Você está na página 1de 27

Teologia

Sistemá.ca

Introdução a
Hamar.ologia
Doutrina
do
Pecado
Significado A Origem Consequência Tentação
Do grego αμαρτια + λογία , λόγος transliterado hamartia lógos ou logia, termo ou
vocábulo composto, a significar a ciência (λόγος, λογία) que se ocupa do estudo do
pecado (αμαρτια).

A doutrina do pecado é importante porque ela está in4mamente relacionada com a doutrina acerca de
Deus. Pois para entendermos a essência do pecado, precisamos entender a essência da Pessoa de Deus,
especificamente seu caráter santo e justo. O Senhor não tolera o pecado, porque “é Deus santo, é Deus
zeloso” (Js 24.19).

“Então Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor, porquanto é Deus santo, é Deus
zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados.”

A doutrina do pecado também é importante porque ela determinada nosso conceito de salvação. “Errar,
portanto, na doutrina do pecado, é errar também na da salvação. Um exemplo: Pessoas há que julgam
que o pecado é devido ao meio em que o homem vive; logo, melhorando o meio, o pecado
desaparecerá. Se assim fosse, os homens necessitariam não de um salvador, mas de um benfeitor. (A. B.
Langston, Esboço de Teologia Sistemá4ca)

Como disse Charles Spurgeon, numa mensagem baseada em 1Timóteo 1.15: “Uma grande salvação
para um grande pecador”
O An%go Testamento
e o Novo Testamento
u%lizam os seguintes
termos para
descrever a rebelião
da humanidade
contra Deus:
“Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao
culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até
a terceira e quarta geração.” Ex 34.7
A As três palavras hebraicas notadas acima ocorrem em Êx 34.7: “perdoa a iniquidade (‘awon), a transgressão (pesha‘)
N e o pecado (hata’ah3 )”.
T
I “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o Senhor tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se
G rebelaram contra mim.
O O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o
meu povo não entende.
T Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram
E ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás.” Is 1.2-4
S A palavra “pecadora” é a tradução de um adjeHvo hebraico (hote’) que procede da raiz hata’, “pecar” ou “errar o
T alvo”. De acordo com Isaías, o pecado está estritamente relacionado com a falta de conhecimento de Deus (v.3; cf.
A Mt 22.29).
M Landon Jones esclarece: Podemos dizer que um dos aspectos da revelação de Deus no AT foi levar o povo de Israel a
E compreender como deviam viver em sua presença. A essência do pecado foi e conAnua sendo errar esse alvo,
N escolhendo o caminho que leva o individuo e a nação cada vez mais para longe desse objeAvo. Portanto, do ponto de
vista do AT, o pecado não é apenas quebrar regras de uma religião organizada, mas fundamentalmente escolher o
T
caminho errado ou por falta de conhecimento de quem era Deus, ou por rebeldia declarada contra esse Deus.
O
No v.2, onde se lê “eles se rebelaram contra mim” (v.2), o verbo “rebelar” é pasha‘. Esse verbo compõe a forma
substanHvada pesha‘, “transgressão”, cujo senHdo é de rebelião contra a autoridade de Deus. E, no v.4, onde se lê a
expressão “povo carregado de iniquidade” (v.4), o termo “iniquidade” é a tradução da palavra hebraica ‘awon.
INIQUIDADE - A palavra adikia “é a injustiça, ou, de modo mais abrangente, qualquer conduta injusta que não
satisfaça o padrão da justiça”. Em 1Co 6.9, Paulo afirma: “Não sabeis que os injustos (adikoi) não herdarão o
reino de Deus?”. E, em Cl 3.25, o apóstolo declara: “Pois quem faz injustiça (edikese) receberá a paga da
injustiça que fez”. Em vários textos, o substantivo adikia é utilizado para contrastar com dikaios, “justo (Rm
3.5; At 24.15; 1Pe 3.18). Aos olhos de Deus “não há justo, nenhum sequer” (Rm 3.10), mas a boa notícia é que
N “Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo (dikaios) pelos injustos (adikos)” (1Pe 3.18).
O TRANSGREÇÃO - Já a palavra grega parabasis procede da raiz parabaino, “quebrar”, “transgredir”. Em vários
V textos bíblicos, o termo se refere à quebra de alguns mandamentos específicos (Mt 15.2,3; Rm 5.14; 1Tm
O 2.14), na maioria das vezes se referindo à lei de Moisés (Rm 2.23,25,27; Gl 3.19; Hb 2.2; 9.15).
PECADO - Certamente a palavra que se destaca no Novo Testamento é hamartia, que, dentre suas ocorrência,
T é utilizada por Paulo em Rm 3.23: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. O verbo “pecaram” é
E a tradução do grego hamartano, relacionado ao substantivo hamartia (Rm 6.23; Ef 2.1). Em Rm 5.8, o apóstolo
S afirma que “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. O termo “pecadores” traduz o grego
T hamartolos, “homens totalmente malvados”.
A
M Conforme observado no quadro, hamartia corresponde ao hebraico hata’, “errar o alvo”. Então, todos nós
E erramos o alvo, pois, de forma ativa ou passiva, seja através dos nossos atos ou através dos nossos
N pensamentos, não agimos de acordo com o padrão estabelecido por Deus. Isso porque o padrão estabelecido
por Deus tem como fundamento o seu próprio caráter santo e justo, e nenhum ser humano, por mais justo e
T
moral que seja, conseguirá atingir o grau de perfeição que advém do caráter de Deus. Observa-se então que o
O
padrão não é uma norma externa à Pessoa de Deus. Pois o conceito de hamartia evoca a ideia de que o
próprio Senhor é o padrão para julgar o certo e o errado, pois seus mandamentos e ordens são expressões de
sua vontade pessoal. Portanto, o padrão estabelecido por Deus é o próprio Deus. Por isso, o pecado é
essencialmente uma deliberada ofensa ao caráter santo e justo de Deus. Todo pecado é contra Deus, mesmo
quando outras pessoas são ofendidas (cf. Sl 51.4).
Isso fica mais fácil de ver ao ler o Salmo 51 – Davi escreveu esse salmo depois de ter tomado consciência
dos seus muitos erros relacionados com o episódio do seu adultério com Bate-Seba, incluindo a armadilha
que levou à morte do marido dela. Veja o que Davi disse nos versículos 1 e 2 desse salmo:

