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ANÁLISE E CITAÇÕES DO LIVRO: PRESENTEÍSMO E TRABALHO DOCENTE

AUTORES: JUSSARA BUENO DE QUEIROZ PASCHOALINO E ADAILTON ALTOÉ

Esta obra nos leva a repensarmos sobre as condições de saúde e mal-estar


presentes nos professores em seus ambientes de trabalho, a refletir e compreender
sobre o que é e quais são as consequências do presenteísmo e absenteísmo.

.Os educadores sentem-se fragilizados e sós em meio aos acontecimentos


decorrentes das transformações ocorridas no mundo globalizado, por exemplo, devido
ao crescente índice de violência no cotidiano escolar, às condições precárias de
trabalho, ao desrespeito à diversidade, ao número de alunos por turma maior do que
o permitido por lei, às propostas curriculares “despejadas” para serem cumpridas.

A docência é vista tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto


pela (OTI, 1981) Organização Internacional de Trabalho como uma profissão que
causa um esgotamento psicológico imenso , o qual é prejudicial à saúde. Há poucas
pesquisas sobre o tema, seria necessário que as disciplinas curriculares da graduação
abordassem estes assuntos.

Muitas mudanças vêm ocorrendo no campo do trabalho atualmente e também


nas relações sociais .Estas transformações são resultantes do final da segunda guerra
mundial (1945 e 1973)(modelo fordista-Keynesianista). A partir daí, o Estado assumiu
a responsabilidade em oferecer saúde, educação e habitação, tornou-se
“previdenciário”.

De acordo com Jussara e Adailton, “ a palavra TRABALHO em sua etmologia


refere-se a um instrumento da agricultura utilizado para serviços com mão-de-obra
pesadas.

XIMENES define trabalho como a aplicação de forças físicas e


das faculdades mentais na execução de alguma obra; exercício
profissional de alguma atividade produtiva e legalizada; local de
exercício dessa atividade; lida; esforço; qualquer obra realizada;
tarefa a ser cumprida. Ou seja, há evidência do esforço humano pela
sobrevivência, há desprendimento de energia física e psíquica, de
força de trabalho para efetivar o trabalho.

CARRETEIRO afirma que todo o trabalho tem a sua positividade,


tem-se que ter criatividade para exercê-lo .Assim ,o trabalhador
convive com contradições:” a atividade laboral pode ser dor, pode ser
cura, ser tortura e ser valor, ser uma atividade fundante do ser
humano, mas, também (...) um processo de alienação do trabalhador.
(...) pode ser algo que possibilita a criação e a construção do sujeito,
mas (...) algo que também, desconstrói, desumaniza”.
Estes fatores podem gerar um mal-estar na vida do trabalhador que diminui sua
força e produz sofrimento e doenças. Por outro lado, a pessoa ociosa, pode ser vista
como um ser desiquilibrado psicologicamente, deprimido, sem identidade, ou seja
com problemas de saúde também.

A função docente passou por uma perda de espaço e por uma desvalorização
profissional advinda da sociedade contemporânea. Estas atitudes estão presentes
dentro da ambiente escolar, entre alunos e professores e até mesmo entre os próprios
professores. Desta forma o educador sente-se culpado por não alcançar suas metas,
levando-os aso adoecimento.

Kehl (1996), afirma que o indivíduo contemporâneo vive o dilema


entre o desejo constante do gozo e a angústia na sua realização
plena, ainda, diz que a sociedade está sofrendo devido ao imperativo
do prazer imediato, pelo desconhecimento do outro, pela perda de
valores da amizade e cooperação. Os resultados desse
individualismo estão evidenciados nos recorrentes casos de
depressão e no aumento do uso de medicamentos que prometem a
felicidade. Completando este pensamento, Martuccelli afirma: “
Consequentemente, os males do isolamento dos indivíduos refletem
nas relações sociais: os indivíduos se fecham em suas verdades e
desejos, sem se abrirem para o outro.

