3: adverbial conformativa (experimente trocar o “como” pelo “conforme”.)
Oração 4: adverbial causal (o motivo de não ter participado foi o mal estar).

Alternativa A está incorreta, pois nenhuma oração em negrito está classificada


corretamente.
Alternativa B está incorreta, pois a terceira oração está classificada de forma incorreta.
Alternativa C está correta, pois todas as orações estão corretamente classificadas.
Alternativa D está incorreta, pois nenhuma oração em negrito está classificada
corretamente.
Gabarito: C
28. (EEAR/2018.2)
Há, no texto abaixo, uma oração reduzida em destaque. Leia-a com atenção e, a seguir,
assinale a alternativa que traz sua correspondente classificação sintática.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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...o foco narrativo mostra a sua verdadeira força na medida em que é capaz de configurar o
nível de consciência de um homem que, tendo conquistado a duras penas um lugar ao sol,
absorveu na sua longa jornada toda a agressividade latente de um sistema de competição.
(Alfredo Bosi)

a) oração subordinada adverbial consecutiva


b) oração subordinada adjetiva explicativa
c) oração subordinada adjetiva restritiva
d) oração subordinada adverbial causal

Comentários:
Alternativa A é errada: a parte em destaque não é uma consequência de algo da outra
oração.
Alternativa B é errada: a frase destacada não explica algo, mas fala a razão de ter feito
algo.
Alternativa C é errada: ela não especifica o sentido de um termo, tornando seu sentido
mais restrito.
Alternativa D é correta: a sentença em destaque foi a causa de ter absorvido na sua
longa jornada toda a agressividade. Substituindo: .”..o foco narrativo mostra a sua verdadeira
força na medida em que é capaz de configurar o nível de consciência de um homem que, por
ter conquistado a duras penas um lugar ao sol, absorveu na sua longa jornada toda a
agressividade latente de um sistema de competição”.
Gabarito: D
29. (EEAR/2017.2)
Leia:

I. Todos os brasileiros que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira devem gastar longas
horas de estudo e dedicação.
II. Todos os brasileiros, que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira, devem gastar longas
horas de estudo e dedicação.

Marque a alternativa correta.


a) A frase I possibilita a conclusão de que todos os brasileiros, indiscriminadamente, desejam
ingressar na Força Aérea Brasileira.
b) As frases I e II estão em desconformidade com as normas gramaticais vigentes em relação
às Orações Subordinadas Adjetivas.
c) A frase I, por conter Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, não apresenta vírgulas. Esse
fato está em conformidade com as normas gramaticais vigentes.
d) A frase II, por conter Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, apresenta vírgulas. Esse fato
está em conformidade com as normas gramaticais vigentes.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a ausência de vírgulas faz com que o trecho que
desejam ingressar na Força Aérea Brasileira seja uma oração subordinada adjetiva restritiva,
de modo que separa os brasileiros entre aqueles que querem ingressar na Força Aérea
Brasileira, e aqueles que não querem. Com isso, ocorre uma restrição, e não uma
generalização.
A alternativa B está incorreta, pois as orações estão formuladas corretamente (uma
apresenta ambas as vírgulas, enquanto a outra não apresenta vírgula).
A alternativa C está correta, pois, como se explicou na alternativa A, a ausência de
vírgulas demarca uma oração subordinada adjetiva restritiva (a presença de vírgulas produz
uma oração subordinada adjetiva explicativa).
A alternativa D está incorreta, pois a presença de vírgulas indica uma oração
subordinada adjetiva explicativa, que generaliza a afirmação.
Gabarito: C
30. (EEAR/2017.2)
Marque a opção que apresenta explicação correta quanto ao sentido da oração subordinada.
a) Descrevi os meninos da festa de São João como os observei. (comparação)
b) Por mais que clamasse por ajuda, ninguém me ajudou. (concessão)
c) Se soubesse a verdade, não agiria assim. (consequência)
d) A situação é tal qual você mencionou. (condição)

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a oração como os observei estabelece sentido de
conformidade (como pode ser substituído por conforme).
A alternativa B está correta, pois a oração Por mais que clamasse por ajuda estabelece
sentido de concessão, de modo que a locução Por mais que pode ser substituída por embora.
Outro elemento essencial à identificação de orações concessivas é a conjugação do verbo da
oração subordinada no modo subjuntivo (clamasse).
A alternativa C está incorreta, pois a oração Se soubesse a verdade estabelece sentido
de condição (a condição para que não agisse de determinada forma).
A alternativa D está incorreta, pois a oração tal qual você mencionou estabelece sentido
de comparação (tal qual é a locução que estabelece a comparação).
Gabarito: B

Lista 02 – Exercícios sem resolução


1. (Esc. Naval/2017)
O autor é quem escreve, mas o livro é de quem lê, e isso de uma forma muito mais
abrangente do que o conceito de propriedade privada - comprei, é meu. O livro é de quem

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que
tenha sido encontrado num banco de praça. (Trecho do texto em que se encontra o trecho
analisado a seguir.)
Analise o trecho a seguir.

“[...] - comprei, é meu.”

Que relação semântica a segunda oração estabelece com a primeira?


a) Adição.
b) Explicação.
c) Conclusão.
d) Causa.
e) Conformidade.

2. (AFA/2018)
Analise as assertivas que dizem respeito ao trecho a seguir.

“Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do
teórico da comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo
até morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The guardian.” (ref. 3)

I. O primeiro período é constituído de uma oração absoluta sem sujeito.


II. Está de acordo com a Norma Gramatical Brasileira a seguinte reescrita – Não se trata de uma
tese nova: esta tese foi levantada pela primeira vez em 1985.
III. O termo Neil Postman classifica-se como agente da passiva, uma vez que é o elemento que
realiza a ação expressa na locução verbal indicativa de voz passiva.
IV. O termo do teórico da comunicação americano associa-se a um substantivo,
especificando-lhe o sentido, sendo, portanto, um adjunto adnominal.
V. O substantivo livreto encontra-se flexionado no grau diminutivo sintético para representar
uma relação de tamanho.

Está correto o que se afirma apenas em


a) I e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) IV e V.

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3. (EFOMM/2021)
Assinale a opção em que se encontra um período composto por coordenação e por
subordinação.
A) "Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo
passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado."
B) "Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando."
C) "Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso."
D) "Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa."
E) "Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu
para um espetáculo [... ] "

4. (EFOMM/2018)
Assinale a opção em que a oração sublinhada NÃO se classifica como subordinada adverbial.
A) (...) os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe.
B) Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
C) Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?
D) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce
de abóbora e coco.
E) Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas.

5. (EFOMM/2014)
Assinale a opção em que NÃO aparece uma oração adjetiva.
A) E dizer que desde que esse menino nasceu tento provar-lhe que já não estamos (...)
B) Também uma manta escocesa, de suaves lãs macias, que a mãe da gente trouxe embaixo
do braço (...)
C) Como é que gente que gosta de ler pode deixar os próprios livros numa bagunça dessas?
D) (...) custava você pendurar essas calças nesse guarda-roupa que é para você, sozinho, que
é provido de cabides (...)
E) Guardo os chinelos, que ficam sempre emborcados.

6. (EFOMM/2013)
Assinale a opção em que se analisou ERRONEAMENTE a circunstância estabelecida pela
oração destacada.
A) Ainda que tivesse escondido o infame objeto, emudeceria (...). – concessão.
B) Os golpes que recebi antes do caso do cinturão, puramente físicos, desapareciam quando
findava a dor. – tempo.

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C) O suplício durou bastante, mas, por muito prolongado que tenha sido, não igualava a
mortificação da fase preparatória (...) – concessão.
D) Antes de adormecer, cansado, vi meu pai dirigir-se à rede (...). – tempo.
E) E ali permaneci, miúdo, insignificante, tão insignificante e miúdo como as aranhas que
trabalhavam na telha negra. – consequência.

7. (EFOMM/2013)
Assinale a opção em que NÃO se estabelece uma relação de condição entre as orações.
A) Se não fosse ele, a flagelação me haveria causado menor estrago.
B) Se o pavor não me segurasse, tentaria escapulir-me (...).
C) O homem não me perguntava se eu tinha guardado a miserável correia (...).
D) Se o moleque José ou um cachorro entrasse na sala, talvez as pancadas se transferissem.
E) Se meu pai se tivesse chegado a mim, eu o teria recebido sem o arrepio (...).

8. (EFOMM/2022)
Assinale a opção em que a oração sublinhada cumpre a função de um objeto direto.
a) Parece que o principal impedimento é o estético.
b) Ter o coração do lado direito é uma glória, mas um braço menor que o outro é uma
tragédia.
c) Antigamente havia as doenças secretas, que só se nomeavam em segredo ou sob
pseudônimo.
d) Mulheres discutem com prazer seus casos ginecológicos; uma diz abertamente que já não
tem um ovário [...].
e) Mas tivesse aquela pessoa o olho que não enxerga coalhado pela gota-serena, jamais se
referiria ao defeito em público [...].

9. (EFOMM/2022)
Assinale a opção em que aparece uma oração que, mesmo estando desenvolvida, NÃO
apresenta conectivo.
a) Mas dos malucos também se dizia que “estavam nervosos” [...].
b) [...] creio que logo se arrependeu, pois me obrigou a jurar que jamais repetiria a alguém o
seu segredo.
c) [...] nem sei que impulso de desabafo levou-a a me falar nela [...].
d) Gostamos de ser diferentes - contanto que a diferença não se veja.
e) Mas, se ela tivesse um pé infantil, ou seios senis, será que os declararia com a mesma
complacência?

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10. (EFOMM/2021)
“Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso.”
Assinale a opção em que a oração reduzida DESFAZ o sentido de oposição do período acima.
a) Malgrado vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
b) Mesmo vasculhando a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
c) Em vasculhando a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
d) A despeito de vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
e) Não obstante vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.

11. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que se cometeu erro na análise da função sintática concernente às
orações destacadas.
a) “Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade (13°§) - (objeto
direto).
b) “Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia [...].” (3°§) - (complemento
nominal)
c) “[...] cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado [...].”
(16°§) - (adjunto adverbial de causa)
d) “Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem clamávamos paizinho (9°§) -
(objeto indireto).
e) “Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo (19°§) - (sujeito)

12. (EFOMM/2017)
Assinale a opção em que se constata a presença de um período composto.
a) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
b) Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o
filme A festa de Babette (...)
c) Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma
festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças.
e) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e
ressurreição de Cristo (...)

13. (AFA/2013)
Analise o período abaixo:

“A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um aporte de


150 milhões de dólares da Microsoft.” (l. 12 a 15)

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Nele, pode-se afirmar que


a) a conjunção e estabelece, entre as orações coordenadas, um sentido adversativo.
b) a conjunção porque introduz ideia de causa à primeira oração do período.
c) há três orações, cujos núcleos são transitivos diretos.
d) o verbo receber possui somente objeto direto.

14. (AFA/2013)
Analise o excerto abaixo e assinale V para as proposições (verdadeiras) e F para as (falsas).

Em astronomia, quando as órbitas de duas estrelas se entrecruzam por causa da interação


gravitacional, tem-se um sistema binário. (l. 01-03)

( ) A oração principal é constituída por sujeito simples.


( ) Há três elementos que exercem função sintática adverbial.
( ) O verbo entrecruzar é formado pelo processo de formação vocabular parassíntese.
( ) As duas ocorrências do se classificam-se morfologicamente como pronome pessoal
oblíquo.
( ) Há, no excerto, uma preposição e uma locução prepositiva que estabelecem relações
de estado e consequência, respectivamente.

A sequência correta é:
a) V – F – V – F – V
b) V – V – F – F – F
c) F – F – F – V – V
d) F – V – F – V – F

15. (Esc. Naval/2010)


Em que opção o valor da oração sublinhada está correto?
a) "Se não sentir fome ou dor, ele curte."(4° §) – Concessão.
b) "Como não tem nada, pode ver tudo."(2° §) – Causa.
c) "Depois que começou o medo da violência, ele ficou mais visível."(5°§) – Finalidade.
d) "Mesmo em quem não o olha, ele nota um fremir quase imperceptível à sua presença."(5°
§) – Proporção.
e) Porém, normalmente mães e pais evitam explicações, para não despertar uma
curiosidade infantil [...]"(7°§) – Consequência.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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16. (AFA/2011)
A relação estabelecida entre as orações do período “Desde que aprende a andar, sabe jogar.”,
(l. 05, Texto II), é igual à do período:
a) “Como trabalho em casa, assisto a um grande número de jogos e programas esportivos.” (l.
01 e 02, Texto I)
b) “Muitas parecem iguais, mas não são.” (l. 49, Texto I)
c) “Quando se quebra, a multidão o devora.” (l. 39, Texto II)
d) “Esse corpo está com mais remendos que roupa de palhaço.” (l. 31 e 32, Texto II)

Lista 02 – Gabarito

1. C 7. C 13. A
2. D 8. D 14. B
3. E 9. C 15. B
4. C 10. C 16. C
5. A 11. B
6. E 12. C

Lista 02 – Exercícios resolvidos


1. (Esc. Naval/2017)
O autor é quem escreve, mas o livro é de quem lê, e isso de uma forma muito mais
abrangente do que o conceito de propriedade privada - comprei, é meu. O livro é de quem
lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que
tenha sido encontrado num banco de praça. (Trecho do texto em que se encontra o trecho
analisado a seguir.)
Analise o trecho a seguir.