“TEM MISERICÓRDIA DE MIM, Ó DEUS, SEGUNDO A TUA BENIGNIDADE; APAGA AS MINHAS


TRANSGRESSÕES, SEGUNDO A MULTIDÃO DAS TUAS MISERICÓRDIAS. LAVA-ME COMPLETAMENTE
DA MINHA INIQUIDADE, E PURIFICA-ME DO MEU PECADO”.

Davi usou três palavras diferentes para se referir aos próprios erros: transgressão, iniquidade e pecado. E
ele não fez isso por acaso, pois estava se referindo a três tipos de erros bem distintos.
Transgressão significa se rebelar e ultrapassar conscientemente um limite que foi fixado. Quando a
pessoa dirige acima do limite de velocidade que foi estabelecido para determinada estrada, ela comete
uma transgressão. A pessoa erra tendo total consciência do seu erro. Sabe que não deveria fazer aquilo,
mas faz assim mesmo, porque o erro lhe traz algum prazer ou alguma vantagem (por exemplo, chegar
mais depressa).

Na vida espiritual, o limite que não deve ser ultrapassado é a lei de Deus. Ali foi estabelecido o que a
pessoa pode ou não fazer e ultrapassar conscientemente tal limite, ou seja violar essa lei, é cometer
uma transgressão (Romanos capítulo 4, versículo 15 e Gálatas capítulo 3, versículo 19).

A transgressão, portanto, é um ato de infidelidade, de desobediência explícita. Implica em querer fazer a


própria vontade, contestando ativamente a vontade de Deus.