O professor obriga-se a mudar sua postura e metodologia em prol de uma


melhoria na educação, também devido às mudanças ocorridas no ambiente escolar,
tanto no comportamento dos alunos quanto nos conteúdos a serem desenvolvidos. Os
alunos não mais respeitam seus professores como antigamente e não têm interesse e
dedicação pelos estudos como deveriam ter. Não valorizam a escola e o professor,
levando-o a um mal-estar constante, a tensões, tristezas e falta de equilíbrio.
Resumindo estes sentimentos, podemos afirmar que o professor está em
SOFRIMENTO.

ESTEVE afirma que o professor vive sentimentos de insatisfação


diante da sua atividade docente, que comporta um conflito entre a
imagem idealizada do trabalho que ele gostaria de realizar e as
dificuldades do trabalho real.

Os professores sentem-se oprimidos devido às cobranças da sociedade e da


escola, devido ao aumento da violência escolar, dos resultados negativos dos alunos
nas avaliações e esses fatores também são causas de mal-estar, e ainda, de
situações mais graves, como: vícios em álcool e drogas, incluindo remédios.
Codo (1999), afirma que o sentido do trabalho educacional se perde a
cada dia, culminando em um desencanto profissional, na medida em
que o vínculo afetivo não se efetiva como deveria. Segundo ele, “a
tensão entre a necessidade de estabelecimento de um vínculo afetivo
e a impossibilidade de concretizá-lo é uma característica estrutural
dos trabalhos que envolvem cuidado”.

ARROYO (2004),constatou que as imagens da docência foram


quebradas e as relações comprometidas, rompendo com o
reconhecimento do outro. Nesse sentido, observa-se que há um
grande mal-estar nas escolas, nas quais acontece um
desconhecimento do outro.

Baseados nestas informações, vemos que algumas escolas estão


“adoentadas” também, em meio a um número crescente de “presenteísmo e
absenteísmo”.

De acordo com os autores, “o peso do fracasso escolar, expresso na


repetência, na reprovação e na evasão, recai, na visão dos gestores educacionais, na
falta de preparo e competência do trabalhador docente”. E ainda, afirmam que: “não
só a melhor qualificação dos educadores, a elevação das condições de seus salários e
de trabalho são fatores que interferem na qualidade da educação. Educar, pressupõe
atitude ética, capacidade de pesquisa, domínio de teorias e processos pedagógicos,
estabelecimento de diálogo, interação, reflexão crítica, maestria”.

Nos Estados Unidos o absenteísmo e o presenteísmo já são temas de estudos


e de pesquisas. O absenteísmo pode ser classificado em:
a) Voluntário: quando o trabalhador falta por motivos
particulares, decorrentes do adoecimento próprio, de
patologia profissional ou de acidentes de trabalho.
b) Legal: quando se refere à faltas amparadas por lei, como
gestação, nojo (morte), gala (casamento), doação de
sangue e serviço militar.
c) Compulsório: quando ocorre suspensão imposta pelo
patrão, prisão ou outro motivo que impede o
comparecimento ao local do trabalho.

Em relação à docência, há dados crescentes de absenteísmo, necessitando


assim, de políticas públicas e de uma preocupação maior com o problema, não
somente criando tentativas de punição com perdas de benefícios quando se apresenta
atestados médicos na escola.
O presenteísmo deve ser considerado como uma “doença organizacional”.
TONELLI E CASSEANO definem presenteísmo da seguinte
forma: “há pessoas que acreditam que trabalham muito e falam isso
para todo mundo, alimentam a autoimagem de profissional dedicado,
participativo e interessado, sem terem, nem mesmo, estas exigências
por parte do gestor. O profissional tem a síndrome do presenteísmo,
quando ele sente medo de ser preterido ou demitido se não estiver à
disposição da empresa. As pessoas presenteístas têm as seguintes
características: são inseguras, sentem-se ameaçadas pelos colegas
e vivem com medo de perder o emprego, encaram o trabalho como
um peso, têm baixa produtividade, nunca tiram férias, com receio de
serem substituídas. Os sintomas mais comuns do presenteísmo são:
dores musculares, cansaço, ansiedade, angústia, irritação, insônia,
distúrbios gástricos, enxaqueca, crise alérgica, cólicas menstruais,
dores de cabeça, dores nas costas, dores abdominais , depressão. O
estresse é o grande gerador do presenteísmo.

