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TRABALHO DE ESTATÍSTICA
TRABALHO DE ESTATÍSTICA
Lista de Grafico
Lista de Tabela
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 1
2. Materiais e Métodos.................................................................................................................2
2.1. Tipo de Pesquisa .................................................................................................................. 2
2.2. População e Amostra ........................................................................................................... 2
2.3. Técnicas e instrumentos de Recolha de Dados ................................................................ 3
3. Análise descritiva dos dados....................................................................................................4
3.1. Resultado da Entrevista com alunos .................................................................................... 4
3.2. Performance média dos alunos da escola da zona urbana e rural ........................................ 7
3.3. Resultado da entrevista aos professores .............................................................................. 7
4.Conclusão ................................................................................................................................ 9
5. Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 10
Apêndice ................................................................................................................................... 11
Questionário Aos Alunos ......................................................................................................... 12
Entrevista Aos Professores De Física ....................................................................................... 13
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1. Introdução
As transformações pelas quais Alto Molócuè passou, durante o século XXI, geraram
consequências profundas na sociedade, tornando necessária a adequação do sistema
educacional a esse novo contexto. Portando a nova realidade torna pertinente que o ensino de
física deva articular o que está sendo aprendido na sala de aula com aquilo que o aluno vivencia
em seu dia a dia, considerando a sua cultura.
Muitos fatores podem influenciar na aprendizagem da física, um deles é o espaço escolar, mais
especificadamente, a sala de aula. Esse ambiente influencia em toda a dinâmica de
aprendizagem, pois, além da questão visual, de aparência da sala de aula, há a questão de
disponibilização de recursos didáticos durante a aula.
Uma das preocupações atuais das comunidades educativas está adequação do ensino de física
a realidade do meio circundante, isto é a planificação das aulas de física com base no meio e
nos hábitos e costumes locais. Essa realidade nos faz questionar ate que ponto o meio rural e
urbano influenciam na aprendizagem significativa de física em Alto Molócuè. E pensando nesta
questão foi produzido esse estudo que tem como objectivo analisar a influência do meio rural e
urbano no ensino de física em Alto Molócuè.
Para a compreensão e facilitação da pesquisa o trabalho foi dividido em três secções a descrever:
1. Materiais e Métodos
2.1. Tipo de Pesquisa
a) Quanto a natureza
A Pesquisa é básica: pois de acordo com Lakatos e Marconi (1995) se objectiva gerar
conhecimentos novos para avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Na pesquisa levada
à cabo, novos conhecimentos sobre os factores que influenciam na aprendizagem de física nos
meios rural e urbano, foram levantados e a partir deste chegar a novas práticas docentes para a
ultrapassagem destas dificuldades.
c) Quanto a abordagem
A pesquisa é qualitativa: segundo Gil (2002), a pesquisa considera-se qualitativa quando existe
uma relação entre o mundo e o sujeito que não pode ser traduzida em números; Neste contexto,
esta pesquisa se torna qualitativa devido a interacção não estatística existente entre o meio e o
PEA significativo, não só, também pelo facto de as relações entre as causas e os efeitos serem
expressas em termos hipotéticos e ideólogos.
Fizeram parte da população alvo 618 indivíduos, sendo 8 professores de física (professores de
ambas escolas) e 610 alunos (385 da ESGAM, e 225 da ESGN) que frequentam a 12ª classe no
Curso Diurno grupo B na ESGAM e na ESGN.
Por tanto, dos 385 alunos da 12ª classe grupo B da ESG de Alto Molócuè, será extraída uma
amostra de 40 alunos, e dos 225 alunos do mesmo grupo B da ESG de Nauela será extraída uma
amostra de 25 alunos, em ambos os casos serão seleccionados aleatoriamente em cada turma
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Tinha como objectivo saber qual é o nível de envolvimento do aluno no ensino e aprendizagem
de física.
60,0%
60,0%
50,0% 32,5%
40,0%
24,0% 27,5%
30,0% 15,0%
12,5%
20,0%
10,0%
0,0%
Fácil Razoável Difícil
ESGPN ESGN
Como resposta a questão, o gráfico 1, nos mostra que a maioria dos alunos nas duas áreas
geográficas de estudo, consideram a física uma disciplina razoável, a linguagem razoável é
usada quando a sensação não é má e nem ruim, o que presume que existam variáveis que
determinam se vai ser difícil ou fácil.
Esta questão, tinha como objectivo, saber a inclinação dos alunos, com relação a linguagem
físico-matemática, visto que esta a base para o domínio da resolução dos problemas e exercícios
físicos. O gráfico 2, mostra a tendência dos estudantes com relação a questão.
