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cultura familiar e a influência de pessoas significativas, estruturando um sentido pessoal e único que se situa
entre a obrigação e o prazer de trabalhar. O trabalho pode colocar-se como castigo. Existe, no entanto, uma
conotação de sofrimento, culpa e castigo que, em contrapartida, percebe-se o homem moderno encontrando
dificuldade em dar sentido à vida se não for pelo trabalho. Nesse sentido, trabalho significa necessidade e
razão de vida.
Assim, as novas teorias vêm sugerindo que o conceito de trabalho seja reconcebido com
De fato, em função de sua forma de ser, os indivíduos podem vivenciar suas próprias
experiências de trabalho. As diferenças individuais são um componente importante, que atuam de uma
forma ou de outra no trabalho. Em uma perspectiva interacionista que considere um ajuste dinâmico entre
pessoa, local de trabalho e organização, pode-se perceber que o ajuste nem sempre é adequado, e quando
assim está, o indivíduo tende a perceber que não dispõe de recursos suficientes para ajustar-se, surgindo
assim o estado de estresse. Estas experiências são geralmente, negativas e podem ter conseqüências graves e,
muitas vezes, irreparáveis tanto para a saúde e bem estar físico quanto psicológico e social.
E mesmo o trabalho que motiva e gratifica, nos lembra Kanaane (1994), quando realizado com
afinco, exige esforço, capacidade de concentração, de raciocínio, implica desgaste físico e/ou mental,
atuando na qualidade de vida.
Muitos autores afirmam que o relacionamento com outras pessoas no âmbito de trabalho é uma
fonte de estresse. E neste sentido, aparece em meados da década de 70 o termo Burnout, que no sentido
literal significa “estar esgotado” ou “queimado”, e que é característico de profissões de ajuda, serviços
humanos ou como Vidal (1993) afirma: “aquellas profisiones que consisten principalmente en ofrecer
Cabe salientar que o Burnout é formado por diversos estados sucessivos que ocorrem em um
tempo e representam uma forma de adaptação às fontes de estresse. Assim, Burnout e estresse são
e saúde biopsicossocial, deve-se tomar medidas de prevenção e tratamento para que esses estados não
Saúde e doença não são fenômenos isolados que possam ser definidos em si mesmos,
pois estão profundamente vinculados ao contexto sócio-econômico-cultural, tanto em suas
produções como na percepção do saber que investiga e propõe soluções. Todas as concepções de
doença pressupõem uma norma objetiva que permita determinar um modelo referencial. Isto
fica superlativamente evidente quando a questão é doença mental. Machado et. al. (1978)
afirmam que para medir o que é ou não é razoável em uma conduta será preciso compará-la com
ela mesma e com outros comportamentos comumente aceitos em cada sociedade e em dado
momento histórico. Esse critério comparativo, ao mesmo tempo em que possibilita estabelecer a
norma a partir da observação do desvio, e promovê-la autoritariamente na prática, permite
articular história individual e história da sociedade, entendendo-as como mudança progressiva e
interdependente.
Segundo Codo, Sampaio e Hitomi (1995), do choque entre um indivíduo, dotado de
uma história personalizada e a organização do trabalho, portadora de uma injunção
despersonalizante, emergem uma vivência e um sofrimento que determinarão a saúde na
organização e seu funcionamento.
· sentimento de indignidade: experimentado como a vergonha de ser robotizado, de não ser mais
que um apêndice da máquina, às vezes de ser sujo, de não ter mais imaginação ou inteligência,
etc;
· sentimento de desqualificação: cujo sentido repercute não só para si com para o ambiente de
trabalho.
necessidades do indivíduo;
que estão expostas a riscos relacionados à integridade física. Uma prova a mais da
sentido;
· alcoolismo;
·uso de drogas.
II – Stress
Nos últimos 15 anos, o estresse tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores, uma vez que
Augusto e Martinez (1998) acrescentam que as três principais causas da mortalidade são o
câncer, doenças cardíacas e cerebrovasculares, e que o estresse aparece como fator relevante de risco. O que
justifica o progressivo interesse na sua prevenção e controle, bem como no tratamento (Lazárus e Folkman,
deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço (França e Rodrigues, 1997).
