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BURGUESAS:
ASPECTOS RELACIONADOS À QUESTÃO METODOLÓGICA
Capítulo 1 de KAHHALE, Edna M. Peters (Org.). A Diversidade da Psicologia: Uma Construção
Teórica. São Paulo: Cortez, 2002.
Edna Maria S. Peters Kahhale - Doutora em Psicologia (Psicologia Experimental) pela USP (1993).
Pesquisadora, Professora Associada e Coordenadora do LESSEX (Laboratório de Estudos de Saúde e
Sexualidade), Núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar da PUC de São Paulo.
Madalena Guasco Peixoto - Doutora em Educação: História, Política, Sociedade pela PUC São
Paulo (1997). Professora titular do Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de
Educação da PUC São Paulo , Diretora Geral do Centro de Educação da PUC SP de 1999 /2009.
Membro da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) 2006/2010.
Coordenadora Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de ensino
(CONTEE) Gestão (2003-2006) (2006-2009) (2009-2012). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa:
Formação de Professores e Cotidiano Escolar.
Maria da Graça Marchina Gonçalves - Doutora em Psicologia (Psicologia Social) pela PUC São
Paulo (2003). Professora da PUC de São Paulo.
Objetivo:
Análise das revoluções burguesas na Inglaterra, França e Alemanha, introduzindo uma forma de
análise da história do conhecimento: como as mudanças na base material dessas sociedades influíram
no processo de produção de conhecimento no período dos séculos XV ao XIX. Além disso, analisará
o processo de constituição dos parâmetros da ciência moderna e suas implicações epistemológicas e
metodológicas.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS REVOLUÇÕES BURGUESAS: ASPECTOS RELACIONADOS À QUESTÃO METODOLÓGICA
1 - AS REVOLUÇÕES BURGUESAS
• Passagem do Modo de Produção ao Feudal ao Modo de
Produção Capitalista – Base material. 3 períodos:
(1) Indústria artesanal - pequenos mestres e artesãos com alguns
oficiais e aprendizes, em que cada operário elabora o produto
completo;
(2) Manufatura, em que se congrega num estabelecimento um
número considerável de operários, elaborando-se o artigo
completo de acordo com o princípio da divisão do trabalho, onde
cada operário só executa uma operação parcial, de tal forma que o
produto só está completo e acabado quando tenha passado
sucessivamente pelas mãos de todos;
(3) Indústria moderna, em que o produto é fabricado mediante a
máquina movida pela força motriz e o trabalho do operário se
limita a vigiar e retificar operações do maquinário.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS REVOLUÇÕES BURGUESAS: ASPECTOS RELACIONADOS À QUESTÃO METODOLÓGICA
IDEOLOGIA
O termo ideologia assume duas definições na tradição marxista:
• “[...] concepção particular dos grupos internos da classe que se propõem ajudar a
resolver problemas imediatos e restritos” (GRAMSCI, 2006a: 302). Ou
conforme GRAMSCI (apud PORTELLI, 2002: 15): “sistema de valores
culturais” que uma classe social se utiliza para explicar a realidade.
SILOGISMOS
Condicionais – É uma frase do tipo: Se P, então Q. Na lógica formal, ela é escrita da seguinte forma: P !Q
A proposição P é chamada de antecedente do condicional, enquanto Q é o consequente.
Modus ponens - Forma válida de argumento. A primeira premissa de um argumento modus ponens é um condicional. Há
uma afirmação do antecedente na segunda premissa, ou seja, afirma-se que o antecedente é verdadeiro. Disso, conclui-
se que o consequente também é verdadeiro.
Exemplo: P1 Se alguém desligar este interruptor, a lâmpada se apaga. P2 Eu desliguei este interruptor. É A lâmpada se
apagou.
Modus tollens - Outra forma válida. No argumento por modus tollens, há uma negação do consequente na segunda
premissa, ou seja, afirma-se que o consequente é falso. Disso, conclui-se que o antecedente também é falso.
Exemplo: P1 Se alguém desligar este interruptor, a lâmpada se apaga. P2 A lâmpada não se apagou. É Eu não desliguei
este interruptor.
Falácia de afirmação do consequente - A falácia de afirmação do consequente é uma forma inválida de argumentação
que é enganosamente semelhante ao modus ponens. Esse argumento é inválido porque desconsidera o fato de que a luz
pode ter se apagado por alguma razão diferente (a lâmpada pode, por exemplo, ter queimado).
Exemplo: P1 Se alguém desligar este interruptor, a lâmpada se apaga. P2 A lâmpada se apagou. É Eu desliguei este
interruptor.
Outro exemplo: P1 Se Pelé for catarinense, Pelé é brasileiro. P2 Pelé é brasileiro. É Portanto, Pelé é catarinense.
Mais uma vez, a conclusão não se segue das premissas porque Pelé pode ser brasileiro por algum outro motivo.
Falácia de negação do antecedente - A falácia de negação do antecedente é uma forma inválida de argumentação que é
enganosamente semelhante ao modus tollens. Esse argumento é inválido pela mesma razão do argumento que
apresentamos na falácia de afirmação do consequente: ele desconsidera o fato de que a luz pode ter se apagado por
alguma razão diferente.
Exemplo: P1 Se alguém desligar este interruptor, a lâmpada se apaga. P2 Eu não desliguei este interruptor. É A lâmpada
não se apagou.
Outro exemplo: P1 Se Pelé for catarinense, Pelé é brasileiro. P2 Pelé não é catarinense. É Portanto, Pelé não é brasileiro.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS REVOLUÇÕES BURGUESAS: ASPECTOS RELACIONADOS À QUESTÃO METODOLÓGICA
• 5 – Positivismo
• Comte – Criador da Sociologia e do Positivismo.
• Filosofia é a antítese de todo conhecimento empírico ordenado em um sistema de progresso
harmonioso.
• Sistema positivo – Fatos – Conhecimento utilizável baseado no empírico.
• Estática social – Homens precisam trabalhar e têm ações movidas por interesses egoístas.
• Dinâmica social – Progresso, que segue a mecânica da evolução.
• Ordem e Progresso.
• Dificuldades são morais e não políticas.
• Teológico – Metafísico – Positivo.
• 6 ciências fundamentais – Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia –
Único método: observação externa. Prioridade à observação e experimentação como fontes
para produzir a evidência, que significa consideração pela ordem, autoridade das leis naturais
e únicas.
• Ciência e ordem – Método único – Combate ao idealismo Kantiano e a metafísica – Mudar as
opiniões e costumes e não as instituições.
• Leis invariáveis da sociedade – Disciplina e obediência à ordem existente – Resignação diante
dela.
• Fundamentou epistemologicamente ciências naturais e sociais, unificando os critérios
metodológicos – observação, experimentação, raciocínio hipotético-dedutivo e indutivo
(lógica formal), replicabilidade, previsão e controle.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS REVOLUÇÕES BURGUESAS: ASPECTOS RELACIONADOS À QUESTÃO METODOLÓGICA