“[...] - comprei, é meu.”

Que relação semântica a segunda oração estabelece com a primeira?


a) Adição.
b) Explicação.
c) Conclusão.
d) Causa.
e) Conformidade.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Comentários
Nesse caso, nos deparamos com uma construção típica da língua portuguesa, em que
uma pausa é capaz de construir uma relação de significação implícita e decorrente da leitura.
Por isso, sempre falamos da importância da leitura e da compreensão do contexto. Não se
esqueça disso nunca mais: o contexto é preponderante sempre. No caso, entre a primeira e a
segunda orações, encontramos uma relação de conclusão, dado que a ideia de que o produto
pertence ao interlocutor é proveniente do fato de ter comprado tal produto. Ou seja,
“Comprei, logo é meu”, sendo essa a leitura importante para o caso.
Gabarito: C
2. (AFA/2018)
Analise as assertivas que dizem respeito ao trecho a seguir.

“Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do
teórico da comunicação americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo
até morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The guardian.” (ref. 3)

I. O primeiro período é constituído de uma oração absoluta sem sujeito.


II. Está de acordo com a Norma Gramatical Brasileira a seguinte reescrita – Não se trata de uma
tese nova: esta tese foi levantada pela primeira vez em 1985.
III. O termo Neil Postman classifica-se como agente da passiva, uma vez que é o elemento que
realiza a ação expressa na locução verbal indicativa de voz passiva.
IV. O termo do teórico da comunicação americano associa-se a um substantivo,
especificando-lhe o sentido, sendo, portanto, um adjunto adnominal.
V. O substantivo livreto encontra-se flexionado no grau diminutivo sintético para representar
uma relação de tamanho.

Está correto o que se afirma apenas em


a) I e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) IV e V.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o item I está incorreto, uma vez que o primeiro
período é uma oração absoluta de sujeito indeterminado, e o item III também está incorreto,
pois Neil Postman é um aposto especificativo, que especifica quem é o teórico da
comunicação americano.
A alternativa B está incorreta, pois o item II está incorreto, dado que o pronome
demonstrativo previsto para se referir à informação já mencionada é essa, e não esta.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa C está incorreta, pois os itens II e III estão errados, como se viu nas
alternativas A e B.
A alternativa D está correta, pois o item IV está correto, dado que do teórico da
comunicação americano especifica o termo livreto, estabelecendo uma relação de posse, o
que configura um adjunto adnominal, e o item V também está correto, posto que livreto é a
flexão no grau diminutivo sintético do substantivo livro, estabelecendo uma relação do
tamanho do livro.
Gabarito: D

3. (EFOMM/2021)
Assinale a opção em que se encontra um período composto por coordenação e por
subordinação.
A) "Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo
passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado."
B) "Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando."
C) "Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso."
D) "Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa."
E) "Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu
para um espetáculo [... ] "

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “onde era o antigo passadiço” é subordinada adjetiva
e “ao pé dos trilhos de bondes estava um burro deitado” é oração principal.
A alternativa B está incorreta, pois há duas orações coordenadas assindétcas no trecho,
sem nenhuma forma de subordinação.
A alternativa C está incorreta, pois a oração “por mais que vasculhe a consciência” é
subordinada adverbial; “não acho pecado” é oração principal; e “que mereça remorso” é
subordinada adjetiva.
A alternativa D está incorreta, pois todas as orações são classificadas como
coordenadas assindéticas.
A alternativa E está correta, pois o “porém” entre vírgulas caracteriza a existência de
uma oração coordenativa; e “achar no leitor menor gosto” apresenta classificação de oração
subordinada substantiva objetiva direta em relação ao verbo “receio”. Além disso, “que eu
para um espetáculo” é uma comparativa.
Gabarito: E
4. (EFOMM/2018)
Assinale a opção em que a oração sublinhada NÃO se classifica como subordinada adverbial.
A) (...) os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe.
B) Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
C) Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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D) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce
de abóbora e coco.
E) Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois aqui temos uma oração subordinada adverbial
causal.
A alternativa B está incorreta, pois aqui temos uma oração subordinada adverbial
causal.
A alternativa C está correta, pois a oração “onde o sol dourado” é uma oração
subordinada adjetiva restritiva. “onde” aqui é pronome relativo substituindo “areia”: “o sol
dourado atravessa a água rasa na areia”.
A alternativa D está incorreta, pois aqui temos uma oração subordinada adverbial
comparativa.
A alternativa E está incorreta, pois aqui temos uma oração subordinada adverbial
temporal.
Gabarito: C
5. (EFOMM/2014)
Assinale a opção em que NÃO aparece uma oração adjetiva.
A) E dizer que desde que esse menino nasceu tento provar-lhe que já não estamos (...)
B) Também uma manta escocesa, de suaves lãs macias, que a mãe da gente trouxe embaixo
do braço (...)
C) Como é que gente que gosta de ler pode deixar os próprios livros numa bagunça dessas?
D) (...) custava você pendurar essas calças nesse guarda-roupa que é para você, sozinho, que
é provido de cabides (...)
E) Guardo os chinelos, que ficam sempre emborcados.

Comentários:
A alternativa A está correta, pois aqui temos um período composto por subordinação
substantiva: “que desde que esse menino nasceu” e “já não estamos” são orações
subordinadas substantivas objetivas diretas.
A alternativa B está incorreta, pois “que a mãe da gente trouxe embaixo do braço” é
uma oração adjetiva, com pronome relativo “que” remetendo a “uma manta escocesa”.
A alternativa C está incorreta, pois “que gosta de ler” é uma oração adjetiva, com
pronome relativo “que” remetendo a “gente”.
A alternativa D está incorreta, pois “que é para você” e “que é provido de cabides” são
orações adjetivas, com pronome relativo “que” remetendo a “guarda-roupa” em ambas.

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A alternativa E está incorreta, pois “que ficam sempre emborcados” é uma oração
adjetiva, com pronome relativo “que” remetendo a “chinelos”.
Gabarito: A
6. (EFOMM/2013)
Assinale a opção em que se analisou ERRONEAMENTE a circunstância estabelecida pela
oração destacada.
A) Ainda que tivesse escondido o infame objeto, emudeceria (...). – concessão.
B) Os golpes que recebi antes do caso do cinturão, puramente físicos, desapareciam quando
findava a dor. – tempo.
C) O suplício durou bastante, mas, por muito prolongado que tenha sido, não igualava a
mortificação da fase preparatória (...) – concessão.
D) Antes de adormecer, cansado, vi meu pai dirigir-se à rede (...). – tempo.
E) E ali permaneci, miúdo, insignificante, tão insignificante e miúdo como as aranhas que
trabalhavam na telha negra. – consequência.

Comentários:
A alternativa A está correta, pois há uma noção de concessão estabelecida a partir do
conectivo “ainda que”.
A alternativa B está correta, pois há uma noção de temporalidade estabelecida a partir
do conectivo “quando”.
A alternativa C está correta, pois há uma noção de concessão estabelecida a partir a
ideia de que o suplício durou bastante, mas independentemente disso, não igualava ao que
sentira na fase preparatória. Poderíamos reescrever com o uso do “embora”: “O suplício durou
bastante, mas, embora tenha sido muito prolongado, não igualava a mortificação da fase
preparatória (...)”
A alternativa D está correta, pois há uma noção de temporalidade estabelecida a partir
do conectivo “Antes de”.
A alternativa E está incorreta, pois aqui a oração tem valor comparativo, não
consecutivo.
Gabarito: E
7. (EFOMM/2013)
Assinale a opção em que NÃO se estabelece uma relação de condição entre as orações.
A) Se não fosse ele, a flagelação me haveria causado menor estrago.
B) Se o pavor não me segurasse, tentaria escapulir-me (...).
C) O homem não me perguntava se eu tinha guardado a miserável correia (...).
D) Se o moleque José ou um cachorro entrasse na sala, talvez as pancadas se transferissem.
E) Se meu pai se tivesse chegado a mim, eu o teria recebido sem o arrepio (...).

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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois em “Se não fosse ele” há uma ideia de condição: o
que aconteceria caso ele não tivesse aparecido.
A alternativa B está incorreta, pois em “Se o pavor não me segurasse” há uma ideia de
condição: o que aconteceria caso o pavor não me segurasse.
A alternativa C está correta, pois o “se” aqui é uma conjunção integrante, introduzindo
uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
A alternativa D está incorreta, pois em “Se o moleque José ou um cachorro entrasse na
sala” há uma ideia de condição: o que aconteceria caso o moleque José ou um cachorro
entrasse na sala.
A alternativa E está incorreta, pois em “Se meu pai se tivesse chegado a mim” há uma
ideia de condição: o que aconteceria caso o pai tivesse se chegado.
Gabarito: C
8. (EFOMM/2022)
Assinale a opção em que a oração sublinhada cumpre a função de um objeto direto.
a) Parece que o principal impedimento é o estético.
b) Ter o coração do lado direito é uma glória, mas um braço menor que o outro é uma
tragédia.
c) Antigamente havia as doenças secretas, que só se nomeavam em segredo ou sob
pseudônimo.
d) Mulheres discutem com prazer seus casos ginecológicos; uma diz abertamente que já não
tem um ovário [...].
e) Mas tivesse aquela pessoa o olho que não enxerga coalhado pela gota-serena, jamais se
referiria ao defeito em público [...].

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque a oração encontrada desempenha a função
sintática de sujeito da oração principal. O verbo “parecer” é chamado de verbo “unipessoal”,
ou seja, só aceita um elemento como seu “complemento”. Como não é impessoal, esse
elemento será o sujeito.
A alternativa B está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma
oração subordinada substantiva subjetiva, no caso, reduzida de infinitivo. Ela é o sujeito do
verbo “ser”, encontrado na oração principal.
A alternativa C está incorreta, porque essa oração em destaque é uma construção
adjetiva, dado que acrescenta uma leitura de explicação com relação ao termo “as doenças
secretas”, indicando-lhe um comentário que auxilia na compreensão do texto.
A alternativa D está correta, porque a oração em destaque complementa,
sintaticamente, o sentido do verbo “dizer”, encontrado na oração principal. Como ela não vem
acompanhada de uma preposição, deve ser classificada como uma oração subordinada com
função sintática de objeto direto.

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A alternativa E está incorreta, porque a oração em destaque é uma oração modificadora


do elemento “o olho”, dando a ele uma leitura de restrição, de particularização. Dessa forma,
compreende-se que estamos diante de uma oração subordinada adjetiva e não de uma
substantiva objetiva direta.
Gabarito: D
9. (EFOMM/2022)
Assinale a opção em que aparece uma oração que, mesmo estando desenvolvida, NÃO
apresenta conectivo.
a) Mas dos malucos também se dizia que “estavam nervosos” [...].
b) [...] creio que logo se arrependeu, pois me obrigou a jurar que jamais repetiria a alguém o
seu segredo.
c) [...] nem sei que impulso de desabafo levou-a a me falar nela [...].
d) Gostamos de ser diferentes - contanto que a diferença não se veja.
e) Mas, se ela tivesse um pé infantil, ou seios senis, será que os declararia com a mesma
complacência?

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque a oração “que ‘estavam nervosos’” apresenta-se
como uma subordinada e introduzida pela conjunção “que”. Ou seja, além de desenvolvida,
é introduzida por conectivo.
A alternativa B está incorreta, porque, nesse caso, a oração “que logo se arrependeu”
apresenta-se como subordinada e introduzida por conjunção. Da mesma forma, as orações
“pois me obrigou” e “que jamais repetiria a alguém o seu segredo” apresentam-se
desenvolvidas e com conectivos.
A alternativa C está correta, porque, nesse caso, a oração “levou-a a me falar nela” é
uma oração que modifica a ideia apresenta em “impulso de desabafo”, sendo classificada
como uma oração desenvolvida, mas sem o conectivo típico dessas orações, como sabemos,
a noção de um pronome relativo.
A alternativa D está incorreta, porque a oração “contanto que a diferença não se veja”
apresenta-se como desenvolvida e introduzida por meio de um conectivo, no caso, o
“contanto que”.
A alternativa E está incorreta, porque a oração “se ela tivesse um pé infantil” apresenta-
se introduzida pela conjunção subordinativa “se”, assim como a oração “que os declararia com
a mesma complacência”, em qua há o conectivo “que”.
Gabarito: C
10. (EFOMM/2021)
“Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso.”
Assinale a opção em que a oração reduzida DESFAZ o sentido de oposição do período acima.
a) Malgrado vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
b) Mesmo vasculhando a consciência, não acho pecado que mereça remorso.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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c) Em vasculhando a consciência, não acho pecado que mereça remorso.


d) A despeito de vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.
e) Não obstante vasculhar a consciência, não acho pecado que mereça remorso.

