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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SAÚDE MOÇAMBIQUE LICHINGA

TRABALHO DE BIOLOGIA COM FINS AVALIATIVOS

PERMEABILIDADE E IRRITABILIDADE CELULAR


 TIPOS DE CÉLULA
 CARACTERÍSTICA E DIVERSIDADE

NOMES DOS MEBROS DO GRUPO NOME DO DOCENTE


Adriano Titos Mucuele
Leopoldina Amadeu José Manuel
Ozeia da Consolata José Armando
Riquito Baptista Pedro

Lichinga, Março de 2023


INSTITUTO POLITÉCNICO DE SAÚDE MOÇAMBIQUE LICHINGA
TRABALHO DE BIOLOGIA COM FINS AVALIATIVOS

PERMEABILIDADE E IRRITABILIDADE CELULAR


 TIPOS DE CÉLULA
 CARACTERÍSTICA E DIVERSIDADE

NOMES DOS MEBROS DO GRUPO NOME DO DOCENTE


Adriano Titos Mucuele
Leopoldina Amadeu José Manuel
Ozeia da Consolata José Armando
Riquito Baptista Pedro

Lichinga, Março de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

2. Permeabilidade e Irritabilidade Celular...............................................................................4

2.1. Tipos de Células...........................................................................................................4

2.2. Características e Diversidade.......................................................................................4

2.3. Permeabilidade Celular................................................................................................6

2.3.1. Passagem de substancias pela membrana.............................................................6

2.3.2. Definição de Permeabilidade Celular...................................................................6

2.3.3. Permeabilidade......................................................................................................7

2.3.4. Controle das membranas.......................................................................................8

2.4. Irritabilidade Celular....................................................................................................8

2.4.1. Definição da Irritabilidade Celular.......................................................................8

2.4.2. Neurônio...............................................................................................................9

3. Conclusão..........................................................................................................................10

4. Bibliografia........................................................................................................................11
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1. Introdução
No nosso organismo há um processo fisiológico que ocorre através da membrana plasmática
de todas as células e da parede celular de células vegetais que consiste na passagem selectiva
de substâncias para o meio intra ou extracelular, este processo denomina-se permeabilidade
celular.

Por sua vez encontra-se também um processo que consiste em dar uma resposta excessiva a
um estimulo. Pode se manifestar de diversas formas, desde uma contração num organismo
unicelular ao ser tocado ata respostas envolvendo os sentidos de animais e plantas superiores
de forma complexa, este dá se o nome de irritabilidade celular.

Assim sendo, nesta abordagem focaremos essencialmente em definir, descrever o


procedimento de cada um desses conceitos desempenhados pelo nosso organismo.
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2. Permeabilidade e Irritabilidade Celular


2.1. Tipos de Células
De acordo com Junqijeira, et al (1991), as células podem ser definidas como as unidades
estruturais e funcionais de todos os seres vivos. Essas estruturas são vivas, carregam a
informação genética de um determinado organismo e são capazes de transmitir essa
informação no momento da divisão celular. Os diferentes tipos de células podem ser
classificadas em duas categorias quanto a sua organização do núcleo as células podem ser:

Células procariotas – não apresenta uma membrana envolvendo o núcleo, portanto o


conteúdo nuclear permanece mistura com os outros componentes celulares. Os únicos
pertencentes a esse grupo são as bactérias, as cianofitas e as micobacterias (Bouzon, et al,
2010).

Células eucariotas – no núcleo da célula eucariota fica guardado o material genético e, em


volta do núcleo existe uma membrana que o separa do citoplasma. No citoplasma dessas
células podem ser encontradas diversas estruturas membranosas (Bouzon, et al, 2010).

2.1.1. Figura 1. Desenhos ilustrando a diferença de uma célula procariota (fig. 1) e eucariota
(fig. 2).

Fig. 1: Célula Procariota Fig. 2: Célula Eucariota


Fonte: Bouzon, et al (2010) Fonte: Bouzon, et al (2010)
2.2. Características e Diversidade
Segundo Bouzon, et al (2010), os organismos vivos podem ser classificados, de acordo com
as estruturas internas das células (Tabela 1), em dois grupos: os procariontes e os eucariontes.
As células procariontes geralmente são menores e mais simples do que as células eucariontes;
não possuem núcleo e seus genomas são menos complexos.
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Tabela 1 – Organização das Células Procariontes e Eucariontes


Características Células Procariontes Células Eucariontes
Dinâmica da célula ≈ 1 mm 10 – 100 mm
Núcleo Ausente Presente
Organelas citoplasmáticas Ausente Presente
Citoesqueleto Ausente Presente
Uma única fita de DNA Múltiplas moléculas de
Cromossomos
circular DNA linear
Divisão Celular Fusão Binaria Mitose e meiose
Fonte: Bouzon, et al (2010)

As células variam em tamanho, função e em necessidades químicas. Considere o painel de


células mostradas na Figura 3. Em humanos acredita-se que existam, aproximadamente, 100
trilhões de células, que se organizam em grupos e efetuam tarefas especializadas e são ligadas
por um eficiente sistema de comunicação. Apesar da diversidade observada entre as células,
as mesmas têm uma química básica em comum (Oliveira, 2007).