Foi Hans Selye em 1926 que utilizou este termo pela primeira vez, e que denominou de estresse
um conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um
estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira reação do organismo, nestas circunstâncias, é uma
descarga de adrenalina, sendo que os órgãos que mais sentem são os aparelhos circulatório e o respiratório.
taquicardia, e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Neste sentido, o sangue circula
mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro, já que ficou
pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.
induz o aumento dos movimentos respiratórios, taquipnéia, para que haja maior captação de oxigênio, que
vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela
adrenalina.
Quando o perigo passa, o organismo pára com a super produção de adrenalina e tudo volta ao
normal. No mundo de hoje, percebe-se que as situações não são tão simples assim, e o perigo e a agressão
estão sempre à volta. É diante disso que a reação do organismo frente ao estresse é de taquicardia, palidez,
sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial, provocando um
aumento da pressão à níveis bem altos, mas não significa que a pessoa seja hipertensa.
Em uma visão biopsicossocial, França e Rodrigues (1997) afirmam que o estresse constitui-se de
uma relação particular entre pessoa, seu ambiente e as circunstâncias as quais está submetida, que é avaliada
como uma ameaça ou algo que exige dela mais que suas próprias habilidades ou recursos e que põe em
perigo o seu bem estar. Cabe salientar, no entanto, que o estresse por si só não é suficiente para desencadear
uma enfermidade orgânica ou para provocar uma disfunção significativa na vida da pessoa. Para que isso
ocorra é necessário que outras condições sejam satisfeitas, tais como a vulnerabilidade orgânica ou uma
situações em que o indivíduo percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador, quando suas necessidades
de realização pessoal e profissional, e/ou sua saúde física ou mental, prejudicam a interação desta com o
trabalho e este ambiente tenha demandas excessivas a ela, ou que ela não contenha recursos adequados para
agentes estressantes ligados ao trabalho têm origens diversas: condições externas (economia política) e
exigências culturais (cobrança social e familiar). No entanto, Silva e Marchi (1997) salientam que a mais
Peiró (1986), explicita como estressores do ambiente físico: ruído, iluminação, temperatura,
higiene, intoxicação, clima, e disposição do espaço físico para o trabalho (ergonomia); e como principais
demandas estressantes: trabalho por turnos, trabalho noturno, sobrecarga de trabalho, exposição a riscos e
perigos.
irritação. Dejours (1994) afirmava que não existe trabalho sem sofrimento.
Sato (1992), faz uma crítica à visão de saúde da Medicina do Trabalho e Engenharia de
Segurança, afirmando que é uma visão hegemônica, que reduz o conceito de saúde à ausência de doenças e
de acidentes de trabalho, ou seja, as demais formas de prejuízo à saúde não são objetos da atuação dessa
área, há uma rejeição dos conceitos de saúde, tais como o social e psicológico.
Os valores de saúde e doença são construídos, na empresa, sob o foco da produtividade, sob os
princípios que se adota de responsabilidade social e o valor que se dá à preservação das pessoas, das
Nem sempre o estresse é prejudicial, no entanto, o estresse prolongado é uma das causas do
esgotamento, que pode levar ao Burnout (França e Rodrigues 1997). Ou seja, o estresse pode ou não levar a
ser definidos em si mesmos, mas estão vinculados ao contexto sócio-econômico-cultural, tanto em suas
Neste sentido Silva e Marchi (1997), afirmam que o estresse é um estado intermediário entre
saúde e doença, um estado durante o qual o corpo luta contra o agente causador da doença. Quando se
confronta com um agressor (estressor) o corpo reage. Essa reação tem três estágios: alarme, resistência e
exaustão.