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque a reescrita, com o conectivo “malgrado” mantém
a relação de oposição encontrada no original, transcrito no enunciado da questão em análise.
A alternativa B está incorreta, porque a reescrita, com o conectivo “mesmo” mantém a
relação de oposição encontrada no original, transcrito no enunciado da questão em análise.
A alternativa C está correta, porque a redução “em vasculhando” apresenta a leitura
dupla, ambígua, de tempo ou condição. Dessa forma, desfaz-se a oposição, por apresentar
outra leitura que não a concessiva.
A alternativa D está incorreta, porque a reescrita, com a redução em “a despeito”
mantém a relação de oposição encontrada no original, transcrito no enunciado da questão em
análise.
A alternativa E está incorreta, porque a reescrita, com o conectivo “não obstante”
mantém a relação de oposição encontrada no original, transcrito no enunciado da questão em
análise.
Gabarito: C

11. (EFOMM/2019)
Assinale a opção em que se cometeu erro na análise da função sintática concernente às
orações destacadas.
a) “Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade (13°§) - (objeto
direto).
b) “Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia [...].” (3°§) - (complemento
nominal)
c) “[...] cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado [...].”
(16°§) - (adjunto adverbial de causa)
d) “Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem clamávamos paizinho (9°§) -
(objeto indireto).
e) “Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo (19°§) - (sujeito)

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque, nesse caso, a oração em destaque é classificada
como o objeto direto da locução verbal “queria dizer”, como indicado.
A alternativa B está incorreta, porque a oração em destaque é relacionada com o verbo
“me reporto”, funcionando como uma oração com função sintática de objeto direto e não de
complemento nominal, por sua natureza.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa C está incorreta, porque, nesse caso, a oração em destaque é classificada


como uma adverbial causal, sendo classificada corretamente. Ela se relaciona com a locução
verbal “cheguei a fazer”.
A alternativa D está incorreta, porque, nesse caso, a oração em destaque é classificada
como um objeto indireto do verbo “gosta”.
A alternativa E está correta, porque, nesse caso, a oração em destaque é classificada
como o sujeito do verbo “resta”.
Gabarito: B

12. (EFOMM/2017)
Assinale a opção em que se constata a presença de um período composto.
a) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
b) Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o
filme A festa de Babette (...)
c) Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma
festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças.
e) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e
ressurreição de Cristo (...)

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque, nesse período, temos somente a construção
verbal “acontece”, perfazendo um período simples e não composto, como deseja a questão
em análise.
A alternativa B está incorreta, porque, nesse período, só há uma representação verbal,
uma locução, construída em “cheguei a dedicar”. Não é uma construção com oração reduzida,
logo, sendo um período simples e não composto.
A alternativa C está correta, porque, nesse caso, temos um período composto, formado
por subordinação. As orações são: “Não pode imaginar a transformação” e “que está sendo
preparada”, com uma locução verbal. Essa segunda oração é classificada como uma oração
subordinada adjetiva restritiva.
A alternativa D está incorreta, porque, nesse período, temos somente a construção
verbal “se transformou”, perfazendo um período simples e não composto, como deseja a
questão em análise.
A alternativa E está incorreta, porque, nesse período, só há uma representação verbal,
uma locução, construída em “está representado”. Não é uma construção com oração reduzida,
logo, sendo um período simples e não composto.
Gabarito: C
13. (AFA/2013)
Analise o período abaixo:

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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“A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um aporte de


150 milhões de dólares da Microsoft.” (l. 12 a 15)

Nele, pode-se afirmar que


a) a conjunção e estabelece, entre as orações coordenadas, um sentido adversativo.
b) a conjunção porque introduz ideia de causa à primeira oração do período.
c) há três orações, cujos núcleos são transitivos diretos.
d) o verbo receber possui somente objeto direto.

Comentários
A alternativa A está correta, porque, ainda que pouco usual, a conjunção “e”, que liga
as duas primeiras orações, apresenta uma relação de quebra de expectativa com relação à
primeira, dado que temos a oposição a estar à beira da falência.
A alternativa B está incorreta, porque a oração introduzida pelo conectivo “porque”
apresenta leitura de causa da segunda oração e não da primeira. Essa oração é causa da
sobrevida ganha pela Apple.
A alternativa C está incorreta, porque, ainda que realmente tenhamos três orações,
percebe-se que somente os verbos “ganhou” e “recebeu” são transitivos diretos. O verbo
“estava”, no contexto, apresenta-se como um verbo de ligação.
A alternativa D está incorreta, porque o verbo “receber” apresenta-se como um verbo
transitivo direto, dado que apresenta, como complementação, o trecho “um aporte de 150
milhos de dólares da Microsoft”.
Gabarito: A
14. (AFA/2013)
Analise o excerto abaixo e assinale V para as proposições (verdadeiras) e F para as (falsas).

Em astronomia, quando as órbitas de duas estrelas se entrecruzam por causa da interação


gravitacional, tem-se um sistema binário. (l. 01-03)

( ) A oração principal é constituída por sujeito simples.


( ) Há três elementos que exercem função sintática adverbial.
( ) O verbo entrecruzar é formado pelo processo de formação vocabular parassíntese.
( ) As duas ocorrências do se classificam-se morfologicamente como pronome pessoal
oblíquo.
( ) Há, no excerto, uma preposição e uma locução prepositiva que estabelecem relações
de estado e consequência, respectivamente.

A sequência correta é:

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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a) V – F – V – F – V
b) V – V – F – F – F
c) F – F – F – V – V
d) F – V – F – V – F

Comentários
A primeira afirmação está correta, porque a oração principal é “tem-se um sistema
binário”, sendo o elemento “um sistema binário” o sujeito simples, dado termos somente um
núcleo, o substantivo “sistema”.
A segunda afirmação está correta, porque, nesse caso, temos três elementos com valor
adverbial, a saber: “em astronomia”, “quando as órbitas de duas estrelas se entrecruzam” e
“por causa da interação gravitacional”.
A terceira afirmação está incorreta, porque o verbo em questão é formado pelo
processo de prefixação, dado que somente o prefixo “entre” é adicionado ao verbo “cruzar”,
não tendo ocorrência de parassíntese.
A quarta afirmação está incorreta, porque, nesse caso, o primeiro “se” é classificado
como um pronome pessoal oblíquo, enquanto a segunda ocorrência é um fator expletivo,
dado que a construção “tem-se” é gramaticalmente incorreta.
A quinta afirmação está incorreta, porque, no excerto, encontramos as preposições
“em”, que apresenta relação de lugar com relação à astronomia; a preposição “de”, que
apresenta relação de posse; e a construção “por causa da”, que apresenta leitura de causa e
não de consequência.
Gabarito: B
15. (Esc. Naval/2010)
Em que opção o valor da oração sublinhada está correto?
a) "Se não sentir fome ou dor, ele curte."(4° §) – Concessão.
b) "Como não tem nada, pode ver tudo."(2° §) – Causa.
c) "Depois que começou o medo da violência, ele ficou mais visível."(5°§) – Finalidade.
d) "Mesmo em quem não o olha, ele nota um fremir quase imperceptível à sua presença."(5°
§) – Proporção.
e) Porém, normalmente mães e pais evitam explicações, para não despertar uma
curiosidade infantil [...]"(7°§) – Consequência.

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma
oração adverbial, contudo com valor de condição e não de concessão. Isso ocorre porque ela
apresenta noção de oposição de ocorrência com relação à ideia vinculada na oração principal.
A alternativa B está correta, porque, nesse caso, temos realmente a causa da oração
principal. Podemos construir a ideia de “Pode ver tudo, porque não tem nada”. Notem, ainda,
que essa ideia é meio paradoxal, mas sem uma construção opositiva.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa C está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma


oração adverbial, contudo com valor de tempo e não de finalidade. Isso ocorre porque ela
apresenta noção de momento de ocorrência com relação à ideia vinculada na oração
principal.
A alternativa D está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma
oração adverbial, contudo com valor de concessão e não de proporção. Isso ocorre porque
ela apresenta oposição com relação à ideia vinculada na oração principal.
A alternativa E está incorreta, porque a oração em destaque é classificada como uma
oração adverbial, mas com valor de finalidade. A ideia é a de que os pais evitam as explicações
com o objetivo de não despertar uma curiosidade infantil.
Gabarito: B
16. (AFA/2011)
A relação estabelecida entre as orações do período “Desde que aprende a andar, sabe jogar.”,
(l. 05, Texto II), é igual à do período:
a) “Como trabalho em casa, assisto a um grande número de jogos e programas esportivos.” (l.
01 e 02, Texto I)
b) “Muitas parecem iguais, mas não são.” (l. 49, Texto I)
c) “Quando se quebra, a multidão o devora.” (l. 39, Texto II)
d) “Esse corpo está com mais remendos que roupa de palhaço.” (l. 31 e 32, Texto II)

Comentários
A alternativa A está incorreta, porque, no período original, temos uma leitura de tempo,
compreendendo que temos uma noção temporal na oração “Desde que aprende a andar”.
Nessa alternativa, temos a leitura de causa.
A alternativa B está incorreta, porque, no período original, temos uma leitura de tempo,
compreendendo que temos uma noção temporal na oração “Desde que aprende a andar”.
Nessa alternativa, temos a leitura de adversidade, oposição.
A alternativa C está correta, porque, assim como ocorre em “Desde que aprende a
andar”, a oração “quando se quebra” apresenta a leitura de temporalidade, ou seja, ambas
são classificadas como adverbiais temporais.
A alternativa D está incorreta, porque, no período original, temos uma leitura de tempo,
compreendendo que temos uma noção temporal na oração “Desde que aprende a andar”.
Nessa alternativa, temos a leitura de comparação.
Gabarito: C

Lista 03 – Exercícios sem resolução


01. (Estratégia Militares/2020)
Assinale, a seguir, a alternativa em que a reescrita da oração destacada mantém-se com o
mesmo significado da oração original.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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“E ela consegue isso por uma estranha norma estética: a que decreta a criatividade deturpada
da publicidade enquanto as potências da arte são confinadas ao espaço dos
especialistas.”

a) “quando há confinamento, no espaço dos especialistas, das potências de arte”.


b) “ao mesmo tempo em que são confinadas, ao espaço dos especialistas, as potências da
arte”.
c) “de modo que há confinamento das potências da arte ao espaço dos especialistas”.
d) “depois que as potências da arte são confinadas ao espaço dos especialistas”.
e) “agora que há confinamento, no espaço dos especialistas, das potências da arte”.

2. (Estratégia Militares/2020)
Em “da verruga que se perdia no meio uma cabeleira crespa e bela”, a oração destacada
apresenta significação de
a) consequência.
b) causa.
c) restrição.
d) explicação.

3. (Estratégia Militares/2020)
Assinale, a seguir, a alternativa em que as orações se relacionam somente por coordenação.
a) Os pais que iam à escola sempre eram muito educados com os professores.
b) Estávamos estudando muito, passaremos, pois, na nossa prova desse mês.
c) É improvável que todos consigam sair de casa ao mesmo tempo, como pensado.
d) Quando ficamos em casa e nos alimentamos, temos uma vida mais saudável.

4. (Estratégia Militares/2020 – Profª. Celina Gil)


Entre as várias técnicas do yoga, os exercícios respiratórios (Pránayáma) parecem ser os
que exercem maior influência nos estados de humor, justamente pela notória relação das
emoções com a respiração. A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos
involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle voluntário. Assim, as
características da respiração se ajustam de acordo com as emoções. Entretanto, é possível
alterar voluntariamente seu ritmo, frequência e profundidade. As técnicas respiratórias
orientam justamente esse controle voluntário, exercendo influência em mecanismos
involuntários que regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular a
interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e, consequentemente, o eixo
HPHPA. Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o
sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Com a prática dos exercícios propostos pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à


elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral),
começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo
consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca. As técnicas têm
como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Esse princípio conduz a
um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência
cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório
involuntário é profundamente alterado. Essas pesquisas talvez expliquem por que os
praticantes de ioga sejam menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de
humor e respondam melhor às alterações emocionais negativas.
Uol, setembro de 2009. Disponível em: <
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/a_ciencia_da_ioga.html> Acesso em 01 mai.2019.

Assinale a alternativa em que a oração destacada expressa ideia de consequência:


a) “(...) mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário
é profundamente alterado”
b) “(...) começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o
indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca”
c) “Com a prática dos exercícios propostos pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à
elevação de CO2”
d) “Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o sistema
simpático e estimular o sistema parassimpático.”
e) “Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga sejam menos propensos
a desenvolver transtornos de ansiedade.”