Figura 3. Variedade de formas e tamanhos de células. A. Célula nervosa, B. Paramecium,


célula gigante única, C. Corte de caule e, D. Bactéria.

Fonte: Imagem adaptada de: Alberts et al., (2011).

Para Oliveira (2007), as células possuem como propriedades básicas:


 Complexidade e ao mesmo tempo organização
 Possuem um programa genético e os meios para usá-lo
 São capazes de produzir cópias delas mesmas
 Adquirem e utilizam energia
 Realizam uma variedade de reações químicas
 Participam de numerosas atividades mecânicas
 São capazes de responder a estímulos
 São capazes de autorregulação.
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2.3. Permeabilidade Celular


2.3.1. Passagem de substancias pela membrana
Bouzon, et al (2010) afirma que, a entrada de água e iões na planta é chamada difusão, o
controle desta entrada é chamado permeabilidade, porém as membranas podem barrar a
entrada de alguns iões e permitir a entrada de outros, de acordo com as propriedades de cada
ião, por isso dizemos que a membrana plasmática é diferencialmente permeável.

Em 1867, Traube disse que a membrana era semipermeável, pois retinha as moléculas de
acordo com o tamanho, bloqueando a passagem das maiores e permitindo a passagem das
menores, porém estudos posteriores mostraram que havia poros maiores que certas
substâncias que não atravessavam a membrana. Em 1855, Hermite disse que a causa da
semipermeabilidade era a solubilidade do solvente na membrana, permitindo a passagem do
solvente, mas impedindo a passagem do soluto (Bouzon, et al, 2010).

2.3.2. Definição de Permeabilidade Celular


Segundo Bouzon, et al (2010), os processos de difusão (transporte de um soluto) e de osmose
(transporte do solvente) são fenómenos físicos devidos ao movimento espontâneo das
moléculas do soluto ou do solvente através de uma membrana semipermeável.

Ambos os processos tendem a igualar a concentração de uma substância dentro e fora da


célula. Gases (O2, CO2), água, sais, monossacarídeos e aminoácidos atravessam a membrana
directamente (difusão simples e osmose) ou por meio de proteínas transportadoras (difusão
facilitada) (Bouzon, et al, 2010).

Trata-se de um transporte passivo que não envolve gasto de energia. Vários experimentos
permitem evidenciar esses processos. Neste guia mostramos como abordar experimentalmente
a difusão da molécula de iodo, utilizando elementos simples (Bouzon, et al, 2010).

Fig. 4. Permeabilidade celular

Fonte: Bouzon, et al (2010)


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2.3.3. Permeabilidade
Para que ocorra difusão de soluto em uma célula não basta apenas a diferença de concentração
deste dentro e fora da célula. Há também fatores importantes como a permeabilidade da célula
para este soluto, além da distância que ele precisará percorrer sob uma determinada
temperatura (Bouzon, et al, 2010).

Como a célula está delimitada por uma membrana, a permeabilidade dela que vai permitir a
entrada de moléculas. Parte da permeabilidade está relacionada com a polaridade da
membrana, a composição e a estrutura dela (Bouzon, et al, 2010).

De acordo com Bouzon, et al (2010), os gases penetram livremente e de forma rápida pela
membrana, assim como pequenas moléculas com peso molecular entre 50 e 60 PM. Já os
electrólitos não têm essa facilidade, pois quando se dissociam eles se hidratam e ficam
maiores que os electrólitos não-hidratados. A permeabilidade pode ser calculada pela seguinte
fórmula:

s
D=
t
Onde:
 D é a Permeabilidade
 s é a quantidade de substância que difundiu
 t é o tempo (mol/seg)

Mas também pode ser medida pelas técnicas de deplasmólise, análise química e pelo método
de isótopos.

 Método de deplasmó1ise: Uma solução hipertônica é adicionada ao meio para que as


células sejam plasmolisadas. A taxa de deplasmólise é proporcional å permeabilidade
celular para a substância utilizada, caso o produto penetre (Oliveira, 2007).
 Método de análise química: Células são colocadas em imersão em uma substância e
retiradas após um tempo determinado. O suco celular é retirado com a ajuda de uma
micropipeta ou seringa e analisado (Oliveira, 2007).
 Isótopos: Podemos aumentar a sensibilidade do segundo método utilizando uma
substância radioactiva e será possível saber a taxa de penetração da substância no
protoplasma e no vacúolo, de forma separada (Oliveira, 2007).
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O primeiro método mede a osmose enquanto os outros dois medem a difusão. Experimentos
têm mostrado que a permeabilidade osmótica e difusional da célula são idênticas (Gutknacht,
1967, cit. em Bouzon, et al, 2010).