A lei de Deus estabelecia que Davi não podia se relacionar com a mulher de outro homem, pois isso
seria adultério, mas foi exatamente isso que ele fez com Bate-Seba. Logo, Davi cometeu uma
transgressão e reconheceu isso logo no início do salmo 51.
Iniquidade é um erro de natureza diferente: tem a ver com algo interno – pensamento e/ou
sentimento perverso que a pessoa deixa crescer no seu interior. É exatamente por isso que a
palavra “iniquidade”, no hebraico, significa “curvatura”, pois se refere a algo que está “torto” no
íntimo da pessoa.

A iniquidade costuma preceder a transgressão: A pessoa abriga pensamentos errados e eles


acabam dando origem a uma rebeldia consciente (transgressão).

No caso de Davi, a iniquidade residiu na luxúria que ele nutriu por uma bela mulher casada – da
janela do seu palácio, pôde vê-la tomando banho e a desejou. E deixou aquele pensamento errado
tomar conta da sua mente. Davi acabou mandando chamar aquela mulher ao seu palácio e
adulterou com ela. A iniquidade de Davi (luxuria) deu origem à transgressão (adultério).

“Eis que ele está com dores de perversidade; concebeu trabalhos, e produziu mentiras.”
Sl 7.14
Finalmente, existe ainda o pecado. Essa palavra significa, no hebraico, errar o “alvo”. E que “alvo”
seria esse? Simples: a vontade de Deus caracterizada pelas suas leis.

No caso do pecado, esse acontece por conta das imperfeições da pessoa – por exemplo, ela se
deixa levar pelas aparências ou não controla o próprio temperamento.

Ela pode até estar querendo acertar o “alvo” e fazer a vontade de Deus. Mas, acaba errando assim
mesmo. Foi isso que Paulo quis dizer em Romanos capítulo 7, versículo 19: “Pois o que faço não é
o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”.

Paulo lamentou que, muitas vezes, queria fazer a coisa certa e acabava errando assim mesmo.
Queria acertar e ainda assim acabava pecando.

Esse não é um erro fruto da rebeldia, da vontade de transgredir as leis de Deus. A situação aqui é
outra.

Davi, omitiu e não foi a uma guerra. Por causa da preguiça, do orgulho. Algo tirou ele do ALVO!
Origem - Pecado

Sobre a origem do pecado, precisamos considerar os seguintes pontos:

1. O pecado não se originou em Deus. Deus não pode pecar, pois é completamente santo e justo. O
Senhor é puro de olhos e não pode se relacionar com o mal (Hc 1.13). Ele não pode tentar
ninguém ao pecado (Tg 1.13). Deus concedeu aos anjos e aos seres humanos o livre arbítrio para
escolher entre obedecê-Lo ou desobedece-Lo. Dt 32.4; Jó 34.10;

2. O pecado se originou em Satanás e em outros anjos rebeldes. O primeiro ser que se rebelou
contra Deus foi Satanás, que almejou ser como Deus (Ez 28.15). Alguns anjos seguiram o mal
intento de Satanás (cf. Jd 6)

3. O pecado entrou no mundo no Éden. Conforme lemos em Gn 3, Adão e Evan deram ouvidos à
serpente, desobedeceram à Palavra de Deus e soberbamente intentaram ser como Deus, e,
par4r desse ato de rebeldia, o pecado e a morte entraram no mundo.

OBS: Único cuidado com os itens acima é defender o dualismo. O pecado não surpreendeu a DEUS
ou o desafiou. Ef 1.11 – Deus permi4u o pecado para seu proposito e plena vontade.
Éden – Literal, não alegórico. Histórico não mís;co
Para que a queda tenha qualquer sen4do real, é necessário que os acontecimentos narrados em
Genesis sejam verdadeiros. Para que a salvação possa ter qualquer validade é necessário que exista
uma deficiência que careça ser sanada. Ou seja, sem a queda não se pode reconhecer o pecado, e
sem ele não há necessidade de salvação.