5. (Estratégia Militares/2020 – Profª. Celina Gil)


Nenhuma linhagem é tão icônica para a Paleontologia quanto a linhagem dos
dinossauros. Muitas crianças despertam seu interesse pela ciência desde cedo quando
começam a ler sobre estes gigantes (nem todos) da Era Mesozoica. Neste mês, senti um misto
de nostalgia e de felicidade ao me deparar com relançamento do famoso álbum do extinto
chocolate Surpresa. Em minha infância, colecionando os cards que continham informações
dos animais no verso, pude retornar ao tempo pela primeira vez. Nem todos os cards
retratavam dinossauros, havia um pterossauro, um lepidossauro, um ictiossauro e até mesmo
um sinapsídeo. É comum que o conhecimento popular e a própria divulgação científica
nomeiem erroneamente de dinossauros todas estas linhagens distintas. Cabe aos professores
de Paleontologia colocar “cada dinossauro no seu galho”. E cabe aos mesmos ensinar sobre
uma das mais conhecidas divisões dentro de uma linhagem de organismos. Tradicionalmente,
os dinossauros são divididos em dois grupos: os ornitísquios (Ornithischia), que apresentam
os ossos pélvicos como na maioria dos répteis, e os saurísquios (Saurischia), que apresentam
os ossos da pelve como nas aves, sendo estes últimos divididos em saurísquios saurópodes
(Saurischia Sauropodomorpha), herbívoros, e saurísquios terópodes (Saurischia Theropoda),
carnívoros.
No entanto, há poucos dias, três pesquisadores da Universidade de Cambridge e do
Museu de História Natural de Londres propuseram, em um artigo da revista Nature, uma nova
hipótese que fez tremer a árvore filogenética dos dinossauros. Como contam em seu artigo,

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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desde 1887 já são reconhecidas as linhagens Ornisthischia e Saurischia. Desde antes de que
a própria linhagem Dinossauria fosse proposta, o que aconteceu em 1974, com a junção
daquelas duas linhagens. Como se vê, por mais de um século, os paleontólogos consideram
os ornitísquios e os saurísquios como representantes de linhagens distintas. Este se tornou um
dogma da Paleontologia. Na opinião dos autores do artigo, muitas análises filogenéticas foram
feitas ao longo dos anos sem dar a devida atenção a possibilidade de que a clássica divisão
da linhagem Dinossauria pudesse estar equivocada. Através de um levantamento muito
completo de inúmeros caracteres de dinossauros basais (tanto de saurísquios quanto de
ornitísquios) e de representantes dos Dinosaurophorma (grupo-irmão dos dinossauros,
composto por répteis que quase são dinossauros), os autores propõe uma hipótese nova para
as relações de parentesco dentro da linhagem Dinossauria. É a derrocada de um dogma
centenário!
Rafael Faria, Dinossauros e Dogmas In: PaleoMundo, 11/04/2017. Disponível em:
<https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2017/04/11/dinossauros-e-dogmas/> Acesso em 02 mai.2019.

Assinale a única alternativa em que o termo destacado não pode ser considerado uma oração
subordinada adjetiva:
a) “os ornitísquios (Ornithischia), que apresentam os ossos pélvicos como na maioria dos
répteis,”
b) “e os saurísquios (Saurischia), que apresentam os ossos da pelve como nas aves,”
c) “(...) uma nova hipótese que fez tremer a árvore filogenética dos dinossauros.”
d) “grupo-irmão dos dinossauros, composto por répteis que quase são dinossauros”
e) “É comum que o conhecimento popular e a própria divulgação científica nomeiem
erroneamente (...).”

6. (ITA/2019)
Assinale a alternativa em que o trecho sublinhado expressa ideia de causa.
a) Essa distinção das expressões deu-se em boa parte pela institucionalização do graffiti,
com os primeiros resquícios já na década de 1970.
b) Enquanto o graffiti foi sendo introduzido como uma nova expressão de arte
contemporânea, a pichação utilizou o princípio de não autorização para fortalecer sua
essência.
c) A rejeição do público geral reside na falta de compreensão e intelecção das inscrições;
apenas os membros da própria comunidade decifram o conteúdo.
d) Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caíram em contradição.
e) O grafiteiro é visto hoje como artista plástico, possuindo as características de todo e
qualquer artista contemporâneo, incluindo a prática e o status.

7. (ITA/2019)
Assinale a alternativa cujo trecho sublinhado denota uma condição.
a) [...] trazem à tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte
contemporânea, o movimento perderia sua essência?
AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO
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b) [...] ele ganhou em força, criatividade e técnica, sendo reconhecido hoje no Brasil como
graffiti artístico.
c) Muito além da diferenciação conceitual entre as expressões – ainda que elas compartilhem
da mesma matéria-prima [...]
d) Ela é evidenciada pela impossibilidade de inserção em qualquer estatuto pré-estabelecido,
pois isso pressuporia a diluição e a perda de sua potência signo-estética.
e) “Se alguém faz alguma coisa no seu trabalho, isso é positivo, para mim, porque escolheram
a minha peça entre as expostas” [...]

8. (ITA/2012)
Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha de S. Paulo que 6a abertura de
uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao bairro. Não é difícil
imaginar que alguns vizinhos do Morumbi compartilhem esse medo e prefiram o isolamento
garantido com a inexistência de transporte público de massa por ali.
Mas à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por levantar muros, erguer fortalezas
e se refugiar em ambientes distantes do Brasil real, o poder público não fez a sua parte em
desmentir que a chegada do transporte de massas não degrade a paisagem urbana.
Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, e grande especialista em
transporte coletivo, diz que não basta criar corredores de ônibus bem asfaltados e servidos
por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa iluminação, calçamento, limpeza e paisagismo
que circundam estações de metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar o status que o
transporte público tem em uma determinada cidade.
Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está esburacada, há sujeira e a escuridão
afugenta pessoas à noite, é normal que moradores não queiram a chegada do transporte de
massa.
A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa vitaminar uma
área, não destruí-la.
Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, 2a avenida ficou menos tétrica,
quase bonita. Quando o corredor da Rebouças fez pontos muito modestos, que acumulam
diversos ônibus sem dar vazão a desembarques, 3a imagem do engarrafamento e da bagunça
vira um desastre de relações públicas.
Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da rua, como os “trams” das cidades
alemãs e suíças. Mesmo em uma cidade de 16 milhões de habitantes na Turquia, país
emergente como o Brasil, houve cuidado com os abrigos feitos de vidro, com os bancos
caprichados – em formato de livro – e com a iluminação. Restou menos espaço para os carros
porque a ideia ali era tentar convencer na marra os motoristas a deixarem mais seus carros em
casa e usarem o transporte público.
Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem com um Minhocão*, o Godzilla
do centro de São Paulo, os moradores deveriam protestar, pedindo melhorias no projeto,
detalhamento dos materiais, condições e impacto dos trilhos na paisagem urbana. Se forem
como os antigos bondes, ótimo.
Mas se os moradores simplesmente recusarem qualquer ampliação do transporte
público, que beneficiará diretamente os milhares de prestadores de serviço que precisam

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil acreditar que o problema deles não seja a gente
diferenciada que precisa circular por São Paulo.
(Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.)
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que liga o Centro à Zona Oeste da cidade
de São Paulo.

Em sentido amplo, a relação de causa e efeito nem sempre é estabelecida por conectores
(porque, visto que, já que, pois etc.). Outros recursos também são usados para atribuir relação
de causa e efeito entre dois ou mais segmentos. Isso ocorre nas opções abaixo, exceto em
a) [...] a abertura de uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao
bairro.
b) [...] a escuridão afugenta pessoas à noite [...].
c) A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa vitaminar uma área
[...].
d) Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, a avenida ficou menos tétrica [...].
e) [...] a imagem do engarrafamento e da bagunça vira um desastre de relações públicas.

9. (ITA/2012)
Gosto de olhar as capas das revistas populares no supermercado nestes tempos de
corrida do ouro da classe C. A classe C é uma versão sem neve e de biquíni do Yukon do tio
Patinhas quando jovem pato. Lembro do futuro milionário disneyano enfrentando a nevasca
para obter suas primeiras patacas. Era preciso conquistar aquele território com a mesma
sofreguidão com que se busca, agora, fincar a bandeira do consumo no seio dos emergentes
brasileiros.
Em termos jornalísticos, é sempre aquela concepção de não oferecer o biscoito fino
para a massa. É preciso dar o que a classe C quer ler – ou o que se convencionou a pensar que
ela quer ler. Daí as políticas de didatismo nas redações, com o objetivo de deixar o texto
mastigado para o leitor e tornar estanque a informação dada ali. Como se não fosse
interessante que, ao não compreender algo, ele fosse beber em outras fontes. Hoje, com a
Internet, é facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo.
Outro aspecto é seguir ao pé da letra o que dizem as pesquisas na hora de confeccionar
uma revista popular. Tomemos como exemplo a pesquisa feita por uma grande editora sobre
“a mulher da classe C” ou “nova classe média”. Lá, ficamos sabendo que: a mulher da classe C
vai consumir cada vez mais artigos de decoração e vai investir na reforma de casa; que ela
gasta muito com beleza, sobretudo o cabelo; que está preocupada com a alimentação; e que
quer ascender social e profissionalmente. É com base nestes números que a editora oferece
o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal.
Mas no que se transformam, para o leitor, estes dados? Preocupação com alimentação?
Dietas amalucadas? A principal chamada de capa destas revistas é alguma coisa esdrúxula
como: “perdi 30 kg com fibras naturais”, “sequei 22 quilos com cápsulas de centelha asiática”,
“emagreci 27 kg com florais de Bach e colágeno”, “fiquei magra com a dieta da aveia” ou
“perdi 20 quilos só comendo linhaça”. Pelo amor de Deus, quem é que vai passar o dia
comendo linhaça? Estão confundindo a classe C com passarinho, só pode.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Quer reformar a casa? Nada de dicas de decoração baratas e de bom gosto. O objetivo
é ensinar como tomar empréstimo e comprar móveis em parcelas. Ou então alguma coisa
“criativa” que ninguém vai fazer, tipo uma parede toda de filtros de café usados. Juro que li
isso. A parte de ascensão profissional vem em matérias como “fiquei famosa vendendo
bombons de chocolate feitos em casa” ou “lucro 2500 reais por mês com meus doces”. Falar
das possibilidades de voltar a estudar, de ter uma carreira ou se especializar para ser
promovido no trabalho? Nada. Dicas culturais de leitura, filmes, música, então, nem pensar.
Cada vez que vejo pesquisas dizendo que a mídia impressa está em baixa penso nestas
revistas. A internet oferece grátis à classe C um cardápio ainda pobre, mas bem mais farto.
Será que a nova classe média quer realmente ler estas revistas? A vendagem delas é razoável,
mas nada impressionante. São todas inspiradas nas revistas populares inglesas, cuja campeã
é a “Take a Break”. A fórmula é a mesma de uma “Sou + Eu”: dietas, histórias reais de sucesso
ou escabrosas e distribuição de prêmios. Além deste tipo de abordagem também fazem
sucesso as publicações de fofocas de celebridades ou sobre programas de TV – aqui, as
novelas.
Sei que deve ser utopia, mas gostaria de ver publicações para a classe C que
ensinassem as pessoas a se alimentar melhor, que mostrassem como a obesidade anda
perigosa no Brasil porque se come mal. Atacando, inclusive, refrigerantes, redes de fast food
e guloseimas, sem se preocupar em perder anunciantes. Que priorizassem não as dietas, mas
a educação alimentar e a importância de fazer exercícios e de levar uma vida saudável.
Gostaria de ver reportagens ensinando as mulheres da classe C a se sentirem bem com seu
próprio cabelo, muitas vezes cacheado, em vez de simplesmente copiarem as famosas. Que
mostrassem como é possível se vestir bem gastando pouco, sem se importar com marcas.
Gostaria de ler reportagens nas revistas para a classe C alertando os pais para que
vejam menos televisão e convivam mais com os filhos. Que falassem da necessidade de tirar
as crianças do computador e de levá-las para passear ao ar livre. Que tivessem dicas de livros,
notícias sobre o mundo, ciências, artes – é possível transformar tudo isso em informação
acessível e não apenas para conhecedores, como se a cultura fosse patrimônio das classes A
e B. Gostaria, enfim, de ver revistas populares que fossem feitas para ler de verdade, e que
fizessem refletir. Mas a quem interessa que a classe C tenha suas próprias ideias?
(Cynara Menezes, 15/07/2011, em: http:/www.cartacapital.com.br/politica/o-que-quer-a-classe-c)

Considere as seguintes afirmações relativas a aspectos sintático-semânticos do texto:


I. A chamada “perdi 20 quilos só comendo linhaça” foi interpretada como “perdi 20 quilos
comendo só linhaça”.
II. Nos dois últimos parágrafos, há recorrência de períodos fragmentados em que faltam as
orações principais.
III. Devido à estrutura da frase “Que mostrassem como é possível se vestir bem gastando
pouco, sem se importar com marcas”, o segundo período ficaria melhor se fosse assim: “sem
se importassem com marcas”.

Está correto o que se afirma apenas em


a) I.
b) I e II.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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c) II.
d) II e III.
e) III.

