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a) O valor do capital social corresponde ao somatório «do valor das entradas de cada

sócio, no valor de 15.000 euros, nos termos do artigo 201.º CSS.

b) O capital social é uma cifra expressa e moeda em curso legal em Portugal, nos termos
do artigo 14.º. este após a obrigação de entrada pelos sócios, permite a constituição de
um fundo comum, com o qual se vai prosseguir a atividade da sociedade.
Distingue-se do património, pelo facto do capital social não ser, ao contrário deste um
conjunto de bens suscetíveis de penhora, mas apenas uma expressão numérica que
expressa o valor das entradas dos sócios.
Assim, à partida o capital social é estável e o património em constante alteração, basta
que se realizem despesas ou que se obtenham lucros.

O capital social tem as seguintes funções:


 Determinação da situação económica da sociedade, através da prestação anual
de contas – balanço – artigos 65.º, 263, 451 CSC. Existe lucro quando o
património líquido (ativo menos passivo) exceder o capital social;
 Garantia para os credores, a lei procura assegurar que o património líquido não
desça abaixo do valor do capital social – Princípio da intangibilidade do capital
social. A sociedade deve procurar sempre manter no seu património bens
correspondentes ao montante do capital social. Por outro lado, o capital social
não pode ser arbitrariamente alterado, mas apenas em obediência a critérios
rigorosos;
 Limitação de responsabilidade de sócios perante a sociedade ao fundo comum
constituído pelas entradas nas sociedades por quotas e nas anónimas;
 Quantificação do direito dos sócios – é mediante a proporção da respetiva
participação no capital social que os sócios vêm quantificados os seus direitos
– direito ao lucro na proporção da entrada, número de votos

c) Nas SA o capital social mínimo é de 50.000 euros – artigo 276.º n.º 5

d) Todo o sócio é obrigado a entrar com bens suscetíveis de penhora, ou quando a


sociedade admitir com indústria. A lei permite o diferimento das entradas em dinheiro,
mas não das de espécie, a contrario – nos termos do n.º 3 do artigo 26.º. As entradas em
espécie devem ser objeto de avaliação por um revisor oficial de contas, sem interesses
na sociedade, de acordo com o disposto no artigo 28.º CSC. Aqui devemos ter em
atenção os artigos 26.º, 199.º, 202.º e 203,º. As entradas dos sócios devem ser feitas até
ao momento da celebração do contrato, mas sempre que a lei o permite, no que diz
respeito às entradas em dinheiro, podem ser realizadas até ao termo do primeiro
exercício económico, a contar da data do registo definitivo do contrato – artigo 26.º.
Desta forma o contrato deve estabelecer o montante das entradas de cada sócio.
O pagamento das entradas diferidas tem de ser efetuada em datas certas ou ficar
dependente de factos certos e determinados – artigo 203.º.

e) Em virtude da responsabilidade solidária de cada sócio relativamente a todas as


entradas serão responsáveis os restantes sócios – artigo 197 n.º 1 e 207.
f) Nos termos do artigo 8.º da CSC, a resposta é afirmativa. É permitida a constituição de
sociedades pelos cônjuges, bem como a participação destes, desde que só um deles
assuma a responsabilidade ilimitada. No caso das sociedades por quotas, a
responsabilidade dos sócios pelas dívidas da sociedade não existe e mesmo que tenha
sido convencionada, ao abrigo do artigo 198.º CSC, é limitada, permitindo assim a
ambos os cônjuges serem sócios da mesma sociedade.
17. Este princípio prevê a estabilidade do capital social. E que o mesmo seja intocável
relativamente a benefícios dos sócios.
O regime do capital social não impede que o capital próprio (património líquido) da sociedade
desça abaixo da cifra do capital social em resultado, nomeadamente de perdas sofridas no
exercício da atividade social; apenas proíbe que o capital próprio da sociedade desça abaixo da
cifra do capital social em virtude de distribuições ou atribuições de bens, incluindo dinheiro, aos
sócios, enquanto tais.

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