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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMGEM POLÍTICAS PÚBLICAS

PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS


PESSOAS NO SISTEMA PRISIONAL

Prof°. Resp. Ligia Araújo

Componentes: Adriano Márcio dos Santos Junior – 201805644

André Jardson do Nascimento Silva – 202008764

Bruna Batista de Oliveira – 202006506

Darlane Elói Lopes Galvão – 202000571

Gilmara C de Souza Antunes – 202005056

Isac de Aquino Silva – 202006473

José Lucas dos Santos Felix – 202051723

Joseline Maria Pereira da Silva – 202002277

Leila Thaynara Lima de Araújo – 202008992

Maria Lorena Sales de Moura – 202006911

Milena Cíntia Campos Amaral – 202011084

Nathállya Cristina Paiva Barbosa – 202007747

Sonaly Pereira da Silva – 202010183

Taine da Silva Dias – 202011862

Tamiris Vieira da Silva – 202000546

Natal/RN
2021
O que é PNAISP?
PNAISP - Política nacional de atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade
no sistema prisional.

• Lei implantada no Brasil desde 1984, o PNAISP tem como objetivo garantir o acesso
das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral do SUS.

• Prevê que os serviços de saúde no sistema prisional passem a ser ponto de atenção das
RAS (Redes de atenção à saúde) do SUS.

• Cada unidade prisional do itinerário carcerário deverá contar com uma UBS (unidade
básica de saúde) prisional, que, por sua vez, contará com equipes multiprofissionais que
irão ofertar ações de promoção da saúde e prevenção de agravos.

• Caso não haja ambiência na unidade prisional, a UBS do território poderá se


responsabilizar por essas ações.

Suas principais diretrizes são:

•Promoção de cidadania e inclusão por meio da articulação com diversos setores de


desenvolvimento social, como educação, trabalho e segurança.

• Controle e/ou redução dos agravos mais frequentes que acometem a população privada
de liberdade.

*Obstáculos e desafios para a implantação do PNAISP:

Os desafios atuais da PNAISP concentram-se, a princípio, na busca por uma


cobertura assistencial, sob coordenação intersetorial que possa viabilizar, em segundo
plano, a redução do número de escoltas policiais, a informatização do sistema por meio
da plataforma e-SUS, o aprimoramento da infraestrutura prisional e o fomento à gestão
compartilhada. Como também:

• Aumento de cobertura assistencial;

• Qualificar as intervenções intersetoriais;

• Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as equipes de


atenção básica prisional;

• Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais.


Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no
Sistema Prisional (PNAISP)

PNAISP foi instituída por meio da Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro


de 2014, que disciplina os objetivos, as diretrizes, bem como as responsabilidades do
Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, dos estados e do
Distrito Federal, representados pelas Secretarias de Saúde, de Justiça ou congêneres e dos
municípios.

As normas de operacionalização dessa política no SUS estão instituídas pelo


Anexo XVIII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que disciplina
os tipos de equipes de saúde prisional e os profissionais que compõem essas equipes.

Com o objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema


prisional ao cuidado integral no SUS, a PNAISP prevê que os serviços de saúde no
sistema prisional passem a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do
SUS, qualificando também a Atenção Primária no âmbito prisional como porta de entrada
do sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde pela rede.

A transferência de recursos financeiros está condicionada à habilitação de Equipes


de Atenção Primária Prisional (eAPP) previamente cadastradas no Saúde Mental no
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). A eAPP apresenta
composição multiprofissional e tem a responsabilidade de articular e prestar atenção
integral à saúde das pessoas privadas de liberdade, devendo realizar suas atividades nas
unidades prisionais ou nas unidades básicas de saúde a que estiver vinculada. O número
de pessoas custodiadas e o perfil epidemiológico dessas pessoas determinarão as
modalidades de equipe, bem como suas respectivas cargas horárias. As equipes podem se
organizar em cinco modalidades, o que definirá o repasse dos recursos financeiros,
conforme abaixo:

● Equipe de Atenção Primária Prisional Tipo I (eAPP-I) – formada por 5


profissionais, sendo as mesmas categorias profissionais da Estratégia Saúde da
Família (enfermeiro, médico, técnico ou auxiliar de enfermagem, cirurgião-
dentista e técnico ou auxiliar de saúde bucal), com carga horária de seis horas
semanais.
● Equipe de Atenção Primária Prisional Tipo I com Saúde Mental (eAPP-
I com Saúde Mental) - formada por oito profissionais: cinco profissionais
das mesmas categorias profissionais da Estratégia Saúde da Família, somados
a um psiquiatra ou um médico com experiência em Saúde Mental e dois
profissionais escolhidos entre as seguintes categorias: terapeuta ocupacional,
fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, farmacêutico ou enfermeiro. Esta
modalidade de equipe cumprirá carga horária de seis horas semanais.

● Equipe de Atenção Primária Prisional Tipo II (eAPP-II) – formada por


oito profissionais: cinco profissionais das mesmas categorias profissionais da
Estratégia Saúde da Família, somados a um psicólogo, um assistente social e
um profissional escolhido entre as seguintes categorias: terapeuta
ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutico, assistente
social ou enfermeiro. Esta modalidade de equipe cumprirá carga horária de 20
horas semanais.

● Equipe de Atenção Primária Prisional Tipo II com Saúde Mental (eAPP-


II com Saúde Mental) – formada por 11 profissionais: cinco profissionais
das mesmas categorias profissionais da Estratégia Saúde da Família, somados
a um psiquiatra ou um médico com experiência em Saúde Mental, um
psicólogo, um assistente social e três profissionais escolhidos entre as
seguintes categorias: terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta,
nutricionista, farmacêutico, assistente social ou enfermeiro. Esta modalidade
de equipe cumprirá a carga horária de 20 horas semanais.

● Equipe de Atenção Primária Prisional Tipo III (eAPP-III) – formada por


11 profissionais: cinco profissionais das mesmas categorias profissionais da
Estratégia Saúde da Família, somados a um psiquiatra ou um médico com
experiência em Saúde Mental, um psicólogo, um assistente social e três
profissionais escolhidos entre as seguintes categorias: terapeuta ocupacional,
psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutico, assistente social ou
enfermeiro. Esta modalidade de equipe cumprirá a carga horária de 30 horas
semanais.
A Portaria nº 99, de 7 de fevereiro de 2020, engloba todas as modalidades de
equipes na mesma classificação no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (SCNES), ou seja, para fins de registro no CNES, qualquer uma das modalidades
acima descritas deve ser classificada com o código 74 – eAPP - Equipe de Atenção
Primária Prisional. Importante destacar que as equipes devem manter o cadastro dos
profissionais, carga horária e características de formação de equipe conforme previsto em
portaria de habilitação referente.

Transversalidade das ações


A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) tem como objetivo garantir o acesso dessa
população ao cuidado integral na rede de saúde com a implantação de equipes de atenção
primária intramuros e o correto encaminhamento para outros pontos da Rede de Atenção
à Saúde (RAS), como aos serviços de média e alta complexidade extramuros.
Um dos princípios da PNAISP é a integralidade da atenção à saúde da população
privada de liberdade, o que envolve o conjunto de ações de promoção, proteção,
prevenção, assistência, recuperação e vigilância em saúde, executadas nos diferentes
níveis de atenção. Assim, busca-se uma atenção integral resolutiva, contínua e de
qualidade às necessidades de saúde de custodiadas e custodiados. Frisa-se a ênfase em
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais, bem como o controle e
redução dos agravos mais frequentes que acometem a população privada de liberdade no
sistema prisional.