1. Segue-se a necessidade de um Jardim do Éden geográfico- histórico. Este Jardim é assim


demonstrado pela literatura bíblica:

“ E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.
Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a
árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (...) Tomou, pois, o SENHOR Deus
ao homem e o colocou no jardim do Éden para o culMvar e o guardar” (Gn.2.8,9,15)

2. A inclusão dos rios Tigre e Eufrates, que são reais, parece sugerir que o Jardim seja igualmente
literal. A preocupação do autor bíblico em demonstrar os rios deve reportar-se ao fato de que tal
Jardim seja também real.

Os nomes de rios mencionados neste texto são muito bem conhecidos e Norman Geisler chega a
sugerir que a Bíblia situa os rios na Assíria, atual Iraque.

Obs: (Gn.3.24) e o Diluvio, caso houvesse algum artefato arqueológico, teriam sido destruídos.
Adão – Literal, não alegórico. Histórico não mís;co
1. Se Adão fosse irreal não poderia ter gerado filhos, e na narra7va de Gênesis ele perpetua a espécie humana,
gerando filhos à sua imagem (Gn.5.3)

2. Outro detalhe importante dentro da narra7va de Gênesis é que a sentença “Este é o registro”, ou “são estas
as gerações” encontradas para registrar a historia do povo hebreu (cf. Gn.6.9; 10.1; 11.10, 27; 25.12, 19) é
usada para o registro da Criação (2.4) e para Adão e Eva e seus descendentes (5.1)

3. Fora da narra7va de Gênesis é possível encontrar Adão como personagem histórico. Na cronologia
encontrada em 1Cr.1.1, Adão encabeça a genealogia mais extensa das escrituras (1.1 - 9.44), que demonstra a
historicidade das tribos de Israel e a importância da linhagem davídica. Mas para que esta genealogia tenha
valor real é necessário que os personagens envolvidos seja igualmente reais.

4. O Novo Testamento testemunha a favor da historicidade de Adão. Em Lc.3.38 Adão é designado como um
ancestral literal de Jesus, e este, posteriormente, referiu-se a Adão e Eva como os primeiros “homem e
mulher” literais, fazendo da união deles a base para o casamento (Mt.19.4)

5. A queda é considera verdadeira e histórica pelo fato de que a Literatura Bíblica, mesmo fora do relato de
Gênesis, apresenta tanto a queda como verdadeira como os resultados desse evento:

• Velho Testamento: Gn.3.20; 5.1-15; 10.1-32; 11.1-32; 1Cr.1.1; Jó.31.33; Ec.7.29; Is.43.27; Os.6.7.
• Novo Testamento: Mt.19.4-5; Mc.10.6-7; Lc.3.38; Rm.5.12-21; 1Co.11.7-9; 15.22, 45; 2Co.11.3; 1Tm.2.13-14;
Jd.14.
A QUEDA

Gn 3; 1 Co15.22 e Rm 5.12-21 – Relatam o pecado original. Consideremos então:

1. Adão e Eva Introduziram o pecado a humanidade


2. Eva comeu e Adão consen4u (ou seja é possível que es4vessem juntos)
3. A Serpente era o Inimigo, o Tentador. Veja: (Jo 8.44; 2 Co 11.3; Ap 20.2)
4. Caímos junto com Adão e nos tornamos pecadores (Rm 3.23; Rm 6.23)
5. O pecado leva a morte. Física e Espiritual
6. Pecado não é quebra de lei – Não exis4a
7. Pecado não é copiar a conduta de alguém – Ninguém exis4a
8. Pecado na humanidade é: Já nascemos com essa inclinação para o mau (depravação humana)
9. Que pecamos não por que desobedecemos, mas desobedecemos por que somos pecadores
(Ideia Calvinista)
10. Que pecamos por desobedecemos, e por isso nos tornamos pecadores (Ideia Arminiana)
Primeiro e Ul;mo Adão
CONSEQUENCIA

Observe o gráfico abaixo:


CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

A. Separaçã o Espiritual: o homem e o Criador


A Queda implica diretamente na separação espiritual com Deus. Em função da entrada do
pecado no mundo, o homem está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus
não pode conviver, nem manter comunhão com o pecado. Por essa razão afirma-se não
existir mais comunhão direta entre Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que
após cometerem uma infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a mulher
“esconderam-se”. Isso implica que a comunhão com Deus havia sido quebrada.