5
52,5%
48,0%
60,0%
50,0% 32,5%
40,0% 17,5% 15,0%
30,0% 15,0%
20,0%
10,0%
0,0%
As teorias da física; Os cálculos As teorias assim como
os cálculos
ESGPN ESGN
Os dados presentes no gráfico acima, dizem que a maioria dos alunos (52,5% vs 48%) nas duas
escolas tem preferências em discutir apenas as teorias físicas em comparação dos cálculos
matemáticos. Factos mostram que a preferência em teorias físicas pode estar ligado a fraca
habilidade em cálculos matemáticos, Pozo (1995), adianta que sem habilidades matemática o
estudante sempre mostrara fracasso no aproveitamento de física, sustentando que estudante que
só dominam a parte teórica, podem faze-lo por ter decorado, mas não conseguem interpretar o
que dizem.
Questão 3: Quais foram as matérias mais difíceis que você já aprendeu em física na 12ª classe?
A questão três tinha como objectivo saber se as matérias que dificultam na aprendizagem da
física nos alunos urbanos e rurais são as mesmas ou diferentes. Com essa questão pretendia-se
correlacionar se a ausência de laboratório, biblioteca apedrejada e de fluxo de internet, criam
nos estudantes dificuldades diferentes.
32,5%
35,0% 28,0% 30,0%
24,0%
30,0%
25,0% 17,5% 16,0% 12,0%
20,0% 12,0%
10,0%
15,0% 5,0% 8,0% 5,0%
10,0%
5,0%
0,0%
ESGPN ESGN
Os dados presente no gráfico acima, mostram que as matérias dadas como difíceis na zona
urbana e rural são concorrentes, principalmente nas matérias de ondas eletromagnéticas, física
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atómica, e física nuclear, nestas questões o desvio padrão se pode afirmar ser homogéneo, já
nas matérias de gases e termodinâmicos, oscilações mecânicas e mecânica dos fluidos, o desvio
padrão se pode considerar heterogéneo, pois há uma maior diferença entre as percentagens de
estudantes que disseram que essas matérias eram difíceis, aonde a escola urbana apresentou
menos percentagem em função da escola rural, este factor pode estar associado a existência de
laboratório na zona urbana, assim como a facilitação de obtenção de recursos didácticos locais
e informação digital.
Questão 4: A tua escola dispõe de todo o material que precisa para estudar a física?
Esta questão tinha como objectivo saber como o aluno se sente com relação aos recursos
didácticos de aprendizagem que a escola despõe para o processo de aprendizagem de física.
Sim Não
ESGPN 92,5% 7,5%
ESGN 20,0% 80,0%
Desvio Padrão 0,51 0,51
Media 21 11,5
Vesse a partir da tabela acima que os estudantes da escola rural tem noção que melhores
condições poderiam melhorar o processo de ensino e aprendizagem de física, por lado os
estudantes da escola urbana, dizem ter todas as condições necessários para facilitar o processo
de ensino e aprendizagem. A partir do desvio padrão das respostas em ambas escolas é
observável que existe uma tendência homogenia da dispersão das respostas, embora que seja
no sentido opostos para as escolas.
A tabela abaixo que transporta as respostas dadas, nos mostra que 88% dos estudantes na zona
rural não tem acesso a internet, enquanto que o controverso, se encontra na zona urbana, aonde
mais de 90% tem acesso a internet, este facto, pode em muito condicionar o estilo de
aprendizagem, como se refere Gardner (1993).
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Sim Não
ESGPN 97,5% 2,5%
ESGN 12,0% 88,0%
Desvio Padrão 0,60 0,60
Média 21 11,5
Residência
Trimestre Urbano Rural
Nº de Est. Média Desv.Pad. Nº de Est. Média Desv.Pad.
A tabela acima mostra a media das notas médias dos alunos durante o ano lectivo em cada
trimestre, a aonde é observado de forma comparativa o rendimento dos alunos da zona urbana
e rural, e no desenrolar dos dados mostra-se que os máximos e os mínimos de aproveitamento
são concorrentes em ambos os casos, isto é, no trimestre aonde o aproveitamento é baixo na
zona urbana, na rural também foi baixo, como é o caso do 2º trimestre, porem no 3º trimestre
se observa uma recuperação do performance dos estudantes em ambas as escolas, mas com um
desvio padrão maior, o que significa que as notas medias ficaram mais heterogenias.
Estes dados vão de acordo com os dados presentes no gráfico 3, aonde os estudantes afirmaram
terem mais dificuldades nas unidades de física atómica e nuclear, que são unidades que em
parte fazem parte do 2º trimestre.
A tabela a baixo, mostra os resultados das questões 1 e 2, que pertencem a mesma categoria,
que era de caraterização dos participantes da amostra de professores.
É visível através das informações constadas na tabela 2, que a maioria dos entrevistados nesta
secção, tem mais de cinco anos de serviço, o que espelha que já possa ter vivido diferentes
circunstâncias profissionais com relação ao tema. Portanto, no que tange a questão dois, há que
referenciar que 50% da amostra já teve experiência com o meio rural, e desde grupo, 75% deles
já se lidou com a aprendizagem nas duas zonas, a rural e a urbana.
