Você está na página 1de 3

1

Curso Tecnólogo em Gestão Pública – EaD – Polo Iretama

Nome do(a) Aluno(a) JULIO CEZAR DELUCA


Nome do (a) tutor(a) GUSTAVO FEITOZA DA SILVA

A terceirização é entendida pelo ato em que uma empresa realiza a


contratação de uma outra empresa para realização de uma determinada atividade,
tarefa ou serviço (BALDANI, 2020). Conforme Baldani (2020) esse tipo de
modalidade de contratação existe no Brasil desde a década de 70 e tem sido
modificada ao longo dos anos.
Também através do processo, foi estabelecido um conceito entre “atividade-
meio” e “atividade-fim”, desse modo, estabeleceu-se uma regra subjetiva em que as
empresas que realizassem a opção pela terceirização somente realizariam a
contratação por esta modalidade na opção da “atividade-meio”.
Atividade-meio é compreendida por aquela não relacionada, diretamente
com a atividade empresarial, já atividade-fim é compreendida por aquela
correspondente as atividades essenciais da empresa, ou seja, aquelas pelas quais
foi constituida. A delegação da execução das atividades empresariais tem um claro
objetivo de reduzir a estrutura operacional, deste modo, oportunizar a redução de
custos, economia de recursos e desburocratização da administração pública.
No entanto, é importante destacar , quais são os os impactos ocasionados,
principalmente, na administração pública. Outrossim, a terceirização trata da
autorização legislativa no tangente a contratação de atividade e não da mão-de-
obra, conforme Ferraz (2019) “É dizer que existem determinadas atividades, as
quais, sobre não serem consideradas como típicas do órgão ou da entidade
administrativa, podem ser contratadas com terceiros (terceirizadas).”
É importante destacar que, após conceituada as modalidades de
contratação nos tipos de terceirização, a função da legislação é assegurar que não
haja infrigência quando falado nas regras contratuais mediante concurso público. O
Decreto 9.507/2018, orienta que não são objetos de execução indireta na
administração direta, autárquica e fundacional, os serviços:
que envolvam a tomada de decisão ou
posicionamento institucional nas áreas de
planejamento, coordenação, supervisão e
controle (atividades-fim); que sejam
2
considerados estratégicos para o órgão ou
a entidade, cuja terceirização possa
colocar em risco o controle de processos e
de conhecimentos e tecnologias
(atividades estratégicas); que estejam
relacionados ao poder de polícia, de
regulação, de outorga de serviços públicos
e de aplicação de sanção (atividade-fim);
que sejam inerentes às categorias
funcionais abrangidas pelo plano de
cargos do órgão ou da entidade, exceto
disposição legal em contrário ou quando
se tratar de cargo extinto, total ou
parcialmente, no âmbito do quadro geral
de pessoal (atividades meio, porém com
superposição do plano de cargos e
salários, configurando “terceirização de
mão de obra) (BRASIL, 2018).

O Decreto também estabelece que as empresas estatais e subsidiárias não


podem realizar contratação indireta de serviços que demandem a contratação de
profissionais om atribuições inerentes às dos cargos integrantes de seus planos de
cargos e salário, salvo se o cargo estiver extinto ou em processo de extinção, ou se
contrariar os princípios administrativos da eficiência, da economicidade e da
razoabilidade (FERRAZ, 2019).
Além disso, estão impedidos nas seguintes condições: caráter temporário do
serviço (Lei 6.019/74); incremento temporário do volume de serviços (Lei 6.019/74);
atualização de tecnologia ou especialização de serviço, quando for mais atual e
segura, que reduzem o custo ou for menos prejudicial ao meio ambiente;
impossibilidade de competir no mercado concorrencial em que se insere.
Assim, respondendo a pergunta da atividade, embora com a instituição do
Decreto regulamentando a contratação indireta para a Administração Direta,
Autarquica e Fundacional, ocasionando um aumento dos serviços terceirizados,
independente de ser ou não atividade-fim, fica claro que atribuições exercidas pelos
respectivos cargos e salários não são afetadas, tampouco há previsão legal para tal
função. Logo, percebe-se que não ocorre impacto nas formas de acesso ao serviço
público.

REFERÊNCIAS
3

ALFARO, Larissa Menine. Terceirização do Trabalho no Brasil. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2019.

BALDANI, C. O que é a terceirização? Entenda como as regras e limites mudaram.


Disponível em: Leia mais em: https://vocesa.abril.com.br/carreira/o-que-e-
terceirizacao-novas-regras-mudaram/. Acesso em: 27 jul. 2022.

BRASIL. Decreto nº 9.507/18. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9507.htm.
Acessado em: Acesso em: 27 jul. 2022

DRUCK, Graça; SENA, Jeovana; PINTO, Marina Morena; ARAÚJO, Sâmia. A


Terceirização no serviço público: particularidades e implicações. Disponível
em: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/8709. Acesso em: 27 jul. 2022
FERRAZ, Luciano. Lei de Responsabilidade Fiscal e terceirização de mão-de-obra
no serviço público. Revista Jurídica Administração Municipal, ano 6, nº 3, mar.2001,
p. 24.

MARTINS, Sergio Pinto. Terceirização no direito do trabalho. 14.ed. São Paulo:


Saraiva, 2017.

SILVA, Danny Monteiro da. Terceirização na Administração Pública Como


Instrumento Estratégico de Gestão. Curtiba: Juruá, 2014.

Você também pode gostar