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Curso Tecnólogo em Gestão Pública – EaD – Polo Iretama

Nome do(a) Aluno(a) DAVI FERREIRA DA SILVA


Nome do (a) tutor(a) ANDREIA MOREIRA DA FONSECA BOECHAT

Aprendizagem baseada em pesquisa

Dentro dos procedimentos de aquisições de bens e serviços em uma Instituição


Pública, um procedimento vem sendo adotado de forma mais usual nos últimos anos, este
procedimento é denominado de Registro de Preços. A partir disto, realize uma pesquisa
sobre o Registro de Preços dentro dos processos licitatórios, respondendo nesta pesquisa,
no mínimo, as seguintes questões:

1- O registro de preços pode ser considerado uma modalidade de licitação?


O registro de preços é um procedimento especial de licitação que se efetiva
utilizando-se as modalidades de licitações de Concorrência Pública e Pregão (eletrônico ou
presencial), o qual seleciona a proposta mais vantajosa com observância fiel do princípio da
isonomia, pois sua compra é projetada para uma futura contratação. A Administração
Pública firma um compromisso por meio de uma ata de registro de preços, onde se precisar
de determinado produto registrado, o Licitante Vencedor estará obrigado ao fornecimento
dentro do prazo de validade da referida ATA.

2- Para que serve o registro de preços?


Através do Sistema de Registro de Preços, a Administração Pública tende a
economizar nas suas aquisições, não precisando providenciar grandes áreas para
armazenagem de materiais, e ainda, resolve seu problema quando se torna impossível
prever o que comprar e em que quantidade, entre outras vantagens. Além disso, aplica os
recursos humanos necessários ao controle dos estoques em outras áreas da Administração.
O objeto a ser adquirido através do processo de licitação deve ser detalhado,
sendo entregue conforme as especificações exigidas, do que se pretende comprar e o que o
licitante deve entregar.
A previsão das quantidades a serem licitadas é tarefa extremamente difícil e
importante, pois a Administração não pode ser leviana de lançar um edital com previsões
aleatórias e irreais, causando no licitante uma expectativa inatingível.
O sistema de registro de preços também traz vantagem enorme de a
Administração Pública poder controlar melhor a qualidade do que compra. Assim, pelos
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princípios da impessoalidade, isonomia e da própria competitividade, não pode a
Administração determinar no seu edital a marca que deseja adquirir, por melhor que ela
seja. Ocorre que, já na primeira aquisição, a Administração percebe a má qualidade do
produto adquirido. Constatado o problema, não há mais a necessidade de continuar
comprando algo que não lhe serve.

3- Que tipo de modalidade de licitação é utilizada para realizar um registro de preços?


O pregão é uma modalidade bastante utilizada atualmente sob o sistema de
registro de preços. As vantagens de sua utilização são enormes, principalmente pelo fato de
sua ampla publicidade atrair inúmeros licitantes, o que não ocorre, por exemplo, na
modalidade convite. Com o pregão, os licitantes têm a oportunidade de exaurirem suas
propostas e, ao final, vence o que conseguir cotar o menor preço.

Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no


âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art.
15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a
modalidade de pregão, conforme regulamento específico.

Por conta de tal inovação, o Decreto Federal 3.931/01 sofreu alteração em seu art.
3°, passando a vigorar da seguinte maneira: Art. 3º A licitação para registro de preços será
realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos
das Leis nos 8.666, de 21 de julho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e será
precedida de ampla pesquisa de mercado. (Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de
23.8.2002).

4- Quais as vantagens do sistema de registro de preços para a administração pública?