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-
se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.” Gn3.8

Outras Referencias: Is 59.2; Rm 3.23; Jo 8.34; Is 1.28; Hb 10.26-27


CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

B. Separaçã o Psicossomá tica: o homem em si mesmo


O homem, em função do pecado, sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos
imateriais do homem. Ou seja, o pecado desestabilizou a harmonia inicial do homem, e
devido a isso, não pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei de Deus, e do
próprio Deus. E as conseqüências ainda podem ser claramente observadas: A mulher
passa a sofrer as dores do parto (3.16), o homem a penar em sua labuta diária (3.19a) e a
morte passa a reinar na experiência humana (3.19b), sem contar que suas inclinações,
agora, propendem ao pecado, ao erro, à pratica do mal orientado contra Deus.

Ou seja: Dores (enfermidades, doenças...); Trabalho (enfado, cansaço, estresses...);Morte


(espiritual, mental, física ...). Além da perca de sua capacidade mental (Gn 2.20)

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Ap 2.4
CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

C. Separaçã o Socioló gica: o homem do homem


O homem não perde apenas comunhão com Deus, e harmonia consigo mesmo, mas em
função do pecado o homem está separado do homem. Em Gênesis 3 podemos ler a
seguinte declaração:
“Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu
comi” (v.12)
O primeiro conflito do homem encontra-se no contexto matrimonial. Ou seja, entre
homem e mulher o conflito já estava anunciado na queda. Contudo, Deus ainda profere
punições para esse relacionamento:
“E à mulher disse: (...) o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. E a Adão
disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara
não comesse...” (16-17)
O que se nota é que não existe mais harmonia matrimonial, antes sobressai o conflito
existente nessa relação, como conseqüência do pecado. Entretanto, o relacionamento
homem mulher não é o único prejudicado, mas qualquer espécie de relacionamento, pois
em Gn.4 podemos notar o ciúmes e o homicídio de Caim para com Abel.
CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

D. Separaçã o Antro-ecoló gica: o homem da natureza

O relacionamento do homem para com a natureza é também afetado, pois é necessário


que o homem viva em constante trabalho para sua sobrevivência (3.18-19).
Entretanto, esse trabalho é enfadonho agora, pois a terra precisa ser cuidada para que
de fruto. Antes a terra produzia sozinha. Agora é preciso o cultivo.

Outras Referencias: Veja Gn 2


CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

E. Separaçã o Ecoló gica: a natureza da natureza

Por conseqüência do pecado , a natureza passa a sofrer. Note que agora a “terra é
maldita”, “produzirá cardos e abrolhos” e esta sujeita à vaidade (Rm.8.20; cf.Is.11.6s;
65.25).

“E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te
ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela
todos os dias da tua vida.” Gn 3.17

“Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.” Gn 3.18


CONSEQUENCIA

De acordo com o gráfico acima demonstrado, podemos relevar algumas informações


importantes com respeito a realidade da destruição do pecado na humanidade:

F. Separaçã o Final

No meio do juízo adâmico, o Senhor Deus deu a promessa da vitória sobre Satanás
através da semente da mulher (Gn.3.15).
A promessa de bênção (1.28) por meio de um filho prometido é a chave da teologia
Bíblica. Quando o Deus Pai não pode olhar para o Filho na cruz, houve uma divisão
catastrófica que pagou o preço de todo pecado e destruiu a base do juízo.
Na divisão na cruz, a solução de cada divisão da Queda é providenciada e garantida.
Agora, a reconciliação com Deus e a cura parcial nos níveis psicológicos e sociais pode
ser realizados através da fé. E, no futuro, a cura e a restauração completa (até da
natureza) ocorrerão. A história ainda vai ver a salvação de Cristo, não por meio do
esforço humano, mas pela intervenção divina. Assim, eliminada a causa, cessam as
conseqüências.
TENTAÇÃO