2.3.4. Controle das membranas


Para Bouzon, et al (2010), a membrana um crivo-lipídico, ou seja, há partículas grandes de
gorduras intercaladas por poros aquosos muito pequenos, passando por esses poros apenas as
moléculas lipossolúveis muito pequenas. Porém em 1967 Gutknecht postulou que não existem
poros aquosos na membrana. Esta teoria crivo-lipídica é muito útil no estudo de
permeabilidade, porém há excepções.

A permeabilidade da membrana plasmática pode ser alterada se algumas substâncias forem


aplicadas nela. Isso é muito praticado através de medicamentos como anestésicos. Em plantas
a permeabilidade para a água aumenta durante o outono e inverno (Levitt, 1956) mas para que
isso ocorra, substâncias polares precisam passar pela membrana e têm sua proporção alterada.

2.4. Irritabilidade Celular


O cérebro humano é uma rede de mais de 100 bilhões de células nervosas que se
interconectam, via conexões sinápticas, para produzirem a percepção humana do mundo
exterior, o mecanismo de acção e o processo mental do indivíduo. As células nervosas se
comunicam via transmissão sináptica (Bouzon, et al, 2010).

A Neurociência procura explicações da conduta em termos de actividades do encéfalo,


explicar como actuam os milhões de células nervosas individuais no encéfalo para produzir a
conduta e como, por sua vez, estas células estão influenciadas pelo meio ambiente, incluindo
a conduta de outros indivíduos. Os indivíduos encéfalos obtêm informações sobre o seu meio
através de vários receptores sensoriais (Bouzon, et al, 2010).

Essas informações se transformam em percepções ou ordens para actuar no meio em que se


encontram. No caso do arco reflexo, após uma percepção ocorrida pelo indivíduo, uma
resposta é elaborada e interpretada pelos centros nervosas superiores, Arco Reflexo Central.
Já um reflexo de sobrevivência (saltar durante um susto, retirar a mão de uma superfície
quente, reflexo patelar, etc.…) são respostas imediatas, sem interpretação detalhada e
coordenadas pela medula espinhal, sendo denominadas de Arco Reflexo periférico (Bouzon,
et al, 2010).
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2.4.1. Definição da Irritabilidade Celular


Irritabilidade Celular é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam
eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade não uma resposta, mas a propriedade que
torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem
umas das outras (Bouzon, et al, 2010).

A resposta emitida pelos neur6nios assemelha-se a uma corrente eléctrica transmitida ao


longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neur6nios transmitem essa
onda de excitação chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande
velocidade e em um curto espago de tempo. Esse fenómeno deve-se propriedade de
condutibilidade (Bouzon, et al, 2010).

2.4.2. Neurônio
Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e
o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser
subdivididos em dendritos e axônios. Os corpos celulares dos neur6nios são geralmente
encontrados em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central
(SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados próximo da coluna vertebral (Bouzon, et al,
2010).

Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes


chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso periférico (SNR). O axônio está
envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada apenas
no SNR) ou oligodendrócito (encontrado apenas no SNC) em muitos axônios, esses
tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina – invólucro
principalmente lipídico (também possui como constituinte a chamada proteína básica
da mielina) que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso
nervoso (Bouzon, et al, 2010).
Em axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que
acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da
bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o chamado
neurilema (Bouzon, et al, 2010).

Fig. 5. Neurônio
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Fonte: Bouzon, et al (2010)

3. Conclusão
Terminada a abordagem, pode-se concluir-se deste modo que para a permeabilidade ocorrer
devidamente é gragas a membrana plasmática ou celular, uma vez que ela é a estrutura que
delimita todas as células vivas, tanto as procarióticas como as eucari6ticas. Ela estabelece a
fronteira entre o meio intracelular, o citoplasma, e o ambiente extracelular, que pode ser a
matriz dos diversos tecidos.

Este processo obedece aos seguintes Método de deplasmó1ise, Método de análise química e
isótopos. Apontando a questão da irritabilidade celular, constatou-se que o sistema nervoso,
juntamente com o sistema end6crino, capacitam o organismo a perceber as variações do meio
(interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produzem e a executar as
respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase). São os
sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais.
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4. Bibliografia
JUNQIJEIRA, Luís C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Editora Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro, 1991. Edição. Cap. 1.

OLIVEIRA, Óscar; RIBEIRO, Elsa & SILVA, João Carlos. Desafios Biologia. Editora ASA,
Porto, 2007. Edição. Cap. l.

BOUZON, Zenilda Laurita; GARGIONI, Rogério; & OURIQUES, Luciane Cristina.


Biologia Celular. 2ª edição; Florianópolis, 2010.

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