A fase de Alarme consiste em uma fase muito rápida de orientação e identificação do perigo,
preparando o corpo para a reação propriamente dita, ou seja, a fase de resistência. Lipp (1990) acrescenta
que às vezes as sensações não se identificam como de estresse, é por isso que muitos não se dão conta de
A fase de Resistência é uma fase que pode durar anos. É a maneira pela qual o corpo se adapta à
nova situação. É parte do estresse total do indivíduo e se processa de dois modos básicos: sintóxico
(tolerância e aceitação) e catotóxica (contra, não aceitação). Para Lipp (1990), isto ocorre quando a pessoa
estressor, o agressor, seja pelo cansaço dos mecanismos de resistência. Então, é neste caso que o resultado
será o da doença ou mesmo um colapso.
“doença” ocupacional. Diversos trabalhos têm evidenciado uma diversidade de variáveis organizacionais,
O estresse apresenta um alto custo para as empresas pois refletem diretamente na produtividade
através de faltas, horas de trabalho perdidas, desperdício de material de trabalho e custos elevados em
Assim, o interesse atual pelos efeitos e conseqüências do estresse nos contextos de trabalho
responde a várias razões, mas principalmente aos custos econômicos derivados, tanto para os indivíduos
Quando o rearranjo da organização do trabalho não é mais possível, quando a relação do trabalhador com a
O conceito de Burnout surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70, para dar explicação
longo dos anos esta síndrome de “queimar-se” tem se estabelecido como uma resposta ao estresse laboral
Não existe uma definição unânime sobre esta síndrome, existe um consenso em considerar que
aparece no indivíduo como uma resposta ao estresse laboral. Trata-se de uma experiência subjetiva interna
que agrupa sentimentos e atitudes e que tem um semblante negativo para o indivíduo, dado que implica
alterações, problemas e disfunções psicofisiológicas com conseqüências nocivas para a pessoa e para a
organização.
interesse pela atividade de trabalho que surge nas profissões que trabalham em contato direto com pessoas
em prestação de serviço como conseqüência desse contato diário no seu trabalho. Amorim et. al. (1998)
acrescentam ainda, que alguns pesquisadores realizaram propostas de delimitação conceitual e assim
estabeleceram procedimentos e critérios para o diagnóstico diferencial. Pines; Aronson e Kafry (1981),
entusiasmo pelo trabalho, pela vida em geral e baixa auto-estima a estados que combinam esta síndrome. Na
primeiro pode ser entendido pela situação que os trabalhadores sentem quando já não podem dar mais de si
mesmo afetivamente, é uma situação de esgotamento da energia dos recursos emocionais próprios, uma
experiência de estar emocionalmente esgotado, devido ao contato diário mantido com pessoas que hão de
atender como objeto de trabalho. A despersonalização pode ser definida como o desenvolvimento de
sentimentos e atitudes negativos e cinismo para as pessoas destinatárias do trabalho. Estas pessoas são vistas
profissionais ainda os responsabilizam de seus problemas. Maslach e Jackson (1981) afirmavam que
Burnout estava estritamente ligado a profissionais de saúde, que perdiam então, o interesse, empatia e o
avaliar-se negativamente e, de forma especial, essa avaliação negativa afeta a habilidade na realização do
trabalho e a relação com as pessoas que atendem. Os trabalhadores sentem-se descontentes consigo mesmos
Amorim e Turbay (1998), afirmam que a síndrome de Burnout é uma experiência subjetiva, que
conseqüências nocivas para a pessoa e a organização, sendo que esta afeta diretamente a qualidade de vida
do indivíduo. Por isso, é necessário um estudo também filosófico onde se explicita a natureza humana e,
trabalho.
(1988), este tipo de organização conta para sua coordenação uma padronização das habilidades de seus
membros. Contrata profissionais preparados e treinados para a realização das tarefas e lhes concede um
controle considerável sobre seu próprio trabalho. Além disso, estes profissionais trabalham com certa
independência com respeito aos seus colegas e estreitamente vinculados a seus clientes.