10. (ITA/2011)
Véspera de um dos muitos feriados em 2009 e a insana tarefa de mover-se de um bairro
a outro em São Paulo para uma reunião de trabalho. Claro que a cidade já tinha travado no
meio da tarde. De táxi, pagaria uma fortuna para ficar parada e chegar atrasada, pois até as
vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. De ônibus, nem o corredor
funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. Uma dádiva: eu não estava de carro.
Com as pernas livres dos pedais do automóvel e um sapato baixo, nada como viver a liberdade
de andar a pé. Carro já foi sinônimo de liberdade, mas não contava com o congestionamento.
Liberdade de verdade é trafegar entre os carros, e mesmo sem apostar corrida,
observar que o automóvel na rua anda à mesma velocidade média que você na calçada. É
quase como flanar. Sei, como motorista, que o mais irritante do trânsito é quando o pedestre
naturalmente te ultrapassa. Enquanto você, no carro, gasta dinheiro para encher o ar de
poluentes, esquentar o planeta e chegar atrasado às reuniões. E ainda há quem pegue
congestionamento para andar de esteira na academia de ginástica.
Do Itaim ao Jardim Paulista, meia horinha de caminhada. Deu para ver que a Avenida
Nove de Julho está cheia de mudas crescidas de pau-brasil. E mais uma porção de cenas que
só andando a pé se pode observar. Até chegar ao compromisso pontualmente.
Claro que há pedras no meio do caminho dos pedestres, e muitas. Já foram inclusive
objeto de teses acadêmicas. Uma delas, Andar a pé: um modo de transporte para a cidade de
São Paulo, de Maria Ermelina Brosch Malatesta, sustenta que, apesar de ser a saída mais
utilizada pela população nas atuais condições de esgotamento dos sistemas de mobilidade, o
modo de transporte a pé é tratado de forma inadequada pelos responsáveis por administrar
e planejar o município.
As maiores reclamações de quem usa o mais simples e barato meio de locomoção são
os "obstáculos" que aparecem pelo caminho: bancas de camelôs, bancas de jornal, lixeira,
postes. Além das calçadas estreitas, com buracos, degraus, desníveis. E o estacionamento de
veículos nas calçadas, mais a entrada e a saída em guias rebaixadas, aponta o estudo.
Sem falar nas estatísticas: atropelamentos correspondem a 14% dos acidentes de
trânsito. Se o acidente envolve vítimas fatais, o percentual sobe para nada menos que 50% – o
que atesta a falta de investimento público no transporte a pé.
Na Região Metropolitana de São Paulo, as viagens a pé, com extensão mínima de 500
metros, correspondem a 34% do total de viagens. Percentual parecido com o de Londres, de
33%. Somadas aos 32% das viagens realizadas por transporte coletivo,que são iniciadas e
concluídas por uma viagem a pé, perfazem o total de 66% das viagens! Um número bem
desproporcional ao espaço destinado aos pedestres e ao investimento público destinado a
eles, especialmente em uma cidade como São Paulo, onde o transporte individual motorizado
tem a primazia.
A locomoção a pé acontece tanto nos locais de maior densidade –caso da área central,
com registro de dois milhões de viagens a pé por dia –, como nas regiões mais distantes, onde
são maiores as deficiências de transporte motorizado e o perfil de renda é menor. A maior
parte das pessoas que andam a pé tem poder aquisitivo mais baixo. Elas buscam alternativas

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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para enfrentar a condução cara, desconfortável ou lotada, o ponto de ônibus ou estação


distantes, a demora para a condução passar e a viagem demorada.
Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, é fácil ver carrões
que saem das garagens para ir de uma esquina a outra e disputar improváveis vagas de
estacionamento. A ideia é manter-se fechado em shoppings, boutiques, clubes, academias de
ginástica, escolas, escritórios, porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano –
dizem que é muito perigoso.
(Amália Safatle. http://terramagazine.terra.com.br, 15/07/2009. Adaptado.)

Assinale a opção em que o termo grifado NÃO indica a circunstância mencionada entre
parênteses.
a) [...] pois até as vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. (Causa)
b) Já foram inclusive objeto de teses acadêmicas. (Tempo)
c) [...] apesar de ser a saída mais utilizada pela população [...]. (Concessão)
d) Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, [...]. (Tempo)
e) [...] porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano – dizem que é muito
perigoso. (Causa)

11. (ITA/2010 – Adaptada)


Indique a opção em que o MAS tem função aditiva.
a) Atenção: na minha coluna não usei “careta” como quadrado, estreito, alienado, fiscalizador
e moralista, mas humano, aberto, atento, cuidadoso.
b) Não apenas no sentido econômico, mas emocional e psíquico: os sem autoestima, sem
amor, sem sentido de vida, sem esperança e sem projetos.
c) Não solto, não desorientado e desamparado, mas amado com verdade e sensatez.
d) [...] (não me refiro a nomes importantes, mas a seres humanos confiáveis) [...].
e) Pois, na hora da angústia, não são os amiguinhos que vão orientá-los e ampará-los, mas o
pai e a mãe – se tiverem cacife.

12. (ITA/2009)
Considere o trecho abaixo:
“Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a
novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos
são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade
do crescimento.” (3° parágrafo)

Nesse trecho, as orações adjetivas permitem afirmar que


I. nem todas as células produzem novos galhos.
II. algumas gemas se localizam nas extremidades dos galhos.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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III. todas as gemas internas nascem em outros pontos do galho.

Está(ão) correta(s)
a) apenas a I.
b) apenas I e II.
c) apenas a II.
d) apenas a III.
e) todas.

13. (ITA/2009)
As relações de causalidade são estabelecidas no texto, entre outros recursos, pelos verbos.
Assinale a opção em que o sujeito e o complemento do verbo NÃO correspondem,
respectivamente, à ordem causa-consequência:
a) O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo [...].
b) [...] a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à
tortuosidade da vegetação.
c) Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui,
influenciando o crescimento das plantas.
d) [...] o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios.
e) [...] a combinação entre sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de
incêndios determina as características da vegetação do cerrado.

14. (ITA/2008)
Observe o emprego da partícula se, em destaque, nos excertos abaixo:

I. Se no poema é assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se


movendo num campo de amplas dimensões. (linhas 09 e 10)
II. Se é verdade que eles jogam conforme esquemas de marcação e ataque, seguindo a
orientação do técnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua
percepção da jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direção, ou manter-se parado,
certo de que a bola chegará a seus pés. (linhas 10 a 13)
III. De fato, se o jogador não estiver psicologicamente preparado para vencer, não dará o
melhor de si. (linhas 50 e 51)

A partícula se estabelece uma relação de implicação em


a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

15. (ITA/2002)
Tem gente que junta os trapos, outros juntam os pedaços.
O que, empregado como conectivo, introduz uma oração:
a) substantiva.
b) adverbial causal.
c) adverbial consecutiva.
d) adjetiva explicativa.
e) adjetiva restritiva.

16. (IME/2011 - adaptada)


Assinale a alternativa em que a análise da relação de sentido expressa pelo elo coesivo
destacado em negrito está EQUIVOCADA.
a) “O resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio
preciso”.
Relação de condição: apresenta uma condição relativamente ao que se afirma na oração
anterior.
b) “O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria
das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre
espaço e tempo”.
Relação de oposição: apresenta uma argumentação contrária ao que foi dito antes.
c) “Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos
com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam
absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a
ela”.
Relação de concessão: introduz uma ideia de quebra de uma expectativa em relação ao que
se espera.
d) “Ele mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava querendo
abandonar o de tempo absoluto”.
Ligação de alternância: introduz uma oração cujo conteúdo exclui o conteúdo da outra.
e) “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui,
nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de
qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme”.
Ligação conclusiva: introduz uma conclusão relativamente ao enunciado anterior.

17. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO
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As orações destacadas a seguir apresentam qual leitura com relação ao termo “pandemia do
novo coronavírus?
Essa crise se intensificou com a recessão econômica provocada pela pandemia do novo
coronavírus, que obrigou livrarias a permanecerem fechadas e reduziu o consumo de
muitos brasileiros.

a) Restrição e explicação.
b) Explicação e adição.
c) Restrição e adição.
d) Explicação e explicação.

18. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale a alternativa em que o trecho apresentado a seguir é reescrito de forma a manter-se
a relação de significados do original.

Mas se a reforma proposta por Guedes for aprovada como está, os livros ficarão sujeitos a
uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.

a) Entretanto, mesmo que a reforma de Guedes seja aprovada como está, os livros ficarão
sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.
b) Contudo, caso a reforma proposta por Guedes seja aprovada da forma como está, os livros
ficarão sujeitos
c) Apesar da possibilidade de aprovação da proposta de Guedes da forma como está, os livros
ficarão sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.
d) Assim, ainda que a reforma proposta por Guedes venha a ser aprovada da forma como está,
os livros poderão ficar sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.

19. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Caso fossem unidos os períodos encontrados em ““Todos nós temos que jogar as cinzas do
Museu na nossa cabeça. Foi culpa nossa”, por um conectivo, esse poderia ser, com
manutenção de significados,
a) contudo.
b) portanto.
c) porque.
d) embora.

20. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale, a seguir, a alternativa em que a oração adjetiva deve ser, necessariamente,
explicativa.
AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO
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a) O simulado, que foi aplicado pelo Estratégia, era bastante completo.


b) Eles encontraram a apostila, que sempre quiseram comprar.
c) Os meninos, que tiraram as maiores notas, serão premiados hoje.
d) Ismael, que é o nosso 01, apresenta a matemática de forma límpida.

Lista 03 – Gabarito

1. B 8. C 15. E
2. C 9. B 16. D
3. B 10. D 17. B
4. B 11. B 18. B
5. E 12. E 19. C
6. A 13. D 20. D
7. A 14. C

Lista 03 – Exercícios resolvidos


01. (Estratégia Militares/2020)
Assinale, a seguir, a alternativa em que a reescrita da oração destacada mantém-se com o
mesmo significado da oração original.

“E ela consegue isso por uma estranha norma estética: a que decreta a criatividade deturpada
da publicidade enquanto as potências da arte são confinadas ao espaço dos
especialistas.”

a) “quando há confinamento, no espaço dos especialistas, das potências de arte”.


b) “ao mesmo tempo em que são confinadas, ao espaço dos especialistas, as potências da
arte”.
c) “de modo que há confinamento das potências da arte ao espaço dos especialistas”.
d) “depois que as potências da arte são confinadas ao espaço dos especialistas”.
e) “agora que há confinamento, no espaço dos especialistas, das potências da arte”.

Comentários
Alternativa A: incorreta. O trecho apresenta significação completa, sem nenhum
problema de construção. Contudo, a significação não é a mesma por dois motivos: a discussão
possível para o quando, que apresenta uma noção de tempo, mas não de concomitância,
como no original; e o uso de “no espaço dos especialistas”, que determina a existência de um
local para colocar-se os elementos artísticos.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Alternativa B: correta. Nessa reescritura, o que temos é a inversão de alguns elementos,


fato que não atrapalha a compreensão do trecho reescrito. Além disso, houve a troca pela
conjunção que continua a dar noção de concomitância.
Alternativa C: incorreta. “De modo que” é uma conjunção consecutiva, fato que altera o
significado original do trecho. Apesar de não haver outras modificações de significação, a
troca do conectivo altera completamente o sentido original do trecho.
Alternativa D: incorreta. O elemento conectivo “depois que” não apresenta a mesma
noção de concomitância do elemento original, modificando a semântica do trecho.
Alternativa E: incorreta. Mais uma vez, o elemento conectivo utilizado na reescritura, não
apresenta a mesma leitura de concomitância do original.
Gabarito: B
2. (Estratégia Militares/2020)
Em “da verruga que se perdia no meio uma cabeleira crespa e bela”, a oração destacada
apresenta significação de
a) consequência.
b) causa.
c) restrição.
d) explicação.

Comentários
Alternativa A: incorreta. Para que tivéssemos uma consequência era necessário que
tivéssemos uma causa. Sempre busque a relação de causa e consequência, sendo uma
extremamente ligada e necessária à outra.
Alternativa B: incorreta. Para que tivéssemos uma causa era necessário que tivéssemos
uma consequência no mesmo período. Sempre busque a relação de causa e consequência,
sendo uma extremamente ligada e necessária à outra.
Alternativa C: correta. Por ser uma oração ligada a um nome e iniciada por um pronome
relativo, podemos afirmar, sem maiores problemas que se trata de uma oração subordinada
adjetiva com valor de restrição. Nesse caso, a oração torna particular a verruga em questão,
em meio a um contexto em que outras fossem possíveis.
Alternativa D: incorreta. a explicação pode ser aplicada também a uma oração adjetiva
que, para representar essa ideia de explicação, deve vir, obrigatoriamente, separada por
vírgulas. Sempre busque, como indicação de explicação para as adjetivas, uma vírgula,
representação escrita da pausa da fala.
Gabarito: C
3. (Estratégia Militares/2020)
Assinale, a seguir, a alternativa em que as orações se relacionam somente por coordenação.
a) Os pais que iam à escola sempre eram muito educados com os professores.
b) Estávamos estudando muito, passaremos, pois, na nossa prova desse mês.
c) É improvável que todos consigam sair de casa ao mesmo tempo, como pensado.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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d) Quando ficamos em casa e nos alimentamos, temos uma vida mais saudável.

Comentários
Alternativa A: incorreta. Nesse caso, temos somente uma oração principal e uma oração
subordinada adjetiva. Dessa forma, essa resposta não pode se aplicar ao enunciado da
questão.
Alternativa B: correta. Essa é a resposta correta, porque a primeira oração está
coordenada à segunda, uma sindética conclusiva, indicada pela modificação de posição da
conjunção usualmente explicativa “pois”.
Alternativa C: incorreta. Nesse caso, temos uma oração subordinada substantiva,
iniciada pelo “que”, a qual funciona como o sujeito do verbo “ser”, encontrado na primeira
oração.
Alternativa D: incorreta. Essa resposta não está correta, visto que, apesar de termos uma
coordenação entre as duas orações temporais, não há somente coordenação, visto que essas
são orações subordinadas.
Gabarito: B
4. (Estratégia Militares/2020 – Profª. Celina Gil)
Entre as várias técnicas do yoga, os exercícios respiratórios (Pránayáma) parecem ser os
que exercem maior influência nos estados de humor, justamente pela notória relação das
emoções com a respiração. A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos
involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle voluntário. Assim, as
características da respiração se ajustam de acordo com as emoções. Entretanto, é possível
alterar voluntariamente seu ritmo, frequência e profundidade. As técnicas respiratórias
orientam justamente esse controle voluntário, exercendo influência em mecanismos
involuntários que regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular a
interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e, consequentemente, o eixo
HPHPA. Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o
sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.
Com a prática dos exercícios propostos pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à
elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral),
começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo
consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca. As técnicas têm
como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Esse princípio conduz a
um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência
cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório
involuntário é profundamente alterado. Essas pesquisas talvez expliquem por que os
praticantes de ioga sejam menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de
humor e respondam melhor às alterações emocionais negativas.
Uol, setembro de 2009. Disponível em: <
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/a_ciencia_da_ioga.html> Acesso em 01 mai.2019.

