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Admita que três pessoas singulares que dispõem de 100 000,00 Euros
pretendem associar-se a uma sociedade por quotas para desenvolverem em
conjunto a atividade de construção de vivendas para venda. As pessoas
singulares em causa, dois engenheiros e um arquiteto, admitem arriscar no
negócio os 100.000,00 Euros, mas apenas esse montante. Por seu lado, a
sociedade por quotas, cujo capital social é de 200 000,00 Euros está disponível
para arriscar no novo empreendimento também apenas 100.000,00 Euros.
Deveriam constituir:
a. Uma sociedade anónima
b. Uma sociedade em nome coletivo
c. Uma sociedade por quotas
d. Uma sociedade em comandita simples
[Justificação:
[ Em relação aos credores sociais não existem diferença entre os dois tipos
de sociedade: em ambos aplica-se a regra de que só o património social
responde pelas dívidas da sociedade; a diferença está apenas na
responsabilidade perante a sociedade pela realização do capital social: nas
sociedades anónimas cada acionista responde pelas ações que subscreveu,
enquanto nas SQ cada sócio responde individualmente pela sua quota, mas
todos são solidariamente responsáveis por todas as entradas convencionadas,
como se determina no n.º1 do art. 197.º]
[art.32.º, n.º1. O capital social impede a restituição aos sócios das entradas
realizadas, por força do chamado princípio da intangibilidade do capital
social. Diz-se que é uma garantia indireta dos credores por força desta regra]
[art. 210.º, n.º3, a) e b). A opção mais correta era a c). Todas as outras
continham algum elemento falso]
[A opção correta era a c) (n.º1 dos arts 208.º e 287.º); todas as outras eram
falsas]
[ A opção d) era única opção que não tinha qualquer desconforme com a lei.
Para ser aplicado o processo simplificado, todos os sócios têm de ser
gerentes mas todos têm de aprovar as contas, o que excluía a opção a); as
outras violavam diretamente alguma disposição legal: a maioria era a normal
do art. 250.º n.º3 e a necessidade do certificado só existe em casos
excecionais].
13. Admita uma sociedade por quotas com um capital social de 50 000,00€,
reservas legais de 10 00,00€ e um resultado de exercício de 20 000,00€. Pede-
se que faça uma proposta fundamentada sobre o montante a levar a reserva
legal e o montante que poderá ser distribuído aos sócios a título de lucro do
exercício.
15. Admita uma sociedade por quotas com um capital social de 5 000,00€ que no
seu primeiro ano de atividade obteve um resultado de 40 000,00€. A reserva
legal a constituir deverá ser:
a. No montante de 2 500,00€
b. No montante de 2000,00€
c. No montante de 1 000,00€
d. Em montante livremente deliberado pelos sócios
[A opção correta era a b) por força do art. 295.º,n.º1, aplicável por remissão
do art. 218.º: a quantia a aplicar era 5% do lucro de exercício até que a
reserva legal atingisse o montante de 2 500,00, por força do n.º2 do art.
218.º].
16. Admita uma sociedade por quotas que no balanço do ano anterior apresentava
os seguintes valores: capital social-50 000,00€, Reserva legal-5 000,00€,
Prestações Suplementares- 50 000,00€, Resultados transitados negativos de 50
000,00€.
No atual exercício, teve um lucro de 80 000,00€
Pede-se que apresente uma proposta fundamentada para aplicação destes
resultados de exercício.
[Resolução: Por força do art. 33.º, n.º1 do CSC, teríamos de anular o resultado
transitado negativo, transferindo para essa conta 50 000,00. Que fazer os restantes 30
00,00?
Em primeiro lugar, reforçar a reserva legal com 5% desse valor, ou seja 1500,00; os
restantes 28 500,00 poderiam ser distribuídos aos sócios como dividendos, como se
estabelece no n.º1 do art. 217.º]