Golembiewski e Doly (apud González, 1995), acrescentam que desde a Teoria das
Gil-Monte e Peiró (1996), afirmam que este tipo de organização tem embasado seu
classificação da situação que permite determinar o conjunto de habilidades relevantes e das técnicas
atualizadas para resolver o problema do usuário. Também apresentam estruturas muito descentralizadas,
tanto horizontal como verticalmente, e um boa parte do poder permanece nos profissionais, que são os que
devem resolver os problemas concretos das pessoas que atendem. Isto faz com que possam controlar uma
ambiente e no clima organizacional para ser funcional. Assim, o ambiente em que esta imersa a organização
deve ser estável, para permitir que as habilidades e procedimentos possam ser padronizados.
Por outro lado, os conhecimentos nos quais se baseia a organização, são complexos, a
organização perde seu caráter de burocracia profissionalizada, determinado por um serviço de atenção
personalizada ao usuário. Com respeito ao poder e a hierarquia, estas organizações requerem uma
distribuição democrática do poder, de forma que o próprio profissional exerça o controle sobre seu trabalho
Uma variável importante neste nível é a socialização laboral, Peiró (1986), sugere que esta é o
processo por meio do qual o novo membro aprende a escala de valores, as normas e as pautas de conduta
exigida pela organização a que se incorpora”. Em diferentes trabalhos se tem indicado que a síndrome de
No plano das relações interpessoais, quando estas são tensas, conflitivas e prolongadas, tem-se a
tendência de aumentar os sentimento de Burnout. Assim, mesmo a falta de apoio no trabalho por parte dos
profissional com o usuário, e os conflitos interpessoais com as pessoas que se atende ou seus familiares, são
relação à intensidade e freqüência de sentimentos de altruísmo e idealismo acentuados pela forma em que
uma parte importante destes profissionais aborda sua profissão poderiam facilitar o processo de “queimar-
se” (Edelwich e Brodsky, 1980). Esse idealismo e sentimentos altruístas levam os profissionais a implicar-se
excessivamente nos problemas dos usuários e convertem em uma direção pessoal para solução dos
problemas. O próprio indivíduo tolera que se sinta culpado das falhas, tanto próprias como alheias, o qual
Como se pode perceber, em uma perspectiva psicossocial, Burnout tem-se definido como uma
síndrome cujos sintomas são sentimentos de esgotamento emocional, despersonalização e baixa realização
pessoal no trabalho. Estes sintomas podem desenvolver-se naqueles sujeitos cujo objeto de trabalho são
pessoas em qualquer tipo de atividade. No entanto, deve ser entendida como uma resposta ao estresse laboral
que aparece quando falham as estratégias funcionais de enfrentamento que o sujeito pode empregar e se
comporta como variável mediadora entre o estresse percebido e suas conseqüências. Esse enfrentamento é
definido por França e Rodrigues (1997), como sendo o “ conjunto de esforços que uma pessoa desenvolve
para manejar ou lidar com as solicitações externas ou internas, que são avaliadas por ela como excessivas ou
acima de suas possibilidades”. Assim, esta síndrome é considerada um passo intermediário na relação
estresse-conseqüências do estresse de forma que, se permanece durante um longo tempo, o estresse laboral
terá conseqüências nocivas para o indivíduo, sob a forma de enfermidade, falta de saúde com alterações
psicossomáticas (alterações cardiorespiratórias, gastrite e úlcera, dificuldade para dormir, náuseas) e para
· Exaustão emocional - ocorre quando a pessoa percebe nela mesmo a impressão de que não
dispõe de recursos suficientes para dar aos outros. Surgem sintomas de cansaço,
sentimentos e o comportamento social. Estas podem ser breves, moderadas ou até graves.
aparecimento de Burnout nas três dimensões: esgotamento emocional, despersonalização e baixa auto-
estima.
Para Lautert (1997), a instalação da Síndrome de Burnout ocorre de maneira lenta e gradual,
acometendo o indivíduo progressivamente. Alvarez Galego e Fernandez Rios (1991), distinguem três
momentos para a manifestação da síndrome. Num primeiro momento, as demandas de trabalho são maiores
que os recursos materiais e humanos, o que gera um estresse laboral no indivíduo. Neste momento, o que é
segundo momento, evidencia-se um esforço do indivíduo em adaptar-se e produzir uma resposta emocional
ao desajuste percebido. Aparecem então, sinais de fadiga, tensão, irritabilidade e até mesmo, ansiedade.