Assinale a alternativa em que a oração destacada expressa ideia de consequência:


a) “(...) mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório
involuntário é profundamente alterado”

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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b) “(...) começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o
indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca”
c) “Com a prática dos exercícios propostos pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à
elevação de CO2”
d) “Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o sistema
simpático e estimular o sistema parassimpático.”
e) “Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga sejam menos
propensos a desenvolver transtornos de ansiedade.”

Comentários:
O conector que melhor expressa a ideia de consequência é o “de modo que”, presente na
oração da alternativa B. É possível comprovar essa hipótese pela substituição do termo por
um advérbio de consequência: começam a responder menos a esse aumento durante a
expiração, consequentemente, o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente,
reduzindo a frequência cardíaca. Por isso, a alternativa B é alternativa correta.
A alternativa A está incorreta, pois o conector “pois” expressa ideia de causa. Para
comprovar, basta comprovar substituir por conectores de consequência. Assim, fica claro que
o sentido não se mantém: “mesmo quando o indivíduo não está praticando, de modo que o
padrão respiratório involuntário é profundamente alterado”
A alternativa C está incorreta, pois o conector “com”, nesse caso, expressa ideia de
causa. Para comprovar, basta comprovar substituir por conectores de consequência. Assim,
fica claro que o sentido não se mantém: “De modo que a prática dos exercícios propostos
pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2”
A alternativa D está incorreta, pois o conector “com a finalidade de” expressa ideia de
finalidade. Para comprovar, basta comprovar substituir por conectores de consequência.
Assim, fica claro que o sentido não se mantém: ““Esses exercícios ativam o sistema nervoso
autônomo de modo a inibir o sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.”
A alternativa E está incorreta, pois o “que” aqui é conjunção integrante, antecedendo
um termo que exerce função de objeto direto. Para comprovar essa afirmação, basta substituir
a oração por um “isso”: “Essas pesquisas talvez expliquem isso”.
Gabarito: B
5. (Estratégia Militares/2020 – Profª. Celina Gil)
Nenhuma linhagem é tão icônica para a Paleontologia quanto a linhagem dos
dinossauros. Muitas crianças despertam seu interesse pela ciência desde cedo quando
começam a ler sobre estes gigantes (nem todos) da Era Mesozoica. Neste mês, senti um misto
de nostalgia e de felicidade ao me deparar com relançamento do famoso álbum do extinto
chocolate Surpresa. Em minha infância, colecionando os cards que continham informações
dos animais no verso, pude retornar ao tempo pela primeira vez. Nem todos os cards
retratavam dinossauros, havia um pterossauro, um lepidossauro, um ictiossauro e até mesmo
um sinapsídeo. É comum que o conhecimento popular e a própria divulgação científica
nomeiem erroneamente de dinossauros todas estas linhagens distintas. Cabe aos professores
de Paleontologia colocar “cada dinossauro no seu galho”. E cabe aos mesmos ensinar sobre
uma das mais conhecidas divisões dentro de uma linhagem de organismos. Tradicionalmente,
os dinossauros são divididos em dois grupos: os ornitísquios (Ornithischia), que apresentam

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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os ossos pélvicos como na maioria dos répteis, e os saurísquios (Saurischia), que apresentam
os ossos da pelve como nas aves, sendo estes últimos divididos em saurísquios saurópodes
(Saurischia Sauropodomorpha), herbívoros, e saurísquios terópodes (Saurischia Theropoda),
carnívoros.
No entanto, há poucos dias, três pesquisadores da Universidade de Cambridge e do
Museu de História Natural de Londres propuseram, em um artigo da revista Nature, uma nova
hipótese que fez tremer a árvore filogenética dos dinossauros. Como contam em seu artigo,
desde 1887 já são reconhecidas as linhagens Ornisthischia e Saurischia. Desde antes de que
a própria linhagem Dinossauria fosse proposta, o que aconteceu em 1974, com a junção
daquelas duas linhagens. Como se vê, por mais de um século, os paleontólogos consideram
os ornitísquios e os saurísquios como representantes de linhagens distintas. Este se tornou um
dogma da Paleontologia. Na opinião dos autores do artigo, muitas análises filogenéticas foram
feitas ao longo dos anos sem dar a devida atenção a possibilidade de que a clássica divisão
da linhagem Dinossauria pudesse estar equivocada. Através de um levantamento muito
completo de inúmeros caracteres de dinossauros basais (tanto de saurísquios quanto de
ornitísquios) e de representantes dos Dinosaurophorma (grupo-irmão dos dinossauros,
composto por répteis que quase são dinossauros), os autores propõe uma hipótese nova para
as relações de parentesco dentro da linhagem Dinossauria. É a derrocada de um dogma
centenário!
Rafael Faria, Dinossauros e Dogmas In: PaleoMundo, 11/04/2017. Disponível em:
<https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2017/04/11/dinossauros-e-dogmas/> Acesso em 02 mai.2019.

Assinale a única alternativa em que o termo destacado não pode ser considerado uma oração
subordinada adjetiva:
a) “os ornitísquios (Ornithischia), que apresentam os ossos pélvicos como na maioria dos
répteis,”
b) “e os saurísquios (Saurischia), que apresentam os ossos da pelve como nas aves,”
c) “(...) uma nova hipótese que fez tremer a árvore filogenética dos dinossauros.”
d) “grupo-irmão dos dinossauros, composto por répteis que quase são dinossauros”
e) “É comum que o conhecimento popular e a própria divulgação científica nomeiem
erroneamente (...).”

Comentários:
Para responder a essa questão, é preciso realizar a análise sintática das orações uma a uma:
Alternativa A: “os ornitísquios (Ornithischia), que apresentam os ossos pélvicos como
na maioria dos répteis,”
Oração principal: “os ornitísquios (Ornithischia)” subtendendo-se um verbo “ser”, presente
na oração anterior. Deve-se entender aqui que a oração seria “são os ornitísquios”.
Oração subordinada: “que apresentam os ossos pélvicos como na maioria dos répteis,”
Essa oração está dando uma característica ao termo “ornitísquios”, portanto, é uma oração
adjetiva, nesse caso explicativa, pois está entre vírgulas.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


101
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Alternativa B: “e os saurísquios (Saurischia), que apresentam os ossos da pelve como


nas aves,”
Oração principal: “e os saurísquios (Saurischia)” subtendendo-se um verbo “ser”, presente na
oração anterior. Deve-se entender aqui que a oração seria “são os saurísquios”.
Oração subordinada: “que apresentam os ossos da pelve como nas aves,”
Essa oração está dando uma característica ao termo “saurísquios”, portanto, é uma oração
adjetiva, nesse caso explicativa, pois está entre vírgulas.

Alternativa C: “(...) uma nova hipótese que fez tremer a árvore filogenética dos
dinossauros.”
Oração principal: “três pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Museu de
História Natural de Londres propuseram (...) uma nova hipótese”.
Oração subordinada: “que fez tremer a árvore filogenética dos dinossauros”
Essa oração está dando uma característica ao termo “hipótese”, portanto, é uma oração
adjetiva, nesse caso restritiva, pois se apresenta sem vírgulas.

Alternativa D: “grupo irmão dos dinossauros, composto por répteis que quase são
dinossauros”
Oração principal: “composto por répteis”
Oração subordinada: “que quase são dinossauros”
Essa oração está dando uma característica ao termo “répteis”, portanto, é uma oração adjetiva,
nesse caso restritiva, pois se apresenta sem vírgulas.

Alternativa E: “É comum que o conhecimento popular e a própria divulgação científica


nomeiem erroneamente (...).”
Oração principal: “É comum”
Oração subordinada: “que o conhecimento popular e a própria divulgação científica
nomeiem erroneamente”
Essa oração, diferente das anteriores, não dá características ao termo anterior. Sua relação
com a oração principal, portanto, é de subordinação substantiva – já que o pronome “que”
não aparece nas orações adverbiais. Substituindo-se a oração por um isso, teremos: “É comum
isso”. Na ordem direta, “Isso é comum”. Portanto, é uma oração substantiva com valor de
sujeito.
Gabarito: E
6. (ITA/2019)
Assinale a alternativa em que o trecho sublinhado expressa ideia de causa.
a) Essa distinção das expressões deu-se em boa parte pela institucionalização do graffiti,
com os primeiros resquícios já na década de 1970.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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b) Enquanto o graffiti foi sendo introduzido como uma nova expressão de arte
contemporânea, a pichação utilizou o princípio de não autorização para fortalecer sua
essência.
c) A rejeição do público geral reside na falta de compreensão e intelecção das inscrições;
apenas os membros da própria comunidade decifram o conteúdo.
d) Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caíram em contradição.
e) O grafiteiro é visto hoje como artista plástico, possuindo as características de todo e
qualquer artista contemporâneo, incluindo a prática e o status.

Comentários:
Um modo de analisar se uma oração é causal é tentar substitui-la por conjunções como
“porque” ou até mesmo “por causa de”. A oração que pode ter sua conjunção substituída por
outra de causa sem prejuízo é alternativa A: “Essa distinção das expressões deu-se em boa
parte por causa da institucionalização do graffiti”.
A alternativa B está incorreta, pois trecho grifado sugere uma relação temporal entre as
orações: ao longo do tempo, o grafitti foi sendo (...) e a pichação (...).
A alternativa C está incorreta, pois trecho grifado dá a ideia de exclusão: somente os
membros decifram o conteúdo.
A alternativa D está incorreta, pois trecho grifado indica uma ideia de concessão: apesar
de não adotar o comportamento adequado (...).
A alternativa E está incorreta, pois trecho destacado é a Oração Principal do período e,
portanto, não apresenta classificação sintática.
Gabarito: A
7. (ITA/2019)
Assinale a alternativa cujo trecho sublinhado denota uma condição.
a) [...] trazem à tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte
contemporânea, o movimento perderia sua essência?
b) [...] ele ganhou em força, criatividade e técnica, sendo reconhecido hoje no Brasil como
graffiti artístico.
c) Muito além da diferenciação conceitual entre as expressões – ainda que elas compartilhem
da mesma matéria-prima [...]
d) Ela é evidenciada pela impossibilidade de inserção em qualquer estatuto pré-estabelecido,
pois isso pressuporia a diluição e a perda de sua potência signo-estética.
e) “Se alguém faz alguma coisa no seu trabalho, isso é positivo, para mim, porque escolheram
a minha peça entre as expostas” [...]

Comentários:
Um dos modos mais fáceis de encontrar o valor dos conectivos e classificar as orações é
substituir a conjunção da oração por outra que você tenha certeza do significado. Uma das
conjunções mais comuns para condição é o “se”. A única oração que pode ter sua conjunção

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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substituída pelo “se” sem prejuízo é a alternativa A: “se fosse considerado arte
contemporânea, o movimento perderia sua essência?”
A alternativa B está incorreta, pois a oração destacada caracteriza o grafitti, não impõe
nenhuma condição.
A alternativa C está incorreta, pois o trecho destacado indica uma concessão (embora
compartilhem da mesma matéria-prima).
A alternativa D está incorreta, pois o trecho destacado indica uma causa (porque isso
pressuporia a diluição).
A alternativa E está incorreta pelo mesmo motivo que D: o trecho destacado indica uma
causa.
Gabarito: A
8. (ITA/2012)
Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha de S. Paulo que 6a abertura de
uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao bairro. Não é difícil
imaginar que alguns vizinhos do Morumbi compartilhem esse medo e prefiram o isolamento
garantido com a inexistência de transporte público de massa por ali.
Mas à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por levantar muros, erguer fortalezas
e se refugiar em ambientes distantes do Brasil real, o poder público não fez a sua parte em
desmentir que a chegada do transporte de massas não degrade a paisagem urbana.
Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, e grande especialista em
transporte coletivo, diz que não basta criar corredores de ônibus bem asfaltados e servidos
por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa iluminação, calçamento, limpeza e paisagismo
que circundam estações de metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar o status que o
transporte público tem em uma determinada cidade.
Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está esburacada, há sujeira e a escuridão
afugenta pessoas à noite, é normal que moradores não queiram a chegada do transporte de
massa.
A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa vitaminar uma
área, não destruí-la.
Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, 2a avenida ficou menos tétrica,
quase bonita. Quando o corredor da Rebouças fez pontos muito modestos, que acumulam
diversos ônibus sem dar vazão a desembarques, 3a imagem do engarrafamento e da bagunça
vira um desastre de relações públicas.
Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da rua, como os “trams” das cidades
alemãs e suíças. Mesmo em uma cidade de 16 milhões de habitantes na Turquia, país
emergente como o Brasil, houve cuidado com os abrigos feitos de vidro, com os bancos
caprichados – em formato de livro – e com a iluminação. Restou menos espaço para os carros
porque a ideia ali era tentar convencer na marra os motoristas a deixarem mais seus carros em
casa e usarem o transporte público.
Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem com um Minhocão*, o Godzilla
do centro de São Paulo, os moradores deveriam protestar, pedindo melhorias no projeto,
detalhamento dos materiais, condições e impacto dos trilhos na paisagem urbana. Se forem
como os antigos bondes, ótimo.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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Mas se os moradores simplesmente recusarem qualquer ampliação do transporte


público, que beneficiará diretamente os milhares de prestadores de serviço que precisam
trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil acreditar que o problema deles não seja a gente
diferenciada que precisa circular por São Paulo.
(Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.)
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que liga o Centro à Zona Oeste da cidade
de São Paulo.