Os autores apresentam dados, que de acordo com o International Stress


Management Association, os oito países mais estressados do mundo são: Japão
(70%), Brasil (30%), China (24%), Estados Unidos (20%), Israel (18%), Alemanha
(16%), França (14%) e Hong Kong (12%). O mesmo instituto afirmou “que 03 (três) em
cada 10 (dez) brasileiros apresentam problemas de saúde devido ao estresse do
trabalho”. Ainda, quando um líder é presenteísta, a tendência é que outros colegas de
trabalho estejam propensos a ser também.
Outra pesquisa mostra que trabalhadores presenteístas comparecem ao
trabalho mesmo não devendo e com os seguintes argumentos: 65% dizem que estão
com acúmulo de trabalho e com data para cumprir; 56% acham que ninguém fará o
seu serviço; 55% não querem usar os dias de férias; 49% temem punição; 49% acham
que as dispensas por doença devem ser reservadas para outra ocasião; 36% não
faltam por lealdade à empresa; 27% sentem que a cultura da companhia desencoraja
o uso de dias de afastamento por doença. 9% acha muito difícil trabalhar em casa.
GOROVSKY considera que os presenteístas têm medo serem vistos como
“sem compromisso” com o trabalho e temem por serem demitidos.

Há necessidade de resgastar a dimensão do trabalho como fonte de sentido e


significado para a sua existência, além de diminuir as causas que podem levar ao
adoecimento.
GRATIVOL (2008) propõe cinco passos para melhorar a relação do
trabalhador com a empresa:
1) Ter consciência do seu papel, objetivos e obrigações da empresa;
2) Estabelecer prioridades possíveis de serem cumpridas no mesmo dia,
pois a sensação de ter concluído o trabalho eleva a autoestima e
diminui a insegurança;
3) Pensar o que precisa ser feito para que cada tarefa seja realizada
com eficiência, identificando o que depende de si ou dos outros.
4) Planejar a distribuição do tempo durante o dia, calculando o tempo a
ser despendido para tarefas profissionais e o tempo a ser dedicado à
vida pessoal;
5) Pensar se é imprescindível extrapolar o tempo normal do trabalho ou
se é possível concluir o trabalho no dia seguintes, talvez com mais
eficácia.
AREECHAVALETA (2008) propõe às organizações implementações
para minimizar o problema relativo ao presenteísmo, como:
a) Assegurar ampla divulgação dos fundamentos, princípios e objetivos
da organização e debatê-los coletivamente;
b) Investir no cuidado com a saúde dos trabalhadores, priorizando a
prevenção contra doenças e enfermidades.
c) Educar os trabalhadores para que procurem um médico e fiquem em
casa quando apresentarem problemas de saúde;
d) Implantar programas de apoio psicológico, emocional e de serviços
que beneficiem também os familiares dos trabalhadores, com a
finalidade de reduzir as preocupações com assuntos externos ao
trabalho;
e) Desenvolver programas para prevenção de acidentes no trabalho.

JEFERSON CESTARI, da Milênia Agrociências, localizada no PR, faz


pesquisas por área no ambiente corporativo para tentar evitar o presenteísmo. Os
resultados são debatidos com todos em uma assembleia anual. Os funcionários criam
um ambiente de companheirismo e de respeito. A empresa também possui programas
de controle ao colesterol, de combate ao tabagismo e de ginástica laboral.
Outros meios de prevenção, que trazem energias, chamados de” tripé
da saúde”, formado pelo estímulo ou movimento, adquirido na
atividade física, mental e emocional, pela recuperação , adquirido
pelo descanso e sono adequado e pela alimentação , que deve levar
em conta qualidade e quantidade adequadas do alimento ingerido.
( Legal, 2008).

CANGUILHEM (2002) afirma que o ser humano não apenas se submete ao


meio, mas também o institui, enquanto que o ser humano doente não consegue
modificar as normas ou apresenta uma redução da margem de tolerância às
infidelidades do meio.
As pesquisas sobre as relações do docente com o trabalho focalizam o
absenteísmo e a síndrome de burnout, sem dar visibilidade ao presenteísmo, portanto
um problema é tão importante quanto o outro.
Clot (2006) usa o termo amputação do poder de agir para designar
várias situações de dificuldades no e pelo trabalho. As posições dos
professores adoecidos ao sentirem a amputação não revelam apenas
a não possibilidade de lecionar, mas principalmente o seu desejo
profissional; a impotência sentida, as fadigas crônicas, as
descompensações psíquicas e o ressentimento sucedem, então, à
perda de toda a ilusão e à oscilação dos ideais institucionais outrora
vigentes”.