Assim, essa etapa, exige uma adaptação psicológica do sujeito, a qual reflete no seu trabalho, reduzindo o
seu interesse e a responsabilidade pela sua função. E, finalmente, num terceiro momento, ocorre o
enfrentamento defensivo, ou seja, o sujeito produz uma troca de atitudes e condutas com a finalidade de
cinismo e rigidez.
No entanto, é preciso considerar a síndrome como processo, esses momentos não se estabelecem
de forma clara e distinta entre uma etapa ou outra, ou de um momento ao outro. Até mesmo Delgado et al.
(1993) citam alguns autores, como Belcastro, Gold e Hays (1983), para os quais não é possível determinar,
com exatidão, nem a seqüência, nem os correlatos das diferentes fases implicadas no desenvolvimento desta
síndrome.
estratégias de defesa, que utiliza de maneira constante. Essas estratégias consistem em mudanças de atitudes
aumentar a variedade de rotinas, para evitar a monotonia; b) prevenir o excesso de horas extras; c) dar
melhor suporte social às pessoas; d) melhorar as condições sociais e físicas de trabalho; e e) investir no
Já Phillips (1984) diz que a primeira medida para evitar a síndrome de Burnout é conhecer suas
manifestações. Existem, porém, outras formas de prevenção e que podem ser agrupadas em três categorias:
stress, entre outros. As estratégias grupais consistem em buscar o apoio grupal (Shinn e Morch, 1983) e
uma pressão intensa e constante no trabalho, e acrescenta como medidas de prevenção, um programa
preventivo baseado em grupos de apoios entre profissionais para se discutir temas relacionados, como
também recomendações tais como exercícios físicos, dietas, manejo de estresse e promoção da saúde
(Lowenstein, 1991).
A partir de um estudo dos principais instrumentos de medida, Garcés De Los Fayos, López-Soler
· a evolução da síndrome ocupa um dos lugares mais importantes dentro de trabalhos onde
· há dez anos o Inventário de Burnout de Maslach e Jakson destaca-se como instrumento
mais eficaz;
· o esgotamento emocional é a dimensão mais consistente e melhor definida dentro dos
quadros observados; e
· na Espanha, os trabalhos de García Izquierdo a respeito da escala de “Efectos Psíquicos del
De fato, existe outros instrumentos de medidas, e dentre eles, citaremos àqueles abordados
por Garcés De Los Fayos, López-Soler e Garcia Montalvo (1994): Staff Burnout Scale; Indicadores del
Burnout; Emener-Luck Burnout Scale; Tedium Measureees (Burnout Measure); Maslach Burnour
Inventory; Burnout Scale; Teacher Burnout Scale; Energy Depletion Index; Mattews Burnout Scale for
Employess; Efectos Psiquícos del Burnour; Escala de Variables Predictoras del Burnout; Cuestionario de
Burnout del Professorado; Holland Burnout Assesment Survey; Rome Burnout Inventory.
No entanto, ao se utilizar os instrumentos é necessário levar em consideração a cultura da
instituição ou, se possível, realizar uma avaliação psicológica da Organização para entender os
determinantes e funcionamentos, que são referências importantes para a análise dos resultados obtidos,
Como ficou expressado, Burnout é um desgaste, tanto físico como mental, em que o
indivíduo pode tornar-se exausto, em função de um excessivo esforço que faz para responder às
constantes solicitações de energia, força ou recursos, afetando diretamente a qualidade de vida
do indivíduo e, conseqüentemente, do trabalho.
