Clínica de Fonoaudiologia Otuss CNPJ: 17.214.

895/0001-60
Rua ver. Jose Ayres de Oliveira – 999 – centro CEP Laranjeiras do Sul – PR - 85301-240
Tel (42) 3635 – 6222 e-mail: otussclin@hotmail.com

ORIENTAÇÃO GAGUEIRA
Para falar a criança precisa ouvir, processar o que ouve, entender, pensar, escolher palavras,
construir frases, usar símbolos que expressem o seu pensamento, fazer os movimentos que vão
fazer a cavidade oral produzir os sons que ela deseja, usando de músculos específicos e ainda
regulando a respiração. Ao falar, utilizamos o sistema linguístico e o sistema motor.
E no período em que a criança está estruturando sua linguagem, é muito comum que ocorra a
disfluência, que são rupturas involuntárias, comum em todas as pessoas. Entender que uma
disfluência de fala pode ser um processo normal no processo de aprendizado da linguagem é
algo meio frustrante aos pais, e a preocupação ao passar por esse momento é inevitável.
A gagueira do desenvolvimento pode acontecer com crianças de 02 até 05 anos. trata-se de
uma gagueira transitória que acontece porque a criança está em um momento de tentar construir
e estruturar frases.
“A partir dos 2 anos é um período que a criança procura falar mais palavras. Chamamos de o
“boom do vocabulário”, e o que acontece é que o cérebro fica atropelando a fala, já que a criança
começa a receber tanta informação e quer se expressar e o sistema motor ainda não
acompanha a articulação e o pensamento, o que torna normal acontecer a gagueira do
desenvolvimento.
O que os pais devem ficar atentos é em relação a quando começou essa disfluência e quanto
tempo persiste, já que a gagueira do desenvolvimento pode se estender por até 8 meses”.
A gagueira do desenvolvimento envolve alguns tipos de disfluências específicas: repetições de
fonemas e sílabas; repetições de partes de palavras; prolongamentos de fonemas, bloqueios e
pausas preenchidas (interrupções na fala nas quais a pessoa insere sons, como “ééééé´”…).
“Um ponto importante é não pedir para a criança ter calma, não pedir para ela parar, não ajudá-la a
terminar a palavra ou frase, mas ficar com cara de paisagem como se tudo estivesse normal porque eles
percebem a nossa expressão de frustração e de querer ajudar, e isso acaba deixando a criança ainda
mais frustrada. O que se pode fazer é depois que a criança terminar de falar, é você repetir a frase
devagar, prolongar as palavras, diminuindo assim a possibilidade de defluências”. Proibido fazer
brincadeiras com relação a fala da criança, além de inibir causa um stress e mais ansiedade para a fala
correta.

Em relação às atitudes familiares adequadas o familiar deve escutar o que a criança tem a dizer,
reduzindo assim alguns comportamentos que prejudicam a fluência, como: interromper a fala da
criança e completar as palavras para ela. Por outro lado deve valorizar a manutenção do contato
de olho enquanto ela estiver falando; e conversar com a criança numa velocidade de fala lenta,
pausando a fala sempre que necessário, a fim de reduzir a velocidade de fala.