1. Verdades sobre a natureza da tentação (Tg 1.13-14)

Tentação – Significa ins4gação ao pecado. Conforme Douglas J. Moo, em seu comentário sobre o
livro de Tiago, a ideia de “atrair e seduzir” é “caçar e pescar”.

Vamos estudar Tiago 1, do versículo 13 ao 15, que trata a respeito da tentação. É importante
observar, porém, o versículo 12, que enfa4za a necessidade de perseverar na provação para ser
aprovado. Nesse versículo, a palavra grega que é traduzida em algumas versões como “provação”
tem a mesma raiz da palavra “tentação” do versículo 13. Aqui, podemos dizer que provação e
tentação têm o mesmo significado. A diferença entre as duas está no fato de que a origem e o
obje4vo de cada uma são diferentes. A provação vinda de Deus terá sempre o obje4vo de nos
fortalecer e fazer crescer. Já a tentação tem origem na cobiça e pode ser induzida pelo diabo; o
obje4vo dela é o de nos fazer cair e pecar. Conforme João 10.10, o diabo vem somente para roubar,
matar e destruir. Por isso, é importante conhecer o que é tentação.

Vamos estudar 7 coisas sobre a tentação.


TENTAÇÃO
1.1 Inevitável

As principais versões da Bíblia em língua portuguesa indicam que todos passarão por tentações (Tg
1.13). A questão não é “se”, mas “quando” vamos ser tentados. Nem uma tradução portuguesa
cogita como possibilidade, elas afirmam “quando for tentado”. O nosso primeiro desafio em relação
à tentação é entender que estamos sujeitos a ela a todo momento. Precisamos prestar atenção
con4nuamente. Ninguém pode dizer que não passa por tentação, pois é naturalmente
humana. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana” (cf. 1Co 10.13). “Aquele, pois, que
pensa estar em pé veja que não caia” (cf. 1Co 10.12).

1.2 Maligna
A afirmação de que Deus não pode ser tentado pelo mal salienta o caráter bondoso de Deus. A
natureza santa de Deus é solidificada no bem, e o mal é incapaz de seduzi-Lo. Habacuque 1.13 revela
que a bondade de Deus é inabalável, a ponto de Ele sequer poder olhar o mal. Tiago afirma no
versículo 13 que “Deus não pode ser tentado pelo mal”.
Entendamos que, ainda que o diabo tente uma pessoa, ela só cairá se ceder. A tentação surge da
cobiça, e isso é inviável para Deus. Ele é o Dono de tudo (cf. Sl 24.1), de forma que não há o que
cobiçar. Além disso, o décimo mandamento de Deus diz: “Não cobiçarás” (Êx 20.17), e Deus não
pode negar a Si mesmo (cf. 2Tm 2.13). A tentação, sendo o caminho do mal, é totalmente contrária à
natureza de Deus.
TENTAÇÃO
1.3 Humana
Deus não é o responsável pela tentação; Ele não tenta ninguém (Tg 1.13). A tentação tem por
obje4vo fazer pecar, induzir ao erro. Não lemos na palavra que Deus é o tentador, mas o diabo é
assim chamado (cf. Mt 4.3 e 1Ts 3.5). Esse papel é do diabo, não de Deus. Imaginar que Deus nos
induz ao mal é contrariar a natureza divina Dele. Deus é bom (cf. Sl 136.1).
No nosso desejo de nos livrar da culpa do pecado, acabamos cometendo outro erro: atribuir ao
diabo todas as nossas culpas. Porém, embora o diabo seja chamado de tentador, a Bíblia atribui o
problema à cobiça humana e não à tentação diabólica (Tg 1.14). Nenhum efeito teria a tentação
diabólica se não houvesse a cobiça humana, pois, como vimos antes, não nos vem tentação que não
seja humana e cada um é tentado pela própria cobiça.

