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TECNOLOGIA MECÂNICA 1

Prof. Rairton Helder Façanha Jr

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL - SIII


ENGRENAGENS

Engrenagens são rodas com dentes


padronizados que servem para transmitir
movimento e força entre dois eixos.
Muitas vezes, as engrenagens são usadas
para variar o número de rotações e o sentido da
rotação de um eixo para o outro.

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ENGRENAGENS

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ENGRENAGENS

Existem diferentes tipos de corpos de


engrenagem.

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ENGRENAGENS

Os dentes são um dos elementos mais


importantes das engrenagens.

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ENGRENAGENS

Para produzir o movimento de rotação as


rodas devem estar engrenadas.
As rodas se engrenam quando os dentes de
uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes
da outra engrenagem.

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ENGRENAGENS

As engrenagens trabalham em conjunto. As


engrenagens de um mesmo conjunto podem ter
tamanhos diferentes.
Quando um par de engrenagens tem rodas
de tamanhos diferentes, a engrenagem maior
chama-se coroa e a menor chama-se pinhão.

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ENGRENAGENS

Os materiais mais usados na fabricação de


engrenagens são: aço-liga fundido, ferro fundido,
cromo-níquel, bronze fosforoso, alumínio, náilon.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cilíndricas
Engrenagens cilíndricas têm a forma de
cilindro e podem ter dentes retos ou helicoidais
(inclinados).

Dentes Retos Dentes Helicoidais


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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cilíndricas
Os dentes helicoidais são paralelos entre si
mas oblíquos em relação ao eixo da engrenagem.
Já os dentes retos são paralelos entre si e
paralelos ao eixo da engrenagem.
As engrenagens cilíndricas servem para
transmitir rotação entre eixos paralelos.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cilíndricas

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cilíndricas
As engrenagens cilíndricas com dentes
helicoidais transmitem também rotação entre eixos
reversos (não paralelos).
Elas funcionam mais suavemente que as
engrenagens cilíndricas com dentes retos e, por
isso, o ruído é menor.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cilíndricas

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cônicas
Engrenagens cônicas são aquelas que têm
forma de tronco de cone. As engrenagens cônicas
podem ter dentes retos ou helicoidais.

Dentes Retos Dentes Helicoidais


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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens cônicas
As engrenagens cônicas transmitem rotação
entre eixos concorrentes.
Eixos concorrentes são aqueles que vão se
encontrar em um mesmo ponto, quando
prolongados.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens Helicoidais
Nas engrenagens helicoidais, os dentes são
oblíquos em relação ao eixo.
Entre as engrenagens helicoidais, a
engrenagem para rosca sem-fim merece atenção
especial.
Essa engrenagem é usada quando se deseja
uma redução de velocidade na transmissão do
movimento.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens Helicoidais

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Engrenagens Helicoidais
Repare que os dentes da engrenagem
helicoidal para rosca sem-fim são côncavos.
Côncavos porque são dentes curvos, ou seja,
menos elevados no meio do que nas bordas.
No engrenamento da rosca sem-fim com a
engrenagem helicoidal, o parafuso sem-fim é o
pinhão e a engrenagem é a coroa.

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TIPOS DE ENGRENAGENS

 Cremalheira

Cremalheira é uma barra provida de dentes,


destinada a engrenar uma roda dentada. Com esse
sistema, pode-se transformar movimento de
rotação em movimento retilíneo e vice-versa.

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CONCEITOS BÁSICOS

As engrenagens são representadas, nos


desenhos técnicos, de maneira normalizada. Como
regra geral, a engrenagem é representada como
uma peça sólida, sem dentes.
Apenas um elemento da engrenagem, o
diâmetro primitivo, é indicado por meio de uma
linha estreita de traços e pontos, como mostra o
desenho.

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CONCEITOS BÁSICOS

Na fabricação de engrenagens, o perfil dos


dentes é padronizado. Os dentes são usinados por
ferramentas chamadas fresas.
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CONCEITOS BÁSICOS

A escolha da fresa depende da altura da


cabeça e do número de dentes da engrenagem. Por
isso, não há interesse em representar os dentes
nos desenhos.

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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES

Quando, excepcionalmente, for necessário


representar um ou dois dentes, eles devem ser
desenhados com linha contínua larga.

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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES

Entretanto, nas representações em corte, os


dentes atingidos no sentido longitudinal devem ser
desenhados.
Nesses casos, os dentes são representados
com omissão de corte, isto é, sem hachura.

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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES

Analise as vistas de cada engrenagem e veja


que, na vista frontal e na parte não representada
em corte da vista lateral, a raiz do dente não
aparece representada.
Na parte em corte da vista lateral, a raiz do
dente aparece representada pela linha contínua
larga.

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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES

Caso seja necessário representar a raiz do


dente da engrenagem em uma vista sem corte,
deve-se usar a linha contínua estreita, como no
desenho seguinte.

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REPRESENTAÇÃO DOS DENTES

Quando, na vista lateral da engrenagem,


aparecem representadas três linhas estreitas
paralelas, essas linhas indicam a direção de
inclinação dos dentes helicoidais.

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DESENHO DE PARES DE ENGRENAGENS

As mesmas regras para a representação de


engrenagens que você aprendeu até aqui valem
para a representação de pares de engrenagens ou
para as representações em desenhos de conjuntos.
Quando o engrenamento acontece no
mesmo plano, nenhuma das engrenagens encobre
a outra.
Observe no desenho da engrenagem
helicoidal côncava e da rosca sem-fim que todas as
linhas normalizadas são representadas.

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DESENHO DE PARES DE ENGRENAGENS

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DESENHO DE PARES DE ENGRENAGENS

Quando uma das engrenagens está


localizada em frente da outra, no desenho técnico,
é omitida a parte da engrenagem que está
encoberta.