Adesão e Habilitação
O processo de implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) prevê a adesão de
estados e municípios como pré-requisito para solicitação de habilitação das equipes de
saúde.
A adesão é o compromisso que o estado ou o município firmam com a União com
o propósito de implantar a política no seu território, por meio da apresentação de um
Plano de Ação Estadual ou Municipal de assistência à saúde para as pessoas privadas de
liberdade daquele território. As adesões, tanto estaduais como municipais, só terão
validade após a publicação no Diário Oficial da União por meio de portaria específica.
Só após a publicação da portaria de adesão, o estado ou município pode solicitar a
habilitação de equipes de saúde para prestar a atenção primária às pessoas privadas de
liberdade.
As propostas serão analisadas pelo Ministério da Saúde e, se aprovadas
tecnicamente, serão publicadas no Diário Oficial da União, mediante dotação
orçamentária. Somente depois da portaria de habilitação ser publicada no Diário Oficial
da União é que o recurso será repassado em forma de custeio mensal pelo Ministério da
Saúde.
Assistência Farmacêutica no Sistema Prisional
O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Assistência
Farmacêutica Básica do Departamento de Assistência Farmacêutica, realiza anualmente
o repasse financeiro referente ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica no
âmbito da PNAISP. A transferência desse recurso foi instituída pela Portaria GM/MS n°
2.765, de 12 de dezembro de 2014.
O CBAF/PNAISP é diferenciado e corresponde a um repasse anual de R$ 17,73
por pessoa privada de liberdade no Sistema Prisional. Para fins de cálculo do recurso, é
utilizado o número de privados de liberdade disponibilizado pelo Departamento
Penitenciário Nacional (Depen) ao Ministério da Saúde.
Os estados recebem anualmente o repasse do CBAF no âmbito da PNAISP, e os
municípios aderidos à PNAISP podem pactuar a descentralização em CIB a fim de
receber diretamente esse recurso. O recurso do CBAF/PNAISP deve ser executado pela
Secretaria de Saúde e ser utilizado para aquisição dos medicamentos e insumos
constantes.
Descentralização do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito da
PNAISP para os municípios.
O Capítulo VI do Título V da Portaria de Consolidação nº 6/2017 dispõe sobre as
normas para financiamento e execução do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica no âmbito da PNAISP. Os municípios que tiverem interesse em receber
diretamente esse recurso devem:
• Solicitar a adesão municipal à PNAISP, preenchendo o plano de ação disponibilizado
pelo Ministério da Saúde e anexando o termo de adesão à PNAISP no formulário.
• O Ministério de Saúde analisará a solicitação de adesão à PNAISP e recomendará
adequações caso seja necessário. Em caso de aprovação, o Ministério da Saúde publicará
portaria de adesão no Diário Oficial da União.
• O município deverá pactuar em CIB a descentralização do recurso da CBAF no âmbito
da PNAISP e publicar a descentralização por meio de Resolução CIB.
• A Secretaria Estadual de Saúde deverá enviar a resolução CIB ao Departamento de
Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde.
• Caso o município esteja aderido à PNAISP e tenha descentralização pactuada em CIB,
fará jus ao recebimento de R$ 17,73 por pessoa privada de liberdade no Sistema Prisional
em seu território.
Monitoramento e Avaliação da PNAISP
A Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, em seu Anexo XVIII,
capítulo I, dispõe sobre o monitoramento e a avaliação dos serviços e das ações de saúde
ofertadas pelas equipes de Saúde Prisional. O monitoramento e a avaliação da Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Prisional, dos serviços, das equipes e das ações em saúde prisional são realizados por
meio do cadastro dos profissionais e das equipes no CNES, bem como pela alimentação
do» e-SUS APS.
A correta utilização dos sistemas de informação constitui uma ferramenta
importante na implantação da política, subsidiando decisões dos gestores locais no que
tange ao processo de trabalho das equipes, ao referenciamento para serviços de média e
alta complexidade e às ações estratégicas de prevenção e de conscientização. A ausência
de alimentação de dados nos sistemas de informação definidos pelo Ministério da Saúde,
por 90 dias consecutivos, acarreta diretamente a suspensão dos repasses financeiros.
Assim, tanto levantamentos epidemiológicos quanto dados relativos a procedimentos
realizados pelas equipes são de extrema importância para a otimização das ações de saúde
no âmbito da PNAISP.
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação também deve ser alimentado
pelas equipes da PNAISP para notificação e investigação de casos de doenças e agravos.
Sua utilização efetiva permite a elaboração do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um
evento na população, permitindo a desenvolvimento de análises situacionais para os
agravos, subsidiando a construção e implementação de políticas públicas em saúde, além
de contribuir para o mapeamento epidemiológico de comunidades em determinado tempo
e espaço.
Com objetivo de ampliar a produção de dados epidemiológicos sobre a saúde das
pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, bem como as competências
normativas do Ministério da Saúde em relação à PNAISP, a COPRIS elaborou a Nota
Técnica nº 1/2020 com recomendações aos profissionais de saúde.
Além da disponibilidade desses sistemas, a política prevê, em seu delineamento,
a constituição de um grupo condutor formado pelas Secretarias de Saúde, Secretaria de
Justiça ou congênere, pela Administração Prisional ou congênere e pelo Conselho de
Secretários Municipais de Saúde (Cosems) do respectivo estado.
Ministério da Saúde deve monitorar a implementação da PNAISP nos estados e
municípios com o objetivo de prestar assessoria técnica e apoio institucional no processo
de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações da
PNAISP na rede de atenção à saúde.

