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Julia Rodrigues Silva

RA: 11202230751

Questão 1:

Campo: Para Bordieu, é relativo ao aspecto multifacetado das coisas que


constituem a realidade social, as diversas lógicas que se encaixam em diferentes
mundos sociais nos campos únicos que se constrói aquilo que mantém o ser em
sociedade – o senso comum. Campo é esse espaço de costumes específicos que tem
certo grau de autonomia e tem sua história particular, designado como um espaço de
muitas possibilidades, definindo uma cadeia social de expressões intelectuais,
problemas e modelos. É “um sistema de coordenadas”, como diria Bordieu, todos esses
sistemas são interligados uns aos outros.

Doxa: Sendo uma das propriedades do que faz um campo, “doxa” para Bordieu
representa os dogmas e leis que comandam o campo, aquelas que solidificam o senso
comum, e que controlam o conflito pela dominação completa do mesmo. Doxa engloba
todas as coisas que são tomadas como verdades absolutas e imutáveis pelo consenso
geral dos seus agentes.

Habitus: estilos de vida, ordens, campo, costumes e tradições incorporadas


como um ambiente social que tem sua estrutura particular e por esse motivo possuí
autonomia em frente a outros ambientes sociais, que também possuem uma forma de
organização única, crenças e estratificações que comandam os vínculos entre os agentes
sociais.

Questão 2:

Autonomia relativa diz respeito à quando um campo, pelo processo de


autonomização, cria leis próprias que serão dirigidas por um sistema particular desse
campo. Esse tipo de autonomia é comum em campos intelectuais e culturais, por em sua
natureza serem opostos ao poder religioso, político e econômico de suas épocas – tudo
aquilo que estivesse nas mãos de um poder não intelectual. Na sociedade
contemporânea, os agentes intelectuais firmaram um campo intelectual por conta dessa
oposição. Dessa forma, conforme se multiplicam e se especializam diferentes tipo de
artes e intelectos junto com os agentes, o campo intelectual cria um sistema complexo e
relativamente independente de influencias externas. Ela é relativa pois ainda depende do
campo do poder para existir; ao mesmo tempo que tem sua identificação própria, ainda
caem dentro da pluralidade desses campos, que pertencem a um mais abrangente, onde
reside a doxa e o habitus.

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