O professor da rede pública ao observar a existência do presenteísmo e de


agir como presenteísta revela os entinemas da doação, do cuidado, da vocação e do
sacerdócio implícitos na profissão docente.
RESULTADOS DE PESQUISAS SOBRE O TEMA:

Uma pesquisa feita pelo Colégio de Professores do Chile, no Chile, em 2003,


registrou que 29,1% dos professores apresentavam depressão profunda e que 23,1%
sofriam transtornos de ansiedade.

Na Argentina, a Confereracion Trabajadores de la Educacion de la Republica


Argentina, em 1994, a partir de uma enquete, constatou que 33,7% dos docentes
pesquisados tiveram disfonias, 26,5% sofriam de miopia, 25% estavam com neurose
e depressão.

Em Salvador, Neto Silvany e colegas realizaram uma pesquisa sobre as


queixas mais frequentes dos docentes, as respostas foram: dor de garganta, dores
nas pernas, nas costas, rouquidão e cansaço mental.

No Rio de Janeiro, dados veiculados pela Secretaria Estadual de Educação e


pela União dos Professores Públicos do Estado, revelam que 6,5 % do total de
servidores estão doentes (2008).
Outra pesquisa, ainda no RJ, apresentou que as queixas
mais recorrentes do mal-estar docente são: queixumes de tensão,
ansiedade, nervosismo, angústia, depressão, esgotamento,
irritabilidade e estresse, a esses acrescentam - se: frustração, fadiga,
falta de ar, pressão baixa e/ou alta, labirintite, perturbações do sono,
digestivos, problemas nas cordas vocais, respiratórios, alergias,
alimentações inadequadas (deficiências nutritivas). Estas doenças
podem ser potencializadas no fim do período letivo ( GOMES, 2002,
p.106-107).

Os sintomas relatados não são somente de causas ocupacionais, mas mesmo


devem ser valorizados como objeto de estudo.

Ainda, em outra pesquisa, também no RJ, sobre mal-estar


docente e adoecimento docente, Alevato (2004) identificou os
sintomas de Síndrome Loco –Neurótica (SLN), que se manifestam em
ambientes de trabalho em que as tensões são intensas e se
evidencia pela perda de status social. As pessoas envolvidas nesses
ambientes passam a ter atitudes relacionadas a problemas
psicológicos diante das dificuldades no seu trabalho. Esta síndrome
afeta principalmente os professores.

Em Minas Gerais, Duarte e Augusto (2006) realizaram uma pesquisa em uma


escola estadual e concluíram que os sintomas que afetam os professores,
normalmente são recorrentes na categoria, ou seja, possuem uma “dimensão coletiva
e não individual, assim constataram que é comum e coletivo apresentarem as
seguintes reclamações: tensão nervosa, problemas de voz, dores nas pernas, na
garganta, nas mãos, no abdômen, nos ombros, na nuca e no coração.
Também neste livro há resultados de pesquisas realizadas na Bahia, em São
Paulo e em Belo Horizonte.
As pesquisas compreendidas destacam que as exigências colocadas pela
organização, quando excedem as capacidades, os desejos ou interesses do
trabalhador, podem provocar o estresse profissional, que desencadeia um conjunto de
respostas negativas de caráter: emocional, fisiológico e comportamental.
CODO (2006), em uma pesquisa nacional com mais de 52 mil
profissionais da educação, verificou que, apesar das condições
objetivas não favoráveis, a maioria dos professores continua
trabalhando com empenho porque ainda vê sentido no que faz e
acredita na sua profissão, independente da situação institucional e
mesmo estando inserido no modo de produção capitalista. De 1440
escolas pesquisadas, nos 27 estados da federação brasileira, CODO
confirmou que 90% dos trabalhadores em educação manifestaram
estar satisfeitos e comprometidos com o trabalho e 48%
manifestaram estar com a síndrome de burnout. Portanto, prazer e
sofrimento, realização e perda de si mesmo coabitam nessa
profissão.