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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

Para interpretar desenhos técnicos de


engrenagens, é preciso conhecer bem suas
características.
Você já sabe que os dentes constituem parte
importante das engrenagens. Por isso, você vai
começar o estudo das engrenagens pelas
características comuns dos dentes.
Analise cuidadosamente o desenho a seguir
e veja o significado das letras sobre as linhas da
engrenagem.

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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

e = espessura
v = vão
P = passo (v + e)
a = cabeça
b = pé
h = altura

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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

e = espessura - é a medida do arco limitada pelo


dente, sobre a circunferência primitiva
(determinada pelo diâmetro primitivo);
 v = vão - é o vazio que fica entre dois dentes
consecutivos também delimitados por um arco
do diâmetro primitivo;
 P = passo - é a soma dos arcos da espessura e do
vão (P = e + v);
 a = cabeça - é a parte do dente que fica entre a
circunferência primitiva e a circunferência
externa da engrenagem;
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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

b = pé - é a parte do dente que fica entre a


circunferência primitiva e a circunferência interna
(ou raiz);
 h = altura - corresponde à soma da altura da
cabeça mais a altura do pé do dente.

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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

Engrenagem Cilíndrica de Dentes Retos

De: diâmetro externo Dp: diâmetro primitivo


Di: diâmetro interno M: módulo
Z: número de dentes L: largura da engrenagem

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CARACTERÍSTICAS DAS ENGRENAGENS

O módulo corresponde à altura da cabeça do


dente (M = a) e serve de base para calcular as
demais dimensões dos dentes.
É com base no módulo e no número de
dentes que o fresador escolhe a ferramenta para
usinar os dentes da engrenagem. Mais tarde, a
verificação da peça executada também é feita em
função dessas características.

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RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO

Quando se quer calcular a rpm de


engrenagens, a fórmula é muito semelhante à
usada para o cálculo de rpm de polias.

Onde
n1 = RPM engrenagem motora
n2 = RPM engrenagem movida
Z2 = Nº de dentes da engrenagem movida
Z1 = Nº de dentes da engrenagem motora

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RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO

Vamos supor que você precise descobrir a


velocidade final de uma máquina, cujo sistema de
redução de velocidade tenha duas engrenagens: a
primeira (motora) tem 20 dentes e gira a 200 rpm e
a segunda (movida) tem 40 dentes.

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DIMENSIONAMENTO

A engrenagem cilíndrica de dentes retos é a


mais comum que existe.

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DIMENSIONAMENTO

Para a sua construção é necessário


considerar uma série de dados, a saber:
 número de dentes (Z)
 diâmetro externo (de)
 módulo (m)
 diâmetro primitivo (dp)
 diâmetro interno (di)
 altura do dente (h)
 altura da cabeça (a)
 altura do pé do dente (b)
 passo (p)

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo do módulo
O módulo (m) de uma engrenagem é a
medida que representa a relação entre o diâmetro
primitivo (dp) dessa mesma engrenagem e seu
número de dentes (Z).

Com o módulo e o número de dentes


determina-se a ferramenta a ser usada para fresar
a engrenagem.
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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo do diâmetro externo


O diâmetro externo (de) é igual ao diâmetro
primitivo (dp) mais duas vezes a altura da cabeça
do dente (a) que, por sua vez, é igual a um módulo.

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo da altura total do dente


A altura total (h) do dente de uma
engrenagem cilíndrica de dentes retos é igual a 2
módulos mais 1/6 de um módulo.

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo da altura do pé do dente da engrenagem


A altura do pé do dente da engrenagem (b)
é 1 m + 1/6 m, ou seja:

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo de diâmetro interno


O diâmetro interno (di) é igual ao diâmetro
primitivo (dp) menos 2 vezes a altura do pé do
dente (b).

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo do passo
O passo é a medida do arco da circunferência
do diâmetro primitivo que corresponde a um dente
e a um vão da engrenagem.
Ele é calculado a partir do perímetro da
circunferência do diâmetro primitivo (dp · π) dividi-
do pelo número de dentes da engrenagem (Z),
porque o número de dentes corresponde ao
número de passos.

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo do passo

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo da distância entre eixos


Uma engrenagem jamais trabalha sozinha.
Tendo isso em mente, dá para perceber que, além
das medidas que já calculamos, precisamos
conhecer também a distância entre os centros dos
eixos que apoiam as engrenagens.
Essa medida se baseia no ponto de contato
entre as engrenagens. Esse ponto está localizado
na tangente das circunferências que correspondem
aos diâmetros primitivos das engrenagens.

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DIMENSIONAMENTO

 Cálculo da distância entre eixos


Assim, a distância entre os centros (d) é igual
à metade do diâmetro primitivo da primeira
engrenagem (dp1/2) mais a metade do diâmetro
primitivo da segunda engrenagem (dp2/2).

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DIMENSIONAMENTO

 Padrões de Fresa Módulo

Nº FRESA MÓDULO Nº DE DENTES (Z)


1 12 e 13
2 14 a 16
3 17 a 20
4 21 a 25
5 26 a 34
6 35 a 54
7 55 a 134
8 >135 e cremalheira

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DIMENSIONAMENTO

 Principais fórmulas para a confecção do cilindro


para a fresagem da engrenagem.
Nº da fresa módulo Nº de dentes
Módulo (M)
Exemplo: 3 17 a 20

Diâmetro primitivo (Dp) Dp = M x Z

Diâmetro externo (DE) DE =M x (Z+2)

Altura do dente (h) h = M x 2,1666

Espessura da engrenagem (L) L = de 6 a 10 x M

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