O Sistema de Registro de Preço é uma ferramenta que simplifica e otimiza os


processos de licitação para a Administração Pública. Entre as várias vantagens, podemos
citar o aperfeiçoamento dos mecanismos de planejamento, o aumento na eficiência
administrativa, a redução do número de licitações redundantes, a rapidez na contratação e a
total liberdade para o órgão público – que pode ou não efetuar a aquisição. Os processos
licitatórios representam custos financeiros muito altos para a administração, sem contar que
a burocracia no rito processual eleva o prazo de conclusão de um certame licitatório. Com
autilização do Registro de Preço, os órgãos públicos realizam somente um processo
licitatório que pode atender as demandas pelo período de 12 meses. Outras vantagens:
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I – Não compromete recursos financeiros, pois somente haverá a
necessidade de disponibilizar o valor registrado no momento da
aquisição;
II – Formação de estoques virtuais, sem a necessidade de possuir
um lugar adequado para o depósito dos produtos. O órgão público
não dispende recursos com a construção e manutenção de um
depósito central, pois cada vez que há necessidade de algum
produto, basta solicitar a empresa detentora da Ata de Registro de
Preço para entregar no local estabelecido nas cláusulas;
III – Como a administração pública, muitas vezes não consegue
mensurar a quantidade exata de produtos que vai utilizar, pode em
processos tradicionais comprar a mais ou a menos. Ao contrário, se
utilizar o SRP as aquisições serão realizadas de acordo com a
necessidade;
IV – Atendimento as demandas imprevisíveis;
V – Maior possibilidade de participação de Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, em virtude da entrega ou fornecimento
do bem ocorrer de forma parcelada.

5- O que é a ata de registro de preços e qual a sua validade?

A Ata de Registro de Preços é um documento vinculativo e obrigacional, que gera


expectativa de contratação, onde se registram os preços, fornecedores, condições de
fornecimento e órgãos participantes, se for o caso, atendendo as disposições do edital e das
propostas vencedoras da licitação.
Uma Ata de Registro de Preço – ARP estará vigente até que se tenha consumido
todo o quantitativo registrado ou até o término final do prazo de sua validade, prevalecendo
o que ocorrer primeiro. A contratação entre a empresa beneficiária da Ata e o órgão público
deverá ser realizada independentemente em cada instituição, assim uma Ata pode gerar
vários contratos sendo um com o Órgão Gerenciador, com o participante e outros com os
órgãos não participantes. Vale lembrar que o Decreto Federal faculta a realização de
contrato, podendo ser, em alguns casos, substituídos por outros instrumentos previstos na
Lei no 8.666/1993 De acordo com o art. 4° do Decreto Federal 3.931/01, o prazo de validade
da ata de registro de preços poderá ser de até um ano.

6- O que significa 'carona' no âmbito do registro de preços e em quais casos isto é


permitido?

Os preços registrados poderão ter uma validade de 6 ou 12 meses, período no qual


os respectivos produtos ou serviços poderão ser adquiridos ou contratados pelos órgãos
públicos gerenciadores e os órgãos participantes do SRP. Outros órgãos públicos também
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podem "pegar carona" nestes preços, bastando para isso, pertencer a mesma esfera
administrativa.

7- Os valores registrados em ata de registro de preços podem sofrer alteração?

O registro de preço poderá ser revisto em decorrência de eventual redução


daqueles praticados no mercado, ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens
registrados, cabendo ao Órgão Gerenciador da Ata promover as necessárias negociações
juntos aos fornecedores. Tanto o Decreto Federal (7.892/2013) como o Estadual
(2.734/2015) impedem o aumento quantitativo de Atas do SRP, conforme artigos 12 § 1º e
11, § 6º, respectivamente.
Quando do aumento dos preços registrados na Ata de Registro de Preços, é se for
do interesse do fornecedor em pedir o reequilíbrio. Caso o pedido do reequilíbrio seja
anterior ao pedido e sejam verdadeiros os motivos alegados – ou seja, haja prova cabal da
inexequibilidade do preço nos patamares atuais – a Administração poderá proceder ao
reequilíbrio. Artigos 19 do Decreto Federal 7.892/2013 e 16 do Decreto Estadual 2.734/2015
No caso de diminuir os preços registrados na Ata de Registro de Preços e sendo do
interesse da Administração em pedir o reequilíbrio, que estabelece os novos preços em
patamares de mercado, mediante motivação e comprovação, e convoca os fornecedores,
que caso não aceitem poderão se desincumbir do compromisso de fornecer, sendo
chamados os demais classificados na ordem de classificação. Artigos 18 do Decreto Federal
7.892/2013 e 15 do Decreto Estadual 2.734/2015.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, M. V. P. Registro de preços, uma alternativa inteligente para economizar.


2011. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6351/Registro-de-precos-
uma-alternativa-inteligente-para-economizar. Acesso em 29 out. 2022.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Sistema de Registro


de Preços – SRP. – Brasília: Sebrae, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/compras/pt-
br/fornecedor/midia/sistema-de-registro-de-preos-srp.pdf. Acesso em: 29 out. 2022

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