1.4 Iden6ficável
Embora o nome de “tentador” seja atribuído ao diabo, vimos que o maior problema da tentação não
é o diabo, e sim os nossos desejos. É preciso atrair o animal para a armadilha, seduzir o peixe com a
isca. Lembremo-nos de que o animal vai até a armadilha, e o peixe vai até o anzol atraído por uma
necessidade legí4ma de se alimentar. Assim também, alguns desejos nossos têm fundamentos
legí4mos como o desejo de comer, beber, descansar, mas que podem se tornar pecaminosos se nos
atraírem e nos seduzirem.Moo ainda mostra que a palavra “cobiça”, traduzida algumas vezes como
concupiscência, vem do grego epithymia e pode algumas vezes significar um desejo legí4mo como
em Lucas 22.15 e Filipenses 1.23. Por isso, é importante exercitar o fruto do Espírito (Gl 5.23), que
inclui o domínio próprio. Lembre-se de que as piores tentações são aquelas que estão ligadas às
necessidades legí4mas.
TENTAÇÃO
2. Verdades sobre o caminho da tentaçăo (Tg 1.15)
2.1 Escala: pecado
A tentação se encarrega de anunciar, propagar, oferecer, es4mular a prá4ca do pecado. A cobiça é a
mãe do pecado, ela o concebe e o dá à luz. Muitos alimentam a cobiça pensando que podem
suportar a tentação. Assim, acabam por cair na armadilha da cobiça.
Sinônimo de “conceber”, neste contexto, é “consen4r”, “permi4r”. A par4r do momento em que a
pessoa consente ou permite a cobiça, estará naturalmente permi4ndo a entrada do pecado. E o
pecado pode ser muito su4l. Se nos entregarmos aos prazeres da comida, poderemos nos tornar
glutões; se consen4rmos com a bebida alcoólica, poderemos ser dominados por ela; se nos
deixarmos levar pelo descanso, poderemos nos tornar preguiçosos.

2.2 Destino: morte


O objetivo e a consequência final do pecado é sempre a morte. Foi assim desde o início
com a serpente no jardim do Éden. Antes mesmo da consumação do pecado, a morte havia
sido dada como sentença condenatória de Deus sobre o pecado (cf. Gn 2.17). No dia em
que pecaram, Adão e Eva morreram espiritualmente (cf. Rm 5.12), pois foram separados
da intimidade com Deus, que é a fonte da vida. A morte física veio depois para confirmar
o que já havia ocorrido espiritualmente no ser humano. Pela falta de disciplina
(obediência a Deus), ocorre a morte (Pv 5.22-23).
TENTAÇÃO

2.3 Alterna6va: fuga


Precisamos resis4r ao diabo, mas devemos fugir das nossas paixões (cf. Tg 4.7; 1Co 6.18; 2Tm 2.22). É
muito diqcil vencermos sozinhos o nosso próprio ins4nto. Paulo sen4u isso na pele. Por mais que ele
quisesse fazer o bem, realizá-lo estava além de sua capacidade como ser humano (cf. Rm 7.15-25). A
razão é que nossa natureza humana foi corrompida pelo pecado, e somente por meio do sacriqcio
de Jesus podemos ser purificados e deixar de ser escravos do pecado (cf. Rm 6.20,22).

Como fugir da Tentação?

1) Guardar a Palavra no Coração – Sl 11911 / Mt 4


2) Confessando a Tentação – Tg 5.16
3) U4lizando do domínio próprio – Gl 5.22
4) Fugindo do mal e da aparência do Mal – 1 Ts 5.22
5) Tendo uma vida a4va de Oração – Lc 11.4

Você também pode gostar