agora, que essa atenção personalizada aos pacientes não se restringe apenas às organizações hospitalares,
mas sim a todos os tipos de organização, na qual o cliente, ou o paciente, ou o aluno é que tem a razão e,
assim, é a origem de todas as atenções, buscando ,então, a qualidade de vida no trabalho que tem sido
preocupação do homem, desde o início da sua existência, com outras nomenclaturas em outros contextos,
mas sempre voltada para promover o bem-estar do trabalhador. Um exemplo disso é quando Arquimedes,
em 887 a.C., com a Lei das Alavancas vem contribuir para diminuir o esforço físico de muitos
trabalhadores. No entanto, foi a partir dos séculos XVII e XIII, com a sistematização dos métodos de
produção, que as condições de trabalho e influência destas na vida do homem vieram a ser estudados
glória e se dispersou, entre vários motivos, pela dificuldade de definição e delimitação do conceito. Apesar
de ter surgido há mais de quarenta anos, ainda não há uma definição consensual para Q.V.T. – Qualidade de
Vida no Trabalho, cada autor o conceitua conforme os elementos que julga mais importantes para que exista
efetivamente.
A Qualidade de Trabalho pode ser considerada como uma forma de se pensar a respeito de
Q.V.T. (Quality of Working Life - Q.W.L.) em franca ascensão, com o desenvolvimento de tecnologias e
abordagens específicas. Administração participativa, grupos autônomos de trabalho, “job enlargement”, “job
enrichment”, pesquisas motivacionais, de satisfação e de clima organizacional constituíram um verdadeiro
arsenal tecnológico. O progresso foi a tal ponto que o termo Q.V.T. adquiriu uma abrangência grande
demais, tanto que qualquer iniciativa isolada de alteração no ambiente de trabalho era chamada de Q.V.T. .
Nessa época Q.V.T. significava praticamente tudo o que era feito na área de recursos humanos, por um
raciocínio lógico muito simples: o que abrange tudo, acaba não abrangendo nada. Infelizmente, um tema que
começou como uma importante variável dependente transformou-se em movimento e, a partir de um dado
Os profissionais de recursos humanos teriam aderido a uma série de modismos que, apesar de
estarem nucleados em propostas de grande valor social, por falta de seriedade e aprofundamento teórico,
É possível pensar que existe Qualidade de Vida no Trabalho quando os membros de uma
organização são capazes de satisfazer necessidades pessoais importantes através de sua vivência na mesma,
o que engloba, portanto, a preocupação com o efeito do trabalho nas pessoas, com a eficácia da organização
Silva e Marchi (1997), afirmam que a relação entre saúde e Qualidade de Vida parece óbvia, o
próprio senso comum nos diz que ter saúde é a primeira e essencial condição para que alguém possa
considerar sua vida como de boa qualidade. Mas o que parece óbvio e claro nem sempre o é, na realidade.
Tanto a concepção de saúde, como a de qualidade de vida comportam discussões e interpretações diversas.
Portanto, qualidade de vida é um conceito amplo e sendo assim, deve englobar aspectos
alguns indicadores como: satisfação, auto-realização, motivação, desempenho, ou ainda, analisar a ausência
da qualidade de vida, como sugere a existência de alguns fenômenos, entre eles, Burnout.
Conclusão
Podemos entender Burnout como o produto de uma interação negativa entre o local, a equipe de
trabalho e os clientes como afirma Alvarez Gallego e Fernandez Rios (1991). De fato, a Organização
Internacional do Trabalho reconhece que o estresse e a síndrome de Burnout não são fenômenos isolados,
mas ambos foram convertido em um risco ocupacional significativo (Barona, 1991). Aluja (1997), confirma
através de uma pesquisa a relação existente entre saúde mental, psicopatologia e Burnout.
Segundo Figueroa; Veliz-Caquias (1992) as profissões mais afetadas pela síndrome são: polícia,
Fica claro a importância do bem-estar e a saúde do indivíduo no trabalho, pois é no trabalho que
passa-se a maior parte do tempo. A qualidade de vida está diretamente relacionada com as necessidades e
Atualmente o estresse não é visto apenas como prejudicial ao trabalhador, mas principalmente à
organização que despendem altos custos em absenteísmo, acidentes, doenças, conflitos, abandono e
Notas
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