Principais ações do PNAISP:


Garantir acesso a rede de atenção a saúde com mais agilidade e qualidade,
promover ações de prevenção de doenças, melhorar as ações de vigilância sanitária, atuar
na prevenção de uso de álcool e de drogas na reabilitação dos usuários.
garantir ações de prevenção: vacinação, ações de saúde bucal, tratamentos. multiplicar as
unidades básicas, de saúde básica e promover seu funcionamento na logica do SUS.
Operar estendendo e aprofundando as ações de todos os programas do Ministério
da Saúde. Atuar na prevenção do uso de álcool e de drogas e na reabilitação de usuários.
Garantir medidas de proteção, como a vacinação para hepatites, influenza e outras do
calendário de adultos.
Equipes Básicas para atendimento no sistema carcerário:
As equipes variam conforme o número de detentos necessidade de cada unidade prisional
São três tipos: medico, enfermeiro e técnico de enfermagem (conforme a necessidade,
pode conter psicólogo, assistente social, odontólogo entre outros profissionais de nível
superior).
A PNAISP oferece ações de promoção da Saúde prevenção de agravos no sistema
prisional em todo o itinerário carcerário para toda a população privada de liberdade e
também para os profissionais deste serviço penais familiares e outras pessoas
relacionadas ao sistema, o principal objetivo do PNAISP é garantir o direito de saúde de
todas as pessoas privadas, o índice de reincidência dos menores é pouca coisa maior que
o índice de reincidência do sistema prisional adulto, reconhecendo sua responsabilidade.
Frente a essa necessidade o Ministério da Saúde em Ação integrada com
Ministério da Justiça elaborou o Plano Nacional de saúde no sistema penitenciário, a
Consolação do Plano Nacional de saúde no sistema penitenciário representa um avanço
para o país na medida em que pela primeira vez a população confinada nas unidades
prisionais é objeto de uma política de saúde específica que possibilita o acesso a ações e
serviços ou saúde que visam a reduzir os agravos e danos provocados pelas atuais
condições de confinamento e que se encontra além de apresentar sua inclusão no SUS, o
Plano Nacional de saúde preventiva blusão da população penitenciária no SUS garantindo
que o direito cidadania se efetive na Perspectiva dos direitos humanos. Ano 1998
Constituição Federal Ar.196 a Saúde é direito de todos e dever do Estado

Órgãos responsáveis:
• Ministério da saúde: responsável em elaborar e planejamento estratégico para
implementação da PNAISP, em cooperação técnica com os estados e municípios;
• Ministério da justiça: responsável pela logística e investimentos por meios das
respectivas secretárias de administração penitenciária ou congêneres;
• Secretárias de saúde estaduais e municipais: coordena e implementa a PNAISP no
âmbito do seu território, respeitando suas diretrizes.

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