Pode-se dizer que onde há mais interação e cooperação no ambiente de


trabalho, também há mais satisfação com os resultados obtidos, desta forma há uma
diminuição do índice de adoecimento e mal-estar nos profissionais.
Altoé (2010), por meio de uma pesquisa constatou que os professores
começaram a trabalhar como professores porque gostavam de lecionar e de
possibilitar que os alunos se apropriassem do conhecimento e que permanecem na
profissão porque encontram sentido no que fazem, apesar dos desafios colocados
pela educação, entre outros itens pesquisados.
O Estado de Santa Catarina tentou diminuir o índice de absenteísmo com
prêmios ( em dinheiro e auxílio alimentação), mas tentar reduzir estes índices sem
solucionar sua causa, aumenta o presenteísmo e / ou síndrome de burnout.

Jussara e Altoé afirmam que: “torna-se fundamental que a instituição


assuma uma gestão democrática, que priorize um trabalho
organizado, solidário e coletivo, para que os professores possam
exercer seu ofício com a competência que lhes é requerida e com a
satisfação merecida, sem desgastes físicos e emocionais
desnecessários. Nesse sentido, o professor que trabalha em equipe
possui melhor suporte para dirimir as dificuldades nas diversas
interações da profissão”.

Devido à complexidade e a gravidade dos temas abordados,


há algumas atitudes simples que podem ajudar nesse processo, por
exemplo: “A rede de intercâmbio virtual de informações pode-se
tornar, progressivamente, uma rede de saber, se solidariedade, de
promoção e ética, da vida e do bem comum e também ser o lócus da
mobilização social contra a exploração e a alienação dos sujeitos.
Também, usando o bom senso e a consciência pode-se reduzir o
índice de ruídos nos espaços escolares, assim como diminuir o
número de alunos em sala. Outras possibilidades: traçar estratégias
coletivas para mediar as determinações institucionais e para
despertar o espírito de iniciativa e a criatividade dos professores;
melhorar o clima institucional para que viabilize maior satisfação.
Outra proposta é a constituição de grupos de apoio social, nos quais
os educadores pudessem compartilhar experiências, sentimentos,
dores, desejos, expectativas, por meio da prática da solidariedade e
da ajuda mútua. Esta ação aliviaria o estresse e diminuiria o mal-estar
docente”, afirmam os autores Jussara e Altoé.

O presenteísmo docente não deve ficar oculto e muito menos distante de


questionamentos. É urgente a elaboração e aplicação de políticas públicas voltadas
para a educação, com maiores investimentos na formação, infraestrutura, na gestão e
na valorização dos profissionais da educação .

COMENTÁRIOS PESSOAIS DA PROFESSORA PDE – ADRIANA APARECIDA


MENOSSE
Nesta obra, o Posfácio, redigido pela Professora Doutora Cláudia Tavares do
Amaral, ressalta que os temas abordados pelos autores “atentam contra a dignidade
do trabalhador”.
Ela faz referência ao termo capacidade, definindo-o, e em seguida citando o
seu real significado no contexto atual. Ainda, esclarece as causas do presenteísmo,
como o medo, “... medo da avaliação do estágio probatório, medo de não conseguir
afastamento e ser enviado para compor a “ornamentação” da biblioteca, ... “.
Nesta fala, após pesquisar e estudar sobre as doenças docentes, causas e
consequências, encontro o meu objeto de estudo, o qual está implícito no “medo de
não conseguir afastamento e ser enviado para compor a ornamentação da biblioteca”,
que normalmente é composta pelo professor readaptado. Esta citação, muito
pertinente, infere sobre a questão da readaptação, da adaptação `a uma nova função
dentro do ambiente escolar, tendo como primordial a capacidade laborativa deste
profissional adoentado que muitas vezes, por falta de opção ou por exigência do
gestor, servirá de “ornamentação” da biblioteca ou em qualquer outro espaço dentro
do ambiente escolar.

REFERËNCIA
PASCHOALINO, Jussara Bueno de Queiroz – Presenteísmo e trabalho
docente/Jussara Bueno de Queiroz Paschoalino, Adailton Altoé.- 1.ed. – Curitiba ,PR:
CRV, 2015.

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