Em sentido amplo, a relação de causa e efeito nem sempre é estabelecida por conectores
(porque, visto que, já que, pois etc.). Outros recursos também são usados para atribuir relação
de causa e efeito entre dois ou mais segmentos. Isso ocorre nas opções abaixo, exceto em
a) [...] a abertura de uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao
bairro.
b) [...] a escuridão afugenta pessoas à noite [...].
c) A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa vitaminar uma área
[...].
d) Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, a avenida ficou menos tétrica [...].
e) [...] a imagem do engarrafamento e da bagunça vira um desastre de relações públicas.

Comentários:
A única questão que não apresenta relação de causa e efeito (ou causa e consequência)
é alternativa C. Em “A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa
vitaminar uma área” não há uma causa, mas sim uma necessidade.
Na alternativa A, a relação de causa e efeito está em: o metrô é a causa do afluxo de
gente diferenciada ao bairro.
Na alternativa B, a relação de causa e efeito está em: a escuridão causa a não
permanência das pessoas
Na alternativa D, a relação de causa e efeito está em: a retirada das grades causa
melhoria na paisagem urbana.
Na alternativa E, a relação de causa e efeito está em: o engarrafamento e a bagunça
causam desastre na opinião pública.
Gabarito: C
9. (ITA/2012)
Gosto de olhar as capas das revistas populares no supermercado nestes tempos de
corrida do ouro da classe C. A classe C é uma versão sem neve e de biquíni do Yukon do tio
Patinhas quando jovem pato. Lembro do futuro milionário disneyano enfrentando a nevasca
para obter suas primeiras patacas. Era preciso conquistar aquele território com a mesma
sofreguidão com que se busca, agora, fincar a bandeira do consumo no seio dos emergentes
brasileiros.
Em termos jornalísticos, é sempre aquela concepção de não oferecer o biscoito fino
para a massa. É preciso dar o que a classe C quer ler – ou o que se convencionou a pensar que

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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ela quer ler. Daí as políticas de didatismo nas redações, com o objetivo de deixar o texto
mastigado para o leitor e tornar estanque a informação dada ali. Como se não fosse
interessante que, ao não compreender algo, ele fosse beber em outras fontes. Hoje, com a
Internet, é facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo.
Outro aspecto é seguir ao pé da letra o que dizem as pesquisas na hora de confeccionar
uma revista popular. Tomemos como exemplo a pesquisa feita por uma grande editora sobre
“a mulher da classe C” ou “nova classe média”. Lá, ficamos sabendo que: a mulher da classe C
vai consumir cada vez mais artigos de decoração e vai investir na reforma de casa; que ela
gasta muito com beleza, sobretudo o cabelo; que está preocupada com a alimentação; e que
quer ascender social e profissionalmente. É com base nestes números que a editora oferece
o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal.
Mas no que se transformam, para o leitor, estes dados? Preocupação com alimentação?
Dietas amalucadas? A principal chamada de capa destas revistas é alguma coisa esdrúxula
como: “perdi 30 kg com fibras naturais”, “sequei 22 quilos com cápsulas de centelha asiática”,
“emagreci 27 kg com florais de Bach e colágeno”, “fiquei magra com a dieta da aveia” ou
“perdi 20 quilos só comendo linhaça”. Pelo amor de Deus, quem é que vai passar o dia
comendo linhaça? Estão confundindo a classe C com passarinho, só pode.
Quer reformar a casa? Nada de dicas de decoração baratas e de bom gosto. O objetivo
é ensinar como tomar empréstimo e comprar móveis em parcelas. Ou então alguma coisa
“criativa” que ninguém vai fazer, tipo uma parede toda de filtros de café usados. Juro que li
isso. A parte de ascensão profissional vem em matérias como “fiquei famosa vendendo
bombons de chocolate feitos em casa” ou “lucro 2500 reais por mês com meus doces”. Falar
das possibilidades de voltar a estudar, de ter uma carreira ou se especializar para ser
promovido no trabalho? Nada. Dicas culturais de leitura, filmes, música, então, nem pensar.
Cada vez que vejo pesquisas dizendo que a mídia impressa está em baixa penso nestas
revistas. A internet oferece grátis à classe C um cardápio ainda pobre, mas bem mais farto.
Será que a nova classe média quer realmente ler estas revistas? A vendagem delas é razoável,
mas nada impressionante. São todas inspiradas nas revistas populares inglesas, cuja campeã
é a “Take a Break”. A fórmula é a mesma de uma “Sou + Eu”: dietas, histórias reais de sucesso
ou escabrosas e distribuição de prêmios. Além deste tipo de abordagem também fazem
sucesso as publicações de fofocas de celebridades ou sobre programas de TV – aqui, as
novelas.
Sei que deve ser utopia, mas gostaria de ver publicações para a classe C que
ensinassem as pessoas a se alimentar melhor, que mostrassem como a obesidade anda
perigosa no Brasil porque se come mal. Atacando, inclusive, refrigerantes, redes de fast food
e guloseimas, sem se preocupar em perder anunciantes. Que priorizassem não as dietas, mas
a educação alimentar e a importância de fazer exercícios e de levar uma vida saudável.
Gostaria de ver reportagens ensinando as mulheres da classe C a se sentirem bem com seu
próprio cabelo, muitas vezes cacheado, em vez de simplesmente copiarem as famosas. Que
mostrassem como é possível se vestir bem gastando pouco, sem se importar com marcas.
Gostaria de ler reportagens nas revistas para a classe C alertando os pais para que
vejam menos televisão e convivam mais com os filhos. Que falassem da necessidade de tirar
as crianças do computador e de levá-las para passear ao ar livre. Que tivessem dicas de livros,
notícias sobre o mundo, ciências, artes – é possível transformar tudo isso em informação
acessível e não apenas para conhecedores, como se a cultura fosse patrimônio das classes A
e B. Gostaria, enfim, de ver revistas populares que fossem feitas para ler de verdade, e que
fizessem refletir. Mas a quem interessa que a classe C tenha suas próprias ideias?

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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(Cynara Menezes, 15/07/2011, em: http:/www.cartacapital.com.br/politica/o-que-quer-a-classe-c)

Considere as seguintes afirmações relativas a aspectos sintático-semânticos do texto:


I. A chamada “perdi 20 quilos só comendo linhaça” foi interpretada como “perdi 20 quilos
comendo só linhaça”.
II. Nos dois últimos parágrafos, há recorrência de períodos fragmentados em que faltam as
orações principais.
III. Devido à estrutura da frase “Que mostrassem como é possível se vestir bem gastando
pouco, sem se importar com marcas”, o segundo período ficaria melhor se fosse assim: “sem
se importassem com marcas”.

Está correto o que se afirma apenas em


a) I.
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

Comentários
A afirmação I. está correta, pois a autora de fato o significado da frase é “comer exclusivamente
linhaça” – como um passarinho, referência que aparece na próxima oração.
A afirmação II. está correta, pois tanto no segundo parágrafo há orações iniciadas pela
conjunção “que” não acompanhadas de uma oração principal que diga a quem essa
conjunção se refere. É possível apenas presumir pelo contexto que ela fala de revistas e
reportagens.
A afirmação III. está incorreta, pois não há erro na correlação de tempos e modos verbais nessa
frase.
Gabarito: B
10. (ITA/2011)
Véspera de um dos muitos feriados em 2009 e a insana tarefa de mover-se de um bairro
a outro em São Paulo para uma reunião de trabalho. Claro que a cidade já tinha travado no
meio da tarde. De táxi, pagaria uma fortuna para ficar parada e chegar atrasada, pois até as
vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. De ônibus, nem o corredor
funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. Uma dádiva: eu não estava de carro.
Com as pernas livres dos pedais do automóvel e um sapato baixo, nada como viver a liberdade
de andar a pé. Carro já foi sinônimo de liberdade, mas não contava com o congestionamento.
Liberdade de verdade é trafegar entre os carros, e mesmo sem apostar corrida,
observar que o automóvel na rua anda à mesma velocidade média que você na calçada. É
quase como flanar. Sei, como motorista, que o mais irritante do trânsito é quando o pedestre
naturalmente te ultrapassa. Enquanto você, no carro, gasta dinheiro para encher o ar de

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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poluentes, esquentar o planeta e chegar atrasado às reuniões. E ainda há quem pegue


congestionamento para andar de esteira na academia de ginástica.
Do Itaim ao Jardim Paulista, meia horinha de caminhada. Deu para ver que a Avenida
Nove de Julho está cheia de mudas crescidas de pau-brasil. E mais uma porção de cenas que
só andando a pé se pode observar. Até chegar ao compromisso pontualmente.
Claro que há pedras no meio do caminho dos pedestres, e muitas. Já foram inclusive
objeto de teses acadêmicas. Uma delas, Andar a pé: um modo de transporte para a cidade de
São Paulo, de Maria Ermelina Brosch Malatesta, sustenta que, apesar de ser a saída mais
utilizada pela população nas atuais condições de esgotamento dos sistemas de mobilidade, o
modo de transporte a pé é tratado de forma inadequada pelos responsáveis por administrar
e planejar o município.
As maiores reclamações de quem usa o mais simples e barato meio de locomoção são
os "obstáculos" que aparecem pelo caminho: bancas de camelôs, bancas de jornal, lixeira,
postes. Além das calçadas estreitas, com buracos, degraus, desníveis. E o estacionamento de
veículos nas calçadas, mais a entrada e a saída em guias rebaixadas, aponta o estudo.
Sem falar nas estatísticas: atropelamentos correspondem a 14% dos acidentes de
trânsito. Se o acidente envolve vítimas fatais, o percentual sobe para nada menos que 50% – o
que atesta a falta de investimento público no transporte a pé.
Na Região Metropolitana de São Paulo, as viagens a pé, com extensão mínima de 500
metros, correspondem a 34% do total de viagens. Percentual parecido com o de Londres, de
33%. Somadas aos 32% das viagens realizadas por transporte coletivo,que são iniciadas e
concluídas por uma viagem a pé, perfazem o total de 66% das viagens! Um número bem
desproporcional ao espaço destinado aos pedestres e ao investimento público destinado a
eles, especialmente em uma cidade como São Paulo, onde o transporte individual motorizado
tem a primazia.
A locomoção a pé acontece tanto nos locais de maior densidade –caso da área central,
com registro de dois milhões de viagens a pé por dia –, como nas regiões mais distantes, onde
são maiores as deficiências de transporte motorizado e o perfil de renda é menor. A maior
parte das pessoas que andam a pé tem poder aquisitivo mais baixo. Elas buscam alternativas
para enfrentar a condução cara, desconfortável ou lotada, o ponto de ônibus ou estação
distantes, a demora para a condução passar e a viagem demorada.
Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, é fácil ver carrões
que saem das garagens para ir de uma esquina a outra e disputar improváveis vagas de
estacionamento. A ideia é manter-se fechado em shoppings, boutiques, clubes, academias de
ginástica, escolas, escritórios, porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano –
dizem que é muito perigoso.
(Amália Safatle. http://terramagazine.terra.com.br, 15/07/2009. Adaptado.)

Assinale a opção em que o termo grifado NÃO indica a circunstância mencionada entre
parênteses.
a) [...] pois até as vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. (Causa)
b) Já foram inclusive objeto de teses acadêmicas. (Tempo)
c) [...] apesar de ser a saída mais utilizada pela população [...]. (Concessão)
d) Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e Jardins, por exemplo, [...]. (Tempo)

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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e) [...] porque o ambiente lá fora – o nosso meio ambiente urbano – dizem que é muito
perigoso. (Causa)

Comentários:
Na alternativa D há um valor de oposição (algo ocorre algo nos bairros nobres, mas nos
bairros periféricos não).
A alternativa A apresenta o valor mais comum de “pois”: causal.
Na alternativa B, “Já” pode ter valor e tempo quando denotar momento de ação
transcorrida
Na alternativa C, se apresenta o valor mais comum de “apesar de”: concessão.
A alternativa E apresenta o uso mais comum desse conectivo: Causal, assim como o
pois.
Gabarito: D
11. (ITA/2010 – Adaptada)
Indique a opção em que o MAS tem função aditiva.
a) Atenção: na minha coluna não usei “careta” como quadrado, estreito, alienado, fiscalizador
e moralista, mas humano, aberto, atento, cuidadoso.
b) Não apenas no sentido econômico, mas emocional e psíquico: os sem autoestima, sem
amor, sem sentido de vida, sem esperança e sem projetos.
c) Não solto, não desorientado e desamparado, mas amado com verdade e sensatez.
d) [...] (não me refiro a nomes importantes, mas a seres humanos confiáveis) [...].
e) Pois, na hora da angústia, não são os amiguinhos que vão orientá-los e ampará-los, mas o
pai e a mãe – se tiverem cacife.

