Você está na página 1de 2

CASO DE PLANEAMENTO FISCAL INTERNACIONAL

O Sr. X, residente em França, acumulou ao longo do tempo um vasto património, constituído


por:

- Acções representativas de 100% do capital da empresa industrial (de grande


dimensão) Sociedade X, obtendo frequentemente rendimentos de dividendos;

- Diversos imóveis, dos quais vários arrendados;

- Carteira de acções de empresas cotadas em França, obtendo frequentemente


rendimentos de dividendos e mais-valias;

- Aplicações em depósitos, obtendo periodicamente rendimentos de juros.

O Sr. X, aufere uma pensão “privada” de montante significativo, assim como, remunerações
(incluindo prémios) como Administrador da Sociedade X.

A Sociedade X internaliza todas as funções de gestão: Investigação & Desenvolvimento,


Propriedade Industrial (registada), Compras (com um peso significativo de compras Fora da UE
– China), Produção, Vendas (incluindo (sub)licenciamento) para diversos países do Mundo,
Serviços de Gestão e Financiamento.

Pretende-se que criem um exemplo de Planeamento Fiscal Internacional para este caso.

Na ponderação da solução para o Grupo Industrial X e o Sr. X, considere o seguinte:

1. A sociedade X possuía significativas reservas e resultados transitados distribuíveis.

2. O Grupo industrial pretende manter a sua infraestrutura de I&D e produção em França,


tendo previstos novos investimentos industriais, os quais podem estar associados a novas
empresas industriais do grupo a criar. Por simplificação, considere que em França existe um
regime similar ao do Código Fiscal do Investimento (em Anexo), incluindo em matéria de
Benefícios Fiscais Contratuais e incentivos à I&D (SIFIDE II).

3. Utilização da Zona Franca da Madeira, associada a operações de compras ao exterior,


vendas e (sub)licenciamento.

4. Utilização de Holding mista na Holanda, cujas acções seriam detidas por uma sociedade de
investimento com sede no Reino Unido.

5. Analise aspectos relativos ao financiamento de suporte aos investimentos industriais e de


I&D.

6. A sociedade de investimento com sede no Reino Unido passou igualmente a deter as


aplicações em depósitos (em bancos ingleses) do Sr. X. A carteira de acções de empresas
cotadas do Sr. X passou a ser detida por um fundo de investimento mobiliário e os imóveis do
Sr. X passaram a ser detidos por um fundo de investimento imobiliário. A sociedade de
investimento e as unidades de participação nos fundos de investimento passaram a ser
património de um Trust do qual, nos termos dos respectivos Estatutos, o Sr. X é o beneficiário.
Por simplificação, considere que no Reino Unido (e em França) existe um regime similar ao dos
artigos 22º e 22º-A do EBF relativamente a trusts, sociedades de investimento e fundos de
investimento mobiliário.

Considere que não tem existido distribuição de rendimentos pelos trust, sociedade de
investimento e fundos de investimento, os quais vêm reinvestindo os excedentes que vêm
gerando.

7. Entretanto, o Sr. X mudou a sua residência fiscal para a Suiça, onde já possuía há alguns anos
domicílio. Por simplificação, considere que na Suiça existe um regime similar ao dos
“Residentes não habituais”. O Sr. X, continua a auferir uma pensão “privada” de montante
significativo, mas deixou de auferir remunerações (incluindo prémios) como Administrador,
embora exerça cargo de Administrador na Holding na Holanda mas em representação da
sociedade de investimento inglesa, a qual cobra as remunerações (serviços) relativas ao
desempenho de cargos em órgão sociais.

Você também pode gostar