No que se refere a questão 3 e 4. Todos os entrevistados, foram unanimes em afirmar que sim,
existe uma diferença entre alunos da zona rural e urbana. Quando questionados sobre como
esses factores influenciam no processo de ensino e aprendizagem, na zona rural e urbana, estes
foram profundo em afirmar que os factores sociais são os que mais influenciam no processo de
ensino e aprendizagem e também acabam influenciado nos outros factores condicionantes para
a aprendizagem.
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3. Conclusão
A presente pesquisa pretendia analisar a influência do meio rural e urbano no ensino de física
em Alto Molócuè, e para tal buscou analisar influência do meio no desempenho de estudantes
de duas escolas situadas em meios totalmente diferentes, que são respectivamente a ESGPN do
meio urbano e a ESGN do meio rural. Portanto, os resultados obtidos nos submetem as
seguintes conclusões:
Fazendo analise apenas do aproveitamento pedagógico obtido pelos estudantes dos dois meios,
se pode afirmar que o meio tem pouca influência no processo de ensino e aprendizagem, porem
olhando para a componente saber fazer, e diversidade de informação obtida, há sim muito
diferença entre estudantes do meio rural com os estudantes do meio urbano, pois este segundo
grupo tem mais acesso a recursos didácticos que o primeiro, e o facto de poder ter um poder
expressivo faz com que estudantes desse segundo grupo consigam ter mais horizontes.
Os factores que influenciam no processo de ensino e aprendizagem nos dois meios são factores
ligados a áreas socio – culturais e económicos. Dentre vários factores se destacam a língua
predominante (a predominação da materna influencia negativamente), os hábitos culturais
como por exemplos a circuncisarão que na zona urbana é feita no hospital e na zona rural é feita
no mato (nos ritos de iniciação), a falta de acesso a informação como por exemplo falta de
biblioteca e internet, os hábitos culturais que poem os deveres domésticos acima da educação.
A falta de objectivos delineados para o futuro pois formação, faz com que a motivação
intrínseca seja bastante condicionante, neste sentido, os alunos do meio urbano são mais
motivados que os alunos no meio rural, e como a literatura já defende, a motivação intrínseca
é bastante necessária para o sucesso do processo de aprendizagem de qualquer disciplina e em
particular o da física. Os factores sociais e culturais influenciam de formas diferentes nestes
locais, na zona urbana e sua influência é bastante positiva, ao contrário do que acontece na área
rural, aonde os hábitos e costumes influenciam negativamente, no processo de ensino de física.
A falta de acesso a informação, isto é, falta de biblioteca e internet, faz com que o estudante da
ESGN se limite aos apontamentos dados pelo professor, e também limita ao professor que não
pode dar algum trabalho de pesquisa devido a escassez de fontes literárias. A situação
económica, influencia negativamente no processo de ensino de física, pois os estudantes se
sentem limitados em adquirir certos artigos que serviriam para produção de experimento e
outras coisas. Neste mesmo sentido, na zona urbana os estudantes tem facilidade de aquisição
de material reciclável o que podem com facilidade construir certo protótipos experimentais e
aumentar o know how em física.
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4. Referencias Bibliográficas
1. Gardner, Howard. (1989). To Open Minds: Chinese Clues To The Dilemma Of American
Education. New York: Basic Books.
2. Gardner, Howard. (1993). Multiple Intelligences: The Theory In Practice. New York: Basic
Books.
3. Gil, António Carlos. (2008). Como Elaborar Projectos De Pesquisa. 5. Ed. São Paulo:
Atlas.
4. Pozo, J. I.; Postigo, Y.; Crespo, M. Á. G. (1995). ‘Aprendizaje De Estratégias Para La
Solución De Problemas En Ciencias.’ In: Alambique, Barcelona, Graó, N.5, P.16-26.
5. Marconi, Mariana De Andrade, Lakatos, Eva Maria. (2007), Fundamentos De Metodologia
Científica. 6ª Ed. São Paulo: Atlas..
6. Marconi, Mariana De Andrade; Lakatos, Eva Maria. (2011). Metodologia Cientifica. 6ª
Edição:278.
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Apêndice
12
Caro aluno, o questionário em sua posse, tem como objectivo recolher a sua sensibilidade sobre o ensino
da disciplina de física na tua escola, de modo a conhecer as dificuldades e as causas de tais dificuldades
que o caro aluno possa ter. Lembrar que este questionário não contará para a sua passagem de classe,
mas contribuirá para a melhoria da qualidade de ensino de física para os demais.
4. A tua escola dispõe de todo o material que precisa para estudar a física?
A: Sim. B: Não
O questionário em sua posse, tem como objectivo recolher as sensibilidades dos profissionais de
educação (docentes) em torno da leccionação das aulas de física em diversas matérias, com intuito de
Cingir-se nas dificuldades que os professores e alunos enfrentam na leccionação destas matérias.
Os dados colectados servirão apenas para a compilação e elaboração do relatório avaliativo na cadeira
de Estatística Geral no ISCED