Comentários:
A alternativa B apresenta função aditiva. Em construções como “não apenas (...) mas”,
há um aspecto de adição. Nesse caso: “No sentido econômico e no emocional e psíquico.”
Na alternativa A, o “mas” tem valor adversativo (pode ser substituído por conjunções
adversativas como “porém”, “todavia”, “contudo”, etc.).
Na alternativa C, o “mas” tem valor adversativo.
Na alternativa D, o “mas” tem valor adversativo.
Na alternativa E, o “mas” tem valor adversativo.
Gabarito: B

12. (ITA/2009)
Considere o trecho abaixo:
“Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a
novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade
do crescimento.” (3° parágrafo)

Nesse trecho, as orações adjetivas permitem afirmar que


I. nem todas as células produzem novos galhos.
II. algumas gemas se localizam nas extremidades dos galhos.
III. todas as gemas internas nascem em outros pontos do galho.

Está(ão) correta(s)
a) apenas a I.
b) apenas I e II.
c) apenas a II.
d) apenas a III.
e) todas.

Comentários:
As orações adjetivas presentes no trecho são:
- “aglomerados de células que dão origem a novos galhos”
Oração de valor restritivo: apenas as gemas são células cuja característica é dar origem a novos
galhos.
- “As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas”
Oração de valor restritivo: apenas as gemas das extremidades dos galhos são substituídas.
- “gemas internas, que nascem em outros locais,”
Oração de valor explicativo: as gemas internas são aquelas que nascem em outros locais.
Lembre-se que orações adjetivas restritivas não possuem vírgula e orações adjetivas
explicativas possuem vírgula!
A afirmação I. está correta, pois se apenas as gemas são células cuja característica é dar
origem a novos galhos, significa que há outras células que não possuem a mesma
característica.
A afirmação II. está correta, pois se apenas as gemas das extremidades dos galhos são
substituídas quer dizer que há outras, em outros locais do galho – que por consequência não
são substituídas.
A afirmação III. está correta, pois a definição de gemas internas é “aquelas que nascem
em outros locais”.
Gabarito: E

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13. (ITA/2009)
As relações de causalidade são estabelecidas no texto, entre outros recursos, pelos verbos.
Assinale a opção em que o sujeito e o complemento do verbo NÃO correspondem,
respectivamente, à ordem causa-consequência:
a) O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo [...].
b) [...] a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à
tortuosidade da vegetação.
c) Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui,
influenciando o crescimento das plantas.
d) [...] o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios.
e) [...] a combinação entre sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de
incêndios determina as características da vegetação do cerrado.

Comentários:
Na alternativa D há uma estrutura diferente da proposta no exercício. “o formato
tortuoso das árvores do cerrado” é a consequência e “a ocorrência de incêndios” é a causa.
Portanto, o sujeito contém a ideia de consequência e o objeto (aqui, indireto) contém a ideia
de causa.
Seria possível resolver essa questão percebendo que, caso fosse utilizado o verbo
“causar”, a frase seria “o formato tortuoso das árvores do cerrado é causado pela ocorrência
de incêndios”. Seria, portanto, uma voz passiva em que “o formato tortuoso das árvores do
cerrado” = Sujeito paciente; e “ocorrência de incêndios” = Agente da passiva. Perceba como
nas outras alternativas, o verbo está na voz ativa.
Na alternativa A, a relação de causa e consequência está em: é o excesso de alumínio
que causa alta acidez no solo
Na alternativa B, a relação de causa e consequência está em: são a elevada toxicidade
do solo e a baixa fertilidade das plantas que causam o nanismo e a tortuosidade da vegetação.
Na alternativa C, a relação de causa e consequência está em: a baixa umidade causa
elevação da toxidade e a diminuição da disponibilidade de nutrientes.
Na alternativa E, a relação de causa e consequência está em: são a combinação entre
sazonalidade, a deficiência nutricional dos solos e a ocorrência de incêndios que causam as
características da vegetação do cerrado.
Gabarito: D
14. (ITA/2008)
Observe o emprego da partícula se, em destaque, nos excertos abaixo:

I. Se no poema é assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se


movendo num campo de amplas dimensões. (linhas 09 e 10)
II. Se é verdade que eles jogam conforme esquemas de marcação e ataque, seguindo a
orientação do técnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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percepção da jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direção, ou manter-se parado,


certo de que a bola chegará a seus pés. (linhas 10 a 13)
III. De fato, se o jogador não estiver psicologicamente preparado para vencer, não dará o
melhor de si. (linhas 50 e 51)

A partícula se estabelece uma relação de implicação em


a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

Comentários:
Uma relação de implicação significa que uma afirmação está condicionada a outra, ou
seja, a oração I implica a existência da oração II.
No Item I, o “se” expressa relação de comparação (o futebol está tão sujeito ao acaso
quanto o poema).
No Item II, o “se” expressa relação de concessão (ainda que seja verdade que [...], ainda
assim deve-se levar em conta [...]).
No Item III, o “se” expressa relação de condição e, portanto, de implicação (o jogador
só dará o melhor de si se estiver preparado psicologicamente).
Gabarito: C
15. (ITA/2002)
Tem gente que junta os trapos, outros juntam os pedaços.
O que, empregado como conectivo, introduz uma oração:
a) substantiva.
b) adverbial causal.
c) adverbial consecutiva.
d) adjetiva explicativa.
e) adjetiva restritiva.

Comentários:
A oração “que junta os trapos” é adjetiva: ela caracteriza a palavra “gente” da oração
principal. É uma oração restritiva, pois especifica o sentido de “gente”: nessa oração, refere-
se apenas a um tipo específico de gente – aquele que junta os trapos. Por isso, a alternativa
correta é alternativa E.
A alternativa A está incorreta, pois não é uma frase que assume nenhuma função
sintática de um substantivo.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


112
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A alternativa B está incorreta, pois não há relação de causa e consequência nessa


oração.
A alternativa C está incorreta pelo mesmo motivo que B: não há relação de causa e
consequência nessa oração.
A alternativa D está incorreta, pois pesar de ser uma oração adjetiva, não explica ou
adiciona características a “gente”, mas sim restringe a que tipo de “gente” a oração se refere.
Gabarito: E
16. (IME/2011 - adaptada)
Assinale a alternativa em que a análise da relação de sentido expressa pelo elo coesivo
destacado em negrito está EQUIVOCADA.
a) “O resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio
preciso”.
Relação de condição: apresenta uma condição relativamente ao que se afirma na oração
anterior.
b) “O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria
das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre
espaço e tempo”.
Relação de oposição: apresenta uma argumentação contrária ao que foi dito antes.
c) “Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos
com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam
absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a
ela”.
Relação de concessão: introduz uma ideia de quebra de uma expectativa em relação ao que
se espera.
d) “Ele mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava querendo
abandonar o de tempo absoluto”.
Ligação de alternância: introduz uma oração cujo conteúdo exclui o conteúdo da outra.
e) “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui,
nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de
qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme”.
Ligação conclusiva: introduz uma conclusão relativamente ao enunciado anterior.

Comentários:
A alternativa D é a incorreta, pois “uma vez que” é uma conjunção que expressa valor
de causa, não alternância. O período significa que “ele mostrou que o conceito de éter era
desnecessário, já que se estava querendo abandonar o de tempo absoluto.
Substituindo-se os conectivos por outros mais comuns de cada tipo de relação,
teríamos:
A alternativa A está correta, pois pode-se substituir o conectivo por “se”.
A alternativa B está correta, pois pode-se substituir o conectivo por “mas”.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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A alternativa C está correta, pois pode-se substituir o conectivo por “embora”.


A alternativa E está correta, pois pode-se substituir o conectivo por “logo”.
Gabarito: D
17. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)
As orações destacadas a seguir apresentam qual leitura com relação ao termo “pandemia do
novo coronavírus?
Essa crise se intensificou com a recessão econômica provocada pela pandemia do novo
coronavírus, que obrigou livrarias a permanecerem fechadas e reduziu o consumo de
muitos brasileiros.

a) Restrição e explicação.
b) Explicação e adição.
c) Restrição e adição.
d) Explicação e explicação.

Comentários:
Essa questão apresenta certo grau de complexidade, porque, necessariamente, temos
uma relação de subordinação e coordenação entre as duas orações destacadas. As duas são
classificadas como orações subordinadas adjetivas explicativas com relação ao nome
“pandemia do novo coronavírus”. Perceba que a classificação precisa ser a mesma entre as
duas orações, dado que temos uma relação de paralelismo entre as duas. Segundo essa
relação, somente podemos coordenar dois termos que apresentem igual valor. Ou seja, só
duas orações, nesse caso, subordinadas ao mesmo termo e com a mesma classificação podem
ser ligadas pela conjunção “e”.
Gabarito: B
18. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)
Assinale a alternativa em que o trecho apresentado a seguir é reescrito de forma a manter-se
a relação de significados do original.

Mas se a reforma proposta por Guedes for aprovada como está, os livros ficarão sujeitos a
uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.

a) Entretanto, mesmo que a reforma de Guedes seja aprovada como está, os livros ficarão
sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.
b) Contudo, caso a reforma proposta por Guedes seja aprovada da forma como está, os livros
ficarão sujeitos
c) Apesar da possibilidade de aprovação da proposta de Guedes da forma como está, os livros
ficarão sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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d) Assim, ainda que a reforma proposta por Guedes venha a ser aprovada da forma como está,
os livros poderão ficar sujeitos a uma taxação de 12%, alíquota geral da CBS.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, ainda que o “entretanto” tenha mantido a relação
original, de oposição inicial, o uso de uma concessiva em lugar de uma condicional altera
significativamente a significação do trecho.
A alternativa B está correta, porque, nesse caso, os dois conectivos alterados mantêm a
significação original do trecho, além de termos a manutenção clara de relações sintáticas
necessária à boa escrita.
A alternativa C está incorreta, porque nessa reescrita utiliza-se uma relação de oposição
inexistente no trecho original. O fato da aprovação da proposta estava relacionado
diretamente a uma possibilidade de condição e não de oposição.
A alternativa D está incorreta, porque temos alteração clara de significados. Temos o
“assim” como a apresentação de uma conclusão em lugar de uma adversidade, assim como a
utilização de uma oposição concessiva no começo do texto.
Gabarito: B
19. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)
Caso fossem unidos os períodos encontrados em “Todos nós temos que jogar as cinzas do
Museu na nossa cabeça. Foi culpa nossa”, por um conectivo, esse poderia ser, com
manutenção de significados,
a) contudo.
b) portanto.
c) porque.
d) embora.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque a relação entre as duas ideias é claramente de
explicação. Entre esses dois períodos, entendemos a ideia de que devemos “jogar as cinzas
do Museu na nossa cabeça”, porque a culpa foi nossa. A relação entre os períodos ocorre com
muita frequência. Não temos, portanto, uma relação de concessão, que é uma oposição e não
uma concordância entre as ideias.
A alternativa B está incorreta, porque a relação, como visto, é a de explicação. Não
temos a possibilidade de uma leitura de conclusão, que se constrói por meio de lógica, uma
ideia levando à outra.
A alternativa C está correta, porque a relação estabelecida entre esses períodos é uma
explicação. Na visão da entrevistada, como a culpa do incêndio é nossa, por conta do descaso,
devemos “jogar as cinzas” em nossas cabeças, em uma clara metáfora.
A alternativa D está incorreta, porque a relação, como visto, é a de explicação. Não
temos a possibilidade de uma leitura de adversidade, que se apresenta como uma relação de
oposição mais severa que a concessão.

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Gabarito: C

20. (Estratégia Militares/2021 – Professor Wagner Santos)


Assinale, a seguir, a alternativa em que a oração adjetiva deve ser, necessariamente,
explicativa.
a) O simulado, que foi aplicado pelo Estratégia, era bastante completo.
b) Eles encontraram a apostila, que sempre quiseram comprar.
c) Os meninos, que tiraram as maiores notas, serão premiados hoje.
d) Ismael, que é o nosso 01, apresenta a matemática de forma límpida.

Comentários:
A alternativa A está incorreta, porque, nesse caso, poderíamos mudar a leitura de
explicativa para restritiva, com modificação somente de significados e sem ferir, em nada, a
norma culta.
A alternativa B está incorreta, porque, nesse caso, poderíamos mudar a leitura de
explicativa para restritiva, com modificação somente de significados e sem ferir, em nada, a
norma culta.
A alternativa C está incorreta, porque, nesse caso, poderíamos mudar a leitura de
explicativa para restritiva, com modificação somente de significados e sem ferir, em nada, a
norma culta.
A alternativa D está correta, porque o nome próprio, quando não determinado por
artigo, deve ser explicado, dado que é considerado, pela gramática, como específico,
rejeitando a dupla especificação.
Gabarito: D

6 Considerações finais
Fala, meus Bolas. Chegamos ao fim de uma aula extremamente importante para nosso
desenvolvimento dentro da disciplina. Leia com calma e faça os exercícios também com calma
para que você possa dominar esse “bicho selvagem” que são as orações subordinadas e
coordenadas. Se joguem e me procurem se tiverem dúvidas.
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum.

Prof. Wagner Santos

AULA 11 – PERÍODOS COMPOSTOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO


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ESTRATÉGIA MILITARES – Conceitos Básicos de Gramática + Semântica

Versão Data Modificações


1 15/11/2021 Primeira versão do texto.

AULA 00 – Gramática e Interpretação de Texto 2022 117

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